ESTUDO DA DOENÇA CELÍACA ASSOCIADA À DOENÇAS TIREOIDIANAS AUTOIMUNES E A INFLUÊNCIA DO MICROBIOMA INTESTINAL NA PREVENÇÃO DESTAS DOENÇA
Delimitação do Tema 9 1. PROBLEMATIZAÇÃO 9 1. JUSTIFICATIVA 9 2 OBJETIVOS 12 2. Objetivo Geral 12 2. Objetivos Específicos 12 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 13 3. O glúten é uma mistura complexa de centenas de proteínas relacionadas, mas distintas, principalmente gliadina e glutenina. Proteínas de armazenamento similares estão presentes em outras fontes como secalina em centeio, hordeína em cevada e aveninas em aveia e são coletivamente referidas como "glúten". A Doença Celíaca (DC) é uma enteropatia crônica autoimune que ocorre no intestino delgado, e é desencadeada pela exposição ao glúten em indivíduos geneticamente predispostos à doença. Estudos recentes, demonstraram que esta doença é mais frequente do que anteriormente se acreditava, entretanto, sua frequência ainda é subestimada. A falta de informação sobre a doença dificulta o acesso precoce aos métodos diagnósticos que poderiam reduzir as possibilidades de tratamento rápido, adequado e consequente melhora clínica.
Completion of Course Work – Nome da instituição, Nome da Cidade, 2019. Gluten is a complex mixture of hundreds of related but distinct proteins, especially gliadin and glutenin. Similar storage proteins are present in other sources such as secalin in rye, hordein in barley and avenine in oats and are collectively referred to as "gluten". Celiac Disease (DC) is a chronic autoimmune enteropathy that occurs in the small intestine, and is triggered by exposure to gluten in individuals genetically predisposed to the disease. Recent studies have shown that this disease is more frequent than previously believed, however, its frequency is still underestimated. Dentre os alimentos em que o glúten pode ser encontrado, como o pão de trigo, cerca de 80% da proteína neste caso, é correspondente ao glúten; em contrapartida, em massas, esta quantidade normalmente consideravelmente menor.
Entretanto, existem alguns alimentos onde não se espera encontrar glúten, mas, podem contê-lo, como é o caso do molho de soja, de sorvetes, de ketchups, entre outros, e isso se deve aos agentes estabilizantes adicionados à estes alimentos industrializados ou ao processamento, que pode ter sido realizado em máquinas que previamente processaram alimentos contendo glúten. Em outros casos, alguns produtos que contêm glúten são ainda mais inesperados, por exemplo, produtos que são utilizados para os cabelos e até maquiagens também podem conter glúten (LEONARD et al. WATKINS E ZAWAHIR, 2017). Diversas doenças podem ser associadas ao consumo do glúten, como por exemplo, a enteropatia sensível ao glúten ou a doença celíaca, sensibilidade ao glúten não celíaca, alergia ao trigo ou cereais, ataxia de glúten e dermatite herpetiforme (CUI et al.
CARROCCIO et al. Em 1966, a Doença Celíaca foi correlacionada com diversas desordens neurológicas. Entretanto, após diversos anos de estudos sobre esta doença, apenas em 2013, o FDA (sigla em Inglês para Food and Drug Administration, órgão regulatório americano) passou a exigir que os produtos contivessem informações claras sobre conter Glúten na composição (SAPONE et al. PEARLMAN E CASEY, 2019). A Doença Celíaca é uma desordem autoimune que afeta desde 0,006 a 5,6% dependendo da região do mundo, porém, em relação à população geral em países ocidentais, afeta cerca de 0,5 a 1% da população, em média. controles, foi observado que a prevalência de casos de doença tireoidiana em pacientes com Doença Celíaca era significantemente aumentada quando comparada ao grupo controle (COSTA, 2003; KAHALY et al.
SUN et al. Doenças tireoidianas autoimunes afetam cerca de 2% a 5% da população, e estão entre os transtornos autoimunes mais comuns. Estas doenças possuem diversas apresentações clínicas, como o hipertireoidismo da doença de Graves (DG) ou o hipotiroidismo associado à tireoidite de Hashimoto (TH). A etiologia destas doenças permanecem desconhecidas, porém, os fatores genéticos e ambientais já são estabelecidos como desencadeadores destas doenças. Portanto, neste estudo serão buscadas as razões pelas quais a doença celíaca tem apresentado um aumento gradativo significativo mais recentemente e quais são as características das populações mais afetadas para buscar padrões elucidativos para a melhor compreensão de quais são as principais causas e como esta doença poderia ser evitada através da alimentação e da modulação do sistema imune através da microbiota.
OBJETIVOS 2. OBJETIVO GERAL Realizar uma revisão sistemática acerca dos temas 'doença celíaca' e 'doenças endócrinas' correlacionando com a modulação do sistema imune de forma a buscar estratégias de prevenção da doença através da alimentação. OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Identificar a relação entre a doença celíaca e doenças endócrinas. • Identificar padrões nas populações afetadas pela doença celíaca. Os pacientes com a Doença Celíaca Atípica, normalmente possuem sintomas gastrointestinais mínimos, porém, a maioria apresenta anemia, osteoporose por deficiência de Cálcio e Vitamina D), artrite, infertilidade, enzimas hepáticas elevadas e problemas neurológicos por deficiência de Vitamina B. Os pacientes com Doença Celíaca Assintomática por sua vez, apresentam os anticorpos e doença intestinal, porém, não apresentam sintomas.
