CONCEITO DE PATOLOGIA E SUA IMPORTÂNCIA
Tipo de documento:Projeto
Área de estudo:Engenharias
alertam para o uso equivocado do termo patologia, muitas vezes empregado no plural, como sinônimo de manifestação patológica, pois a patologia é uma ciência, responsável pelo estudo das deficiências verificadas em edificações, enquanto a manifestação patológica é a própria caracterização dos problemas visíveis, sintomas e causas que indicam falhas e comportamento anormal. A maioria das manifestações patológicas está relacionada a um dos seguintes agentes causadores, conforme explicado por Erat (2016): cargas excessivas, variações térmicas e de umidade bruscas, incompatibilidade de determinados materiais e efeitos provocados por agentes biológicos. A importância da patologia para a construção civil consiste no fato de que os diagnósticos prévios costumam oportunizar soluções viáveis e menos custosas em relação àquelas adotadas em casos de reparação ou reforço depois do colapso estrutural (BRAGA, 2010).
Quando combinada às práticas da manutenção preventiva, a patologia concorre para o prolongamento da vida útil da edificação. VIDA ÚTIL DAS EDIFICAÇÕES A vida útil de uma edificação é afetada por deformidades originárias do próprio edifício ou ocasionadas por fatores externos, que podem afetar seu desempenho e comprometer sua utilização. DURABILIDADE DAS EDIFICAÇÕES A NBR 6118 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014) define durabilidade como a capacidade que a estrutura possui para resistir aos fatores ambientais previstas no projeto estrutural à época da elaboração, sob ciência do autor do projeto e do contratante. De acordo com Bolina (2019), a durabilidade da edificação deixa de ser satisfatória quando ela não pode mais atender às solicitações estabelecidas em projeto, podendo ocorrer devido à degradação, que compromete o desempenho, ou em razão de obsolescência funcional.
As fissuras constituem um dos principais tipos de manifestação patológica. De acordo com Braga (2010), elas podem ser causadas por movimentações térmicas, peso dos elementos construtivos, sobrecargas de utilização, flexão e torção de vigas e lajes e fissuras ocasionadas por retração da argamassa e recalques dos elementos de fundação. Em relação ao concreto, a manifestação patológica mais comum está relacionada com a segregação. A Associação Brasileira de Normas técnicas lançou, em 2013, uma série de normas de desempenho, sob o número 15575, e constituídas por 6 partes, cada uma referente a um tipo de desempenho: 1 - requisitos gerais; 2 - requisitos para os sistemas estruturais; 3 - requisitos para os sistemas de pisos; 4-sistemas de vedações verticais internas e externas; 5-requisitos para sistemas de coberturas; 6-sistemas hidrossanitários.
Segundo CAU (2013), estas normas representa uma revolução conceitual em relação às exigências mínimas para segurança e conforto em edifícios residenciais. De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2013, p. “normas de desempenho são estabelecidas buscando atender às exigências dos usuários, que, no caso desta Norma, referem-se a sistemas que compõem edificações habitacionais, independentemente dos seus materiais constituintes e do sistema construtivo utilizado”. A manutenção nas edificações é necessária devido à degradação prematura, que geralmente é desencadeada devido à baixa qualidade dos materiais de construção utilizados, erros de projeto e execução ou a inexistência de manutenção preventiva (DEMOLINER; POSSAN, 2013). BERTOLINI, Luca. Materiais de construção: patologia, reabilitação, prevenção. Tradução: Leda Maria Marques Dias Beck.
ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2010. BORGES, Carlos Alberto de Moraes. O conceito de desempenho de edificações e a sua importância para o setor da construção civil no Brasil. Orientador: Fernando Henrique Sabbatini. p. Tese (Mestrado em Engenharia da Construção Civil e Urbana) - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. Monografia (Especialização em Construção Civil) - Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2010. Disponível em: https://repositorio. ufmg. br/bitstream/1843/BUOS-9AAJ74/1/monografia_final_natalia_braga. pdf. Acesso em: 13 out. COIÁS, Vitor. Inspecções e ensaios na reabilitação de edifícios. ed. Lisboa: IST Press, 2019. pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 13 out. DEMOLINER, Carlos Alberto; POSSAN, Edna. Desempenho, durabilidade e vida útil das edificações: abordagem geral.
Revista técnico-científica do CREA-, Curitiba, p. l. ano 2016, v. ed. p. Disponível em: https://189-016-006-142. HELENE, Paulo Roberto Lago. Manual para reparo, reforço e proteção de estruturas de concreto. São Paulo: Pini, 1997. NASCIMENTO, Felipe Bomfim Cavalcante do; SOARES, Arthur Pimentel Falcão; VASCONCELOS, Lívia Tenório. Corrosão em armaduras de concreto. A importância da manutenção preventiva para o bom desempenho da edificação. Orientador: Elaine Garrido Vazquez. p. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Civil) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015. Disponível em: http://monografias.
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