OS JOGOS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

No entanto, mesmo após um avanço nas pesquisas sobre a eficácia do lúdico no desenvolvimento da criança ainda depara-se com instituições que persistem em um ensino descontextualizado em que as metodologias adotadas não condizem com as habilidades desses indivíduos, provocando, muitas vezes, uma defasagem no desenvolvimento das habilidades exigidas para essa etapa. Dentro desse contexto, o presente trabalho apresentará uma reflexão acerca dos instrumentos capazes de oferecer subsídios para que sejam alcançados melhores resultados pelos alunos na educação infantil. Assim, encontra-se no lúdico uma eficaz ferramenta para trabalhar o desenvolvimento de forma efetiva. Partindo do ponto que o brincar, os jogos e as brincadeiras estão presentes na vida do ser humano. Para tanto, seguiu-se o método qualitativo de cunho bibliográfico com a análise de diversos autores que possibilitou compreender a importância do brincar para o desenvolvimento da criança.

Frente a isso, no processo de ensino e aprendizagem o lúdico é um dos métodos que sendo utilizado corretamente é essencial para o desenvolvimento do aluno em sua trajetória escolar. Logo, a utilização do lúdico como ferramenta de ensino e aprendizagem torna-se uma forma de aproximar as atividades desenvolvidas ao universo natural da criança e assim traze-la para dentro do processo de ensino e aprendizagem. O aluno que está passando pelo processo de alfabetização tem a necessidade que o professor proporcione para ele o gosto pela leitura e escrita, para o conhecimento cientifico e matemático. Neste sentido, encontra-se no lúdico uma feramente diversa e atraente para o contexto infantil. Por este motivo a necessidade dos professores também descobrirem a eficácia do lúdico na escolarização e a eficácia das propostas pedagógicas voltada para a ludicidade.

Neste sentido, o processo de aprendizagem de uma criança remete que o planejamento das atividades proporcione a esse indivíduo a possibilidade de acolhida, e sobretudo a atenção do educador para com a criança, para as suas necessidades. Assim, a criança precisa ser estimulada e desafiada, objetivando desenvolver suas habilidades e competências, para tanto a brincadeira é o instrumento por meio do qual a criança se apropria dos elementos presentes em seu cotidiano. Contudo, o lúdica faz parte do cotidiano do aluno e com essas atividades a criança desenvolve suas competências, no entanto o professor deve conseguir mensurar essas ações já desenvolvidas pelo aluno com os conteúdos propostos para cada etapa da educação infantil. O presente trabalho trata do lúdico como ferramenta no desenvolvimento integral do aluno.

Como esse elemento deve ser aplicado no dia a dia de sala de aula, e como é capaz de desenvolver suas potencialidades. De acordo com Marinho (2007, p. a brincadeira “pode ser entendido como a capacidade de criar da criança e está relacionado com as suas vivencias”. Ainda segundo o autor a jogo envolve regras que foram estipuladas previamente pelos participantes ou mediadores. Compreende que a brincadeira possuí um caráter mais espontâneo e livre, já os jogos possuem regras impostas. “Brincar não é uma dinâmica interna do indivíduo, mas uma atividade dotada de significação social, precisa e necessita de aprendizagem” (BROUGÈRE, 1998, p 20). KISHIMOTO, 2008, p. Para o autor, o brinquedo permite a criança evocar aspectos da realidade, estimulando na representação mediado pela imaginação sem regras, ou seja com o único brinquedo a criança pode fazer uso das mais diversas formas e representar diferentes aspectos da realidade.

De acordo com Piaget (1976), a criança no ato de brincar, o faz de sua maneira, sem compromisso com a realidade em um processo que leva a assimilação da realidade. No entanto, vale ressaltar que mesmo o elemento lúdico ser inerente a criança, essas atividades ocorrem de diferentes maneiras em cada indivíduo. Brougere (2002) apresenta o conceito de cultura lúdica para explicar as razões que levam a criança a fazer uso, por exemplo de um brinquedo de diferentes modos. Toda interação supõe efetivamente uma interpretação das significações dadas aos objetos dessa interação (indivíduos, ações, objetos materiais), e a criança vai agir em função da significação que vai dar a esses objetos, adaptando-se à reação dos outros elementos da interação, para reagir também e produzir assim novas significações que vão ser interpretadas pelos outros.

A cultura lúdica, visto resultar de uma experiência lúdica, é então produzida pelo sujeito social [. BROUGÉRE, 2002, p. Ao relacionar a cultura lúdica como um reflexo social o autor concebe a criança como um autor social, produtor de cultura, uma vez que o brincar não se limita a repetir aquilo que foi presenciado pela criança, mas também uma ação que cria tendo como referencial aquilo em que a criança vivencia. Com isso, pode-se destacar que a criança faz uso das brincadeiras como linguagem e expressão. O faz de conta, para Vygotsky (1993) consiste em um processo imaginário, como a brincadeira, possibilita a criança desenvolver um comportamento determinado pela situação em que se encontra. A criança ao imitar uma atividade do adulto, faz uso da fantasia reconstrói uma nova realidade e assim desenvolve a aprendizagem.

