Benefícios da Educação Física Escolar na Prevenção da Obesidade Infantil
Tipo de documento:Revisão Textual
Área de estudo:Educação Física
É entendimento pacificado entre os autores que os fatores má alimentação e o sedentarismo são determinantes para a manutenção da obesidade. A escolha de comidas saudáveis e o incentivo da prática de atividade física, diminuindo o tempo em frente à televisão são condutas que auxiliam na perda do peso excedente. É papel dos pais e dos educadores mostrarem para as crianças o lado positivo de um estilo de vida saudável. Vale ressaltar que durante as aulas de Educação Física deve ser oferecida à criança o contato com variadas atividades, físicas monitoradas por um profissional da área, desenvolvendo diversos aspectos sua consciência corporal. Desta maneira é imprescindível que a escola promova um trabalho junto às crianças, para que tenham a consciência de escolher bem seus alimentos, procurando dar importância ao valor nutricional.
As propagandas vinculadas em redes sociais, tv, acabam induzindo o consumo de alimentos pouco saudáveis, e as redes de fast food, também contribuem para esse aumento de peso, tendo abalada sua saúde mental e física. Desta maneira é preciso oferecer às crianças hábitos alimentares corretos e a prática de atividades físicas. Desta feita, o presente artigo busca responder ao problema: De que forma as práticas da Educação Física Escolar poderão contribuir na prevenção da obesidade infantil? Somente através da aplicação de exercícios físicos durante o período escolar é possível despertar uma sensibilização dos educadores quanto à importância dos cuidados com o corpo, como ter uma alimentação adequada, praticar exercícios físicos e manter a harmonia física e psicológica.
Desta maneira através destas práticas é possível garantir mais saúde e qualidade de vida para as crianças. O presente estudo possui como objetivo geral compreender quanto é importante a prática da Educação Física escolar como fator de prevenção contra a obesidade das crianças. É uma doença hereditária com múltiplas causas, onde incidem fatores ambientais, psicossociais, culturais, alimentares, genéticos, hormonais e metabólicos. Segundo GOMES (2017) “É a acumulação de gordura para além da necessária ao equilíbrio funcional e morfológico do organismo saudável”. A elevada quantidade de tecido adiposo durante as primeiras fases da vida é resultado de hábitos alimentares ruins, predisposição genética, etnia, aspectos psicológicos e condição econômica. Ainda citando GOMES (2017) a mesma afirma que: É importante ressaltar que 95% dos casos de obesidade possuem como causa preponderante fatores externos; os demais 5% de situações é que são atribuídas a alterações hormonais e carga genética.
Dessa forma, um estilo de vida adequado é o melhor método preventivo para o combate à obesidade, seja na infância ou na vida adulta. O segundo aspecto que vale ser ressaltado é a influência do meio ambiente, as crianças permanecem muito tempo em casa, vendo TV e videogames, celulares, tablets, e estão vivendo no sedentarismo, o que contribui de forma considerada para a obesidade infantil. Outrossim, o estilo de vida e os fatores nutricionais, como escolha dos alimentos, bem como quantidades e frequência que são ingeridos, são os aspectos mais determinantes para o quadro da obesidade infantil. Neste sentido SOARES (2010) preceitua que conforme diversos estudos na área: Atualmente são evidentes o baixo consumo de verduras, legumes e frutas e o aumento no consumo de açúcar refinado e refrigerante.
A substituição de refeições balanceadas por lanches rápidos, com valores nutricionais inadequados agrava muito também este quadro. Importante mencionar que aspectos durante a gestação e ocorrências pós-parto demonstram-se fatores de risco para a obesidade infantil. Segundo IZIDORO (2010) Dentre as patologias associadas à obesidade têm-se: hipertensão, doenças cardiovasculares, intolerância à glicose, esteatose hepática e colelitíase, alterações esqueléticas, problemas respiratórios, má qualidade do sono, lesões na pele, aumento na morbidade e persistência da obesidade durante a vida adulta. Segundo diversos estudos, a criança obesa antes dos seis anos de idade possui 25% a mais de chances de ser um adulto obeso. Outro ponto que agrava a situação da criança é o aspecto psicológico e. sua interação social.
A criança que está acima do peso tem afetada sua autoestima e consequente isolamento, rejeição e depressão. A terapia cognitivo-comportamental é muito utilizada no tratamento da obesidade nas crianças. É um método de duração breve, no qual o paciente é solicitado a colaborar nas mudanças de seus próprios atos que contribuem para sua obesidade. Segundo PARRA (2016) o mesmo ensina que: O tratamento utiliza registros alimentares, técnicas de modificação de hábitos alimentares, estratégias para minimizar o contato com situações de consumo inadequado da comida, treinamento para solução de problemas, além da prevenção de recaídas. Através destas atitudes, a criança melhora sua integração com o ambiente familiar e social, modificando seus hábitos para que sejam os mais saudáveis possíveis.
