ESCOLA E FAMÍLIA A IMPORTÂNCIA DESSA UNIÃO PARA A PRÁTICA COMPLETA DO ENSINO-APRENDIZAGEM DO ALUNO

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Não dispondo de muito tempo para cuidar e acompanhar a educação e o progresso de seus filhos, por necessidade elas se viram sujeitadas a colocá-los cada vez mais cedo na escola. Dessa maneira vê-se cada vez mais o dever da escola no papel de ensinar, cuidar e instruir as crianças, o que se torna um grande obstáculo para aprendizagem plena do aluno já que a escola precisa do apoio e cooperação da família com objetivos de compartilhar, dividir e contribuir nesse processo. Essa necessidade de introduzir a relação familiar no desenvolvimento educativo da criança é capaz de colaborar para que o professor consiga compreender as atitudes do aluno e as dificuldades que enfrentam no cotidiano escolar. O Art. ° da Lei nº 9. MARQUES,2002 p.

O presente estudo pretende evidenciar a importância da relação família e escola no processo ensino-aprendizagem e suas contribuições para o completo desenvolvimento do aluno. Procura relatar o perfil da família e sua relevância na complementação do ensino escolar, identificando o papel dos pais na educação de seus filhos e verificando a participação dos mesmos em suas atividades escolares. Também deseja observar as contribuições que a escola gera na vida social dos alunos para formá-los futuros cidadãos e como ela pode estabelecer vínculos de cooperação com os pais a fim de efetivar essa participação, pois sob o ponto de vista de Oliveira (2002) ainda são poucos os estudos que mostram caminhos para concretizar a integração família e escola.

Um dos pontos mais criticados pela escola é a falta de participação familiar no processo de ensino do aluno criando obstáculos para acompanhar a criança no seu desenvolvimento escolar, acarretando dificuldades de transmitir conteúdos planejados, pela falta de limites dos alunos. No dia 27 de setembro de 2015 a Câmara aprovou a proposta do Estatuto da Família passando a reconhecer o conceito do termo família como “a entidade familiar formada a partir da união entre um homem e uma mulher, por meio de casamento ou de união estável, e a comunidade formada por qualquer dos pais e seus filhos”. Podemos perceber dessa forma que esta definição não está de acordo com as novas configurações de família que permeiam e estão presentes na sociedade.

É possível e é comum encontrar também famílias com casais homossexuais; de famílias compostas por casais do segundo casamento, de mães que assumiram a responsabilidade de criar seus filhos sozinhas; seja por opção ou não, sendo caracterizadas como “famílias uni parentais”; de pai e mãe que passam o dia fora de casa trabalhando ficando a cargo dos avós, outros parentes ou babás os cuidados com as crianças, entre outros. De acordo com Andréia Martins da Novelo Comunicação: [. com o passar do tempo, novas combinações e formas de interação entre os indivíduos passaram a constituir diferentes tipos de famílias contemporâneas: a nuclear tradicional (um casal de homem e mulher com um ou dois filhos, sendo a relação matrimonial ou não); matrimonial; informal (fruto da união estável); homoafetiva; adotiva; anaparental (sem a presença de um ascendente); monoparental (quando apenas um dos pais se responsabiliza pela criação dos filhos); mosaico ou pluriparental (o casal ou um dos dois têm filhos provenientes de um casamento ou relação anterior); extensa ou ampliada (tem parentes próximos com os quais o casal e/ou filhos convivem e mantém vínculo forte); poliafetiva (na qual três ou mais pessoas relacionam-se de maneira simultânea); paralela ou simultânea (concomitância de duas entidades familiares), eudomonista (aquela que busca a felicidade individual), entre outras.

Um fator de mudança na instituição familiar ocorreu durante o período da Revolução Industrial com a inserção da mulher no mercado de trabalho provocando modificações do seu papel na sociedade. O lar já não era a única fonte de atuação da mulher que passou a alçar voos mais altos, ganhando notoriedade em conquistas e direitos formais de cidadania e participação crescente nas atividades públicas. A Lei 4. do Estatuto da Mulher Casada foi um marco no que diz respeito ao direito da família, porque tinha como finalidade acabar com as humilhações que as mulheres sofriam como as de serem obrigadas a casar e precisarem de permissão do marido para trabalhar, entre outras. Essa lei pôde proporcionar a mulher um novo paradigma em relação ao seu cônjuge, podendo até mencionar em igualdade de direitos.

trouxe grandes modificações no relacionamento conjugal. Finalmente, a constituição de 1988deu à mulher os mesmos direitos e deveres na família” (Côrtes, 2013) A participação crescente das mulheres nas atividades públicas e a conquista de direitos formais de cidadania não apenas desafiaram a hierarquia sexual moderna, mas atingiram em cheio o coração da família" (VAITSMAN, 1994, p. A medida que esse espaço da mulher foi aumentando, os conflitos entre os casais também se alargaram, gerando grande número de separações. Quando a divisão sexual do trabalho e o individualismo patriarcal são redefinidos e homens e mulheres passam a se ver como iguais, criam-se condições sociais particularmente favoráveis para que este conflito se manifeste, levando a um maior número de separações.

