Docência ensino superior

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Partindo dessa reflexão o presente trabalho buscou apresentar reflexões sobre a aplicação das TICS no sistema de ensino superior, como apoio ao ensino-aprendizagem. Para tanto foi realizado uma revisão literária com o intuito de apresentar alguns caminhos e práticas no processo de construção do conhecimento. Com este estudo, percebeu-se que a tecnologia, nos dias atuais é um auxiliar indispensável no processo de ensino. Cabendo aos professores e instituições estarem preparadas para atender tais demandas e assim os cursos de graduação propor currículos que visem formar cidadãos preparados para atender as necessidades sociais. Palavras-chave: Educação Superior. Citizen Formation. Technology in Education. INTRODUÇÃO O cenário atual da sociedade marcado pela presença das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) tem provocado questionamentos em várias áreas do conhecimento, inclusive na educação, uma vez que, quando a forma de pensar de uma sociedade é modificada, a forma que as pessoas passam a ver o mundo também é alterada, criando assim novos padrões de comportamento.

Diante disso, é incabível neste contexto que a educação se esquive desses novos paradigmas ocasionados pelas tecnologias. Visto que, essas ferramentas vêm a proporcionar renovação das atividades, valores e crenças exigidos neste início de século. O fenômeno da globalização impõe à educação novos posicionamentos que, por sua vez implicam tensões múltiplas. Em relação ao professor, este que por muito tempo foi visto como o único detentor do saber, agora, o trabalho docente exige novos posicionamentos, pois neste novo cenário, o professor atua como mediador, facilitador, incentivador do educando no processo de formação do conhecimento. Para tanto, o professor deve estar ciente do seu papel, conhecer as tecnologias, identificar possibilidades e limites, desenvolver novas metodologias para o processo de ensino e aprendizagem, entre outros.

No entanto, mesmo diante dos inúmeros benefícios, esse é um ponto crítico: o professor possui tempo para experimentar, conhecer e planejar aulas que se utilizem a tecnologia? O professor está preparado para a utilização das TICs aplicadas à educação? As instituições de ensino estão devidamente preparadas para o uso das TICs como ferramentas de ensino/ aprendizagem? Esses são questionamentos recorrentes quando se trata das TICs. Desta forma, não somente para o professor que atua com a EAD deve estar preparado para esses desafios, mas também para professores que atuam no ensino presencial, a necessidade de estar preparado para o uso adequado das TICS no contexto educacional. Observa-se que, no processo de ensino tradicional baseada na transmissão de conteúdo, o discente apresenta uma postura passiva diante do processo educacional, não havendo espaço para que este se posicione diante do seu processo de aprendizagem.

Sendo assim, as instituições de ensino, como um todo precisam oportunizar novas experiências aos estudantes, tendo como ponto de partida o reconhecimento do aluno como sujeito ativo e autônomo em seu processo de aprendizagem. A presença das tecnologias digitais de informações e comunicações (TDICs) no nosso dia a dia tem alterado visivelmente os meios de comunicação e, assim, a forma como nos comunicamos. As possibilidades e o potencial que essas tecnologias oferecem para a comunicação são enormes. É possível vislumbrar mudanças substanciais nos processos comunicacionais, alterando a maneira como recebemos e acessamos a informação. Para Delisle (2000) A Aprendizagem Baseada em Problemas- ABP é “Uma técnica de ensino que educa apresentando aos alunos uma situação que leva a um problema que tem de ser resolvido.

” Baseada na premissa da psicologia cognitivista de que a aprendizagem não é um processo de repetição, mas sim construção do conhecimento (RIBEIRO, 2005). A metodologia ativa baseada em projetos parte da ação-reflexão-ação, um exemplo de projeto com as tecnologias, citada por Prado (2005), que pode ser aplicada no ensino superior é a produção de vídeo, cujo trabalho é desenvolvido em grupo objetivando desenvolver: pesquisa e seleção de informações, imagem, som e produção de um roteiro. Nesta atividade a internet é fundamental, servindo como fonte de pesquisa e de comunicação entre o grupo. Outra metodologia ativa que pode ser trabalhada é a Gamificação da Sala de Aula, esse modelo consiste na incorporação de elementos típicos dos jogos como fase, pontuação e personagens e aplicar na sala de aula.

