TECNOLOGIA ASSISTIVA: A EDUCAÇÃO ESPECIAL E A BAIXA VISÃO

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Pedagogia

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Belo Horizonte: Faculdade Nova Ateneu/IPEMIG, ano. Especialização em Atendimento Educacional Especializado. RESUMO Este artigo aborda as contribuições da Tecnologia Assistiva ou Adaptativa (TA) como recurso para a inclusão de estudantes com baixa visão no ensino regular. A TA faz parte do Atendimento Educacional Especializado (AEE). Os deficientes com baixa visão podem ler material impresso ampliado ou impressos ampliados ou com utilização da tecnologia ótica especial para esse fim. Definição de Baixa Visão 12 4. Tecnologias Assistivas para Baixa Visão 14 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 18 REFERÊNCIAS 18 1 INTRODUÇÃO Este artigo trata das contribuições da Tecnologia Assistiva ou Adaptativa (TA) como recurso para a inclusão de estudantes com baixa visão no ensino regular. Define-se a deficiência visual tanto a perda total quanto a parcial da visão, podendo ser congênita ou adquirida.

Nesse sentido, o nível de variação da acuidade visual determina dois tipos de deficiência: a cegueira, com perda total da visão ou pouca capacidade para enxergar, demandando o uso do Sistema Braille para realização da leitura e escrita e a Baixa visão ou visão subnormal que compromete a função visual dos olhos, mesmo depois de tratado ou corrigido. Os deficientes com baixa visão podem ler material impresso ampliado ou impressos ampliados ou com utilização de tecnologia ótica especial para esse fim. A escola deve possibilitar ao aluno entender-se como sujeito histórico e parte integrante da sociedade. Assim, com o objetivo de tonar a escola acessível a todos, surge a educação inclusiva surge trazendo o atendimento educacional especializado fazendo uso de recursos e serviços desenvolvidos com a finalidade de contribuir efetivamente para a aprendizagem de alunos com necessidades educativas especiais em turmas regulares do ensino básico.

No século XVII, os deficientes mentais eram totalmente segregados, internados em orfanatos, manicômios e outros tipos de instituições estatais (FACION & MATOS, 2009, p. O que, de acordo com Stainback (1999), é prejudicial para o aprendizado e para o desenvolvimento social do aluno esclarece que: em geral, os locais segregados, são prejudiciais, pois alienam os alunos. Os alunos com deficiência recebem afinal, pouca educação útil para a vida real, os alunos sem deficiência experimentam fundamentalmente uma educação que valoriza pouco a diversidade, a cooperação e o respeito por aqueles que são diferentes (STAINBACK, 1999, p. no período de 1950 a 1959, houve uma grande expansão no número de estabelecimentos de ensino especial, 190 estabelecimentos de ensino especial, no final da década de 50, eram públicos e em escolas regulares.

A partir de 1958 o Ministério da Educação começa a prestar assistência técnica-financeira às secretarias de educação e instituições especializadas. Nota-se, neste período, o aumento de escolarização para as classes mais populares e a implantação de classes especiais para os casos leves de deficiência mental. De acordo com Vidal e Faria Filho (2003, p. a partir dos anos de 1960 e início de 1970, com o surgimento de programas de pós-graduação e pesquisas em educação, começou uma crescente produção de trabalhos em história da educação no Brasil. CONTEXTUALIZANDO A TECNOLOGIA ASSITIVA – TA Na Educação Inclusiva percebemos dois grandes desafios no mundo contemporâneo: a utilização dos recursos tecnológicos em educação e a inclusão de pessoas com deficiência em salas de aula regulares seja na educação básica ou no Ensino Superior.

Pessoas com necessidades especiais enfrentam cotidianamente situações que precisam ser superadas, e quando estão em formação esses desafios não diminuem, seja pela acessibilidade aos locais de ensino, ou ao mundo digital. A Tecnologia Assistiva (TA) constitui-se um apoio para ampliação de uma habilidade funcional que possibilita realizar as funções necessárias para a vida de pessoas que se encontram impossibilitada por problemas quaisquer que sejam as deficiências. Para ilustrar o que representa a TA, Radabaugh (1993) diz que “para as pessoas sem deficiência a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis”. através de algumas modalidades, que podem variar conforme a instituição e os autores que a trabalham. Como área multidisciplinar de conhecimento, a TA envolve estudos, produtos e pesquisas que visam promover a qualidade de vida e a inclusão social de pessoas com limitações funcionais permanentes ou temporárias, tendo uma ampla abrangência (Santarosa et al.

Assim a TA é composta por recursos (produtos, programas e equipamentos) e por serviços (estratégias e metodologias), que abrangem o uso de artefatos na resolução desses problemas funcionais (ALVES et al. BERSCH, 2007). Ela pode ser trabalhada por meio de materiais de baixo custo, confeccionados de modo caseiro, como pranchas de comunicação criadas com imagens de revistas, letras móveis de papelão, engrossadores de lápis confeccionados com canos de espuma, quadros de feltro, entre outros. Esse profissional precisa saber fazer a leitura descritiva de gráficos e imagens, ler as notas de rodapé e associá-la ao texto, seguir a pontuação, incluindo aspas, parênteses, travessão que devem ser destacados, voltar a leitura se o estudante leitor pedir, parar para comentar alguma parte, caso necessário, além de esclarecer vocabulário e outras demandas que surgirem durante a leitura (SILVA, 2016).

