Desafios e possibilidades da igualdade de gênero no espaço escolar

A diferença de igualdade de gênero, principalmente na fase escolar, pode causar uma exclusão de determinados grupos, causando problemas psicológicos, sentimentais e também podendo levar a um desvinculo com a instituição de ensino. As instituições de ensino devem priorizar a inclusão e igualdade entre os alunos, pois assim facilita também que eles queiram estar nas escolas, queiram estudar e também ter uma convivência harmoniosa, priorizando o respeito as diferenças. Os esportes, por exemplo, devem ser aberto tanto aos meninos quanto as meninas, deixando a eles uma livre escolha para seus gostos e personalidades. Este tema implica que além das instituições de ensino, seja trabalhado todo o âmbito social, pois, há uma diferença no tratamento de meninos para as meninas.

Desde o início da vida do individuo a sociedade impõe qual o papel de cada um, considerando que convivemos em uma sociedade machista e patriarcal, temos que mudar as concepções culturais para realmente atingir o objetivo. São processos que dificultam o desenvolvimento integral das mesmas. No ambiente familiar, a discriminação de gênero também é notada. As meninas relatam, por exemplo, serem as únicas responsáveis pelos afazeres domésticos e que os meninos podem namorar enquanto as meninas não. “A desigualdade de gênero começa em casa. Ainda há uma hierarquia de gênero que coloca as meninas em condições inferiores em relação aos meninos”. Dessa forma, as redes de amizade podem ser vistas como importantes contribuintes para o processo de reprodução cultural em que normas e valores do meio social em que vivem os adolescentes podem ser aceitos ou contestados.

Cabe aos pais e professores estarem atentos ao comportamento de determinados grupos, em especial aos pais, saber com quem seus filhos andam, e orienta-los a respeitar as diferenças, a ser responsável e compreender o próximo, em casa que começa a ser repassado os valores morais e intelectuais, aos professores cabe repassar aos pais como andam os filhos, para los ajudar a saber com quem eles andam e como se comportam, facilitando assim corrigir possíveis erros. Os professores são importantes no processo de combate a desigualdade de gênero, educadores do ensino infantil e fundamental devem oferecer oportunidades para que as crianças possam brincar, desenvolver-se e expressar-se, independente de seu sexo, por exemplo: deixar disponível todos os tipos de brinquedos; ler histórias em que personagens femininos e masculinos são sensíveis, audaciosos, corajosos, demostram medo e outras características;  fazer uma boa roda de conversa sobre o tema; destacar a importância do respeito ao outro; evitar padrões de comportamento, beleza ou formas de pensar; e organizar os espaços para uma ocupação igualitária, sem segregações por gênero.

Já com os adolescentes, é importante discutir o assunto para que eles possam desenvolver as próprias reflexões, sendo capazes de concluir por si mesmo o aprendizado. “Pergunte a eles ou peça pesquisas sobre como a sociedade poderia romper com as barreiras que evidenciam as distorções de gênero. É nesse sentido, que alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as meninas e mulheres é, inclusive, um dos objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), conhecidos como Agenda 2030. Em resumo, são metas da organização a serem cumpridas até o ano de 2030 e a igualdade de gênero é a quinta dela. Por fim, cabe lembrar que combater a hierarquia de gênero não quer dizer acabar com as diferenças, todas as pessoas, inclusive do mesmo gênero, possui diferenças e personalidades distintas, mas o essencial é não usar as diferenças para inferiorizar a pessoa, estabelecendo relações de poder, hierarquia, violência e discriminação.

Conclusão Este trabalho possibilitou entender quão problemática é a desigualdade de gênero, sendo ainda muito forte no Brasil, pois se trata de um país machista e patriarcal, quem mais sofre com tal cultura são as mulheres, sendo que recebem salários mais baixos e, tem menos oportunidades em alguns cargos de liderança e até no meio político no qual as mulheres ficam sem representação. Com isso, pôde-se perceber a necessidade de projetos nas instituições de ensino que, tragam uma reflexão sobre a importância da igualdade de gênero e que não classifique as atividades feitas no âmbito escolar caracterizando-as como “esportes de meninos” “atividades femininas”. Orgs. Diferentes, não desiguais: a questão de gênero na escola.

São Paulo: Editora Reviravolta, 2016. SOUZA, Lúcia Aulete Búrigo; GRAUPE, Mareli Eliane. Gênero e políticas públicas na educação. Disponível em: <https://www12. senado. leg. br/noticias/especiais/especial-cidadania/acoes-do-senado-pela-igualdade-de-genero-vao-alem-dos-projetos-de-lei/>. Acesso em: 27 Out.