AUTISMO E ESCOLARIZAÇÃO

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Trazemos tudo isso aqui para esse artigo, para que seja possível compreender um pouco mais da realidade do autismo e escola. Palavras-Chave: Autismo; Autista; Escolarização; Inclusão Escolar. INTRODUÇÃO O autismo infantil pode ser considerado um distúrbio global do desenvolvimento que atinge a linguagem, a cognição e a interação social. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no que diz respeito à classificação internacional das doenças, o autismo é uma síndrome presente na vida do indivíduo desde o seu nascimento, que costuma manifestar-se antes dos 30 meses de vida, apresentando como características principais respostas anormais ou não-respostas a estímulos auditivos ou visuais. Além disso, dificuldades na compreensão da linguagem. Segundo Bosa e Callias (2000), o diagnóstico e subclassificações do autismo estiveram sob o amplo rótulo de ‘esquizofrenia infantil’ por muitas décadas.

E na busca de compreender melhor, classificar e enfrentar a síndrome, algumas teorias têm sido elaboradas e foram apresentadas por Bosa e Callias como Teorias Psicanalíticas, Teorias Afetivas, Teoria da Mente e Teorias Neuropsicológicas e de Processamento da Informação. As Teorias Psicanalíticas compreendem que existem diferentes postulados teóricos dentro da abordagem psicanalítica que se propõem a explicar o autismo. Segundo Bosa e Callias (2000), a preocupação da maioria dos psicanalistas tem ênfase na descrição do funcionamento mental, os estados afetivos e o modo como essas crianças se relacionam com as pessoas do que com questões etiológicas. Já as Teorias Afetivas, que vem desde Kanner, revela que crianças com autismo sofreriam de uma inabilidade inata de se relacionarem emocionalmente com outras pessoas.

Art. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; Art. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; (BRASIL, 1988) Percebe-se, portanto, que desde 1988, na promulgação da Constituição Federal, dita a constituição cidadã, que os indivíduos com deficiência são trazidos para os direitos comuns e deixam de ser marginalizados à sorte da vida. Além da Constituição de 1988, em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9. reafirma a obrigação do Estado com a educação de todos os alunos, apresentem alguma deficiência ou não, preferencialmente na rede regular de ensino.

Uma vez que os conceitos psicanalíticos que são instrumentais para essa clínica e os referenciais construtivistas que embasam as ações pedagógicas. Além disso, abarca um estudo de caso, descrevendo o trabalho feito pela equipe multidisciplinar da Escola Municipal do Autista de São José do Rio Preto, SP, e conclui com considerações acerca do sentido envolvido em trabalhos dessa natureza. O trabalho de Ávila (2000), além do viés voltando para a psicanálise, teve contribuições para a pedagogia – parte que nos interessa aqui. Alguns apontamentos foram feitos e merecem registro para que possamos entender bases de teorias construtivistas. Para autor, no diz respeito aos autistas e a educação, as atividades educativas tentam fornecer-lhes as aprendizagens básicas, ao nível de vida prática e de vida diária, para favorecer sua adaptação ao mundo, porém preocupa-se em dotá-los de instrumentos para que essa não seja uma adaptação passiva, mas um processo ativo e criativo de aprendizagem.

