ESTUDO E AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANO SITUADO NA PONTE DE TRAVESSIA ENTRE AS CIDADES DE SENADOR CANEDO E GOIÂNIA
Tipo de documento:TCC
Área de estudo:Engenharias
Luiz Guilherme Gonzaga Borba Ferreira Goiânia - 2020 SUMÁRIO 1. TEMA E PROBLEMA 4 2. JUSTIFICATIVA 5 3. OBJETIVOS 7 3. OBJETIVO GERAL 7 3. TEMA E PROBLEMA O crescente e acelerado processo de urbanização, que propõe o aumento da população mundial e dos espaços edificados nos municípios, sem um planejamento adequado, é responsável por gerar graves impactos ambientais, econômicos e sociais, principalmente, relacionados a proteção e a disponibilidade de recursos naturais. Assim como por afetar, também, a condição sanitária do país e, consequentemente, garantia da qualidade de vida. Acredita-se que condição sanitária no Brasil seja considerada preocupante, devido à presença e a implantação de sistemas ineficientes de saneamento, especialmente, de drenagem urbana. Este cenário, encontrado nos municípios brasileiros, propõe sérios riscos a saúde pública, uma vez que, a ausência ou até mesmo, o uso destes sistemas falhos, tende a contribuir para uma maior incidência de inundações e até mesmo, doenças, que podem propor sérios prejuízos, muitas vezes, irreversíveis.
O município de Senador Canedo, inserido no estado de Goiás, teve a sua ascensão na década de 30, devido a demanda de empregos, gerada pela Rede Ferroviária Federal. O presente trabalho justifica-se, também, pelo fato de que não só atuará na identificação de pontos falhos como irá propor soluções, que possam permitir que o sistema de drenagem da região se torne eficiente e eficaz, contribuindo para o planejamento urbano sustentável do município e, consequentemente, melhoria do bem-estar, locomoção, situação socioeconômica, saúde e estética da região. Sendo assim, do ponto de vista acadêmico, este trabalho fornecerá informações relevantes sobre os sistemas de drenagem e, em especial, sobre aquele implantado na região da Ponte do Lageado, podendo ser utilizado como base para o desenvolvimento de novos estudos.
Do ponto de vista social, tende a contribuir para a divulgação e ampliação dos conhecimentos da população, perante os sistemas de drenagem (estrutura, principais impactos e pontos críticos). Já do ponto de vista profissional, poderá vir a vir fornecer informações para empresas e, especialmente, para a prefeitura do município, com a finalidade de facilitar a tomada de decisão e assim, a implantação de melhorias na região. OBJETIVOS 3. Almeida e Costa (2014) ressaltam que, a ocupação desordenada das áreas de escoamento natural das águas pluviais e, também, a ausência de planejamento adequado nos municípios, intensificam a ocorrência de alagamentos, inundações e cheias, de modo que, favorecerem o acúmulo de águas no leito das ruas. Costa (2010) ressalta que o processo de urbanização acaba por aumentar quase 10 vezes às vazões máximas nos cursos fluviais, devido a intensificação de cheias, em frequência e magnitude, que, aliadas ao aumento de áreas impermeáveis, reduzem de forma significativa a infiltração de água no solo.
Desta forma, ocorre o aumento de volume no escoamento superficial, que pode vir até a desabrigar pessoas que ocupam áreas potencialmente suscetíveis aos riscos naturais (COSTA, 2010). Ou ainda, proporcionar inúmeros transtornos para a qualidade de vida dos indivíduos que abrigam áreas densamente ocupadas, uma vez que, podem proporcionar perdas, desde materiais a humanas (DEPARIS, 2014). A retirada da cobertura vegetal original e a implantação de vias e calçadas, bem como a construção de edificações e diferentes empreendimentos nos grandes centros, durante o processo de expansão, são responsáveis por reduzir a quantidade de espaços permeáveis na região e, a capacidade de suporte e absorção do solo. Os sistemas de drenagem urbana representam, portanto, medidas preventivas, aplicadas a inundações, erosões e assoreamentos, em especial, a áreas baixas de comunidades, que se encontram sujeitas a alagamentos ou marginais de cursos naturais de água.
Quando bem implantados, segundo Ribeiro e Rooke (2010), são capazes de proporcionar grandes benefícios, entre eles: a redução de gastos com a manutenção de vias públicas e de problemas de trânsito, bem como de mobilidade urbana; favorecem o escoamento rápido das águas superficiais e, consequentemente, atuam na eliminação de águas estagnadas, alagamentos e inundações; rebaixamento do lençol freático; promoção da segurança, conforto e bem-esta da população. Segundo Almeida e Costa (2014), os sistemas de drenagem urbana representam, do ponto de vista inicial, sistemas preventivos, de inundações, empoçamentos, erosões e assoreamentos, principalmente, em áreas baixas, que estejam sujeitas a estes eventos. Desta forma, refere-se a um dos componentes do saneamento básico que, também, objetiva evitar malefícios a saúde humana e assim, reduzir significativamente as ondas de cheia, tanto em magnitude quanto na frequência destes eventos extremos (FÁTIMA, 2013).
