Educação Especial e a Ludicidade
Tipo de documento:Artigo acadêmico
Área de estudo:Educação Física
A partir daí muitas legislações importantes foram construídas, dando valor especial a inclusão. Mas incluir alunos especiais sem que haja mudança nas práticas metodológicas de ensino criaria um conflito ainda maior. O aluno de Educação Especial precisa de um ensino voltado para ações lúdicas para construir sua aprendizagem, sem esse caminho e formação específica do docente e entendimento de todo esse processo, tudo fica mais difícil ao aluno principalmente. Para tecer uma escrita verdadeira e relevante, foi adotada a pesquisa do tipo bibliográfica documental com abordagem qualitativa. Palavras Chaves: Educação Especial. Playful. Learning. ACADÊMICA, UNIVIERSIDADE UNIASSELVI. ORIENTADORA DA UNIVERSIDADE UNISSIALVI. INTRODUÇÃO O presente estudo versa fazer uma discussão fundamental na área da educação: a Educação Especial.
A Pandemia tem gerado mudanças no ensino. Tornou-se remoto. As aulas estão chegando aos alunos através das mídias disponíveis e acessíveis a cada realidade. Porém isso tem mostrado que as dificuldades aos alunos das classes regulares em incorporar conteúdos por esse processo são enormes. São ainda mais aos alunos inclusos como os que portam cegueira, surdez e outros. Foram buscados os mais diversos caminhos e fontes para a constituição desse artigo como publicações digitais e físicas. Ferramentas como o Google Livros, Bibliotecas e publicações digitais constituíram a maior parte desse estudo. Para isso o tema delimitou-se desde a construção mais histórica sobre o tema até a proposição de atividades lúdicas para que a aprendizagem tenha significado aos alunos com necessidades especiais.
Foram buscados como fontes de leitura publicações dos últimos dez anos, entretanto, escritores e publicações mais antigas também fizeram parte da constituição desse artigo cientifico. Isso porque a literatura encontrada nessas publicações é importante para entender toda a dinâmica do tema. Só assim a educação inclusiva romperá com as barreiras das limitações e do preconceito. EDUCAÇÃO ESPECIAL As pessoas não são iguais. Agem, pensam, tem costumes e formação diferentes. A humanidade, a sociedade é heterogênea. Mas fugindo do conceito dessas diferenças, existem no mundo cerca de 10% de pessoas que são portadoras de deficiências físicas ou mentais. Isso porque a partir da década de 1990 o conceito de inclusão começou a ser inserido na área da educação.
Foi através da Declaração de Salamanca em 1994, que reuniu numa conferencia na Espanha pensadores e autoridades da área educacional e de governo para tratar sobre o tema (ROGALSKI, 2010). Mendes (2010) diz que o marco histórico da Educação Especial no Brasil foi estabelecido no final do século XIX. O governo brasileiro que adotou um modelo europeu criou o Instituto de Surdos-Mudos em 1857. A criação desses espaços educacionais diferenciados foi algo inovador visto o comportamento e limitações da sociedade da época. BRASIL, 1971). Depois desse período, os debates na sociedade brasileira tomaram rumos mais constantes. Fazendo com que surgissem inúmeras outras legislações como o Decreto 3298/1999, que já colocava a possibilidade da matricula compulsória, quando esta é promovida pela justiça, uma vez que os pais não a realizavam por questões pessoais.
Outra legislação importante foi 10098/2000 que trazia a questão da acessibilidade às crianças com mobilidade reduzida ou outras limitações. Em 2011 surge o Decreto 7611/2011 que fala do atendimento especializado e dos processos inclusivos, sendo reafirmados em 2015 pela Lei 13146/2015 que se tornariam obrigatórios os processos inclusivos (GAIA, 2015). AS AULAS PARA OS ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NO MOMENTO DA PANDEMIA Fraidenraich (2020) traz um assunto fundamental sobre o processo de ensino dos alunos com necessidades especiais no momento vivido por todo o mundo devido ao Novo Coronavírus. Para a autora, o que já era um desafio aos professores em elaborar uma aula que se adaptasse aos alunos inclusos de acordo com suas dificuldades, ficou ainda mais complicado promovido pela distância deles dos espaços físicos escolares. De acordo com Fraidenraich (2020) Em tempo de isolamento social e ensino remoto, videoaulas e atividades com vídeos se tornaram frequentes nas aulas online, mas será que essas ferramentas funcionam para a criança com deficiência? Como faz um aluno surdo para entender o que diz a professora no vídeo se não há tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras)? E como pode uma criança cega realizar uma tarefa que exige assistir a um vídeo que não vem com audiodescrição? No caso de uma criança com autismo, é adequado ela participar de videoconferências com a turma toda, mesmo sabendo que não reage bem a ambientes barulhentos? (FRAIDERRAICH, 2020, s.
p. Conforme o Parecer número 09 de 2020 do Conselho Nacional de Educação (2020) em seu item 2. Mas infelizmente muitos dos alunos não possuem acesso a internet em casa e tampouco tem equipamentos modernos para acompanhar as aulas. Essas tecnologias são indispensáveis para que o professor desenvolvesse no aluno especial ou com necessidades especiais o avanço cognitivo através de jogos, de atividades interativas. Mas infelizmente o ensino, mesmo remoto, que deveria ser incluso, apresenta suas dificuldades e promove a exclusão. O LÚDICO NA EDUCAÇÃO ESPECIAL Freire (1996) afirma que nas primeiras fases de desenvolvimento da criança, o mundo concreto não passa para uma representação mental, sem que primeiro a criança não incorpore através da ação corporal os conceitos que devem ser amplamente explorados como sentir, cheirar, chutar, pegar entre tantas outras atividades importantes.
