APS - ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS

Tipo de documento:Estudo de Caso

Área de estudo:Administração

Documento 1

Ambiente específico. ESTUDO DE CASO. Perfil da organização. Estrutura organizacional. ANALISE E SUGESTÕES DE MELHORIA. Esse tema tem sido objeto de estudo de diversos autores, desde os primeiros anos do século XX, segundo Paula (2007). A abordagem mais tradicional e clássica de administração propunha uma única forma de estrutura para todos os tipos de organizações. Já na década de 1930, com a “escola de relações humanas” que sustentava a ideia de que o empregado possuía necessidades psicológicas e sociais, sendo assim a organização do trabalho dependia da interação das pessoas dentro da empresa. Segundo Donaldson (1998) na década de 1950, nos anos finais, aparece a abordagem contingencial, dizendo que a estrutura de uma organização depende de fatores de contingenciais, ou seja, dependem do ambiente, da tecnologia, do tamanho e da estratégia.

Segundo a abordagem contingencial, não é possível estabelecer uma única forma de gerir as organizações; cada situação específica requer um tipo de gestão específica. Padronização do processo de trabalho: o processo é padronizado quando o conteúdo do mesmo é especificado, ou programado; 4. Padronização das saídas: as saídas são padronizadas quando os resultados do trabalho, por exemplo, as dimensões do produto ou desempenho, são especificadas; 5. Padronização das habilidades: habilidades (e conhecimento) são padronizadas quando um tipo de treinamento requerido para executar um trabalho é especificado. MINTZBERG, 1979, p. Nessa perspectiva de estabelecer os fatores que condicionam a estrutura organizacional, Oliveira (2000), diz que existem quatro fatores indispensáveis de serem observados: o fator ambiente, o fator estratégia, o fator tecnologia e o fator humano.

b) clientes: são os indivíduos que compram, consomem ou absorvem os produtos e serviços oferecidos pelas organizações. Podem ser chamados de clientes, consumidores, usuários, contribuintes ou patrocinadores, depende do ramo da organização. Envolver, agradar, conquistar e fidelizar os clientes tem sido a tarefa mais importante das organizações. c) Concorrentes: são as outras organizações do mesmo nicho que disputam não só os clientes, mas também os fornecedores. Conhecer os concorrentes e saber lidar com eles é vital para as organizações. É necessário uma estrutura mais orgânica caracterizada por ter fluxos de comunicação mais livres, menos regras e regulamentos, incentivando o espírito de equipe nas pessoas, descentralizando o poder e tomada de decisões no momento de realizar o trabalho.

Papéis de fronteira: são funções de setores da organização que ligam e coordenam com elementos-chave do seu ambiente externo. Por exemplo, departamento de compras e marketing, que lidam diretamente com os fornecedores e com os clientes, face a face com pesquisas de mercado e avaliações. Deve haver um relacionamento saudável, ágil, confiável e dinâmico. Fusões e empreendimentos: a fusão acontece quando duas ou mais organizações se fundem e tornam uma só. Os cursos técnicos são em eletrotécnica, informática e mecânica na modalidade integrada, ou seja, o aluno diurno cursa na instituição o ensino médio regular e o ensino técnico, de maneira que recebe o diploma de nível médio e o de técnico na área que cursou.

Existem também os cursos técnicos em eletromecânica, informática e mecânica nas modalidades subsequente (curso oferecidos para alunos que já concluíram o ensino médio) e concomitância externa (alunos que fazem o ensino médio em outra instituição e fazem somente o técnico no CEFET-MG). Por fim, é oferecido, também, o curso superior em engenharia de controle e automação. A instituição está instalada no centro da cidade com uma área total de 22. m2, desses 9. No que diz respeito à força de trabalho, a instituição conta com vários profissionais, os servidores públicos, contratados mediante concurso e os terceirizados. Os terceirizados são responsáveis pelos serviços de limpeza, portaria e segurança. Já os servidores, são divididos em técnicos administrativos e professores, num total de 106 funcionários.

