Efeitos das estiagens para a população do Paraná

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Geografia

Documento 1

Adotar práticas sustentáveis sobre o meio ambiente, nunca foi tão urgente. Se as tratativas não forem consolidadas mais efetivamente entre governos e sociedade, toda ela, principalmente ela, sofrerá as alterações climáticas que mudarão o modo de se viver e, futuramente, tendo um alto custo para usufruir um bem que hoje é dado de forma barata e até gratuita. Esse artigo possibilitou o entendimento de que precisa urgentemente todos se acordar e entender o meio ambiente e sua relação direta à vida, não somente dos humanos, mas de toda ela, que estabelecem uma sobre o outro: equilíbrio. Na falta de algum dos elementos naturais, ações severas do tempo sobre as pessoas ocorrerão. Palavras Chaves: Estiagem. Changes INTRODUÇÃO Trazer o tema da estiagem para uma discussão mais aberta e com amplo referencial teórico permite repensar sobre o que o homem está fazendo para preservar toda a vida no planeta em que vive, sobretudo força um debate ainda mais urgente sobre toda a questão ambiental, pois a cada dia que passa, são visíveis e sentidos os efeitos negativos da excessiva exploração dos recursos naturais, que de toda essa discussão já justifica o seu estudo nesse artigo.

Como é o caso da estiagem que produz um efeito desastroso na vida das pessoas, do meio ambiente e da agricultura, como é demonstrado nesse estudo sobre a estiagem no Estado do Paraná. Para isso, partiu-se da seguinte problemática: Será que as relações do homem com a natureza estão estabelecendo uma relação harmônica na exploração dos recursos naturais? Essa pergunta muito simples, mas cheia de buscas e respostas, promovem inúmeras reflexões que se objetivam em primeiro momento e de forma geral o entendimento de como a exploração excessiva dos recursos naturais, provoca mudanças climáticas negativas para a sobrevivência no planeta. De forma muito particular e específica a pesquisa busca respostas para entender o porquê das mudanças climáticas, de como ela está intrinsicamente interligada a estiagem histórica que vive o estado do Paraná nesse ano de 2020.

Para entender todo esse contexto ambiental, foi preciso seguir passos científicos que ergueu-se sobre a metodologia bibliográfica e da abordagem qualitativa. Isso pode impactar de diversas formas a vida, a biodiversidade de cada país como um todo ou em áreas específicas. Isso já é sentido em diversos países como a China que teve que adotar urgentemente políticas de preservação do meio ambiente devido a grande poluição. São armazenadas pelas florestas grandes quantidades de carbono, quando são queimadas, por exemplo, liberam esses gases na atmosfera. Esses gases e tantos outros liberados pelos carros, pelas chaminés das empresas corroboram intensamente para a mudança do clima em todo o planeta (MARENGO, et al. Segundo Marengoet al. Conforme Marengo (2007, p,. secas, enchentes, ondas de calor e de frio, furações e tempestades, têm afetado diferentes partes do planeta e produzido enormes perdas econômicas e de vidas.

Como exemplos, podem ser citados a onda de calor na Europa em 2003, os furacões Katrina, Wilma e Rita no Atlântico Norte em 2005, o inverno extremo da Europa e Ásia em 2006. Também se pode mencionar, no Brasil, o furacão Catarina em março 2004, a recente seca da Amazônia em 2005 e as secas já observadas no Sul do Brasil em 2004, 2005 e 2006. Há, ainda, impactos relacionados, como alterações na biodiversidade, aumento no nível do mar e impactos na saúde, na agricultura e na geração de energia hidrelétrica que já podem estar afetando o Brasil, assim como o restante do planeta. Grandes tempestades e com fortes ciclones tem sido constantes nos três estados da região sul do Brasil. ESTIAGEM NO PARANÁ E COMPOSIÇÃO HÍDRICA Considerado como um fenômeno natural, a estiagem é o período em que um determinado lugar fica por um período sem chuvas, o que promove a seca.

Isso tem impactos negativos na agricultura e na econômica dos lugares onde ela se apresenta. Além disso, elas são capazes de mudar a própria rotina das pessoas que sofrem com a falta de água para o próprio consumo. Mesmo considerada um fenômeno natural, recai sobre ela as ações da própria mudança do clima no planeta, sobretudo pelo uso excessivo dos recursos naturais e de toda a biodiversidade no planeta (BERNARDY, 2011). Para Alpino (2014) as estiagens fazem com que muitas doenças apareçam. Isso porque pela falta de água, as pessoas necessitam consumi-la através de muitas outras fontes, que nem sempre são tratadas. Isso faz com que as sejam ingeridas bactérias nocivas à saúde, levando a pessoa até a morte.