Entretanto, nota-se que no Brasil o serviço de drenagem é, também, ineficiente e mal planejado, uma vez que, é comum a ocorrência de inundações, enchentes e alagamentos, que tendem a atuar na proliferação de vetores, principalmente, insetos (mosquitos) e ratos, prejudicando diretamente a saúde da população, em especial, nas áreas mais precárias (RIBEIRO; ROOKE, 2010). Constitui, portanto, um sistema projetado, em grande parte, para atender e suprir a drenagem de precipitações moderadas, o qual é composto, de forma especifica, por pavimentos, guias, sarjetas, bocas de lobo, galerias e canais pequenos (FÁTIMA, 2013). Já o sistema de macrodrenagem refere-se ao conjunto de equipamentos e estruturas que contam com galerias de grande porte (ALMEIDA; COSTA, 2014). Desta forma, apesar de apresentar uma definição semelhante a microgrenagem, possui uma dimensão mais extensa, com canais e/ou condutos de grandes dimensões, galerias tubulares (de diâmetro igual ou superior a 1,20m) ou com galerias celulares (seção transversal igual ou superior a 1m²) (FÁTIMA, 2013).
Ross (2012) complementa que, os sistemas de macrodrenagem são capazes de abranger áreas superiores a 4 km² ou 400 há, e, por esta questão, são utilizados, geralmente, para suportar uma incidência maior de precipitação. De acordo com Almeida e Costa (2014), os sistemas de drenagem podem ser encarados como uma alternativa extremamente necessária aos municípios, capaz de reduzir custos com manutenção das vias públicas e doenças (de vinculação hídrica), bem como minimizar os problemas de trânsito, de mobilidade urbana (provocados pelas precipitações) e da presença de águas estagnadas, de modo a garantir e fornecer uma melhor qualidade de vida, segurança e conforto para a população. Já quanto aos objetivos, a pesquisa do presente trabalho classificase como exploratória, uma vez que, como ressaltam Cervo, Bervian e Silva (2006), visa uma maior familiaridade entre o pesquisador e o tema pesquisado, por o tema (condição do sistema de drenagem da região da Ponte do Lageado) ser pouco conhecido e explorado.
E por esta questão, será desenvolvida por meio sondagens (visitas) e da coleta de dados primários, que serão coletados diretamente nas prefeituras. Sendo assim, também, pode ser classificada, quanto aos procedimentos técnicos, como estudo de caso. Uma vez que, conforme relata Cervo, Bervian e Silva (2006), constitui um método qualitativo que permite aprofundar os conhecimentos sobre um fenômeno individual da sociedade e assim, determinar uma teoria, no caso, do porquê ocorrem, com frequência, inundações na região da Ponte do Lageado. ÁREA DE ABRANGÊNCIA A área de abrangência do presente estudo corresponde a região da Ponte do Lageado, localizada entre a divisa do município de Senador Canedo e de Goiânia, como demonstra a Figura 1. Além disso, serão realizadas visitas de campo na região de estudo, com a finalidade de coletar registros fotográficos e demais dados, que possam complementar a análise e facilitar os cálculos.
Uma vez que, os dados coletados serão submetidos a fórmulas, com a finalidade de efetuar os cálculos de dimensionamento das galerias, bocas de lobo, dentre outros elementos do sistema de drenagem, com a finalidade assim, de comparar estes resultados obtidos com o projeto existente da prefeitura, para, consequentemente, avaliar se a execução foi bem feita e se o projeto foi/está adequado, realmente, para a região. CRONOGRAMA 7. REFERÊNCIAS ALMEIDA, D. S. Ocupação urbana e impactos ambientais: O reverso da ocupação irregular em Brasília. f. Dissertação (Mestrado em Sociedade, Tecnologia e Meio Ambiente). Centro Universitário de Anápolis. Anápolis, 2011. Avaliação do desempenho hidráulico de um sistema de drenagem de águas pluviais urbanas. f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil).
Universidade de Campinas. Campinas, 2014. M. A. Proposição de indicadores para a avaliação de Sistemas de Drenagem Urbana. f. Dissertação (Mestrado em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos). COSTA, R. S. S. Riscos socioambientais e ocupação irregular em áreas de enchentes nos bairros: Olarias, Poti Velho, Alto Alegre, São Francisco e Mocambinho Teresina (PI). f. Implicações no meio ambiente decorrentes da ocupação desordenada na área urbana do município de Concordia/SC. f. Monografia (Especialização em Gestão Ambiental). Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Medianeira, 2014. Dissertação (Mestrado em Sustentabilidade00. Universidade Santa Cecília. Santos, 2016. IBGE. Goiânia. br/brasil/go/senador-canedo>. Acesso em: 20 de maio de 2020. GOOGLE MAPS. Google Maps. Disponível em: < https://www. As diferentes formas de expansão urbana.
Revista Nacional de Gerenciamento de Cidades, v. n. p. RIBEIRO, J. A. Análise de sistemas complexos de drenagem urbana. f. Tese (Doutorado em Engenharia). Universidade de São Paulo.
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