DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM E AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: PARA ALÉM DA AVALIAÇÃO CLASSIFICATÓRIA
Tipo de documento:Artigo acadêmico
Área de estudo:Pedagogia
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Estes últimos eras reconhecidos enquanto mero objeto de trabalho, explorados de forma sangrenta e degradante. Com índices alarmantes de pobreza e analfabetismo, a população tardava para conquistar libertação dos grilhões do domínio das elites econômicas e políticas. Mesmo com o processo de industrialização, que provocou o êxodo rural em busca de melhores oportunidades laborativas nos grandes centros urbanos, a indústria nascente não absorvia todo o contingente que a disputava, fazendo com que a miséria e degradação das condições de vida se alastrassem pelas cidades. Este tipo de pesquisa permite ao pesquisador, investigar uma gama de fenômenos (GIL, 2008). A metodologia é central para a elaboração de uma pesquisa científica. Para Minayo (2007, p. a metodologia, É a discussão epistemológica sobre o “caminho do pensamento” que o tema ou objeto de investigação requer; b) como a apresentação adequada e justificada dos métodos, técnicas e dos instrumentos operativos que devem ser utilizados para as buscas relativas à indagação; c) e como a “criatividade do pesquisador”, ou seja, a sua marca pessoal e específica na forma de articular teoria, métodos, achados experimentais, observacionais ou de qualquer outro tipo específico de respostas às indagações específicas.
A teoria e o método, embora não sejam sinônimos devem ser tratados de forma integrada e apropriada quando escolhido um tema, um objeto, ou um problema de investigação (MINAYO, 2007). br/documents/livro-salto-para-o-futuro-to. html Constata-se que os avanços no campo educacional, sobretudo, no da alfabetização e a universalização do acesso ao ensino escolar fizeram-se sentir com o movimento de efervescência social da década de 1980 que, culminou na promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, que posteriormente exerceu influência na elaboração da LDB/1996. Explicita-se também a luta travada em torno da conquista das creches, numa ótica de questionar a educação das crianças como mera atribuição feminina, estando a mulher em clara reclamação em relação ao seu direito à ocupação trabalhista.
Porém, os determinantes quanto às desigualdades no acesso a tais mecanismos ainda persistem a depender das regiões nas quais prevalecem carências econômicas e de participação política. Outro componente de desigualdade no acesso à alfabetização e escolarização é de natureza étnica. Não se trata de um procedimento de natureza simples, dada a complexidade da própria formação educacional na sociedade brasileira. Embora a trajetória da alfabetização no Brasil carregue consigo fortes traços históricos e políticos que dificultam reformulações propositivas e criativas de ensino na educação infantil, é possível trabalhar com alternativas à intervenção pedagógica nessa arena de produção de conhecimento e interação social. No Brasil, ainda permanece a precariedade da proficiência revelada nos indicadores do alfabetismo; ainda incide o fracasso escolar.
É necessário frisar a perda da especificidade da alfabetização, em razão da excessiva autonomização dos eventos de letramento, deixando de lado os aspectos mais específicos da aprendizagem, como a consciência fonológica, o traçado de letras, a convencionalidade do sistema de escrita e suas regras (COLELLO, 2010). A discussão seguinte comporta as fases do processo de aprendizagem, demonstrando os instrumentos iniciais de interação da criança com a sociedade 3. É um sistema de representação aceito por um grupo social que permite a comunicação entre os integrantes do grupo. A linguagem resulta da razão e só pode existir na presença da racionalidade. Quando são dados nomes a qualquer objeto presente na natureza, constitu-se a sua individualização, diferencia-se esse objeto dos demais que o cerca; ele passa a existir para a consciência de quem o cria.
Piaget (2009) considera que a interação entre alunos e ambiente escolar interfere na aprendizagem da criança. Assim, O período pré-operatório é dividido em dois estágios: - De dois a quatro anos de idade, em que a criança se caracteriza pelo pensamento egocêntrico demonstrado pela dificuldade em se colocar no lugar do outro. Mas na verdade, é a escola que apresenta inconsistências para lidar com a diversidade linguística e cultural, e até mesmo, étnica. Assim, a escola acaba por reproduzir procedimentos de exclusão e empobrece o processo de ensino-aprendizagem enquanto processo político e ético. Existem distintas explicações para o fracasso escolar, aquelas de cunho convencional e as explicações que compactuam com o rompimento de determinados estigmas que são atribuídos aos alunos que não acompanham a absorção de conhecimento em uma lógica sequencial.
É muito comum nos depararmos com situações que relacionam as dificuldades na aquisição da leitura e da escrita das crianças ao “problema de aprendizagem”. Por vezes essas crianças desistem de frequentar a escola e acabam por percorrer o universo do mercado de trabalho em busca da complementação da renda familiar. blogspot. com/2007_08_01_archive. html As pesquisas desenvolvidas nessa linha de investigação promoveram uma classificação médica dos problemas de aprendizagem. Atualmente, quando se encaminha um aluno para uma avaliação neurológica em busca de apoio na contribuição da medicina para a compreensão das dificuldades de aprendizagem, geralmente o resultado do diagnóstico aponta um quadro de dislexia, disfunção cerebral mínima ou hiperatividade. A Abordagem Organicista é sempre tratada como a responsável pela medicalização generalizada do fracasso escolar, uma vez que o tratamento para sanar o problema de aprendizagem escolar baseia-se no consumo de medicamentos psiquiátricos.