Sem contar a dificuldade que animais, principalmente os confinados pela agricultura, tem em achar esse bem tão precioso. O fato é de que a estiagem impacta de forma muito cruel em todos os habitats, que necessitam se adaptarem a uma nova realidade. Existe no Paraná uma legislação própria para o cuidado com água a fim de que ela não falte para as futuras gerações. Com base na Lei Federal 9433/97 a Lei estadual 12. estabelece diretrizes para manter além o uso racional da água, padrões de qualidade. O estado paranaense possui 16 bacias hidrográficas que se dividem em 12 unidades de bacias. ÁGUAS PARANÁ, 2019). Bacia do Rio das Cinzas 34 9. Bacia do Rio Itararé 11 4. Bacia do Paranapanema 1 05 1. Bacia do Paranapanema 2 04 663,8 Bacia do Paranapanema 3 19 3. Bacia do Paranapanema 4 19 4. p. Isso comprova o que Alpino et al.

coloca que a seca quando chega, vem de forma lenta, mas traz consigo um repensar enorme sobre as atitudes das pessoas sobre os recursos naturais do planeta, sobretudo um novo direcionamento de novas políticas públicas mais efetivas na criação de leis, programas para coibir o desmatamento e conscientizar as pessoas do uso racional de todo o recurso natural que o planeta dispõe. Segundo o Governo de Estado do Paraná (2020) o ano de 2020 está sendo um dos piores já vividos na questão hídrica. Espera-se que essa estiagem vá até o mês de fevereiro de 2021. Muitos produtos importantes que compõem a alimentação básica das pessoas, muitas vezes, nem chega às suas mesas. Ainda para FAEP (2009) a questão do descontrole no clima no Paraná tem provocado preocupações na área agrícola, que quando não tem problemas com as fortes chuvas, vive momentos de grandes secas.

As estações, segundo a fundação, não estão mais definidas. Há períodos do ano que o inverno é mais quente e seco, e outros com fortes chuvas e geadas desregulares. Conforme o Departamento de Economia Rural do Estado do Paraná (2020, p. Embora saibamos de tudo isso, a prática nos leva a crer que saber disso e praticar uma conduta racional sobre a água estão muito distante ainda uma da outra. A Figura 3 mostra que o estado do Paraná tem quase seu território sobre o aquífero Guarani, entretanto isso não pode ser usado como parâmetro para não se conscientizar sobre o seu uso. Ainda a recarga do aquífero pelas chuvas, está sendo muito menor do que se estimaria. Isso faz com que poços tenham que ser perfurados cada vez mais fundos para encontrar a água no aquífero.

Figura 3 – Local onde o aquífero Guarani está presente FONTE: Ecoa (2017) Guimarães (2013) sustenta que não somente a qualidade da água, mas como a sua própria escassez dela no subterrâneo vem se demonstrando muito lentamente. Isso porque a água fica guardada num local profundo. A sua recuperação frente algum produto químico é lento demais ao ponto de fechar aos olhos esperando uma recuperação natural. FOLHA DE LONDRINA, 1999). Para Pizarro (2014) ainda falta gestão para conhecer o potencial do Aquífero Guarani no Brasil. Pode ainda no momento de grande estiagem resolver o problema da falta de água, entretanto somente em 2010 que o próprio governo brasileiros e estados através do serviço geológico brasileiro começaram a estudar mais detalhadamente o Aquífero Guarani.

O nosso bem mais precioso no planeta é água. Um bem gratuito, barato, mas sendo atacado pela poluição e pelo desperdício. Como é um bem finito e depende muito da estabilidade climática, desaparece quando as chuvas tornam-se escassas e os territórios vivem grandes estiagens. Ora, se já é sabido que devemos preservar esse bem, porque só sentimos a sua importância quando ela nos falta? Só somos acostumados a nos preocupar quando algo é retirado, mas não nos importamos quando algo é abundante. Com á água é assim. Disponível em http://www. aguasparana. pr. gov. br/2019/11/452/Bacias-hidrograficas-do-Parana-abrigam-belezas-e-potencial-turistico. de M. A; FREITAS, C. M. de. COSTA, A. html. Acesso em 12 de setembro de 2020. CARAMORI, P. H; OLIVEIRA, D; CAVIGLIONE, J. H. n. DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL DO ESTADO DO PARANÁ. Estiagem Histórica no Paraná.

Boletim Informativo. Disponível em http://www. Disponível https://www. folhadelondrina. com. br/folha-rural/risco-de-poluicao-dos-aquiferos-212263. html. Uso racional da água é a solução para a preservação desse recurso. Agencia Nacional de Água e Saneamento Básico. Disponível em https://www. ana. gov. Disponível em http://www. outorga. com. br/pdf/Artigo%20311%20-%20Impactos%20sobre%20o%20Aqu%C3%ADfero%20Guarani. pdf. Governo do Paraná decreta situação de emergência hídrica por causa da estiagem. Bem Paraná. Disponível em https://www. bemparana. com. Mudanças Climáticas Globais e seus Efeitos sobre a Biodiversidade. Ministério do Meio Ambiente. ª ed. Brasília. MARENGO. Ed. Economia da mudança do clima no Brasil: custos e Oportunidades. Coordenação geral Jacques Marcovitch. São Paulo: Ibep Gráfica, 2010. p MOTTA. gráfs. mapas, tabs PESSÔA, V.

L. S; Pesquisa qualitativa: aplicações em Geografia (Organizadores). – Porto Alegre: Imprensa Livre, 2017. GZH Ambiente. Disponível em https://gauchazh. clicrbs. com. br/ambiente/noticia/2019/05/temporais-intensos-no-sul-do-brasil-estao-relacionados-ao-aquecimento-global-diz-estudo-cjvn29xbi03t701peje6wo3na.

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