BENEFÍCIO DA ATIVIDADE FÍSICA VOLTADO PARA ADOLESCENTES COM ANSIEDADE

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Educação Física

Documento 1

SUMÁRIO 1 Introdução 5 2 Objetivos 8 3 Metodologia 9 4 Referencial Teórico 10 4. O que é a ansiedade 10 4. Ansiedade na adolescência 11 4. A influência da atividade física para adolescentes com ansiedade 14 4. O exercício e a saúde mental estão correlacionados de maneira profunda 16 4. O presente estudo consiste em uma revisão analítica, trazendo a relação de ansiedade com o exercício físico, tendo como objetivo analisar artigos acadêmicos que trazem o exercício físico como um tratamento para os indivíduos que possuem ansiedade. Após análise de diversos artigos, os resultados apontaram o exercício físico como uma alternativa para o tratamento da ansiedade, podendo se comparar com psicoterapia e antidepressivos. Apesar da maioria dos artigos associarem a ansiedade com exercícios aeróbicos, os exercícios resistidos também podem favorecer os indivíduos que possuem o transtorno.

O exercício físico pode ser utilizado no tratamento da ansiedade, juntamente com outros métodos, de acordo com as recomendações de um profissional. Saúde física e saúde mental são dois termos que se entrelaçam de forma direta na vida de um indivíduo, em que ambas devem estar em equilíbrio para o bem estar geral. Para o autor, a prática de brincadeiras é um dos mais eficientes instrumentos que propiciam a interação do interior da criança com o meio. Por isso, ao estudar a relevância das atividades lúdicas enquanto contribuição da psicomotricidade para o processo de ensino-aprendizagem evidencia-se a relevância desta prática para o infante, tornando-a um ser mais harmônico com o mundo externo.

A dificuldade na execução de habilidades motoras fundamentais, comum para algumas das crianças, conforme observado em estudos que demonstraram atraso na execução das habilidades motoras fundamentais pode contribuir de alguma forma para prejudicar ou impedir o avanço no curso do desenvolvimento mental dessas crianças. Estudos recentes têm demonstrado uma associação positiva entre o nível de Proficiência motora e o envolvimento em atividade física (WROTNIAK, 2010) que ocorre uma associação entre desenvolvimento motor, mesmo em idades jovens, com a prática e envolvimento esportivo na adolescência (RIDGWAY, 2009). Nos estudos desta revisão, observamos que o exercício físico regular tem uma influência favorável sobre os sintomas de ansiedade, porém para que essas intervenções sejam eficazes é necessário um nível mínimo de atividade ou o equivalente à aproximadamente 30 minutos de exercício de intensidade moderada, porém este não deve substituir o tratamento padrão, especialmente para aqueles com doença grave.

p. possui um enfoque qualitativo, pois explora os fenômenos em profundidade e não se ampara em estatística para chegar a uma conclusão. Ao se fazer uma revisão da literatura existente, os autores fazem conclusões somente da análise e da comparação dos trabalhos lidos. Em que pese muitos artigos e livros pesquisados serem trabalhos com enfoque quantitativo, este artigo se importa com a qualidade e credibilidade da fonte consultada mais do que com o número dela. Sampieri et al. definem a ansiedade como uma configuração psicológica e comportamental que protege os indivíduos de perigo. É permeada de sensações desagradáveis e respostas corporais, como tensão muscular, taquicardia e sudorese. Peregrino (1996) explica o quadro de ansiedade. Para Peregrino (1996), ela é definida como um estado desconfortável de alerta, seguida de três estágios, que são o pressentimento de que algo sairá da rota planejada; em segundo lugar vem aquilo que era temido pela pessoa; e por fim, o sentimento de desproteção diante do cenário encontrado.

