COMO INCORPORAR A INOVAÇÃO NA CULTURA DA EMPRESA

Tipo de documento:PTI

Área de estudo:Gerenciamento de Projetos

Documento 1

Um dos primeiros estudiosos sobre inovação foi Schumpeter (1982), cuja abordagem dizia que a inovação estava vinculada ao desequilíbrio no mercado e que repercutia no crescimento econômico, sendo assim, a função da inovação é de impulsionadora do progresso. Para Schumpeter (1982) a inovação tecnológica cria uma ruptura no sistema econômico, tirando-o do estado de equilíbrio e alterando, desta forma, padrões de produção e criando diferenciação para as empresas. Assim, a inovação possui papel central para o desenvolvimento econômico regional e de um país. Na visão de Santos, Fazion e Meroe (2011), Schumpeter também foi um pioneiro ao caracterizar três etapas básicas sobre o processo de inovação que são: a invenção, a inovação e a difusão.

A invenção é caracterizada pela ideia e sua potencial exploração comercial. Diante do que foi exposto, verifica-se que a inovação envolve a gestão das atividades envolvidas no processo de geração de ideias, desenvolvimento de tecnologias, criação e fabricação de um produto novo (ou aperfeiçoado) ou de um processo de fabricação ou equipamento. As atividades de inovação envolvem novos conhecimentos e podem ser executadas dentro das empresas, e podem envolver a aquisição de bens, serviços ou mesmo de conhecimento de fontes externas. Uma empresa pode adquirir tecnologia externa de forma a incorporá-la em seus conhecimentos para inovar. Em suma, inovação funciona como prática agregada à gestão de atividade do processo de geração de ideias e de tecnologias, fabricação e marketing para novos produtos ou para o aperfeiçoamento dos produtos existentes, ou mesmo de melhorias em um processo de fabricação ou equipamento.

Em qualquer das formas, a inovação requer a geração ou aquisição de conhecimentos, portanto as pessoas são parte fundamental para a inovação. E mesmo quando a empresa realiza tal façanha, os desafios principais estão em lançar e vender esses novos produtos ou serviços em um mercado cada vez mais competitivo. Portanto, diz-se que não adianta apenas o sucesso interno da empresa para a liderança em inovação, já que existem outros fatores que influenciam na capacidade de uma empresa inovar, que vão desde o ecossistema no qual a empresa está inserida até questões como a aceitação das inovações pelo mercado. De acordo com Christensen (2001) o fracasso está diretamente relacionado ao processo de descobrir novos mercados, principalmente quando são desenvolvidas novas tecnologias consideradas disruptivas.

No entanto, o autor adverte que nem sempre as empresas já estabelecidas no mercado conseguem criar um ambiente propício para inovar, porque sua estratégia costuma ser de manutenção e sustentação de seus mercados. Empresas inovadoras e líderes em inovação, quando são grandes, em geral procuram por nichos de mercado, que geralmente conseguem ser mais bem explorados por empresas no seu estágio inicial como no caso das startups. Segundo Christensen (2001), as pequenas empresas são mais inovadoras, ou pelo menos possuem um ambiente organizacional mais propício à inovação, primeiramente porque são movidas pela necessidade, já que costumam ser fundadas devido a novas tecnologias, são visionárias, têm uma estrutura menor, baixos custos operacionais e, portanto, são mais flexíveis e rápidas para adotar novos produtos, tecnologias e processos.

No entanto, apesar da suposta facilidade para inovar, elas possuem deficiências (financeira, gerencial e pessoal), e enfrentam diversos desafios para comercializar suas inovações (CHRISTENSEN, 2001). Portanto, a superação das dificuldades requer esforços conjuntos dos líderes e funcionários para desenvolver um ambiente favorável à inovação que gere um comprometimento real com a busca de vantagem competitiva. As melhorias e novidades surgem todas as semanas de alguns mercados emergentes, surgem alguns desenvolvimentos tecnológicos de ponta, alguma forma incomum de marketing, entre outras inovações. Portanto, os lideres devem estar preparados e terem desenvolvido uma base de conhecimentos para lidar com a concorrência. Uma cultura voltada para a inovação é caracterizada por sua visão inovadora do futuro, abertura a novas experiências, aceitação de riscos calculados, reconhecimento de erros e falhas e a necessidade de aprender continuamente com a experiência (DRUCKER, 2003; NASCIMENTO; LABIAK JÚNIOR, 2011).

A estrutura inclui elementos como a estrutura hierárquica da empresa, a divisão de tarefas, o envolvimento e a responsabilidade dos indivíduos, a cultura organizacional, a liderança e a estrutura de poder dentro da empresa. Nesse sentido, uma empresa que busca inovação contínua pode apresentar uma estrutura organizacional diferente de um negócio tradicional. Na verdade, não existe um modelo único que represente uma estrutura ideal para a inovação, porque a essência é apenas ter uma que seja flexível e facilmente adaptável às demandas situacionais. Nesse contexto, surgem empresas virtuais, redes de negócios, modelos matriciais e até a ausência de estrutura formal. O ambiente físico deve proporcionar interação entre as pessoas, através de um layout aberto, fazendo uso de espaços comuns.

Também é interessante ter suporte tecnológico para criar valor no longo prazo. Embora não seja uma condição obrigatória para a inovação, o acesso à tecnologia amplia a capacidade inovadora da empresa (DRUCKER, 2003; CHRISTENSEN, 2001). O desenvolvimento do potencial inovador de uma empresa depende do cumprimento de alguns aspectos do ambiente interno, a fim de derrubar barreiras e promover uma cultura verdadeiramente inovadora. A convergência e a coerência entre os quatro componentes organizacionais são importantes para melhorar os resultados do processo de aprendizagem e o sucesso da empresa no mercado. Inovação e espírito empreendedor (entrepreneurship): prática e princípios. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. GODOY, R. S. P. dez. Disponível em: <http://revistapesquisa. fapesp. br/2016/12/10/taxa-geral-de-inovacao-de-2012-2014-e-semelhante-a-de-2009-2011/>. Acesso em 15 mai.

p. SANTOS, A. B. A. dos; FAZION, C. A. A teoria do desenvolvimento econômico. São Paulo: Abril Cultural, 1982. TIDD, J. BESSANT, J.

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