Os professores possuem no mínimo mestrado, porém a maioria já possui doutorado, são a eles atribuídos ministrar aulas, orientar alunos e desenvolver projetos, além de ocuparem, por meio de eleições a diretoria da escola. Os técnicos administrativos se dividem em três níveis C, D e E, sendo nível C (servidores de nível de escolaridade fundamental: auxiliar de biblioteca, auxiliar administrativo e auxiliar de assuntos educacionais), nível D (servidores de nível de escolaridade médio e técnico: assistente em administração, técnico em laboratório, técnico em informática, técnico em secretariado e técnico em enfermagem), nível E (servidores de nível de escolaridade superior: pedagogo, bibliotecário, assistente social, administrador, enfermeiro e psicólogo).

A cidade fica próxima a outras de maior porte que também oferecem os cursos. Estrutura organizacional O CEFET-MG campus Leopoldina tem sua gestão organizada em uma diretoria de unidade e três departamentos: departamento de computação e mecânica, de formação geral e de eletroeletrônica. O processo de escolha do diretor é feito a cada dois anos, por meio de eleições, os eleitores são os servidores (professores e técnicos administrativos) e alunos. Contudo, só é elegível para o cargo máximo, diretor, professores. A instituição é organizada por diretorias, departamentos e coordenações administrativos e acadêmicos, como pode-se observar no organograma a seguir: O CEFET-MG campus Leopoldina é uma instituição om uma hierarquia como exposta no organograma, porém, essa hierarquia nem sempre é linear.

Chiavenato (2010) destacou elementos que envolvem diretamente cada organização: fornecedores, clientes, concorrentes e agências reguladoras. a) fornecedores: os fornecedores do CEFET-MG campus Leopoldina podem ser divididos em básicos e específicos. Os gerais são as empresas que fornecem energia (Energisa), água (Copasa), serviço terceirizado (Conservo), material de escritório (empresas pequenas locais). Os fornecedores específicos são, geralmente, escolhidos mediante licitação, por se trará de uma instituição pública, sendo eles: distribuidoras de livros, empresas de equipamentos de tecnologia, empresas de móveis – para fornecer carteiras, cadeiras, mesas (usadas pelos clientes/alunos e servidores) e empresas que fornecem serviços eventuais como reformas, viagens e outros projetos. b) clientes: os clientes são os alunos e a comunidade local, tendo em vista os projetos de extensão.

No que diz respeito às estratégias de adaptação ambiental: 1) Previsão e planejamento: o CEFET-MG, possui setores responsáveis pelo planejamento, estabelecimento de metas e objetivos. Existe um instrumento chamado PDI (Planejamento de Desenvolvimento Institucional), que elabora metas gerais e por setores da instituição. Contudo, o enfoque são em metas rígidas e básicas, não há previsão de eventos futuros, trata-se de uma organização tradicional. O PDI é uma lista básica, obrigatória, feita por determinação da diretoria. Sugestão: criação de comissões que avaliassem os parâmetros do PDI, discussão periódica das metas para alcançar os objetivos e levantamento de ameaças externas. O que fica claro em toda a literatura observado foi no que diz respeito ao ambiente, que ele é macro e micro, geral e específico e influencia na organização indiretamente e diretamente dependendo do elemento a ser analisado.

O CEFET-MG campus Leopoldina, é uma instituição pública, por isso, é menos perceptível algumas influências do ambiente, porém, com uma análise mais crítica e aprofundada é possível perceber que o ambiente gera impacto na instituição. O serviço oferecido é o ensino aos alunos, para que a instituição sobreviva, ela precisa de alunos matriculados, uma vez que recebe sua verba do governo federal de acordo com o número de alunos. Portanto, ela precisa estar pronta para enfrentar o mercado privado, a educação à distância e a todas as influências do ambiente específico. Nesse estudo foi possível perceber que há lacunas a serem preenchidas no planejamento, há falta de flexibilidade na estrutura da organização e pouca preocupação com o marketing, fatores que precisam ser trabalhados se a organização pretende sobreviver ao mercado.

In: CLEGG, S. Org) Handbook de estudos organizacionais. São Paulo: Atlas, 1998. MAXIMIANO, Antônio. Introdução à administração. São Paulo: Futura, 1997. OLIVEIRA, Djalma. Sistemas, organizações e métodos: uma abordagem gerencial. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

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