Infelizmente, tal concepção ainda prevalece em meio à opinião de muitos profissionais da educação. As teorias do déficit linguístico acabam por negar a riqueza do universo linguístico e cultural das crianças, inserindo-as como objeto do ensino no lugar de sujeito. Esta problemática contribui com a disseminação da intolerância e do preconceito no processo de ensino-aprendizagem. O trabalho de Labov forneceu subsídios para questionar as situações de teste a que crianças negras norte-americanas, moradoras de guetos, eram submetidas. A análise da produção linguística dessas crianças demonstrou que elas apresentavam uma gramática sistemática, coerente e lógica. Esta classificação mecânica não implicava na reflexão dos profissionais da educação acerca do processo de avaliação na educação infantil.
Todavia, mesmo com mudanças substanciais no campo da avaliação, ainda permanecem processos avaliativos classificatórios, que produzem exclusão dos alunos, e não necessariamente compõem estratégias eficazes de aprimoramento do ensino e da aprendizagem. Para Bondioli (2004), a avaliação: [. é uma prática que pode ser empreendida com uma pluralidade de objetivos e, [. implica uma clareza sobre esses objetivos que devem ser alcançados pela cooperação de todos os atores sociais que nele (no processo avaliativo) podem estar envolvidos (BONDIOLI, 2004, p. A avaliação, nesse sentido, de acordo com Silva (2015), deve ser investigativa e mediadora, sendo justificada na relação professor-aluno, assumindo sua real função na esfera educacional. O processo avaliativo não se circunscreve apenas à relação professor e aluno, mas deve envolver docentes, equipe pedagógica, familiares do aluno e demais colaboradores da instituição de ensino.
Os gestores pertencentes ao sistema de ensino possuem importante papel na promoção de uma cultura escolar capaz de garantir a interação entre escola e família. A construção de uma proposta pedagógica não parte de mecanismos imediatistas e burocráticos, exige planejamento, articulação entre os diferentes papeis exercidos no âmbito escolar, avaliação do nível de aprendizagem dos aluno e dos resultados alcançados pelos educadores. Desta maneira, a proposta pedagógica deve estar em constante construção, uma vez que, Uma proposta pedagógica é um caminho, não é um lugar. De acordo com Silva (2015), é primordial que o educador exerça o papel de mediador em sala de aula e realize intervenções pedagógicas, interagindo com a criança por meio do diálogo No campo avaliativo formal, são aplicados pareceres, fichas de avaliação e avaliações classificatórias.
No campo informal, estão presentes as observações cotidianas do educador, o controle do comportamento das crianças e o estabelecimento de disciplina. No entanto, o educador deve ser cauteloso com o manuseio desses instrumentos de avaliação para não prejudicar a criança (SILVA, 2015). Nesse sentido, É necessário partir do pressuposto de que a Avaliação na Educação Infantil tem que ser um processo contínuo e dinâmico, através do qual o educador acompanha constantemente a evolução da criança com observações, as quais auxiliam o trabalho do educador, favorecendo caminhos para que ele consiga conhecer a criança em suas dificuldades na aprendizagem, promovendo assim o seu pleno desenvolvimento com um constante acompanhamento individual e do grupo (SILVA, 2015, p. O processo contínuo de avaliação e a introdução de mecanismos de avaliação não excludentes possibilitam um aprimoramento qualitativo da aprendizagem.
Neste tipo de registro, o docente concentra em suas mãos um aparato decisivo para a concretização da melhoria de suas intervenções. Em se tratando da interação entre educador e educando, vale o seguinte questionamento: de que vale o ensino-aprendizagem sem o conhecimento do universo do aluno? Os alunos não são isentos de arcabouço cultural, todos apresentam um determinado contexto familiar e uma dada trajetória de vida que não devem ser deixados de lado. Tal aproximação habilita o professor a conceber as peculiaridades de cada aluno, suas dificuldades, facilidades, inseguranças e anseios. REFERÊNCIAS BONDIOLI, A. O projeto pedagógico da creche e sua avaliação: a qualidade negociada. f. Monografia (Pós graduação em Ed. Infantil). Escola Superior Aberta do Brasil, Vila Velha, 2010.
CASTANHEIRA, M. FIJALKOW, J. Malos Lectores: por qué? Madri: Pirâmide, 1989. GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. ed. Avaliação na pré-escola: um olhar sensível e reflexivo sobre a criança. Porto Alegre: Mediação, 2000. KRAMER, S. Com a pré-escola nas mãos. São Paulo: Ática. p. MORTATTI, Maria do Rosário Longo. Educação e Letramento. São Paulo: Unesp, 2004. NETTO, José Paulo. Faculdade São Braz: Curitiba, 2015. SOARES, Magda. Alfabetização: a ‘ressignificação’ do conceito”. “Alfabetização e Cidadania”. Revista de Educação de Jovens e Adultos.
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