Castillo (2000) delineou algumas manifestações, alguns desdobramentos da ansiedade: Transtorno de Ansiedade Generalizada: doença caracterizada pela preocupação constante que afeta diretamente a capacidade de concentração do indivíduo levando a sensação de fadiga e de perigo iminente. Como consequência, haverá liberação do hormônio adrenotropicocórtico, que induza liberação de cortisol. Lira et al. continuam: A ansiedade pode ser causada por diversos fatores,como ambientais,genéticos e neurobiológicos. Desse modo, a ativação contínua da amígdala promove a liberação da adrenalina e da noradrenalina, que, por sua vez, estimula a secreção do adrenotropicocórtico, que, em níveis elevados, acarreta a disfunção e a morte de neurônios hipocampais. Podendo também provocar ação anti-inflamatória.

A fobia específica é um medo crônico, com respostas cognitivas e fisiológicas. Segundo Filho; Silva (2013), tem mais prevalência em meninas. O transtorno de estresse pós-traumático ocorre, como o nome sugere, após um evento conflitante, que lhe impôs muito medo e impotência. Na adolescência, esse transtorno pode estar associado a abusos, bullying, agressões ou perdas súbitas. O transtorno de ansiedade por separação normalmente acomete crianças quando presenciam e vivem o divórcio dos pais, esse transtorno pode levar, muitas vezes, à síndrome do pânico na fase adulta. Segundo o relatório da Child Mind Institute (2018), dos alunos de ensino médio, 48% são afetados por ansiedade, que pode estar associada a bullying e uma comparação de nível patológica com os demais.

Por ser um período decisivo para fazer amizades e tecer os primeiros relacionamentos amorosos, a pressão social para ser o mais popular ou o mais desejado chega a ser uma pressão emocional em muitos casos. Outro aspecto interessante desse estudo, que elucida mais as razões por trás da prevalência de ansiedade nos adolescentes, é a idade em que algumas segmentações ansiosas são identificadas nos jovens. Por exemplo, aos 11 anos de idade, o estopim mais comum foi a separação dos pais e fobias específicas. Aos 14 anos, a ansiedade é mais resultado de traumas sociais. O que seria o alto investimento emocional em mídias sociais? É justamente o perigo de uma comparação com outros elevada, de forma a se tornar patológica. Ao passar o dia conferindo timeline, o adolescente internaliza que não possui a melhor casa, as melhores roupas, não come as melhores receitas, não viaja aos melhores destinos, não tem o corpo esculturado etc.

Outro aspecto danoso das mídias é a falsa sensação de anonimato, que influencia as mais criminosas práticas, mas de forma virtual. Assim, os comentários a fotos e postagens são desrespeitosos sem filtro algum e ler isoladamente material ofensivo faz o adolescente imergir mais ainda nas redes, adquirindo mais estresse ao tentar defender opiniões ou a si mesmo. Logo, a atividade física retira o adolescente daquele tempo de exposição frenética nas redes, dá a ele a oportunidade de experimentar amizade na vida real, de dialogar com mais tato, de trabalhar virtudes humanas, o esporte já faz o bem ao jovem antes mesmo do suor advindo da sua prática. A seguir, alguns estudos que comprovam as teorias da Grécia Antiga. Hatta, Nishihira e Hagashiura (2013) estudaram os efeitos da caminhada no humor.

A amostra populacional foi de idosos e foram percebidos redução nos níveis de tensão, ansiedade, raiva, hostilidade e confusão. E o mais impressionante de tudo isso é que esse registro foi de uma única sessão de caminhada. Mello et al. Julião (2021) diz que a atividade física vai de encontro à produção hormonal da ansiedade, produzindo serotonina e dopamina. Rodrigues et al. realizaram estudo na cidade de Cáceres- MT, com uma amostra de 286 pessoas, com idade média de 24 anos. Os pesquisadores constataram que eram precisos 10 minutos de atividade vigorosa, uma ou mais vezes por semana para diminuir os sintomas de ansiedade e depressão. Mello et al. A melhora tanto em indivíduos saudáveis quanto em pacientes psiquiátricos torna o exercício uma ferramenta auxiliar na prevenção e tratamento de doenças psiquiátricas (Peluso & Andrade, 2005).

