Desafios e possibilidades da igualdade de gênero no espaço escolar
Tipo de documento:Produção de Conteúdo
Área de estudo:Gestão ambiental
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia do Centro de Educação a Distância - CEAD da Universidade Anhanguera UNIDERP, como requisito parcial para obtenção de nota nas disciplinas de:Psicologia da Educação e da Aprendizagem, Ética, Política e Cidadania, Políticas Públicas da Educação Básica, Metodologia Científica, Educação e Diversidade, Práticas Pedagógicas: Gestão da Aprendizagem, Ed - Interpretação de Texto, Educação a Distância. FRANCA, SÃO PAULO OUTUBRO / 2019 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO. DESENVOLVIMENTO. CONSIDERAÇÕES FINAIS. Após o ano de 1962, as mulheres do Brasil conquistaram a liberdade para ocupar não apenas os espaços que lhes eram de direito à época, onde até então este direito era racionado, privativo e restrito à família e ao lar.
A partir de então, a mulher passa a gozar também de usufruir dos espaços públicos, fazendo com que estas se tornassem responsáveis e capazes por gerir suas ações na vida no âmbito civil, bem como poder integrar-se ao mercado de trabalho. Dias (2014) ilustra que o modelo de família da época tinha hierarquia voltada ao homem, o qual desempenhava um papel totalitário e paternalista, onde imperava o poder, impondo assim que a mulher fosse submissa, bem como seus filhos. Porém, após a ocorrência da Revolução industrial tal modelo passou por transformações, ampliando vagas de trabalho para as mulheres. Assim, as mulheres iniciaram, por meio do direito à liberdade, a ir em busca de direitos iguais aos dos homens, questionando também as discriminações, as quais essas sempre foram alvejadas.
Mediante os erros nos papéis e estereótipos de cada um desses gêneros, nasce a repressão feminina de modo a impedir que estas passem a ocupar seus lugares que historicamente, de fato, são seus, sendo estes: responsabilidades, dedicação e submissão no lar, a fim de desempenhar seu papel que é o de esposa e mãe. Por meio da elevação das aquisições dos direitos femininos conquistados de forma histórica, sendo estes: direito ao voto, garantia de integração no mercado de trabalho, atuação no esporte e ser tratada como uma figura autônoma, não sendo mais uma mera propriedade de poder e posse do homem. GREGORI, 1992). Tais desdobramentos negativos contra a mulher, na visão de Leal (2004), nascem como agravamentos na atual conjuntura histórica, na qual a sociedade vivencia, especialmente com relação aos adolescentes na fase escolar, conforme tratará o próximo tópico, levando em consideração o fato de que as transformações nos papéis predeterminados para os gêneros não garantem que se adeque e aceite na sociedade perante tais alterações ocorridas.
Esse é um dos grandes motivos que beneficia a legitimação da ainda real desigualdade de gênero, cujo intuito principal é fazer com que estas sejam devolvidas ao que eles entendem ser o seu “devido lugar e papel”, ou seja, todas as intercorrências e imposições que estas vivenciaram no século passado. Para Sousa; Graupe (2014) nas últimas décadas algumas significativas leis foram criadas como forma de incentivo e determinações acerca de temas, os quais envolvem educação e gênero. Na visão dessas autoras, as políticas públicas são de extrema importância, sendo que: [. as políticas públicas, fundamentam as principais políticas educacionais no Brasil, seja na questão do gênero e da cidadania. tomando a normatização neles prevista como expressão não só da permanência de costumes e formas de controle de um determinado momento histórico, mas também no propósito que procuram dar novos significados à prática social (SOUSA; GRAUPE, 2014, p.
Assim sendo, a escola também possui um significativo papel, que é auxiliar o discente na formação de sua identidade. A força desses significados se deve ao pesado investimento que lhes é feito por instituições como família, escola, mídia, lei, que reiteram as identidades e práticas hegemônicas, fortalecendo-as (BORDINI; SPERP, 2012, p. Mediante o exposto, Sousa; Graupe (2014) cita que o processo da aquisição da identidade dos adolescentes, bem como a quebra dos padrões predeterminados acerca de gênero e sexo não se tratam de assuntos que devem ser unicamente tratados como meros temas em sala de aula, como algo feito simplesmente por obrigação, mas também deve-se trazer toda a comunidade escolar para tratar do tema em questão, alunos, pais, professores, administração escolar, etc.
Todos precisam estar engajados e aptos para lidar com esses assuntos na adolescência. As mesmas autoras acima mencionadas trazem eixos e assuntos para que sejam tratados junto às comunidades escolares na perspectiva dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN´s) para com os adolescentes, sendo: A discussão sobre gênero e sexualidade é proporcionada através do tema transversal “Orientação Sexual”. Desse modo, justifica-se a necessidade de estudantes, professores e família, considerarem a importância sobre diversos aspectos da relação de gênero e sexualidade. Atualmente, existem políticas públicas voltadas para as questões de gênero nas escolas, cabendo à estes sujeitos, criar meios e situações para lidar com o assunto no dia-a-dia dos adolescentes, trazendo maior respeito, acolhimento, tolerância às diversidades, promovendo ações éticas e cidadãs para que tanto homens, como mulheres consigam viver de forma pacífica, harmoniosa e respeitosa, quebrando tabus, estereótipos e se integrando entre si, seja qual for o gênero ou orientação sexual.
Assim, é muito importante que os adolescentes saibam identificar as lutasno passado, a história da igualdade de gênero para que se possa reconhecer ainda as deficiências e fragilidades e estarem cada vez mais atuantes junto aos movimentos para que se atinja os melhores desempenhos possíveis nas instituições de ensino. Demonstrando que ainda que haja inúmeros desafios, há sim, a possiblidade de que os adolescentes consigam desmistificar essas práticas ainda recorrentes. Concluímos que esse trabalho foi para nós de grande valia, nos fazendo observar e analisar os fatos sociais, ampliando ainda mais nossos conhecimentos, que serão acrescidos à nossa futura profissão. REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS BORDINI, Gabriela Sagebin; SPERB, Tania Mara. php?script=sci_arttext&pid=S0102‑79722012000400013>. Acesso em: 23 de abr. DIAS, Maria Berenice.
Lei Maria da Penha: a efetividade da Lei 11. de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. Cenas e queixas: Um estudo sobre mulheres, relações violentas e a prática feminista. São Paulo: Editora Paz e Terra S. A. LINS, Beatriz Accioly; MACHADO, Bernando Fonseca; ESCOURA, Michele. Entre o azul e o cor-derosa: normas de gênero. Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, Universidade Estadual de Londrina, 27 e 29 de maio de 2014. Disponível em: <http://www. scielo. br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S0102‑79722012000400013>.
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