O APOIO DA FAMÍLIA PARA A CRIANÇA OBESA O conceito de família seria o grupo de pessoas que podem ou não ter vínculos sanguíneos, mas que são caracterizados como tal pelo ordenamento jurídico, qual seja a Constituição Federal. Em algumas famílias, desde quando o bebê começa a se alimentar com comidas sólidas, os pais elogiam e recompensam a criança caso ela coma tudo que lhe é servido, dessa forma, criam um ligação entre comer muito com a afetividade. Segundo OTTO (2012) “quando adultos, aos se sentirem sozinhos, estes indivíduos buscarão no alimento compensação pela falta de afeto, o que feito reiteradamente se transforma em compulsão”. Os pais devem auxiliar a criança a adotar hábitos saudáveis.
Dessa forma, devem evitar comprar alimentos industrializados, pautando por introduzir em casa variedades de frutas e legumes, e preferencialmente, preparar os vegetais cozidos no vapor. À criança deve-se evitar oferecer refrigerantes, dando preferência aos sucos naturais e à água. De acordo com GOMES (2017) “a pessoa obesa se martiriza por sua própria imagem, sendo levada a uma preocupação excessiva com o corpo, o que causa insegurança na hora de manter o peso controlado. A sensação de isolamento e humilhação são fatores de grande carga negativa”. O sofrimento emocional de quem é obeso pode, por muitas vezes, ser o fator negativo mais preponderante nesta doença. Posto que na sociedade ocidental, com a ditadura do corpo, o corpo magro é geralmente considerado um grande atributo de beleza. Segundo SOUZA (2015) “Assim, quem está acima do peso é condicionado a ser uma pessoa insegura quanto ao seu corpo, tendo baixa autoestima e diversos outros transtornos psicológicos”.
Outro fator que deve ser mencionado é a ansiedade, que se apresenta também como problema resultante do acumulo de peso. De acordo com LUIZ (2016) “destacando-se os sentimentos desagradáveis vividos pelas crianças obesas que geram tensão e apreensão por parte delas. Afastamento, choros, frequente tristeza e irritabilidade sugerem um quadro depressivo e ansioso, pois os dois estão intimamente ligados”. Como exposto, a obesidade pode trazer consequências econômicas sociais e psicológicas. Geralmente, conforme LUIZ (2016), “os indivíduos obesos permanecem por menos tempo na escola, têm um menor índice de casamentos e uma renda familiar mais baixa. Infelizmente nos dias atuais, a Educação Física escolar encontra-se negligenciada e os alunos, por sua vez, perderam interesse em realizar movimentos, aprendendo pouco ou nada sobre seu corpo e os cuidados que deve ter com ele.
De acordo com PARRA (2016) “aptidão física deve ser entendida como o envolvimento do indivíduo através das práticas físicas ministradas, seja dança, esportes, ginástica ou jogos”. Outro ponto que deve ser levado em conta é que os professores de educação física são muitas vezes considerados como coadjuvantes, sendo profissionais que estão ali apenas para entreter os alunos. Segundo BENEDITO (2014) o mesmo afirma que: É preciso que este profissional seja valorizado, incorporando uma nova postura frente ao sistema educacional, onde adotam em suas aulas metas voltadas à promoção da saúde, desenvolvendo e organizando experiências que coloquem os educandos em situações nas quais vejam a importância de adotar um estilo de vida saudável. Importante destacara que a principal meta dos programas de educação para a saúde através da educação física escolar é oferecer fundamentação teórica e prática que possa levar as crianças a incorporarem conhecimentos, de tal maneira que as deixem aptas a praticar atividade física relacionada à saúde não apenas durante a infância, mas também, futuramente na idade adulta, despertando nas mesmas consciência corporal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, Joana Carolina Rochinha. Obesidade infantil: abordagem em contexto familiar. Porto Alegre: Edupoa, 2010. ARAÚJO, Rafael André. O papel da educação Física escolar diante da epidemia da obesidade em crianças e adolescentes. edu. br/revista/arquivos/arq- idvol_31_1412631799. pdf>. Acesso em: 15 ago. BELTRAME, Beatriz. Trabalho de Conclusão de Curso (Técnico de Enfermagem) – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, 2010. Disponível em: <http://www. muz. ifsuldeminas. edu. scielo. br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1413294X2005000100005>. Acesso em: 19 Ago. OTTO, Ana Flávia Nascimento. Obesidade infantil: causas, consequências e a prática de atividade física na prevenção e tratamento. São Paulo: Efdeportes, 2016. PINTO, Ricardo Figueiredo. Obesidade infantil: uns quilos a mais hoje, uns anos a menos no futuro.
Disponível em: <http://paginas. E10. T7 059. D6AP. pdf>. Acesso em: 19 Ago.
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