FILOSOFIA-A ESSÊNCIA NOS TRÊS TIPOS DE SERES DEUS OS ANJOS E A ALMA POR TOMAS DE AQUINO
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Os primeiros livros fornecem informações básicas e pesquisam o campo antes da época de Aristóteles. Apresenta-se também a natureza da sabedoria: Esta começa com as percepções dos sentidos que devem ser traduzidas em pericia cientifica. Esse conhecimento requer a compreensão dos fatos e das causas, e a sabedoria só vem com a compreensão dos princípios universais e das causas primarias construídas nesta ciência. O trabalho de Aristóteles em metafísica é, portanto, motivado por esse desejo de sabedoria, que requer a busca do conhecimento por si mesmo (BOTELHO, 2013). Suma teológica I,q. A afirmação lacônica mostra, ainda que de forma subjacente, o entendimento de Aquino no que concerne a plena associação e comunhão da essência e existência de Deus.
Em sua assertiva diretamente proporcional ele deixa claro que o fato do desconhecimento da essência de Deus implica na impossibilidade da afirmação de evidenciar a existência divina. Entretanto, insatisfeito com esse entendimento a priori a respeito da existência do Criador, Tomas de Aquino busca provas para um embasamento que possam tornar irrefutáveis a afirmação da existência de Deus: “Pode-se provar a existência de Deus por cinco vias”. Suma teológica I, q. Ao afirmar que essência e existência coexistem em Deus simultaneamente, Aquino vem arrazoar que por Sua condição divina tais atributos são imprescindíveis e não possuem natureza distinta e nem são excludentes entre si, ou seja, Deus é uno em sua existência e essência: “O que existe em algo que não pertence à sua essência tem de ser causado ou pelos princípios de essência [.
ou por algo exterior [. Portanto, se o próprio ser de uma coisa é distinto de sua essência, é necessário que este ser seja causado ou por algo exterior ou pelos princípios essências dessa coisa; [. É preciso, pois, que o que tem o seu ser distinto de sua essência, o tenha causado por outro. Ora, não se pode dizer isso de Deus, porque dizemos que Ele é a causa eficiente primeira. Não seria então o primeiro Ente, o que é um absurdo. Logo, Deus é o Ser, e não apenas sua essência”. Suma Teológica I,q. Conclui-se por fim, que Tomas de Aquino em seu caminho acadêmico e religioso envidara esforços consideráveis no âmbito de sua esfera mental no sentido, sobretudo, de elucidar de maneira plausível, a complexa questão concernente à existência e essência divinas.
A forma pela qual, Aquino forneceu respostas às suas próprias proposições reflete a harmonia com seus pensamentos e a simplicidade de seus escritos. Os níveis hierárquicos dos anjos variam conforme o conhecimento que lhes fora dado. Assim, a cada anjo fora transmitido o grau de conhecimento necessário para ministrarem seus serviços. Não obstante, a inteligência angelical é advinda, sobretudo, da palavra de Deus e pode vir a ser potencializada com revelações que o Criador eventualmente possa lhes conferir. Desta feita, na esfera do saber dos anjos todo o pensamento é levado cativo à obediência estrita a Deus, não existindo, por conseguinte; espaço para sofismas ou altivezes que possam induzir ao erro, pois aquilo que conhecem fora-lhes dado pelo próprio Criador. Ora, os denominados anjos caídos ou demônios, por terem sido alijados da presença de Deus e destituídos de toda sabedoria divina (o que Agostinho chamava de “Conhecimento da Manhã”) arrazoam as perversidades e abominações geradas em seus próprios pensamentos (“Conhecimento da Noite”).
Movidos por esses sentimentos perniciosos insurgiram-se numa rebelião que culminou com suas expulsões das regiões celestiais (1/3 das hostes celestiais). Os sentimentos deletérios do orgulho e da inveja nasceram no coração de Lúcifer designado em sua criação como Querubim da guarda ungido. Denominado Satanás (inimigo), ousou vislumbrar o que perversamente anelara, ou seja, estabelecer seu reino e seu trono para se tornar objeto de adoração com toda majestade, domínio e poder semelhantemente ao Altíssimo. Não há duvidas que todos o anjos foram por Deus criados em sua condição original de perfeição e na plenitude de bondade, não existindo portanto, em suas essências o conceito do Mal. Entretanto, a minoria de muitos, se rebelaram ao se deixarem persuadir pela maldade de Lúcifer decaíram da graça e da bondade divinas, tornando-se maus.