VAITSMAN, 1994, p. A mulher atualmente conseguiu travando passo a passo, porém em passos lentos, mais até um pouco rápidos nesse último século, conquistar seus direitos e ainda administrar seu tempo, porque ela diferentemente do homem, não todos, mais alguns, mantém uma única jornada de trabalho; a mulher além de trabalhar para contribuir com as despesas econômicas e financeiras do lar, precisa administrar o lar, exercer o papel de administradora, mãe, esposa e principalmente o papel de mulher. Grangeão, 2015) De acordo com que foi exposto podemos perceber que apesar do aumento de atividades, a mulher assim como a família evoluiu, essa evolução cabe observar que ainda é lenta e está em constante transição, além disso, muito difícil de aceitação em algumas sociedades e grupos.

Porém hoje, a mulher já é ensinada a percorrer um caminho profissional e anseiam até mesmo por trabalhos que antes eram considerados apenas para homens. O lar e os filhos, já não são as únicas atuações, nem prioridades e certos adjetivos como mãe solteira e divorciada também não são tão relevantes como outrora. As mulheres hoje buscam estabilidade emocional e profissional, sendo maior número nas universidades. Essa rotina nas atividades é importante, pois possibilita que a criança se organize, transmitindo confiança. Essas atividades devem proporcionar momentos lúdicos para criança através de brincadeiras, pois é imprescindível para essa faixa etária visto que possibilita a imaginação e ressignificação do real, tornando-se participativo. A brincadeira quando mediada pelo professor se tona fonte de muitos momentos prazerosos de aprendizados para a criança.

Dentre as capacidades que a criança pode desenvolver brincando, está a imaginação, atenção, a imitação e a memória. Observamos que escola tem um papel fundamental na vida da criança ainda que muito pequena, mas é essencial que os pais ou responsáveis participem desse processo com parecerias com a escola, momentos de trocas e dividindo responsabilidades para que exista conexão nas ações de ambos, e assim, a criança possa ser beneficiada. A necessidade de se obter o melhor para a família, a troca de valores baseada, construída em torno de uma visão capitalista, infelizmente sugere que “coisas são mais importantes do que pessoas”. Daí a situação frequente onde pais tentam compensar o tempo não gasto com seus filhos através de presentes, passeios etc.

Enquanto sabemos muito bem que tudo isso nunca substituirá sua presença que gradativamente vai se tornando rara. PAULA, 2014) Sobre o mesmo ponto de vista, Donatelli (2004) descreve que a falta dos pais em grande parte da vida dos filhos faz com que eles compensem essa ausência com bens materiais além de terem dificuldades em contrariar os desejos desmedidos e fora de controle dos filhos. “E os pais, sentindo se culpados por tudo que deu errado e, principalmente, por aquilo que possa a vir a dar, compensam a situação consumindo grande parte do que a indústria cultura e de quinquilharias produz”. A incapacidade intelectual, também é um dos fatores, pois dessa maneira eles acreditam que não possuem condições para auxiliar seus filhos. Entre muitos pontos relacionados à falta de comparecimento dos pais com o processo escolar do aluno está ligado diretamente às relações familiares.

Essas relações também estão pautadas ao histórico com a educação escolar que esses pais tiveram, muitos sem oportunidades de ir e permanecer na escola porque precisavam trabalhar e ajudar na complementação da renda familiar. Os que buscavam a escola em outro momento se depararam com uma condição muito desgastante, pois trabalhavam durante o dia e estudavam durante a noite e assim, muitos desistiam optando em sua maioria apenas pela continuação do trabalho. Infelizmente ainda hoje essa situação de evasão escolar é recorrente no Brasil e muitos dos pais atuais são aqueles que precisaram deixar o estudo para trás não concluindo as etapas de ensino. Nesse ambiente físico que constituem fatores psicológicos, social e cultural, os indivíduos podem se desenvolver de forma global, por meio de atividades e projetos programados e realizados dentro e fora da sala de aula.

REGO,2003). Dessa forma, a escola comporta em seu espaço pessoas com características distintas, ocasionando entre elas interações permanentes e complexas, de acordo com o nível de desenvolvimento de cada aluno. Refere-se a um espaço multicultural que compõem ao mesmo tempo a criação de laços afetivos e preparação para viver em sociedade (OLIVEIRA, 2000). A escola tem o papel e dever, formar cidadãos que sejam capazes de resolverem diferentes situações, de maneira que possam ampliar suas habilidades e aptidões para o alcance de conhecimentos, deixando à simples aquisição de conteúdos planejados e passando a levar em consideração a formação de um indivíduo reflexivo e crítico, que possa relacionar seus conhecimentos prévios, com os conhecimentos construídos ao decorrer de sua vida escolar.