organizar de modo visual, previsível, estável e reconhecível o tempo escolar: cadência temporal das lições do turno, calendário da semana, do mês (por exemplo, relógios murais diários, cartazes semanais, cartazes mensais). GIACONI; RODRIGUES, 2014, p. Essas indicações podem ser consideradas muito relevantes do ponto de vista prático, para começar a pensar na inclusão desses alunos nos espaços regulares de formação. São indicações visam favorecer e chamar a atenção de professores ou de outros profissionais da escola, para os problemas de adaptação do caso e de suas necessidades especiais de previsibilidade, de orientação imediata, estabilidade, fácil compreensão da situação e da passagem do tempo. Outros estudos encontrados, focam na ralação direta aluno(autista) com o professor, preocupam-se em identificar e descrever as dificuldades e o valor atribuído ao trabalho com crianças com autismo, por professores (PIMENTAL; FERNANDES, 2014); outros em interações comunicativas entre uma professora e um aluno com autismo na escola comum, para avaliar os efeitos de um programa de intervenção nas interações comunicativas, no contexto da sala de aula comum, entre um aluno não falante de 10 anos, com diagnóstico de autismo, e sua professora (GOMES; NUNES, 2014); outros muito específicos, discutindo sobre a prática profissional de duas professoras e suas crianças com autismo em classes de educação infantil, mas que acabaram concluindo que uma determinada professora apresentava comportamentos que não favoreciam a modificabilidade cognitiva estrutural da criança (FARIAS; MARANHÃO; CUNHA, 2008).

Como educadores devemos nos conscientizar disso e procurar obter uma melhor compreensão de como o aprendizado efetivamente ocorre. No sentido de traçarmos uma linha de ação efetiva, vamos combinar alguns pontos que possam facilitar nossa comunicação. Em primeiro lugar, vamos definir que o comportamento é tudo o que as pessoas fazem, isto é, comer, correr, escrever, falar, morder, desenhar, dormir, cantar, bater, se machucar, enfim tudo que a gente vê e também o que a gente não vê como, pensar, contar, sentir, compreender; nesses casos, chamamos de comportamentos encobertos. O comportamento deve ser entendido como produto da tríplice contingência, ou seja, ele é mantido e modelado pelas consequências que produz. O indivíduo se comporta, esse comportamento produz consequências e a depender das consequências produzidas o comportamento poderá ou não ocorrer no futuro.

Independente (I): faz sozinho a ação. Nesse caso, o aluno pega a caneta quando o professor solicita verbalmente. Um dos problemas relatados e conhecidos pelos que lidam com o autismo é a distração. A cartilha traz conteúdos sobre como minimizar estímulos distratores em sala de aula. As sugestões são para que seja evitado o excesso de estímulos visuais nas paredes. Outra maneira é ensinar pistas de contexto e referências para aqueles que o rodeiam, por exemplo, se todo mundo está de pé, você deve ficar também. Utilizar uma habilidade da criança (música e números) para que ela se sobressaia nessas tarefas. Identificar colegas que possam contribuir com a interação do restante do grupo e que sejam “modelos” de interação social.

Manter atividades estruturadas para esse aluno e ajudá-lo a definir o seu papel no contexto do grupo (“Renato é quem distribui as tarefas de hoje”). CONCLUSÃO Após esse caminho percorrido na busca de estratégias, metodologias e materiais de apoio, percebemos que a área carece, e muito, de estudos e pesquisas, precisa de amadurecimento enquanto campo de pesquisa. latinoam. psicopatol. fundam. São Paulo , v. n. Reflex. Crit. Porto Alegre , v. n. p. Brasília , v. n. p. set. Disponível em <http://www. Dec. Available from <http://www. scielo. br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462009000800008&lng=en&nrm=iso>. php?script=sci_arttext&pid=S2317-17822016000300234&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 13 abr. CARTILHA AUTISMO E EDUCAÇÃO. Autismo&Realidade – Associação de Estudos e Apoio. Jardim Paulista – SP, 2013.

Porto Alegre , v. n. p. Sept. GOMES, Camila Graciella Santos; MENDES, Enicéia Gonçalves. scielo. br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382010000300005&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 13 abr. GOMES, Camila Graciella Santos. scielo. br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382007000300004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 13 abr. GOMES, Rosana Carvalho; NUNES, Débora R. br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022014000100010&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 13 abr. KANNER, Leo. Autistic Disturbances of Affective Contact. p. jun. Disponível em <http://www. scielo. br/scielo. jun. Disponível em <http://www. scielo. br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S2317-64312014000200171&lng=pt&nrm=iso>. set. Disponível em <http://www. scielo. br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382016000300325&lng=pt&nrm=iso>.

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