ResumoCast - Antifrágil

Tipo de documento:Projeto

Área de estudo:Literatura

Documento 1

Fique ligado nos maiores nomes da literatura de negócios e como você pode aplicá-las na sua vida como empreendedor. Está começando agora mais um episódio do ResumoCast, livros para empreendedores. João Cristofolini: “Olá, seja bem vindo a mais um episódio do ResumoCast. Aqui quem fala é João Cristofolini e estamos começando agora o episódio 128 com mais um livro para empreendedor. No episódio de hoje vamos falar sobre o livro ‘Antifrágil: Coisas que se beneficiam com o caos’, do autor Nassim Nicholas Taleb. Sejam bem vindos ao ResumoCast número 128. Hoje vamos debater mais best-seller de Nassim Nicholas Taleb: Antifrágil. Nesse livro ele explica que o oposto de frágil não é robusto, e sim, antifrágil. O mais interessante é que a maioria das línguas faladas pelos seres humanos não têm uma palavra para definir o oposto de frágil.

Por isso ele resolveu chamar de antifrágil. Mas você pode se perguntar: quem tolera agressão? Olhe então para o seu próprio corpo. Vamos supor que você queira aumentar sua força muscular e decida ir a uma academia para levantar pesos. O que você irá fazer é agredir o seu músculo com uma dose de peso que pode ser alta inicialmente, mas depois de algumas semanas praticando, seu músculo irá crescer, se tornar mais forte e continuará lidando e tolerando a agressão que você está cometendo. O autor chama essa agressão de ‘estressor’. Tanto os seus músculos como todo seu corpo é um exemplo de um sistema antifrágil. Cristofolini: “O contrário da fragilidade não é robustez. Segundo Taleb, o contrário de fragilidade é antifragilidade.

Outro exemplo que ele dá para descrever o que é isso é a Hidra de Lerna, uma figura da mitologia grega. A Hidra era uma serpente com várias cabeças que aterrorizava os gregos e era conhecida por ser indestrutível. Cada vez que alguém cortava uma de suas cabeças, duas outras cresciam naquele lugar. Nós vamos falar muito sobre a importância das falhas, uma parte crucial do processo de antifragilidade e que funciona como um método de tentativa e erro - a cada erro cometido pelos indivíduos envolvidos, o sistema se fortalece, porque ele aprende coisas novas e se torna melhor. A economia também é um sistema antifrágil, as partes que constituem a economia - como as pessoas, as empresas - são, de alguma forma, frágeis.

Mas a economia em si é o oposto. Para que ela cresça, alguma dessas partes precisam falhar. As pessoas, as empresas, vão falhar durante o processo, porque é preciso aprender com os erros cometidos pelos elementos da própria economia. Então, gasta a maior parte desse montante na hipoteca da sua casa e em outras despesas com a sua família. Ele costumava acordar nas manhãs de sábado - dia que as pessoas se alongam e ficam rolando na cama - e dizia a si mesmo: “a vida é boa”. Até que veio uma crise bancária e ele percebeu que seu cargo seria desnecessário. Já seu irmão, George - que mora na mesma rua - dirige um táxi preto. Isso significa que ele obteve uma licença em Londres para a qual ele passou três anos expandindo seus lóbulos frontais e memorizando ruas e itinerários da Grande Londres.

Segundo o autor, os riscos dos assalariados estão ocultos em um telefonema do departamento de RH, que pode acabar com uma carreira de várias décadas. No exemplo anterior, se o irmão taxista ficar uma semana sem pegar nenhum passageiro, isso irá lhe forçar a pensar em uma outra parte da cidade que possa ter mais passageiros e, por estar um ambiente com mais estressores, o taxista irá aperfeiçoar o seu conhecimento sobre o que faz. O irmão assalariado tem um grande empregador, está mais vulnerável a algum evento do tipo cisne negro - que seria uma demissão sumária. Enquanto o irmão taxista tem pequenos empregadores e mais opções, pois ele pode escolher quais os clientes aceitar ou recusar. Ele é mais robusto e antifrágil.

Para se tornar antifrágil, não é necessário evitar as incertezas - é necessário saber que as situações externas e extremas podem acontecer e se preparar. Você precisa estar preparado e, para isso, deve prever o pior que pode acontecer. A primeira maneira de se preparar é se concentrando no elemento negativo que pode acontecer. Quando você sabe qual é o elemento negativo, consegue diminuir seus riscos. Por exemplo, se você quer se proteger das inconsistências da economia, é bom se preparar e garantir que a maior parte dos seus recursos estejam seguros e que não sofram com a volatilidade do mercado. Isso é muito comum também quando nós abordamos para a realidade do empreendedor que está começando o novo negócio e projeta um cenário 100% favorável, no qual todas as coisas vão acontecer como ele previa e planejou, no qual ele conseguirá vender, a economia será favorável e somente coisas boas vão acontecer.

