EDUCAÇÃO AMBIENTAL E ESCOLAS: UMA FERRAMENTA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Ciencias ambientais

Documento 1

Conforme os resultados obtidos neste trabalho, conclui-se a importância das mudanças nos currículos com a introdução da cultura socioambiental, inserindo os interesses e complexidades das discussões sobre educação e sustentabilidade, na qual essa inovação traz consigo uma nova visão pedagógica que atende as necessidades da sociedade. PALAVRAS-CHAVE: Sustentabilidade. Desenvolvimento Sustentável. Educação Ambiental. Escola. Diante do contexto, o objetivo principal deste estudo é, realizar uma reflexão acerca da inserção da Educação Ambiental nas escolas como ferramenta para o desenvolvimento sustentável. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL 2. CONCEITOS E EVOLUÇÃO De acordo com Dias (1991), a evolução dos conceitos de Educação Ambiental esteve diretamente relacionada à evolução do conceito de Meio Ambiente e ao modo como este era percebido.

Desta forma, podem-se analisar vários conceitos de Educação Ambiental com o passar do tempo. Na conferência realizada em Tbilisi, a Educação Ambiental foi definida como uma dimensão dada ao conteúdo e à prática da educação, orientada para a resolução dos problemas concretos do meio ambiente, através de um enfoque interdisciplinar e de uma participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade. O Brasil participou do encontro em Tbilisi, quando foram discutidas e consolidadas as definições, os objetivos, os princípios e as estratégias para a Educação Ambiental que até hoje são adotados em todo o mundo (BRASIL, 2009). Em 1996, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) definiu a Educação Ambiental como um processo de formação e informação, orientada para o desenvolvimento da consciência crítica sobre as questões ambientais e de atividade que levem à participação das comunidades na preservação do equilíbrio ambiental.

Em 1992, elaborados pela Comissão Internacional para preparação da Rio-92, a Educação Ambiental caracteriza-se por incorporar a dimensão socioeconômica, política, cultural e histórica, não podendo basear-se em pautas rígidas e de aplicação universal, devendo considerar as condições e o estágio de cada país, região e comunidade, sob uma perspectiva holística. Assim sendo, a Educação Ambiental deve permitir a compreensão da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a interdependência entre os diversos elementos que conforma o ambiente, com vista a utilizar racionalmente os recursos do meio, na satisfação material e espiritual da sociedade, no presente e no futuro. É uma característica ou condição de um processo ou de um sistema que permite a sua permanência, em certo nível, por um determinado prazo.

O termo sustentável, provém do latim sustentare, quer dizer, sustentar, defender, favorecer, apoiar, conservar, cuidar. As últimas décadas mostraram um ritmo desenvolvimentista distorcido. Tanto o crescimento quanto o desenvolvimento econômico se pautaram por fatores estritamente financeiros, produtivos e de mercado, não levando em consideração o fator ambiental. Todavia em certo momento a consciência humana se deparou com uma assombrosa constatação: os rumos produtivos e econômicos que o mundo tomara prescreviam ao meio ambiente um futuro caótico, tanto a médio como a longos prazos. Seu intuito não é internalização as condições ecológicas da produção, mas proclamar o crescimento econômico como um processo sustentável, firmado nos mecanismos de livre mercado como meio eficaz de assegurar o equilíbrio ecológico e igualdade social.

METODOLOGIA O presente estudo caracteriza-se como descritivo, com fontes de dados documentais e abordagem metodológica de revisão sistemática de literatura, cujo objetivo é realizar sínteses da literatura sobre um tema específico, mediante avaliação crítica e sumarizada das informações apuradas (SAMPAIO e MANCINI, 2007). Dessa forma, a busca pelo material bibliográfico acerca da temática foi realizada em três etapas. A primeira se constituiu do levantamento dos estudos em periódicos nacionais por meio de revistas eletrônicas e, bases de dados virtuais, visando à coleta abrangente de informações e sendo possível abarcar uma vasta produção científica. Na segunda etapa realizou-se a análise, levando em consideração a relevância dos estudos, bem como sua fidedignidade. De acordo com Morin (2013) inicia essa discussão dizendo que, para fazer frente aos graves problemas que ameaçam a sobrevivência do planeta e da humanidade, é preciso apostar numa educação, acessiva a todos os cidadãos, capaz de transformar nossa concepção acerca do saber e do pensar.

Para Dias (2000), a Educação Ambiental é o processo onde as pessoas aprendam como funciona o ambiente, como dependemos dele, como o afetamos e como promovemos a sua sustentabilidade. Para Vasconcellos (1997), a presença em todas as práticas educativas, da reflexão sobre as relações dos seres entre si, do ser humano com ele mesmo e do ser humano com seus semelhantes é condição imprescindível para que a Educação Ambiental aconteça. Portanto, é no sentido de promover a articulação das ações educativas voltadas às atividades de proteção, recuperação e melhoria socioambiental, como também, de potencializar a função da educação para as mudanças culturais e sociais que se insere a Educação Ambiental no planejamento estratégico para o desenvolvimento sustentável.

