Família, Escola e a Psicopedagogia institucional

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

O psicopedagogo institucional tem um campo de atuação nesta faceta da educação que ainda precisa de intervenção profissional. A superação de uma dificuldade tão excludente precisa de uma equipe multidisciplinar, assim o pedagogo junto com outros profissionais pode apontar um rumo a ser seguido que permita um laço mais próximo entre a família e a escola. Pois ainda existe um caminho a ser seguido pelos educadores para se aproximar das famílias. Do mesmo modo muitas famílias (independentes do seu nível social) precisam encontrar tempo e a paciência para acompanhar o processo de escolarização dos seus filhos. Entendemos que a parceria entre a escola e família deve ser próxima e constante para analisar o desenvolvimento do aluno.

De uma família que muitas vezes foi segregada da escola e cujos membros não tiveram na infância quem se preocupasse com seu futuro. Esta é agora chamada para junto com a escola pensar a escolaridade de suas crianças e de seus adolescentes. O objetivo geral desta investigação é identificar as positividades para alavancar a escolaridade da criança e do adolescente envolvidas na real parceria escola, família. Como objetivos específicos a investigação tem: compreender as diferentes formas de manifestação da afetividade no contexto familiar escola e entender a importância da atuação do pedagogo institucional para contribuir na parceria escola/família. As famílias têm dificuldades afetivas e de projeção do futuro da criança. É transmissora de valores, crenças, ideias e significados presentes na sociedade, portanto exerce uma forte influência no comportamento dos indivíduos, especialmente nas crianças.

São as experiências familiares que proporcionam a formação inicial de repertórios comportamentais, de ações e resoluções de problemas (Dessen; Polônia, 2007). É consenso entre os pesquisadores da área pedagógica e da pedagogia institucional que a aproximação da família com a escola pode ter uma influencia direta no processo de escolarização do aluno. O futuro da escolarização de crianças e adolescentes não depende apenas da escola, mas da valorização e do acompanhamento da família nas tarefas escolares e no em levar adiante os encaminhamentos para resolução de problemas clínicos e/ou psicológicos que a criança ou o adolescente possa ter. Este olhar para as famílias no processo de escolarização ainda é recente em nosso país, marcado por um fosso de injustiça social e num contexto em que a escolarização é uma das poucas maneiras de escapar do ciclo da reprodução da exclusão.

Bourdieu nos ensina que os grupos sociais são diferenciados por condições objetivas de existência significam uma disposição posição na estrutura social. O arranjo destas constituiria uma maneira peculiar de agir passado de geração em geração na forma do habitus: A idéia de Bourdieu é a de que, pelo acúmulo histórico de experiências de êxito e de fracasso, os grupos sociais iriam construindo um conhecimento prático (não plenamente consciente) relativo ao que é possível ou não de ser alcançado pelos seus membros dentro da realidade social concreta na qual eles agem, e sobre as formas mais adequadas de fazê-lo. NOGUEIRA; NOGUEIRA, 2002) Para Bourdieu a história de escolarização de um grupo do segmento excluído e marcada por uma dualidade.

O individuo começa a ser marcado por ser diferente do seu grupo original e diferente do outro grupo que começa a pertencer por ter uma origem pobre. A passagem de um grupo tradicionalmente excluído para um espaço destinado as elites por tanto tempo merece atenção por parte dos educadores e das políticas públicas. Há no exercício diário da existência das crianças laços e elos entrelaçados e são considerados precursores da aprendizagem significativa. O ser humano é único e para que ocorra a aprendizagem é necessário um equilíbrio entre os fatores cognitivo e afetivo e motor. A dificuldade de aprendizagem não está apenas nos alunos: “nas últimas décadas, desenvolveu–se a compreensão que no ambiente institucional a dificuldade de aprendizagem seria gerada ou agravada segundo as concepções adotadas pela escola”.

CAZELlA; MOLINA, 2016) Há uma relação intima entre cognição e afetividade e suas implicações educativas. Pode ser um desafio maior para os educadores chegaram à família do que na criança. A política, conforme Palumbo (1994, p. “é um processo, uma série histórica de interações, ações e comportamentos de muitos participantes”. O autor comenta que uma proposta política não pode ser observada, tocada ou sentida. Ela tem de ser inferida a partir da série de ações e comportamentos intencionais de muitas agências e funcionários governamentais responsáveis por sua implementação ao longo do tempo. Bruno, p. O envolvimento dos pais na educação escolar de seus filhos foi tema do Projeto de Lei N° 189 do senador Cristovam Buarque em 2012, estabelecendo penalidades (multa) para os pais ou responsáveis que não comparecerem às escolas de seus filhos para seu acompanhamento: Art.

º  Ficam instituídas penalidades aos pais ou responsáveis legais que não compareçam periodicamente às escolas de seus filhos para acompanhar o desempenho deles. § 1º Esse comparecimento deve ocorrer pelo menos uma vez a cada dois meses. § 2º Para fins de comparecimento entende-se a participação em reuniões oficiais de pais e mestres ou diálogo individual com os professores. § 3º O certificado de comparecimento dos pais será atestado pelo Diretor da respectiva escola. Também diz que: Art. º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. Uma boa comunicação entre a Escola e a família beneficia primeiramente a criança, que terá suas necessidades atendidas e melhor compreensão.

A troca de informação entre escola e família pode variar de necessidades educacionais especiais a questões de saúde, problemas familiares e até frequência do sono. Em relação às questões de saúde, a comunicação é fundamental para os professores e a gestão saibam o que esperar da criança e, por exemplo, ministrar corretamente a medicação e para que os pais consigam acompanhar os sintomas que seus filhos apresentam. Com o advento das novas leis relativas ao cumprimento dos direitos, entre eles o direito a escolarização nas últimas décadas a pirâmide escolar se modificou e muitas crianças das classes populares foram matriculadas na escola. No entanto, somente o fato de estar na escola não garante o aprendizado da criança e do adolescente das classes populares.

O apoio da família é necessário para o progresso escolar da criança, porém muitas vezes os cuidadores não têm condições ou vontade de acompanhar as crianças em suas lições escolares e comparecer em reuniões pedagógicas. Para resolver velhos problemas podemos contar com novos profissionais cada vez mais importantes no tecido social, como os psicopedagogos institucionais que foram trabalhados para resolver problemas crônicos que se encontram na escola e por mais que o problema sema debatido não se encontra uma solução. O psico pedagogo tem conhecimentos de muitos aspectos conhecimento dos princípios, leis e teorias que elucidam os processos de ensino-aprendizagem e oferecem normas e regras para a reflexão de uma aplicação racional delas que pode realmente fazer uma diferença fundamental na aplicação delas e dar um passo a mais parceria escola e família.

edu. br/index. php/ambienteeducacao/article/view/589/554 BRASIL. Constituição da República Federativa de 1988. Disponível em: http://www. br/ccivil_03/leis/l8069. htm BRASIL. Lei N° 9. de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. abr. ISSN 1982-8632. Disponível em: http://publicacoes. unicid. edu. ISSN 0103-8486. bvsalud. org/scielo. php?pid=S0103-84862010000100009&script=sci_abstract&tlng=es NOGUEIRA, Cláudio Marques Martins; NOGUEIRA, Maria Alice. SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO DE PIERRE BOURDIEU: LIMITES E CONTRIBUIÇÕES. Psicopedagogia institucional: sugestões de um roteiro de intervenção no ensino superior v. psicopedag.  vol.  no.   São Paulo  2016.

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