Ensino de química e biologia
Tipo de documento:Artigo cientifíco
Área de estudo:Pedagogia
O trabalho consistiu em um levantamento bibliográfico a partir do qual foi possível concluir que este tipo de ferramenta aumenta no aluno o interesse em aprender, tornando-o mais participativo em sala de aula e consequentemente proporciona um melhor rendimento. No entanto deve ser utilizada apenas como uma ferramenta auxiliar e não como atividade principal no processo de ensino/aprendizagem. Palavras-chave: Lúdico. Ensino de química e biologia. Ferramenta auxiliar. Para Neto e Moradillo (2016, p. “O campo do lúdico no ensino de química encontra-se em uma fase ainda centrada em um ‘ativismo’”. Ou seja, ainda há uma busca intensa na atualidade por metodologias que façam com o ensino de química se torne mais lúdico. Este pensamento também pode ser estendido às demais disciplinas, como física e biologia, por exemplo.
O fato é que, quando se pensa em um jogo e/ou atividade relacionada ao ensino de química, pouco são as ideias que nos surgem à mente. De acordo com Silva (2015. o lúdico tem por finalidade ensinar e educar de forma divertida e interativa despertando o prazer pela busca do conhecimento. De forma que Procedimentos como estes, usados no processo de ensino-aprendizagem por professores, proporcionam um ambiente favorável para a aprendizagem dos alunos, no sentido de desenvolver competências significativas para apropriação do conhecimento, e também para os professores, proporcionando uma nova maneira de ensinar e aprender. BRITO et al. p. Algumas implicações podem ser discutidas mais detalhadamente se partirmos do princípio de um conceito básico: o que é o lúdico? E como o mesmo pode ser aplicado na educação? Esses questionamentos, mesmo parecendo coisas triviais podem ser respondidos de forma bastante ampla se levarmos em consideração o quão complexo é o fenômeno da educação (não sei se a palavra fenômeno cabe aqui, mas de toda forma podemos imaginar a educação como sendo um fenômeno para facilitar mais nosso entendimento dentro de certos parâmetros).
Trabalhar com alunos, independentemente de sua faixa etária sempre será complicado se não houver ferramentas de ensino apropriadas que tornem a aprendizagem mais ampla e facilitada. Muitos acreditam que há uma “receita” para se conseguir tornar as aulas mais atrativas para aqueles que não as acham tão interessantes. É sábio dizer que receitas sempre estão aptas a falhar, bem como a funcionarem, isto em todos os segmentos. O que queremos abordar é que ao seguirmos determinadas metodologias em nossa abordagem de sala de aula cotidiana estamos, de certa forma, seguindo um roteiro (uma receita) que aprendemos a adaptá-la, ou não, ao nosso modo. A falta de capacitação atrelada às dificuldades enfrentadas pelos discentes são pontos que, juntos, tornam o ensino de química e biologia algo bastante complexo e que necessita de uma atenção maior em escolas de ensino regular.
Diante dessa problemática, as atividades lúdicas são excelentes ferramentas norteadoras do desenvolvimento do ensino e da aprendizagem dos discentes e, ótimas facilitadoras do trabalho docente, promovendo maior interação entre professor e aluno. Em seu trabalho “O lúdico no ensino de química” Neto e Moradillo (2016) destacam: Não podemos esperar que os estudantes estejam prontos para a aprendizagem de química no início do processo educativo; porém, não podemos, também, nos contentar com os interesses imediatos dos estudantes pelo lúdico. Esses interesses não devem servir de mola mestra para fundamentar o trabalho docente, o qual deve sempre mirar mais alto, tendo como diretriz-fim o desenvolvimento do estudante para que ele ganhe autonomia na atividade de estudo. Em termos gerais, ao fim do processo, o professor de química precisa prescindir da atividade lúdica porque ela gerou novos motivos.
É necessário que haja uma intervenção do professor e que a aplicabilidade dos jogos seja de forma contínua a promover o aprendizado espontaneamente, pois, muitos jogam apenas estimulam o ato de decorar, o que não é o intuito das atividades lúdicas. O lúdico no ensino de química A química por si só constitui uma ciência bastante complexa que engloba diversos aspectos que juntos com outras ciências a torna bastante relevante para a educação. Na educação brasileira, os Parâmetros Curriculares Nacionais (1999), obrigam o ensino de química propriamente dita apenas no ensino médio, embora em ciências naturais, vista no ensino fundamental, há algumas poucas “pinceladas” dos conteúdos abordados nesta disciplina. O conteúdo abordado nos anos do ensino médio é bem disposto e dividido de forma que os livros didáticos abordam praticamente os mesmos assuntos e seguem basicamente a mesma linha de raciocínio.
