A transição do Medievo para a Modernidade
No século XIV, o poeta italiano Francesco Petrarca usou seu nome pela primeira vez, referindo-se ao século em que considerava a barbárie entre o clássico e o moderno (Franco, 2001). Foi posterior a Idade Média que surgiu o mundo moderno, este período histórico não pode ser considerado pequeno ou medíocre, digo isto, pois muitos consideram a Idade Média como um período das trevas, onde ocorreu vários retrocessos, tal época detém de um significado importante para a história mundial, tem características e problemas próprios, considerada a fase preparatória do estado moderno (Bedin, 2013). Em contraposto à Idade Média, a modernidade representa uma ruptura na estrutura social, econômica, política, religiosa e cultural da Idade Média.
Com o desenvolvimento da modernidade, a ordem social desapareceu, a sociedade privou o exercício da liberdade individual e sustentou o grande organismo coletivo. Ocorreu também o secularismo econômico e político na Europa e mudanças dos conceitos de autonomia e da preferência das pessoas pela razão. A pré-modernidade europeia foi marcado pela grande descentralização política e pela fragmentação cultural, conforme abordado por Wolkmer, (2001, p27) "A sociedade medieval caracterizava-se pela multiplicidade de centros internos de poder político, distribuídos a nobres, bispos, universidades, reinos, entidades intermediárias, estamentos, organizações e corporações de ofício” A modernidade mostrou características revolucionárias e mudanças na organização econômica, social e cultural da Idade Média. Essas mudanças estão relacionadas ao fim do sistema feudal e ao início do modo de produção capitalista, bem como ao fim da cosmovisão simbólica, que usa a igreja como elemento de montagem e universalização (Cambi, 1999).
Devido a esta transição ocasionada pelo estado moderno, os velhos conceitos e estruturas sociais, políticos, econômicos e filosóficos da Idade Média foram quebrados e essa interrupção foi causada inicialmente por dois movimentos: o Renascimento e a Reforma. O movimento renascentista começou na Itália no século 14 e se espalhou pela Europa nos séculos 15 e 16, despertando um interesse renovado pela cultura secular greco-romana, principalmente nos campos da arte e da ciência (Russel, 2014). As mudanças relacionadas ao Renascimento abalaram toda a sociedade da Europa Ocidental, tais conversões envolvem segundo Chatelet (2019, p. É neste espaço que o protestantismo aparecerá e não há possibilidade de ser sufocado pelos católicos ortodoxos, o contrário da heresia da Idade Média, porque satisfaz as profundas necessidades provocadas pelas mudanças sociais e culturais ocorridas desde o final da Idade Média (Franco, Junior, 2001).
O último ponto a se ressaltar é a respeito do desenvolvimento da expansão marítima, afinal tal fato é responsável pela expansão do capitalismo mercantil, de uma perspectiva de longo prazo, a expansão marítima europeia tem um impacto profundo conectando países e mercados em todo o mundo e inaugurando a era da supremacia política e econômica europeia, que só termina no século XX. Todavia, é válido refutar que não faz sentido incluir a descoberta como um elemento de ruptura da Idade Média à idade moderna (Franco, Junior, 2001). MATERIAIS E MÉTODOS Foi utilizada uma extensa elaboração bibliográfica a qual objetiva-se em resumir e simplificar os resultados das pesquisas sobre assuntos correlacionados a temática principal, de forma sistemática e organizada.
A revisão bibliográfica visa a priori conteúdos publicados entre o período de 2000 à 2015; salvo os casos de materiais complementares para exemplificar a significância de algumas questões abordas. O poder exercido pela Igreja Católica na Idade Média experimentou uma forte oposição à sua forma de fazer as coisas nos tempos modernos, isto deveu-se ao reflexo da reforma, e o movimento do Renascimento e do Iluminismo que surgiu com novos ideais. Por fim, ressalto a ascensão do pensamento crítico do ser humano por meio da difusão do conhecimento, o enriquecimento do individuo determinando todos seus valores, mantendo-se como o centro de todas as preocupações; a modernidade torna-se uma nova etapa na história ocidental, promovendo uma aceleração das transformações, sendo fundamental para a afirmação do pensamento crítico.
REFERÊNCIAS ALMEIDA, Ana Carolina. Pensando o Fim da Idade Média: A Longa Idade Média de Le Goff e a Colonização da América de Baschet. Revista Tempo de Conquista, v. FRANCO JÚNIOR, Hiláro. A Idade Média: O Nascimento do Ocidente. ed. São Paulo: Brasiliense, 2001. CHÂTELET, F; DUHAMEL, O; PISIER, E. Pluralismo Jurídico. Fundamentos de uma nova cultura no Direito. ed. revista e atualizada. São Paulo: Editora Alfa Ômega, 2001.
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