ESGOTO SANITÁRIO

Tipo de documento:Dissertação de Mestrado

Área de estudo:Ciencias ambientais

Documento 1

Segundo a NBR 9648:1986 da Associação Brasileira de Normas Técnicas, esgoto sanitário compreende o “despejo líquido constituído de esgotos doméstico e industrial, água de infiltração e a contribuição pluvial parasitária” (ABNT, 1986, p. A mesma norma ainda define esgoto doméstico como o despejo proveniente da água utilizada para higiene e atendimento das necessidades fisiológicas das pessoas, esgoto industrial como o líquido oriundo dos processos produtivos das indústrias, água de infiltração como o líquido cuja origem é o subsolo e se infiltra nas canalizações e contribuição pluvial parasitária a água da chuva que acaba atingindo a rede de esgoto. O esgoto sanitário apresenta variações em sua composição, mas, no geral, de acordo com Mendes ([2017?]), ele é composto por 99,9% de água e apenas 0,1% de sólidos, sendo que da parte sólida, 80% correspondem a materiais orgânicos e 20% são materiais inorgânico, principalmente a areia.

Os efluentes apresentam origens diferentes e, desta maneira, cada tipo possui características distintas. Por exemplo, os efluentes domésticos são compostos por fezes, urina, água proveniente da lavagem de roupa, banhos, entre outras. FORMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO EM COMUNIDADES CARENTES Existem diversas maneiras de tratar efluentes e os métodos diferem de acordo com o tipo e características do esgoto, eficiência desejada no tratamento, volume de esgoto gerado, disponibilidade de área e de capital a ser investido. Para o caso de comunidades carentes sem acesso à rede coletora de esgoto, torna-se inviável o tratamento com técnicas mais avançadas e que requeiram um alto investimento inicial e de manutenção. Por outro lado, o esgoto não pode ser lançado in natura no ambiente, principalmente no solo e nos corpos d’água, pois isso causa diversos impactos negativos conforme descrito anteriormente.

Desta maneira, o esgoto nessas áreas deve ser tratado utilizando-se métodos financeiramente acessíveis, não muito complexos e de fácil operação e manutenção, mas que apresentem eficiência suficiente para garantir que o material despejado na natureza apresente características adequadas e para que os impactos causados sejam os menores possíveis. Um tipo de tratamento que apresenta todas essas características é o sistema de tanque séptico. Tratamento Complementar Assim que o efluente deixa o tanque séptico, ele pode ser destinado para estruturas de tratamento complementar, que buscam remover maior quantidade de substâncias que causam danos ao meio ambiente e à saúde pública. A seguir, serão apresentados os conceitos e características principais dos diferentes tipos de tratamento complemento do tanque séptico.

O filtro anaeróbio, de acordo com a NBR 13969:1997, é “[. um reator biológico onde o esgoto é depurado por meio de micro-organismos não aeróbios, dispersos tanto no espaço vazio do reator quanto nas superfícies do meio filtrante” (ABNT, 1997, p. O processo anaeróbio é eficiente na remoção de matéria orgânica do esgoto, ele pode exalar odores e é afetado pela variação climática (ABNT, 1997). O LAB apresenta alta eficiência no tratamento de efluentes e é um sistema simples para ser implementado e utilizado, porém requer maior manutenção que os demais tratamentos complementares descritos anteriormente. É um sistema útil para casos em que se exija maior qualidade do efluente descartado (ABNT, 1997). A lagoa com plantas aquáticas, de acordo com a ABNT (1997, p. uma lagoa de esgoto onde se permite o crescimento intenso de plantas aquáticas flutuantes, tais como aguapé e outras plantas com raízes abundantes, de modo a permitir fixação de micro-organismos responsáveis pela depuração do esgoto nas mesmas.

Além disso, as plantas aquáticas, ao crescerem, absorvem nutrientes contidos no esgoto. O canteiro de infiltração e de evapotranspiração, segundo a ABNT (1997, p. “é o processo que consiste na disposição final do esgoto, tanto pelo processo de evapotranspiração através das folhas de vegetação quanto pelo processo infiltrativo no solo”. Esse tipo de disposição é utilizado em locais onde a infiltração não pode ser realizada, ele requer a substituição do solo por um de melhor qualidade e a plantação de vegetais de pequeno porte para acelerar a evapotranspiração (ABNT, 1997). O sumidouro é um dos mecanismos de disposição final mais conhecidos que existe no país, segundo a ABNT (1997, p. a unidade de depuração e de disposição final do efluente de tanque séptico verticalizado em relação à vala de infiltração.

Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução nº 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 mai. p. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9648: Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário - Procedimento. php/4103430/mod_resource/content/0/Aul a%203%20-%20Sistemas%20de%20Esgotamento%20Sanit%C3%A1rio%20%20Parte%201. pdf> Acesso em 19 jun. LOPES, T. R. Caracterização do esgoto sanitário e lodo proveniente de reator anaeróbio e de lagoas de estabilização para avaliação da eficiência na remoção de contaminantes. Manual de controle da qualidade da água para técnicos que trabalham em ETAS / Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde.

Brasília: Funasa, 2014. p. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7229: Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos.

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