COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS DE AVALIAÇÃO TRADICIONAIS E ATUAIS UMA REVISÃO DE LITERATURA
Tipo de documento:Revisão Textual
Área de estudo:Gestão ambiental
Dentro desta perspectiva, este artigo tem como objetivo comparar métodos tradicionais e alternativos de avaliação, por meio de revisão de literatura. De forma geral, foi possível observar como os métodos tradicionais se baseiam apenas naquilo que o aluno absorveu, decorou, enquanto os métodos alternativos analisam a capacidade do aluno de utilizar aquilo que aprendeu. PALAVRAS-CHAVE: Avaliação escolar; Avaliação Alternativa; Avaliação Tradicional 1 INTRODUÇÃO O ato de avaliar inclui coleta de dados, análise e síntese dos temas que permeiam o que será avaliado. Durante este processo, são obedecidos critérios previamente estabelecidos pela instituição educacional, norteando o quadro docente na realização metodológica para que sejam alcançados os objetivos inerentes ao processo ensino aprendizagem. Inclui-se nesse processo a integração de valores ou qualidades, que serão norteados mediante comparações do que está sendo avaliado e os padrões normativos de avaliação, pré-estabelecidos.
Os procedimentos de avaliação devem basear-se nos resultados de aprendizagem prescritos e evoluir a partir das estratégias instrucionais implementadas para realizar esses resultados. Eles também devem permitir que um professor forneça uma avaliação precisa, confiável e justificável que reflita o progresso e a realização dos alunos. Dentro do contexto escolar, a avaliação consiste em uma prática organizada e formal, realizada de acordo com objetivos escolares que poder ser explícitos ou implícitos. Estes objetivos refletem valores e normas sociais, conforme ressalta Villas Boas (1998), ao afirmar que as práticas avaliativas podem ter papel importante na manutenção e transformação social. ainda de acordo com a autora, a avaliação escolar é um trabalho que acontece durante todo o trabalho pedagógico, não apenas em momentos específicos.
Várias estratégias podem reforçar as ligações entre o método de avaliação e a prática em sala de aula. Uma forte ênfase na avaliação dos professores para a melhoria contínua das práticas de ensino dentro da escola é um elo fundamental. Outra alavanca é envolver os professores na avaliação das escolas, em particular através da concepção da autoavaliação da escola como um processo coletivo com responsabilidades para os professores (CAPELLINI et al. Outro instrumento importante é garantir que os professores sejam vistos como os principais especialistas não apenas na instrução, mas também na avaliação de seus alunos, de modo que os professores sintam a propriedade da avaliação do aluno e aceitem-no como parte integrante do ensino e da aprendizagem.
Abordagens extras incluem apoiar os professores em sua prática diária por meio de objetivos claros e critérios de classificação e capacitação através de treinamento adequado em alfabetização de avaliação. Ao longo da história, as concepções de avaliação como forma de mensurar o nível de aprendizado foram se consolidando, principalmente com a ascensão da educação burguesa, na qual ter formas de avaliar e comparar o desempenho dos alunos era essencial. Os exames escolares constituíam uma das peças do sistema capitalista, e ainda hoje, do ensino básico ao superior, é possível dizer que no Brasil pratica-se não a avaliação, mas sim a examinação do desempenho dos estudantes. Luckesi (2003) denomina tal prática de “pedagogia do exame”, principalmente ao se relacionar às práticas nacionais de avaliação.
Apesar das controvérsias geradas, esta forma de avaliação ainda tem sua validade em situações nas quais é preciso classificar os estudantes, como vestibulares e concursos. A importância da avaliação no contexto escolar também pode ser avaliada a partir da pedagogia tecnicista, conforme explica Caldeira (1997): “A Pedagogia Tecnicista busca sua concepção de aprendizagem na psicologia comportamental. Saber levar em consideração diferentes aspectos do processo de ensino e aprendizagem é uma ferramenta essencial para que a avaliação ocorra de forma gradual, ao longo de todo o processo. Para tal, a constante capacitação dos professores pode auxiliar, ao permitir a discussão e troca de experiências. Desafios na mudança de concepções da avaliação Certamente, mudar os paradigmas já estabelecidos, de que a avaliação serve para classificar o aluno quanto ao seu nível de conhecimento, é um desafio para os professores.
Saber como integrar o processo de avaliação ao processo de ensino e aprendizagem não é algo ensinado da Universidade, principalmente para professores mais velhos, que vem de uma educação totalmente tradicional. Pereira (2005) destaca dois desafios principais enfrentados pelos professores no processo de avaliação e mudanças em suas concepções. Buriasco (1999) salienta que deixar de compreender a avaliação como uma forma de seleção dos alunos constitui um desafio para o professor. A autora destaca que a avaliação tem servido simplesmente para classificar, selecionar, rotular e controlar, por meio dela, o professor decide a trajetória escolar do aluno. Ao fazer o aluno se dedicar a memorizar os conteúdos, a avaliação perde seu caráter diagnostico. Para que os objetivos da avaliação sejam atingidos, o professor deve avaliar não só o aluno, mas também a sua prática pedagógica.
Percebe-se desta forma o quanto a avaliação é um processo complexo e desafiador, que exige do professor um constante repensar a respeito de suas práticas pedagógicas. destaca que o exame visa avaliar principalmente a capacidade do aluno realizar de forma práticas diferentes atividades, de acordo com os conceitos compreendidos. Ou seja, não basta o aluno decorar, mas ser capaz de compreender para que irá utilizar estes conceitos. Vidotto et al. ao analisarem a utilização da avaliação alternativa no ensino de física, destacam que esta ressalta a falta da correlação entre os conceitos básicos e sua utilização real dentro do ensino da disciplina, o que torna evidente a essencial tecnicista do nosso sistema educacional, que visa apenas a obtenção de notas.
Laburú et al. O Feedback dos professores e o envolvimento dos alunos na escola: Um estudo com alunos do 9º ano. Tese de Doutorado. Universidade de Lisboa. BOTH, Ivo José. Avaliação: “voz da consciência” da aprendizagem. p. DALBEN, Ângela I. L. de Freitas. Avaliação escolar. In: Avaliação: mito & desafio: uma perspectiva construtivista. Ed. Mediação. LABURÚ, Carlos Eduardo; DA SILVA, Dirceu; VIDOTTO, Luiz Carlos. Avaliação tradicional e alternativa no ensino: um estudo comparativo. VIDOTTO, Luiz Carlos; LABURÚ, Carlos Eduardo; BARROS, Marcelo Alves. Uma comparação entre avaliação tradicional e alternativa no ensino médio de física. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. n. VILLAS-BOAS, Benigna M.
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