Vygotsky (1993) ainda acrescenta que na realidade muitas ações passam despercebidas, na brincadeira de “faz de conta” torna-se regra para a criança e assim compreende os mais diversos papéis que representa. Neste sentido, na teoria de Vygotsky (1993) a brincadeira do “faz de conta” corresponde aos jogos simbólicos. Assim, a brincadeira favorece o desenvolvimento e a promoção de diversas habilidades, assim, quando o professor faz uso de situações imaginária torna-se uma eficaz ferramenta pedagógica. não são constituições universais biologicamente determinadas e esperando o momento de amadurecer. Elas são histórica e culturalmente produzidas nas relações que estabelecem com o mundo material e social mediadas por parceiros mais experientes. BRASIL, 2013, p. Neste sentido, compreender que o desenvolvimento da aprendizagem do indivíduo durante nos primeiros anos ocorrem a partir das interações com o meio em que a criança está inserida, encontra-se em conformidade com as “teorias sobre o desenvolvimento humano” defendidas por Vygotsky (2007) e Wallon (2017).

Seus estudos apresentam contribuições significativas para a educação. Sendo assim, segundo Vygotsky, o processo de ascensão para os processos psicológicos superiores são ocasionados através da aprendizagem. O fracasso na fase adulta, guarda estreita relação com as experiências e estímulos oferecidos ao indivíduo durante a infância. Quanto mais estimulada as crianças forem, maiores serão as oportunidades delas se tornarem adultos plenos, autônomos, críticos e seguros em suas vidas. CÔRREA, 2016) Neste sentido o professor deve compreender o processo de desenvolvimento da criando ressaltando também a individualidade de cada indivíduo para estimulá-la de maneira favorável ao desenvolvimento de sua aprendizagem. “Devemos levar esse aspecto em ampla consideração para que a criança tenha uma vida social e escolar sadia e satisfatória em termos de aprendizagem e desenvolvimento.

As contribuições de Wallon (2008) para a etapa da educação infantil, apresenta a criança como um ser de direitos e desejos e não sujeito que chega a escola como uma tábula fazia, isso implica entender que a criança ingressa nos primeiros anos com percepções de mundo que foram adquiridas destes os seus primeiros momentos de vida. Nesta perspectiva, cabe as instituições de ensino, aplicar suas práticas pedagógicas compreendendo o aluno da educação infantil como protagonista, valorizando assim a dimensão integral da criança. Não basta apensas oferecer os suprimentos básicos para a sobrevivência de uma criança. É necessário respeitá-la e considera-la como tal, conhece-la como um ser que passa por diversas modificações e transformações.

A primeira infância, sendo a base do desenvolvimento, necessita, como relatam os estudos, de cuidados específicos. Desta forma, pode-se se inserir do documento que as crianças são protagonistas do processo de socialização nos contextos sócios culturais, assim, o educador deve reconhecer o educando como individuo construtor de culturas, saberes e consequentemente conhecimento. O educador da educação infantil deve estar ciente que seu aluno recebe e produz cultura e cabe a instituição de ensino reconhecer esse conhecimento cultural e a partir disso estimular a criança ao desenvolvimento ou aprimoramento de novas habilidades. Partindo disso, o professor ao propor uma metodologia precisa buscar estratégias pedagógicas adequadas que possibilitem partir dos conhecimentos adquiridos pela criança e com isso potencializar as suas habilidades.

O aprendiz é um indivíduo que apresenta um perfil particular de inteligência desde o momento em que nasce. É singular em sua morfologia, em sua anatomia, em sua filosofia, em seu temperamento, em seu comportamento e em sua inteligência. Os artigos 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) reafirma esse direito, legitimado ainda pelo artigo 227 da Constituição Federal de 1988. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária. BRASIL, 1990, p. O estatuto também ressalta a importância do brincar e reitera como direito comum de toda criança, neste contexto destaca-se o artigo 16 que está descrito: Art.

O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: I- ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais; II- opinião e expressão; III-crença e culto religioso; IV-brincar, praticar esportes e divertir-se; V- participar da vida política, na forma da lei; VI-buscar refúgio, auxílio e orientação (Brasil, 1990, p. A fantasia e a imaginação são elementos fundamentais para que a criança aprenda mais sobre a relação entre pessoas. Brasil, 1998, p. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) elabora em 2018, sintetiza de maneira detalhada as habilidades e competências que devem ser desenvolvidas ao longo da educação básica. A base ainda propõe mudanças de concepção no ensino e aprendizagem, colocando o aluno como protagonista e centro do processo na construção do conhecimento bem como na sua aprendizagem.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver na o longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE) (BRASIL, 2018, p. A BNCC representa em um referencial para a construção dos currículos escolares. O currículo escolar consiste em um documento que está relacionado ao tipo de cidadão que se deseja para a sociedade. Assim, o currículo, de acordo com Silva (2011), pode ser compreendido como o sentido que é dado a tudo o que é vivenciado no contexto escolar. O currículo norteia, orienta as práticas escolares, as estratégias pedagógicas, os conteúdos, ou seja, um conjunto de fatores que irão contribuir para o desenvolvimento e formação do indivíduo.

