Dialetologia e geolinguística em Goiás: uma prosa de sério sobre o goianês do século XX

Tipo de documento:Projeto de Pesquisa

Área de estudo:História

Documento 1

O objetivo do trabalho é de buscar os registros, sejam documentais, dos meios de comunicação ou trabalhos acadêmicos, analisá-los por sua importância e dar destaque ao que pode e deve ser divulgado ou guardado como registro. Palavras-chave: Goianês. Expressões populares. Dialetologia. Geolinguística. O Brasil tem uma característica migratória muito importante, e a partir da década de 1950, o centro-oeste, por exemplo, com a construção de Brasília teve um grande fluxo de pessoas, e posteriormente, com a divisão dos estados de Goiás (dando origem a Tocantins) e Mato Grosso (dando origem ao Mato Grosso do Sul) promoveu uma grande migração para que trouxe junto, além de costumes, culturas, também um novo vocabulário que se mesclou ao já utilizado nestas regiões (BRASIL, 1997).

Goiás foi o último estado a ser desmembrado no Brasil, dele surgiu Tocantis, mas o que se percebeu é que em seu território, de forma mais condensada ficaram as características que sempre o identificaram, como vocabulário, culinária e mesmo tendo Brasília acolhida em seu território, praticamente não recebe influência da pluralidade de origens dos moradores do Distrito Federal, maioria oriunda do Nordeste na época de sua construção e posteriormente de todos os outros estados para se compor os seus representantes no poderes da república. Em relação a geolinguística, é preciso em simultaneidade com a dialetologia, a delimitação geográfica do objeto de estudo, assim podendo entender suas peculiaridades etnográfica, trazendo para a geografia linguística a responsabilidade destas delimitações, exemplo disso, são os mais variados atlas linguísticos desenvolvidos por regiões ou mesmo países (Atlas Linguistique Roman, conjunto de países, como o Atlas Linguarum Europae).

No caso de Goiás, o interesse se desenvolveu a partir da leitura da obra de Nogueira e Silva (2017) que mostra a riqueza do vocabulário do estado, em especial e a partir dai realizar uma pesquisa que englobe o que foi publicado a este respeito, formando uma acervo único que pode ser utilizado como referência para outras pesquisas e publicações. No estado de Goiás, a população possui várias formas de se expressar, resultado da origem de vários de seus colonizadores, mas a mistura transformou os vários vocabulários em um “dialeto único” reconhecido como “goianês”. …] 2 – “Demais da Conta” – Expressão que os goianos usam para expressar algo em grande quantidade, ou muito. Ex. “Gosto de você, demais da conta”, seria o mesmo que gostar muito de você.

– “Custoso ou Custosa” – Expressão usada pelos goianos, quando vai se referir, por exemplo, a uma criança sapeca ou peralta. “Esse menino é muito custoso. …] o espaço variacional da Dialetologia Pluridimensional não compreende somente os dialetos “puros” preferidos pela Dialetologia tradicional ou os socioletos da Sociolinguística. São de igual interesse as variedades mistas, os fenômenos de contato linguístico entre línguas contíguas ou superpostas de minorias e maiorias, formas regionais, a variação diafásica (ou estilística), o comportamento linguístico dos grupos topodinâmicos (demograficamente móveis) contrastando com o dos grupos topoestáticos (com pouca mobilidade do espaço), a atitude metalinguística dos falantes comparada com seu comportamento linguístico, e outros parâmetros mais (THUN, 1998, p. De acordo com Thun (2000), a pesquisa deve contemplar vários aspectos que estão inseridos na linguagem utilizada por uma população ou em um determinado lugar, por esta razão, estes estudos requerem que se considere oito dimensões linguísticas (ou sociolinguísticas): coexistência de duas línguas no mesmo território (dialingual); distância espacial (diatopia); diferentes estratos sociais (diastrática); variação entre as diferentes faixas etárias (diageracional); diferentes estilos (diafásica); comparação do comportamento linguístico entre grupos estáveis e dentro da localidade com grupos móveis (diatópico-cinética); variação entre falar feminino e masculino (diassexual); metalinguagem e consciência linguística do falante (diarreferencial).

A história da língua é também a história de quem a fala, porque a linguagem só existe se porque as pessoas se expressam por este meio de comunicação, Calvet (2002) explica que a fala também é a representação da cultura local que também por ela é transmitida, sendo também forma e produto dela. Uma forma de manter o referencial linguístico vivo é estar ciente de que ele está intrinsecamente atrelado aos usos e costumes. afirmação que pode ser entendida pela ótica que existem mais de duzentas línguas remanescentes das nações indígenas, sendo que o autor afirma que a tal unidade linguística do Brasil não passa de um mito que busca divulgar uma unidade nacional que não existe, [. portanto, não se fala “uma só língua portuguesa”.

Fala-se um certo número de variedades de português, das quais algumas chegaram ao posto de norma-padrão por motivos que não são de ordem linguística, mas histórica, econômica, social e cultural. BAGNO, 2006, p. Em conclusão, não havendo esta unidade, mais se compreende a questão dos regionalismos, fruto da cultura e experiência locais, com influência externas e que juntos, estes fatores tornaram possíveis as comunidades terem seu próprio dialeto e assim entenderem entre si e comunicarem de acordo com a realidade em que vivem. Não se vai se determinar, a priori, um número exato de textos para a pesquisa, mas sim o conteúdo (na íntegra ou em parte) que apresente as respostas para as questões que derivem dos objetivos deste trabalho.

CRONOGRAMA Ano 1 Mês Atividade Definição de fontes Revisão Bibliográfica Fichamento Dados e documentos adicionais Análise interpretativa Ano 2 Mês Atividade Redação da monografia Revisão Entrega para a banca Defesa 8 REFERÊNCIAS ALVES, Giovani Ribeiro. Algumas palavras do regionalismo goiano (Dicionário de Goianês). Jornal Diário da Manhã. Disponível em: https://www. BRASIL, M. C. Os fluxos migratórios na Região Norte nas décadas de 70 e 80: uma análise exploratória. Caderno Estudos Sociais, Recife, v. n.  Porto Alegre: Ufrgs, 2009. p. GODOY, Arilda Schmidt. PESQUISA QUALITATIVA: TIPOS FUNDAMENTAIS.  Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. XIV, no 1, pp. Montréal: Les Presses de L'Université de Montréal.   LEITE, Yonne; CALLOU, Dinah. Como falam os brasileiros. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

p. MARTINS, Felipe Fernandes. Pronome reflexivo: apaga-se em goiás, não se acende em minas. apaga-se em Goiás, não se acende em Minas. Rio de Janeiro: Vozes, 1994. p. MOLLICA, Maria Cecília; BRAGA, Maria Luiza. Orgs. Introdução à sociolinguística: o tratamento da variação. La geolingüística como lingüística variacional general (con ejemplos del Atlas lingüístico diatópico y diastrático del Uruguay). In: INTERNATIONAL CONGRESS OF ROMANCE LINGUISTICS AND PHILOLOGY, 21, 1995, Palermo. Proceedings… Tübingen: Niemeyer, 1998. p. VEIGA, Patrícia da. Coser & B. Rosemberg, eds. a ed. pp. Toronto: The MacMillan Company.

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