Os autores endossam o já proposto de que o exercício físico é uma receita mais natural e menos dispendiosa para os pacientes. Contudo, é importante ressaltar que a atividade física precisa ser recomendada por um especialista previamente. Outras informações trazidas por Melo et al. são de que a atividade física alivia a ansiedade, tanto a ansiedade em si, quanto os quadros ansiosos mais efêmeros, advindos da rotina de hospitais e consultas. Os exercícios considerados mais benéficos são os feitos ao ar livre, onde haverá maior sensação de aumento de energia e de motivação, diminuição da tensão, raiva, confusão mental e depressão. Em outras palavras, o exercício físico é uma fonte saudável de hormônios, sem contar tudo o mais que pode estar associado a ele, como os eventos esportivos, mesmo que amadores; a reunião de amigos e familiares e a visita a novos lugares, parques arborizados, reservas ecológicas entre outros tantos.

As recomendações de Darabas (2016) são as mesmas repassadas pela Association for Applied Sport Psychology, de uma caminhada breve, em baixa intensidade; um exercício aeróbico de pelo menos dez minutos e, para efeitos a longo prazo, exercício físico três vezes por semana durante trinta minutos, com uma intensidade moderada. Raposo et al. coletaram de alguns participantes de sua pesquisa, cerca de metade deles, o reconhecimento da importância e da correlação entre a atividade física e a saúde mental. Ângelo (2010), contudo, faz um complemento, diz que para se presenciarem melhorias mais consistentes em ansiedade e depressão, o exercício físico deve ser sistematizado, não somente uma atividade recreativa, isto é, deve ser uma amálgama de lazer e exigência, de diversão e superação; residindo justamente aí o trabalho do educador físico.

Entretanto, cedendo espaço para a antítese aqui, Nibbeling et al. concluíram de seus estudos que um programa de dez semanas de exercício físico produziu melhor efeito na ansiedade de jovens universitários do que os medicamentos placebos, perdendo para os remédios, o que confronta a pesquisa de alguns outros cientistas, supracitados, de que o exercício físico era uma opção mais barata de medicação e de igual poder abrangente. Jayakody, Gunadasa and Hosker (2014), pouco tempo depois, recomendam em seu estudo caminhadas leves, apresentando resultados positivos para tratamento de ansiedade, nos jovens adultos; e depressão, em pessoas mais idosas. Riahi et al. Mesmo que muitos adolescentes se sintam inadequados para integrar o time da escola ou mesmo um quadro esportivo renomado, dentro da sua esfera social, ele pode ser motivado a enveredar dentro de um programa de atividade física específico para si por saber que isso lhe dará uma série de benefícios mentais.

Além disso, percebe-se que o exercício físico traz um apelo para o convívio social real e não para uma timeline de Instagram que pode ser nociva para os jovens ansiosos. A prática do esporte ou do exercício afastará o jovem da pretensa necessidade que sente de conferir, segundo a segundo, o que a vida dos outros tem e a dele não. O esporte trará mais momentos dele consigo mesmo e, dessa forma, encontrará bem-estar por tudo aquilo que possui e por quem é. E como a ansiedade, na adolescência, pode ajudar a trazer consigo a insônia, o sedentarismo e outros problemas de saúde que estão ligados diretamente à falta de uma boa rotina de movimentação; ajudar os jovens a desenvolver o amor pela atividade física é uma cura que vai além da fase etária deles e muito além de um problema só.

Adolescents’ knowledge about the benefits of physical exercises to mental health. Ciência & Saúde Coletiva, 24(8):2951-2958, 2019. CASTELON, Elisabete. Tópicos de Neurologia Clínica. UFGD, 2009. Brazilian Journal of Psychiatry. Disponível em:. v. pp. Acesso em: 17 out. Importância da prática de exercício físico regular para pessoas com depressão. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Educação Física da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito para obtenção do grau de Bacharel de Educação Física. Palhoça, 2016. DEBOER LB; POWERS MB, UTSCHIG AC; OTTO MW; SMITS JA. Exploring exer- cise as an avenue for the treatment of anxiety disorders. Disponível em: https://eventos. set. edu. br/al_sempesq/article/view/15165. Acesso em: 31 out. Effects of a single bout of walking on psychophysiologic responses and executive function in elderly adults: a pilot study.

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