Neste sentido, a BNCC apresenta como um referencial teórico que contempla as competências e habilidades gerais que devem ser desenvolvidos na educação básica, unificando a proposta de currículo escolar municiais e estaduais de todo o território brasileiro. É livre de pressão e avaliação. SÁ, s. d) A escola necessita encontrar estratégias para motivar seus alunos em fazer parte desse universo letrado, e não veja esse processo como forçado e entediante. Logo, conduzir as atividades com jogos, brincadeiras e outros elementos lúdicos são essenciais para que desde cedo possamos despertar o engajamento dos alunos. O desenhar e brincar deveriam ser estágios preparatórios ao desenvolvimento da linguagem escrita das crianças. As implicações da necessidade lúdica extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo (FERREIRA; SILVA RESCHKE [s/d], p.

No entanto em muitas instituições ainda persiste em aplicar os jogos e brincadeiras, como atividades que podem ser desenvolvidas após a realização das atividades dos conteúdos propostos ou como premiação pela execução de uma determinada atividade, ou até mesmo a hora da brincadeira é restrita ao intervalo (recreio). As atividades lúdicas devem ser incorporadas nas práticas da educação infantil, pois o que está sendo trabalhado deve ser significativo para o aluno, promovendo uma aprendizagem satisfatória para a criança. No entanto, quando o professor propõem uma determinada atividade, deve-se levar em consideração as características e necessidades próprias de cada aluno, atribuindo assim para um desenvolvimento saudável e agradável. Quando a criança brinca, de acordo com Piaget (1976) assimila de maneira espontânea sem se preocupar com a realidade.

Com a evolução das tecnologias, as crianças estão cada vez mais cedo tendo acesso a conteúdo coloridos e atrativos, assim, se a escola negligenciar essa realidade pode acabar dispersando cada vez mais o interesse das crianças com as atividades da escola. A etapa favorável na educação infantil em relação ao nível de desenvolvimento da criança (pré-operacional, segundo Piaget) que é o período em que a criança está com a criatividade aflorada. Brincar faz parte do seu cotidiano e lhe dá prazer, desta forma a escola deve usar esse momento como estratégia para desenvolver as habilidades que são esperadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS São inúmeros os desafios postos ao professor diante de uma sociedade que se transforma rapidamente e que exige desse profissional inúmeras habilidades em busca da superação dos problemas enfrentados pelos alunos.

Sendo assim, cabe ao professor saber fazer bom uso das metodologias pedagógicas, afim de usa-las como recursos de ensino e aprendizagem. Uma vez que, os jogos e brincadeiras objetivam auxiliar o aluno no seu processo de aprendizagem, e não dificultar. Diante disso, deve-se olhar para o papel do professor e a importância da formação inicial e continuada deste profissional, uma vez que, é esse profissional que estará na linda de frente desse processo. Somente assim com professores treinados juntamente com toda a equipe pedagógica pode proporcionar uma educação voltado para o desenvolvimento do pensamento crítico e reflexivo, objetivando formar cidadãos conscientes do seu papel socia. REFERÊNCIAS ALMEIDA, P. N. DEWEY: Jogo e filosofia da experiência democrática. In: KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org.

O brincar e suas teorias. São Paulo: Congage Learning,2016. BITTENCOURT, Glaucimar Rodrigues; FERREIRA, Mariana Denise Moura. Acesso em: 29 mar. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988. Conselho Nacional dos Direitos da criança e do Adolescente. Estatuto da Criança e do Adolescente. br>. Acesso em: 21 mar. Ministério da Educação e do Desporto. Brinquedos e brincadeiras em creches. Manual de orientação pedagógica. Obrincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 1998, pp. O jogo e a educação infantil. In: KISHIMOTO, Tizuko Morchida (Org. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. Disponível em: https://www2. faccat. br/portal/sites/default/files/A%20IMPORTANCIA%20DO%20LUDICO%20NO%20PROCESSO. pdf Acesso em: 20 mar. FRIEDMANN, Adriana. São Paulo: Cortez, 2001. orgs). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação.

ª ed. São Paulo: Cortez, 2008. br>. Acesso em: 09 out. PINTO, et al. Jogos educativos como ferramenta didática e facilitadora na aprendizagem do aluno em sala de aula. VII – Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação – CONNEPI. Rio de Janeiro: editora Guanabara, 1976. SÁ, Neusa Maria Carlan. O Conceito de lúdico. Disponível em: <http://www. pead. dez. VIGOTSKI, Lev Semenovich. Formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. Do ato ao pensamento: ensaio de psicologia comparada. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. WALLON, Henri. A evolução psicológica da criança. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2017.

100 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download