Nesse entendimento, como ferramenta de mudança deste contexto destaca-se a Educação Ambiental, que tem como norte a incorporação da vertente ambiental nas percepções, comportamentos e nos imaginários das populações (OLIVA JUNIOR, 2013). A implementação da Educação Ambiental nas escolas é abordagem educacional que visa uma mudança de paradigmas rumo ao desenvolvimento sustentável (ANDRADE, 2000), sendo assim, insere-se na própria teia da aprendizagem e assume um papel estratégico nesse processo. Não adianta apenas a temática ambiental ser abordada em determinadas disciplinas, pois hoje, os alunos precisam enxergar o todo e entender que que as consequências influenciam em tudo (DIAS, 2011). Portanto, é importante que os professores, disseminadores de conhecimento, independente da disciplina que é responsável, trabalhem trazendo temas da atualidade, bem como, apresentem propostas que tragam resultados visíveis, pois, a rápida mudança de panorama em se tratando de questões ambientais exige constante atualização (PIVA, 2008).

As escolas, então, estão criando a consciência da necessidade em abordar a sustentabilidade, sendo assim, projetos estão sendo desenvolvidos acerca da temática. Além disso, em muitas instituições toda essa problemática, bem como, a busca por soluções vem sendo incluída de forma transversal nos currículos escolares, adentrando por toda prática educacional (SANTOS;SANTOS, 2016). Sendo assim, é importante saber que cada um pode fazer sua parte e contribuir para um planeta mais harmonioso, pois, um pouco de cada um de modo local, virará muito na escala global (MEDEIROS et al. Quando se trata de sustentabilidade, o processo de projetos e ações de Educação Ambiental deve ser permanente e constante, para que assim, venha a fazer parte de cada indivíduo.

Portanto, esta deverá ser a contribuição da escola, visando à formação de críticos e pessoas conscientes, que mudarão os rumos que o planeta está tomando e que contribuirão efetivamente para um convívio harmonioso e saudável. CONSIDERAÇÕES FINAIS Tendo em vista a época atual, faz-se necessário uma formação que incorpore mudanças nos currículos educacionais formais e não formais, reorganização da visão de mundo e a visão unificadora entre o planeta e a sociedade mundial, na qual não se deve aceitar e permitir valores insustentáveis e predatórios. Neste sentido, conclui-se que as propostas pedagógicas devem ter com prioridade a introdução da cultura socioambiental nas escolas, e não somente nelas, mas também em toda forma de educação e reflexão.

Processo formador de educação ambiental a distância: módulo 1 e 2: educação a distância, educação ambiental. Ministério da Educação: Brasília, 2009. BRASIL. Lei n. de 27 de abril de 1999. CATELAN, S. S; JESUS, A. S. Educação Ambiental e Permacultura na escola: Práticas de intervenção mediada pela formação continuada. Revista Educação, Cultura e Sociedade. DIAS, G. F. Educação Ambiental: princípios e práticas. ed. Sao Paulo: Gaia, 2000. M. Educação Ambiental nas escolas. Dissertação de Mestrado da Escola Superior de Educação do Porto. Porto, 2017. FREITAS, M. GALLI, A. Educação Ambiental como instrumento para o Desenvolvimento Sustentável. Dissertação de Mestrado da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Curitiba, 2007. JACOBI, P. MORIN, E. A Via para o Futuro da Humanidade.

ª Edição. São Paulo. Editora Bertrand Brasil, 2013. TRAJBER, R. Brasília: Ministério da Educação /CGEA; Ministério do Meio Ambiente/DEA; UNESCO,2007,248 p. PASSOS, P. N. C. BRUNA, G. C. Curso de Gestão Ambiental. Barueri, SP: Manole, 2014 (Coleção Ambiental, v. p. F. Resgate de saberes integrais na formação de professores para uma cidadania planetária. Conferência Internacional -  Saberes para uma Cidadania Planetária. Fortaleza/CE, 2016. SAMPAIO, R. et al. Educação Ambiental contextualizada e Ecopedagogia: Formação continuada de professores em foco. II Congresso Internacional da Diversidade no Semiárido. Campina Grande – PB, 2017. SANTOS, A. O homem e o mundo natural: mudanças de atitudes em relação às plantas e aos animais (1500-1800). São Paulo: Companhia da Letras, 2010. TRISTÃO, M.

As Dimensões e os desafios da educação ambiental na sociedade do conhecimento. In: RUSHEINSKY, A.

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