Esse é o grande erro se você quer se tornar uma pessoa antifrágil. Você precisa prever que as coisas podem não acontecer como você estava planejando - e não por sua culpa, por fatores que você não tem controle, fatores externos, da economia e do mercado, que você não consegue prever. Então você precisa tentar antever o pior cenário que pode acontecer. Se você começar o seu negócio, por exemplo, e passar o primeiro ano inteiro - ou dois anos - sem ter lucro e estando no prejuízo ou não atingindo sua meta de vendas, como é que você vai fazer para manter o seu negócio? Esse é o pensamento que você precisa ter antes de começar um investimento ou um negócio.

Mas vamos ver agora como o autor descreve a negação do ser humano a antifragilidade. No passado, o ser humano não tinha tecnologia suficiente para eliminar todos os estressores e promover tanta estabilidade como tem hoje. A ciência não havia evoluído tanto ao ponto de curar doenças e nos manter protegidos de ameaças da natureza. Então o ser humano estava mais exposto à desordem. Hoje, nosso nível de exposição aos estressores em algumas áreas está abaixo do ideal e isso nos mantêm afastados da zona de alta performance e antifragilidade. Dentro do ecossistema de start-ups também conseguimos tirar muitas lições do conceito de antifragilidade, porque uma das grandes lições do Taleb é que nosso progresso acontece através de um sistema de tentativa e erro - não é um sistema de previsão e planejamento.

A inovação acontece, as empresas surgem, start-ups nascem baseadas na tentativa e no erro. Também o ecossistema aprende com os erros de outras empresas. Por exemplo, no mundo de start-up, quando uma morre - e a gente sabe que isso acontece com uma frequência muito maior do que casos de start-ups que se tornam bem-sucedidas - todo o sistema aprende com os erros e vai se aprimorando progressivamente. Ou se você começa um primeiro negócio e ele fracassa - você aprende com os seus erros, melhora e, num segundo ou terceiro negócio, vai estar mais preparado. Outra característica dos empreendedores antifrágeis é planejar, mas se manter flexível. Todos sabemos que planos de negócios para cinco ou dez anos são uma ilusão nos dias de hoje.

Eles contribuem com a fragilidade do empreendimento. Imagine-se dirigindo em uma autoestrada onde a próxima saída é somente daqui a 500 quilômetros. Isso é o que acontece com um empreendimento quando você faz um plano rígido de dez anos. Ou no caso de aluno considerado inteligente pelo modelo de educação tradicional - aquela pessoa que tira sempre as melhores notas - mas que pode ser frágil porque a grande motivação dele está unicamente em tirar grandes notas. Já um aluno que é preparado para ser autodidata, baseado no prazer pela busca de conhecimento e informação, pode ser antifrágil quando colocado na vida real, no mundo real. Outro exemplo, também baseado em tentativa e erro dentro do modelo de educação: se você se entedia com um livro ou um assunto, tem a possibilidade de trocar para outro livro.

Às vezes, no modelo de educação tradicional, você não tem essa possibilidade - é obrigado a continuar naquele assunto. Mas no modelo de educação autodidata, se você está lendo um livro e não gostou, use o conceito de antifragilidade para tentar achar um livro melhor. Segundo o autor, nunca antes na história tantos humanos estiveram expostos a riscos criados por pessoas que não irão pagar nenhum preço caso alguma coisa der errado. O maior exemplo disso são governos que são eleitos por diversos mandatos, praticam atos irresponsáveis, prejudicam nações e gerações inteiras e não recebem nenhuma espécie de punição. Isso acaba abrindo um precedente para o próximo que entra no governo. Segundo Nassim, os governos e gestores de grande parte dos países do mundo, incluindo o Brasil, são sistemas frágeis que não evoluem.

Resistem a mudanças e requerem uma constante manutenção por parte de quem paga os impostos e esses mesmos governos estão expostos a serem derrubados repentinamente como ocorreu recentemente no Brasil. Carricondi: “O ResumoCast vai ficando por aqui. Se você não conhece, convido a acessar o nosso site: www. resumocast. com. br.

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