Patogênese A patogênese da Doença Celíaca pode ter 5 diferentes fatores envolvidos, como: desencadeamento por fatores externos; quantidade de consumo de glúten e momento de introdução de glúten na dieta durante a infância; reação da Transglutaminase 2 do tecido ao glúten; alterações genéticas em HLA-DQ2 ou HLA-DQ8; polimorfismos gênicos imunes que controlam a resposta à apresentação de antígeno pelo Linfócito T (GHOSH, 2011). Uma das formas de resposta inflamatória é iniciada quando os peptídeos da Gliadina ou Glutenina entram em contato com as células da barreira epitelial intestinal. Isso ocorre quando a Gliadina ganha acesso à membrana basal do epitélio e interage diretamente com o sistema imune, tanto via transcelular quanto via paracelular, e desta forma iniciam a resposta mediada através células apresentadoras de antígeno (APC - sigla do inglês Antigen-Presenting Cells) e do Complexo Principal de Histocompatibilidade (MHC - sigla do inglês Major Histocompatibility Complex) de Classe II que ativam os Linfócitos T helper 1 (Th1) ou Células Dendríticas.
Caso haja uma melhora clínica com a retirada do glúten da dieta, somado à positividade dos anticorpos e o resultado histológico da biópsia, está confirmado o diagnóstico para a Doença Celíaca. Figura 1 - Comparação entre vilosidades normais e atrofia de vilosidades e hiperplasia de criptas. Fonte: Página do Laboratório Fleury na Internet. A positividade para o anticorpo transglutaminase e/ou anticorpo antiendomísio, auxilia na confirmação do diagnóstico de Doença Celíaca, devido à especificidade acima de 99% quando a atrofia das vilosidades do intestino delgado está presente na biópsia (GUJRAL et al. O anticorpo antitransglutaminase da classe IgA (anti-TTG) é dosado através do método de ELISA (do Inglês Enzyme-Linked Immunosorbent Assay), que é universalmente aceito como teste de triagem para o diagnóstico de Doença Celíaca.
Dos três pacientes que apresentaram o diagnóstico confirmado, todos eram do sexo feminino e apresentavam doença de Hashimoto (TEIXEIRA et al. Em 2018, foi publicado um estudo com o objetivo de investigar se uma dieta livre de glúten poderia afetar a autoimunidade da tireóide, a atividade do eixo hipotálamo-hipófise-tireóide e os testes de função tireoidiana. Este estudo comparou 34 mulheres com tireoidite de Hashimoto, divididas em dois grupos, onde um grupo adotou a dieta livre de glúten e o outro grupo manteve uma dieta normal. Como resultados obtidos deste estudo, foi observado que a dieta livre de glúten, pode trazer diversos benefícios clínicos para pacientes com doença autoimune da tireóide concomitante à Doença Celíaca (KRYSIAK et al.
A doença autoimune da tireóide mais comum é a tireoidite de Hashimoto e a doença de Graves, sendo que a incidência da tireoidite de Hashimoto é aproximadamente de 3,5 casos a cada 1. Alguns pesquisadores sugerem que a disbiose, por exemplo, após o uso de antibiótico, independente da sensibilidade ao glúten, pode ativar uma ativação do sistema imune inato, resultando na secreção de moléculas pró-inflamatórias, ruptura da barreira epitelial, e um aumento da transferência de peptídeos do glúten, uma cascata que pode levar ao desenvolvimento da Doença Celíaca (CUKROWSKA et al. Segundo dados da literatura, há resultados positivos demonstrando que o uso de alguns probióticos, como os Lactobacillus spp. podem auxiliar no tratamento de pacientes com Doença Celíaca, por ajudarem a reduzir os danos à mucosa, por suprimirem as citocinas pró-inflamatórias e aumentarem a produção de ácidos graxos de cadeia curta (MEDINA et al.
PINTO-SÁNCHEZ et al. Um estudo demonstrou que o genótipo HLA-DQ pode interferir no processo de colonização do trato gastrointestinal. Pathobiology 2010;77:328–34. CARROCCIO A, et al. Persistence of Nonceliac Wheat Sensitivity, Based on Long-term Follow-up. Gastroenterology 2017;153(1):56-58. e3. Microbiol. CONNAN V, et al. Online education for gluten-free diet teaching: Development and usability testing of an e-learning module for children with concurrent celiac disease and type 1 diabetes. Pediatr Diabetes. COSTA CD. DA SILVA KOTZE LM, et al. Thyroid disorders in Brazilian patients with celiac disease. J Clin Gastroenterol 2006;40(1):33-6. DE PALMA G, et al. Interplay between human leukocyte antigen genes and the microbial colonization process of the newborn intestine. GESSL A, et al. Thyroid disorders. Handb Exp Pharmacol 2012;(214):361-86. GHOSH S. Advances in our understanding of the pathogenesis of celiac disease.
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