Assim, a utilização das tecnologias em contexto educacional, não é a solução para todos os problemas hoje presentes na educação como um todo, mas que com o seu uso responsável, com objetivos claros e definidos, poderá ser uma ferramenta de contribuição e um facilitador poderosa para o processo de ensino e aprendizagem. ENSINO HÍBRIDO: PROPOSTA INOVADORA PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR  As instituições de ensino superior atualmente enfrentam dois grandes desafios, o primeiro é o grande fluxo de evasão que resulta nas salas de aulas cada vez mais vazias, ou quando o aluno está presente, muitas vezes ele está fazendo outra coisa no momento em que deveria estar acompanhando a aula. O segundo problema enfrentado pelas IES é atender às atuais demandas sociais que estão em constantes mudanças, provocando impactando diretamente na sociedade e consequentemente no perfil do aluno.

    O atual modelo pedagógico, que constitui o coração da universidade moderna, está se tornando obsoleto. No modelo industrial de produção em massa de estudantes, o professor é o transmissor.   No Brasil a passagem da modalidade presencial para a EAD e posteriormente para o ensino híbrido foi possível no ensino superior após a portaria número 4. do Ministério da Educação (MEC) que autorizou as instituições de ensino superior a incluírem até 20% das disciplinas no ensino semipresencial.   § 2o. Poderão ser ofertadas as disciplinas referidas no caput, integral ou parcialmente, desde que esta oferta não ultrapasse 20 % (vinte por cento) da carga horária total do curso.   § 3o. Assim, aplica-se uma atividade na sala de aula e rotaciona a atividade para o laboratório, no decorrer da atividade o aluno deve realizar a atividade de forma individual e autônoma mediada por um tutor.

O professor pode também ficar com um grupo na sala de aula desenvolvendo a atividade e enviar um grupo para o laboratório, acompanhado pelo tutor, e depois inverter os grupos de trabalho. • Sala de aula invertida (Flipped Class-room): O professor entrega o material com as propostas de teoria da disciplina e os alunos devem realizar seus estudos em casa, ativando seus conhecimentos prévios e agregando novas informações às estruturas cognitivas já existentes. No memento da sala de aula, o professor propõe atividades sobre o conteúdo estudado, invertendo, assim, a dinâmica de estudar a teoria em sala de aula e realizar atividades em casa.   • Rotação Individual (Individual Rotation): Nessa proposta valoriza a individualidade dos alunos, o tempo de execução da atividade não é fixo, os discentes recebem os conteúdos a serem estudados e trabalham em seu ritmo.

  Os professores, muitas vezes, repetem essa prática de aula expositiva até hoje, inclusive nas IES, formando assim, professores que usam constantemente as TICs como entretenimento e atendem alunos que também as utilizam, mas não sabem preparar uma aula com o uso de tais ferramentas. Não se trata de simplesmente substituir o quadro negro por alguns transparentes, por vezes, tecnicamente mal elaboradas ou até maravilhosamente construídas no Power Point, ou começar a usar um Data Show. As técnicas precisam ser escolhidas de acordo com o que se pretende que os alunos aprendam. Além do mais, as técnica precisarão precisam estar coerentes com os novos papéis, tanto do aluno, como do professor: estratégias que fortaleçam o papel do sujeito de aprendizagem do aluno e o papel de mediador, incentivador e orientador nos diversos ambientes de aprendizagem.

MASETTO, 2012)           Neste sentido, quando o docente se propõe a trabalhar com as metodologias ativas como ferramenta de ensino e aprendizagem, precisam planejar suas aulas tendo como foco principal o estudante e ter como elemento norteador a preparação deste profissional para as mais atuais demandas sociais. pdf Acesso em: 17 de mai. de 2020. BRASIL. Ministério da Educação. Portaria Nº 4059 de 10 de dezembro de 2004. Maio de 2013. Disponível em <https://www. christenseninstitute. org/blended-learning/> Acesso em 18 de mai. de 2020. HORN, M. B. STARKER, H. Blended Usando a Inovação Disruptiva para aprimorar a educação. Penso, Porto Alegre, 2015 MARCHIORI, L. T. Mediação pedagógica e o uso da tecnologia. In: MORAN, J. M. MASETTO,M. br/devsecops/tic-muita-gente-esta-comentando-mas-voce-sabe-o-que-e. Acesso em: 18 mai. MORAN, J. M. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá.

Acesso em 15 de mai. de 2020. RIBEIRO, L. R. C. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006. TAPSCOTT, D. WILLIAMS, A. D. n. p. Disponível em: http://www. revista. unifeso.

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