Lopes (2010) argumenta que esse marco é fundamental a qualquer processo de conduta ou de aprendizagem, pois, busca conhecer o corpo nas suas relações múltiplas: perceptiva, simbólica e conceitual, que constituem um esquema representacional e uma vivência indispensável à integração, à expressão de qualquer ato ou gesto intencional. Segundo a autora, o lúdico proporciona a inclusão. A criança quando brinca com o conteúdo ou com ferramentas que a leva para uma construção pedagógica, aprende de forma mais rápida e sem traumas. A brincadeira a desafia e motiva a responder as perguntas que lhes são postas. Além do mais a ludicidade estimula a criatividade da criança. Defendido por Moraes (2013), no momento em que a criança é desafiada a brincar, mas por detrás disso há o interesse pedagógico, desenvolve a habilidade, a criatividade e enriquece sua imaginação.
Piaget (1975) já apontava que a construção do conhecimento pode vir de duas vertentes: o natural ou o espontâneo ou pela forma direcionada pela escola. São inúmeras variáveis que o professor deve levar em conta. A mais importante segundo Piaget é a o respeito pelo desenvolvimento das fases pelas quais as crianças aprendem. Pular fases e querer ensinar algo em que as crianças não têm maturidade para aprender é fazer um ensino mecânico, frio e, em muitas vezes, traumáticos as crianças. Vygostky (1998) ainda reforça que a criança tem dois ciclos importantes para o desenvolvimento de sua aprendizagem. Permite a elas ir muito além das fantasias. Essas atividades de brincadeira ou de jogo para as crianças devem ser oferecidas como algo não obrigatório, pois afinal nesse sentido, perdem o caráter de produzir sensações de prazer que levam às fantasias.
Para Fortura (2008, p. A brincadeira é uma atividade paradoxal: a um só tempo conservador e transformadora, assim como reforça relações, concepções de mundo, modos de conhecer e viver, também os cria e recria. Vem daí seu potencial revolucionário, mesmo quando se tenta confiná-la, ordenála, dominá-la. Essa prática de brincar deve ser uma política em muitas disciplinas do conhecimento. CONSIDERAÇÕES FINAIS Discutir o tema da educação especial não é uma obrigação, mas um ato de amor ao próximo. A sociedade possui inúmeras variáveis constituídas nas pessoas de todas as idades. Umas têm posições melhores na sociedade, outras sofrem pela falta de oportunidade delas e isso mostra que a sociedade já é um organismo diferente e de exclusão.
Se esse fator é tão intrínseco na sociedade, não deveria ser trazido para o campo escolar. Portanto, a escola não é um campo abstrato na construção do conhecimento. Ela é um lugar de muitos caminhos. O professor e alunos só devem escolher o que mais for fácil de chegar à construção da aprendizagem. Mesmo que longe, vivido agora pela Pandemia, o professor de educação especial deve levar o lúdico ou propor ações lúdicas aos alunos especiais. Isso não é nenhuma ação a mais, mas já deveria estar sendo feita mesmo de forma presencial. Nova Escola 2013. Disponível em 12 de julho de 2020. CASSIMIRO, P. R. Educação Especial. br/index. php?option=com_docman&view=download&alias=1450 11-pcp005-20&category_slug=marco-2020-pdf&Itemid=30192.
Acesso em 14 de julho de 2020. DUDEK, C; COSTA R. R. Disponível em http://inclusaonaescola. com. br/as-contribuicoes-dabncc-para-uma-educacao-inclusiva/. Acesso em 12 de julho de 2020. FRAIDENRAICH. da S. P. Educação Especial no Brasil: Análises e Reflexões. Disponível em http://uniesp. edu. º ed. São Paulo: Perspedctiva, 2004. KISHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. A Educação Especial na perspectiva inclusiva em tempo de pandemia. Biblioteca Rui Barbosa. Disponível em 14 de julho de 2020. MORAES, D. de A. ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1975 ROGALSKI, S. M. Histórico do Surgimento da Educação Especial Educação do Ideau. Quatro Irmãos. br/~vwsetzer/dado-info. html. Acesso em 12 de julho de 2020. SILVA, A. G. br/media/files/58/58_161. pdf>: Acesso em: 13 de julho de 2020. TELES, M. L. S. LEONTIEV. A. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem.
São Paulo: Edusp, 1998.
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