No entanto, devemos levar em consideração que o livro didático constitui apenas uma ferramenta a ser utilizada nas aulas. Entretanto, utilizar o lúdico como alternativa metodológica não é uma opção trivial, como se fosse um passatempo ou intervalo no Ensino de Química. Requer que o professor tenha conhecimento de suas teorias, métodos e de seu potencial pedagógico, para que conscientemente e deliberadamente possa explorar as habilidades e competências que tais atividades podem propiciar ao estudante. GARCEZ, 2014, p. Aqui vemos a autora ressaltar que o desinteresse é algo que assola as salas de aulas e traz muitos transtornos aos docentes. É também destacado que as ferramentas lúdicas possuem grande papel no ato de diminuir esse desinteresse discente, no entanto, há de se tomar alguns cuidados na aplicação das atividades lúdicas, pois as mesmas não devem ser tidas apenas como um passatempo ou algo trivial, pelo contrário, as atividades devem ser bem planejadas, com apoio pedagógico e intervenção do professor, mostrando que tudo tem um fundamento e está sendo bem aplicado.
entender a importância da utilização dos jogos no processo educativo, como instrumento facilitador da integração, da sociabilidade, do despertar lúdico, da brincadeira e principalmente do aprendizado, enfocando a necessidade de alguns cuidados que devem ser tomados ao levarmos um jogo em sala de aula e ressaltando a importância da colocação de regras e pontuações. LIMA et al, 2010, p. Os jogos além de terem o papel de ensinar o conteúdo a eles associados desempenham também um papel de comunicação, interação professor-aluno, interação aluno-aluno, estímulo de trabalho em equipe, dentre outros fatores que tornam a escola não apenas um espaço onde se aprende conteúdos, mas também onde se aprendem valores sociais, éticos e profissionais. O desenvolvimento das atividades lúdicas no ensino de química é, sem dúvidas, crucial no ensino aprendizagem do discente, por isso, devemos atribuir um papel de suma importância ao professor, pois é o mesmo que está apto a desenvolver e propagar tais atividades.
Para Santos (2014): É papel crucial do docente, quando se trata de busca continua pelos motivos e as causas da desmotivação por parte do aluno, aliás, o professor deve estar sempre motivado neste quesito, pois, não se trata de uma tarefa muito fácil. No entanto, esta não é a realidade vivenciada pela grande maioria das escolas, uma vez que as mesmas sofrem constantemente com a falta de estrutura física que possa adequar laboratórios de química, biologia, física, etc. que atendam a demanda de estudantes e professores. Vimos que as aulas em laboratório para muitos é um sonho muito distante, então é necessário procurar outros meios que também possam solucionar a falta de interesse nas aulas de biologia. Para isto, o uso de atividades lúdicas, como já mostrado, tem se tornado uma excelente opção para se desenvolver de forma dinâmica o aprendizado dos discentes.
Uma grande dificuldade enfrentada pelos professores que tentam promover a aplicação de atividades lúdicas nas aulas de biologia (e outras disciplinas) é que a mesma é ofertada apenas no ensino médio, ou seja, um público-alvo totalmente adolescente que não está interessado em todo tipo de jogo ou brincadeira. Muitos conhecimentos biológicos contemplam o conteúdo do ensino médio, o que oferta ampla possibilidade de se trabalhar dentro do universo da biologia, isto é um ponto positivo que os PCNs mostram, por outro lado, sabe-se que jamais tudo isto será comtemplado com 100% de efetividade na educação básica e, provavelmente, nem na rede privada. O autor destaca que os PCNs lançam um monte de propostas e metas a serem cumpridas, no entanto, não são mostrados os meios, as formas e os métodos que devem ser seguidos para se atingir tais objetivos.
Como já mencionado, o ensino médio é composto basicamente composto por um público adolescente, então as aulas devem ser direcionadas para eles, de tal forma que os mesmos possam se sentir atraídos e instigados a aprender tais conteúdos. Assim, Cabrera (2007) ainda destaca em sua dissertação de mestrado que: [. para se alcançar a aprendizagem no adolescente, é necessário que o professor observe esse processo de desenvolvimento cognitivo e os fatores que o determinaram, e depois, de posse disso, proporcione situações de aprendizagem adequadas aos diferentes níveis desse desenvolvimento, ajudando os a refletir e avaliar suas capacidades mentais e a reconhecer as diferenças individuais de inteligência. METODOLOGIA Diante da problemática apresentada, a presente pesquisa terá cunho bibliográfico e mostra as dificuldades enfrentadas pelos docentes na tentativa de ministrar aulas envolvendo as áreas de química e biologia e como esta realidade pode ser mudada através da inserção do lúdico no ensino destas ciências.
Para tanto, serão coletadas informações e realizadas discussões a partir de artigos científicos, livros e periódicos dos últimos 15 anos a fim de se contextualizar e mostrar como estas atividades vêm mudando a maneira de ensinar aplicando diversos conteúdos de forma mais didática e proporcionando uma melhor aprendizagem discente. A pesquisa será fundamentada em autores que buscam mostrar o quanto uma mesma aula pode se tornar mais eficiente e mais didática utilizando-se de metodologias lúdicas como jogos, brincadeiras e atividades que saiam do ambiente da sala de aula e tragam o aluno para a sua realidade social, histórica e vivencial. Na primeira parte falaremos, de uma forma mais geral, sobre a importância das atividades lúdicas no ambiente educacional e os impactos didático-pedagógicos que as mesmas influem em uma sala de aula.
A partir daí a discussão será direcionada e mais focalizada em nosso objeto de estudos que serão as disciplinas de química e biologia no ensino médio. Londrina/PR. UFPR (dissertação), 2007. CARDOSO, A. P. L. KLAUBERG, S. D W. O Lúdico no Ensino da Biologia Uso de um modelo didático para ensino da divisão celular mitótica. Nova Londrina/PR. UFPR (TCC), 2015. F. O Lúdico no Ensino de Química: Considerações a partir da Psicologia Histórico-Cultural. Quím. nova esc. – São Paulo-SP, BR, 2016. F. MARQUES, I. A. SILVA F. R.
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