DESAFIOS NA FORMAÇÃO DOCENTE PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Tipo de documento:Artigo acadêmico
Área de estudo:Pedagogia
Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). RESUMO - O presente estudo objetiva discutir as dificuldades dos professores diante da inclusão de alunos com deficiência. Para tanto, discute o movimento inclusivo com base em documentos nacionais e internacionais; e analisa a importância da formação dos professores frente à proposta de inclusão dos alunos com deficiência nas escolas regulares. Como metodologia, optou-se pela pesquisa bibliográfica, realizada em livros, artigos e documentos nacionais e internacionais que instituem diretrizes para a educação inclusiva permitindo concluir que o movimento inclusivo está bem delineado, mas, carece de elementos básicos para que realmente se efetive, sendo o principal deles a formação dos professores. Quando o professor se sente preparado e apoiado, quando há a construção coletiva de uma cultura escolar inclusiva, o processo de inclusão torna-se mais significativo para todos.
O presente estudo tem como objetivo geral discutir as dificuldades dos professores diante da inclusão de alunos com deficiência. Para atingi-lo, elegeram-se como objetivos específicos: discutir o movimento inclusivo com base em documentos nacionais e internacionais; e analisar a importância da formação dos professores frente à proposta de inclusão dos alunos com deficiência nas escolas regulares. O estudo se justifica, pois, a educação inclusiva tem como objetivo garantir o acesso de todos os alunos à escola, ressaltando a responsabilidade da adequação das instituições de ensino às especificidades dos alunos. Esta pesquisa é importante no sentido de demonstrar que atitudes do professor, conhecimento, treinamento e apoio administrativo são componentes essenciais para ambientes inclusivos de sucesso. Assim, é importante identificar os fatores que podem influenciar as taxas de inclusão e fornecer aos educadores algumas diretrizes para que possam trabalhar com alunos deficientes.
Quando a diversidade humana é desconsiderada ou banalizada, as condições ambientais colocam as pessoas em situação de deficiência como incapacitadas, muito menos por suas características pessoais e, muito mais, pelas barreiras de toda a ordem com que elas se deparam. O paradigma inclusivo implica em uma reestruturação do sistema comum de ensino. Além disso, traz à tona questões, como: falta de infraestrutura nas escolas, pouco investimento na formação de professores e alunos, dentre outros. Essas questões precisam ser levadas em consideração, pois segundo o paradigma inclusivo, incluir é muito mais amplo do que permitir o acesso e a permanência de todos os alunos no mesmo espaço físico, embora essas sejam as suas duas premissas. Conforme Leonardo, Bray e Rossato (2009, p. O Plano Nacional de Educação (doravante PNE) é uma exigência constitucional e possui periodicidade decenal.
Trata-se de documento que funciona como articulador do Sistema Nacional de Educação, contando com percentual do produto Interno Bruto (PIB) para seu financiamento. O PNE deve ser a base para a elaboração dos planos estaduais e municipais. Fortalecida pelos movimentos sociais e amparada pela legislação, a educação inclusiva assume espaço nos debates sobre os direitos das pessoas deficientes não apenas no Brasil mas em todo o mundo. A partir das discussões e orientações de documentos nacionais e internacionais, há uma busca pela reorganização das escolas e dos sistemas escolares com o objetivo de atender a premissa do acesso de todos à educação. Esses índices demonstram o cumprimento de uma das premissas da perspectiva inclusiva: o acesso às escolas regulares de ensino. Paralelo a essa constatação, é importante realizar a análise das reais condições desse acesso, com vistas a atender a uma outra premissa inclusiva: a permanência desse alunado nas escolas comuns.
A formação do professor inclusivo Cada vez mais, professores estão se deparando com a tarefa de trabalhar com alunos com deficiência nas escolas regulares de educação básica. Partindo desse ponto, faz-se necessária uma análise da formação do professor que, a partir da inserção do paradigma inclusivo na educação brasileira, passou a trabalhar com a inclusão no contexto da sala de aula. O impacto causado pela inserção dos alunos com deficiência nas escolas regulares de educação básica no Brasil, o despreparo profissional vindo da deficiência ou da falta de formação dos professores para atuarem junto a essa nova demanda, passa a ser uma das dificuldades mais expressivas apontadas pelos professores (SANTOS, 2010). Tabela 1: políticas para formação do professor da educação básica Ano Documento Dispõe sobre 1996 Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB nº 9394/96.
Regulamenta a formação dos professores com indicações para a sua formação inicial (art. e continuada (arts. e 87). Além disso, no artigo 59 há a indicação da necessidade de professores do ensino regular capacitados para a inclusão de alunos com necessidades especiais nas classes comuns 1998 Parâmetros Curriculares Nacionais: Adaptações curriculares – estratégias para a educação de alunos com necessidades educacionais especiais. Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE. Reafirma a formação de professores para a educação especial, criação de salas multifuncionais, acessibilidade arquitetônicas dos prédios escolares, dentre outros. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Orienta as instituições escolares quanto às questões de acessibilidade dos alunos, necessárias à permanência e prosseguimento acadêmico, como: formação permanente dos professores, adequação curricular, redes de apoio para as pessoas com deficiência, dentre outros.
Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação. A falta de formação para os professores atuarem na área é considerada por muitos autores como uma das barreiras para a efetivação da proposta inclusiva. Alguns estudos como Pletsch (2009), Santos (2010), Glatet al (2011), mostram que embora muitos professores se sensibilizem com a proposta, poucos se apresentam como preparados para atuar junto a alunos com deficiência. Embora a legislação brasileira seja avançada em relação à perspectiva inclusiva, no que diz respeito à formação do professor ainda existem pontos a serem trabalhados. Garantir o acesso dos alunos com deficiência às escolas regulares de ensino não garante a inclusão escolar. É necessário garantir a permanência e condições adequadas para o desenvolvimento acadêmico dos alunos. Os desafios da inclusão de alunos com deficiência são significativos, mas não intransponíveis.
Muitos dos recursos necessários geralmente já fazem parte do cotidiano escolar, mas precisam ser reorientados e conectados em uma estrutura que ofereça apoio não apenas para a criança, mas também para a equipe e a família. Na perspectiva inclusiva alunos e professores precisam ser incluídos. Formação, acessibilidade, condições de trabalho e construção coletiva dos planejamentos podem entrar como fatores importantes para uma escola mais inclusiva. REFERÊNCIAS ARAÚJO, M. Planejando a próxima década: conhecendo as 20 metas do Plano Nacional de Educação. Brasília, 2014. Disponível em: <http://pne. mec. gov. Porto Alegre: Editora Mediação, 2010. CUNHA, Eugênio. Autismo e Inclusão: psicopedagogia e práticas educativas na escola e na família. Rio de Janeiro: Wak, 2011. GLAT, R; MASCARO, C.
Acesso: 5ago. INEP - Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Censo da Educação Básica 2013: resumo técnico. Brasília: O instituto, 2014. LEONARDO, N. C; CARVALHO, L. T; PLETSCH, M. D. Atendimento Educacional Especializado: uma breve análise das atuais políticas de inclusão. In: PLETSCH, M. A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes, políticas e resultados de pesquisas. Revista Educar, n. p. SANTOS, G. C. mar/abr.
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