Isso se deve ao fato de que muitos desses sujeitos, não conseguem realizar uma leitura interpretativa sob pressão e em pouco tempo. O profissional lê, mas é o estudante que escreve ou grava a resposta. Ferroni e Gasparetto (2012) sugerem que o uso dos recursos chamados de Tecnologia Assistiva (TA) que são usados para atender a uma variedade de especificidades relativas à baixa visão. A faz parte do Atendimento Educacional Especializado e por isso é interdisciplinar abarcando vários objetos, produtos, recursos, ações, estratégias, práticas pedagógicas, bem como serviços que podem melhorar o acesso de pessoas com deficiências, nas práticas escolares, possibilitando-lhes autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão escolar e social (ALVES, MONTEIRO, RABELLO, GASPARETTO; CARVALHO, 2009). De acordo com a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), os indivíduos de baixa visão possuem acuidade visual no olho melhor com grau menor que 0,3 e maior que 0,05, ou possui um campo visual menor que 20º no melhor olho.

Já a cegueira é quando esses valores menores que 0,05 ou campo visual menor que 10º e cirurgias oftalmológicas, óculos ou lentes de contato não resolvem (BRASIL, 2013). Entre as causas da cegueira ou da baixa visão podem estar glaucoma, retinocoroidite da prematuridade, rubéola, catarata congênita, toxoplasmose congênita. Para prevenção dos problemas oftalmológicos são necessárias ações abrangentes de atenção básica e de atendimento em serviços para os indivíduos (BRASIL, 2013). No entanto é muito importante destacar que 70% das crianças identificadas como cegas, têm alguma visão útil e que não é estimulada. Segundo Gonzáles (2007, p. as melhores áreas de intervenção incluem a prevenção, o desenvolvimento de habilidades, a aprendizagem para o uso de mobilidades alternativas, o treinamento em orientação e mobilidade".

Dentro destes tipos de intervenção existem vários níveis de atuação: individual, coletiva (analisados problemas que aparecem nas relações interpessoais), médica, técnica (utilização de instrumentos de auxílio), intervenção educacional (trabalho com a educação escolar) (Gonzáles, 2007). Aliado a essas intervenções deve existir um trabalho de orientação adequado a pais, cuidadores, professores e até mesmo ao próprio indivíduo sobre a condição de cegueira ou baixa visão existente. Antes de qualquer coisa é preciso reconhecer esses indivíduos como capazes, fornecendo incentivos e iniciativas que promovam a sua autonomia. É preciso saber como está o desenvolvimento geral do estudante, fazendo um diagnóstico de como está sua visão para encontrar e planejar TA adequada para facilitar sua vida escolar.

No entanto, esses recursos precisam ser prescritos por médico oftalmologista, podendo ser lentes para antepor aos olhos no sentido de aumentar ou fazer um ajuste na imagem visual. Os recursos para ver de longe, podem ser óculos comuns, lentes de contato, os sistemas de telescópios com foco ajustável ou fixo. Para perto, existem lupas manuais, fixas, de apoio, óculos comuns e com lentes especiais com aumento maior. Esses recursos ajudam a ampliar o desempenho visual, facilitando a leitura e a escrita (FERRONI; GASPARETTO, 2012). O professor deve manter-se atento ao trabalhar com esse grupo de alunos e deve levar em consideração algumas recomendações. São elas sentar o aluno a uma distância de aproximadamente um metro do quadro negro na parte central da sala, evitar a incidência de claridade diretamente nos olhos do aluno; estimular o uso constante dos óculos, caso seja esta a indicação médica.

É importante que exista um trabalho preparatório antes da utilização dessas tecnologias, o qual deve ser conduzido por um profissional capacitado respeitando o tempo de aprendizagem e a adaptação de cada indivíduo. Desta forma, elas podem atender as necessidades de indivíduos com cegueira e baixa visão. Conforme Torres, Mazzoni e Alves (2002) estratégias como estas são válidas porque o maior obstáculo que enfrentam as pessoas cegas ou com baixa visão diz respeito ao acesso à informação e a aspectos de suma importância para qualquer indivíduo, como trabalho e lazer. C. F. MONTEIRO, G. B. RABELLO, S. Brasília: MEC, 1996. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: MEC, 1996. Ministério da Educação.

p. BERSCH, Rita. Tecnologia Assistiva - TA. In: SCHIRMER, Carolina et al. Atendimento Educacional Especializado: deficiência física. R. E. VENTURINI, N. H. B. C. C. GASPARETTO, M. E. R. J. Integração dos alunos deficientes sob o ponto de vista do direito de escola. In E. J. Manzini (Org. Diversidade na aprendizagem de pessoas portadoras de necessidades especiais. Curitiba: IESDE Brasil S. A. MONTEIRO, M. M. Marília: ABPEE, 2011. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos Humanos. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Consultation on development of standards for characterization of visual loss and visual functioning. R. F. ALVES, C. C. DE F. R. Inclusão de alunos com baixa visão na rede pública de ensino. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, Programa de Desenvolvimento Educacional-PDE, 2008.

SANTAROSA, Lucila Maria Costi et al. Tecnologias Digitais Acessíveis. F. MAZZONI, A. A. ALVES, J. B.

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