Por outro lado, também os anjos caídos; atuam igualmente na existência humana, mas não imbuídos do amor, benignidade e misericórdia divinos, mas com aquilo que lhes é peculiar: ódio maligno e terreno com o que agem por ocasião em que perpetram suas tentações com total isenção de compaixão, culpa ou complacência. À guisa de um mero comentário, porem não destituído de importância, dada a sua estreita relação com o contexto do presente trabalho: o verbo “Tentar” possui conotações e significados diversos, conforme o contexto em que for inserido: 1. Pôr (alguém) à prova, instigando-o ao erro, ao mal. Procurar seduzir, provocar 3. Causar desejo ou vontade em alguém. Embasado no entendimento aristotélico Tomas de Aquino inicia sua dissertação acerca do Ente em si, expressando-o em duas formas: por meio dos gêneros (ou categorias), apresentando a veracidade das proposições e ainda, permitindo que sejam contemplados como Ente tudo aquilo que não pode ser expresso como tal: as privações e as negações dentro de um contexto que venha refletir a estrita acepção da palavra.
A “cegueira”, por exemplo, remete a completa falta de visão. Destarte, no Ente expresso não cabe a derivação como representação da verdade das proposições. Sendo assim, aquilo que não possui Essência vem a ser expressa como Ente. Admitindo-se que a Essência somente pode ser expressa por meio do Ente declarado na primeira forma, faz-se necessário que aquela tenha significação de algo em comum como todas as naturezas daquele Ente. O autor do livro soube tirar proveito da relação que estabelecera entre Natureza e Inteligência, asseverando que alguma coisa é inteligível por meio de sua definição e Essência. E foi mais adiante alegando que a Essência encontra-se tanto nas substancias simples quanto nas compostas, pois as simples são as causas das compostas e a essência das substancias simples representa o modo mais nobre, autentico e verdadeiro do que as contidas nas compostas.
Tomas de Aquino chegou a conceber a Deus como sinônimo atribuindo ao Criador a substância primeira e simples. Expôs ainda sua distinção entre Quididade, Natureza e Essencia contidas nas substancia compostas, na medida em que nestas são percebidas Forma e Matéria, e; tal percepção permite por meio da Essencia a classificação em gênero ou espécie e, a Essencia, por sua vez; vem constituir Matéria e Forma que vem a ter significado por meio da definição: “A Essencia é de acordo com o que a coisa é dita ser”. Aquino, 2005,pg. deste modo, corpo será parte integral e material do animal; pois, assim, a alma estará à parte daquilo que é significado pelo nome de corpo e será superveniente ao próprio corpo, de tal modo que o animal é constituído de ambos, isto é, do corpo e da alma, como de partes [.
este nome corpo pode também ser tomado de tal modo que signifique uma certa coisa que tem tal forma a partir da qual três dimensões possam ser designadas nela [. deste modo, corpo será gênero de animal, pois em animal nada há a tomar que não esteja contido implicitamente em corpo, pois a alma não é outra forma distinta daquela pela qual as três dimensões poderiam ser designadas naquela coisa[. assim, a forma do animal está contida implicitamente na forma do corpo, na medida em que corpo é seu gênero”. Aquino, 2005, pg. Restando, assim, o de “Todo” como o único modo de considerar aquelas noções, expressando-as ainda de duas maneiras: - Conforme a própria noção ou de conformidade com o ser possuidor das coisas intrinsecamente individuais.
Postulou ainda, que a Quididade vem ser o principio do gênero, espécie e diferença e não tais noções em si. Exemplificando: - Humanidade não constitui espécie, mas sim o principio desta e partindo-se dessa premissa absoluta, vem representar verdadeiramente tudo o que nela está contido. Assim sendo, será falso tudo o que lhe for atribuído e nela não estar contido, isto é, o sujeito possuidor de todo o predicado. Desta proposição, é falso atribuir “Branco” ao Homem, visto que em sua definição figura apenas como “Animal Racional”, enquanto que atribuir-lhe “Racional” vem ser verdadeiro, porquanto vem afigurar em sua definição. BOTELHO, O. S – História da Filosofia Moderna I, Batatais, SP: Claretiano, 2013. BOTO, C. A. A Ética de Aristóteles e a Educação.
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