Narração de fatos que se sucedem uns aos outros. Analogia entre fatos ou discursos. Dependência, ligação. Ligação afetiva ou sexual entre duas pessoas. Comparação entre duas quantidades desiguais. Todavia, quando o eixo do debate é a participação dos pais na educação de seus filhos e seus efeitos na aprendizagem escolar, é importante salientar alguns aspectos a serem levados em consideração. A família como primeira “escola” da criança representa um pilar importante na escolarização dos alunos dado o valor significativo que a família exerce, principalmente nos seus primeiros anos. De acordo com Carvalho, (2000) a família é um aporte que possibilita o desenvolvimento do ser humano. Dentre suas contribuições fundamentais está a socialização, que vai inserir a criança no meio cultural com o ensino da língua materna, colaborando na construção dos primeiros símbolos e regras que vão abranger a educação de modo geral e em parte da cognitiva, que vai cooperar no processo de escolarização na escola.

Nesse sentido, o alicerce psicológico, econômico, social e cultural do grupo familiar constitui um fator primordial no progresso de desenvolvimento da criança (CHRISTENSON & ANDERSON, 2002; MARQUES, 2002). Ou seja, a participação dos pais e responsáveis é muito importante na vida escolar do aluno, estes possuem formas de intervir em seu aprendizado e podem colaborar de diversas maneiras em parceria com a escola. Quanto à instituição escolar, o papel é promover a aprendizagem e desenvolvimento, com o objetivo de formar integralmente o aluno, levando em conta aspectos psicológicos, físicos, motores, cognitivos e sociais, preparando-lhes para a vida em sociedade. Nesse contexto a escola deve deixar de ser apenas um espaço onde se busca a formação sistematizada, especificamente para a aquisição de conteúdos programáticos para ser um ambiente onde o aluno possa ser autor de suas transformações e construir-se como agente crítico.

Porém, a escola ainda que seja uma instituição onde se busca desenvolver o aluno integralmente, nos seus diversos aspectos para prepará-lo não só para a vida escolar, mas como na vida em sociedade, precisa de apoio, pois ela sozinha não educa o aluno e para López (1999/2002), da mesma forma a família não possui condições de educar sem a ajuda da escola. Para tanto ambas devem caminhar juntas nesse processo. ” (p. A adoção de um modelo democrático, libertador, com novas práticas educativas, novas atitudes e sentimentos, traz a família para uma condição de instituição formadora, que pode ter uma ação no sentido de mudança social. A fim de que essa mudança ocorra, a família precisa ser vista como objeto de atenção educacional, especialmente as famílias das camadas sociais mais empobrecidas, cujas dificuldades na educação dos filhos remetem- se frequentemente à sua condição de exclusão social e econômica.

SZYMANSKI, 2000, p. A autora Szymanski, sugere um trabalho em conformidade com a ótica de Freire se dando as percepções sobre a educação bancária e a problematizadora. Contudo, a escola também se encontra inserida na função de educar na medida em que o trabalho realizado pelos professores que ali atuam, visa o desenvolvimento integral do indivíduo, afirmando o exercício pedagógico na construção de um ser preparado para os saberes escolares, bem como para a vida em sociedade Neste estudo, foi tratado o processo de inclusão família e escola em vista as práticas pedagógicas tradicionais que deixam a desejar e são as principais causas para o fracasso escolar. Não sobram dúvidas que a inserção da família na escola contribui para o progresso educacional.

Entretanto incentivos, propostas construtivas e inovadoras são fundamentais para que venha ocorrer um processo de inserção entre professor, família e aluno com êxito ajudando a ampliar o mundo deles. A incorporação da família e escola é relevante, uma garantia e uma prática concreta de uma construção emancipadora da existência das pessoas e da humanidade. Demonstra a interação entre os diversos segmentos da comunidade escolar tendo como objetivo o melhor aprendizado e a formação de indivíduos conscientes de seus deveres e direitos. org. Emas básicos da sociologia, São Paulo: Cultrix. BARROSO, J. Para o desenvolvimento de uma cultura de participação na escola. Cadernos de Organização e Gestão Curricular. BRASIL. Ministério da Educação, Dúvidas mais frequentes sobre educação infantil, janeiro de 2013.

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PAULA, J. R. A ausência dos pais na vida escolar das crianças do ensino fundamental. Disponível em: https://psicologado. com/atuacao/psicologia-escolar/a-ausencia-dos-pais-na-vida-escolar-das-criancas-de-ensino-fundamental. Em busca de uma compreensão das relações entre família e escola. Psicologia Escolar e Educacional, 9(2), 303-312. REGO, T. C. Memórias de escola: Cultura escolar e constituição de singularidades. br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=17678. Acesso em 08 março 2021. SHOTER, Edward. The Making of the Modern Family. Nova Iorque: Basic Books, 1975. pdf. Acesso em maio de 2021. VARANI, A. SILVA, D. C.

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