A rotina escolar e a saúde dos educadores
Tipo de documento:Artigo cientifíco
Área de estudo:Pedagogia
Além disso, eles precisam lidar com instituições de ensino precárias, quantidade de alunos que extrapolam a infraestrutura de sala de aula, falta de equipamentos e material, inexistência de políticas publicas que priorizem a educação, falta de incentivo para educação continuada, salários baixos e insegurança. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica considerando as contribuições de autores como Cruz et al. Pereira et al. e Silveira et al. buscando apontar os pressupostos relacionados com as exigências do dia-a-dia escolar e sua influência na saúde do educador, buscando apontar o valor das abordagens teóricas que mostram como é o cenário do docente na instituição escolar diante de inúmeros desafios que podem comprometer, tanto a sua saúde psicológica quanto física.
A bibliographical research was carried out considering the contributions of authors such as Cruz et al. Pereira et al. and Silveira et al. seeking to point out the assumptions related to the school day-to-day demands and its influence on the health of the educator, seeking to point out the value of theoretical approaches that show how the teacher's scenario in the school institution is facing many challenges that can compromise both their psychological and physical health. Keywords: Teacher health. Os acontecimentos anteriores influenciaram também na esfera acadêmica. Nas universidades públicas, ocorre uma dificuldade para administrar os procedimentos de trabalho, devido às condições laborais que pioraram bastante e, também, por não conseguir converter os esforços de reinvindicação em uma consciência da sociedade sobre as dificuldades advindas desse relacionamento.
O resultado é que o trabalho do professor ficou desacreditado, seja pela escassez de investimentos na educação, no salário dos educadores e pela falta de reconhecimento dessa profissão. O somatório de questões provocado por esse quadro acaba por prejudicar o aspecto físico e psicológico do profissional, culminando até no abandono da profissão (CRUZ et al. Essa situação causa preocupação e pede um estudo com respeito ao estresse, por ele ser o grande vilão nesse caso, desencadeando as doenças. Visando alcançar os objetivos propostos do trabalho, utilizou-se como recurso metodológico, a pesquisa bibliográfica, a partir da análise de trabalhos e artigos científicos disponíveis na literatura. O texto final teve como embasamento as concepções e entendimentos de autores como: Cruz et al.
Pereira et al. e Silveira et al. Desenvolvimento 2. Os primeiros relatos de doenças laborais relativas aos docentes aconteceram na Europa, no começo da década de 1980, na Alemanha, Reino Unido, França e Suécia. Naquele momento, as grandes dificuldades enfrentadas estavam relacionadas com o estresse e a Síndrome do esgotamento, com os devidos reflexos provocados, sendo eles, a debandada de docentes da profissão e ausência por enfermidades (CRUZ et al. A arte de ensinar é uma tarefa que traz também muito estresse e pode refletir na atuação do profissional e em sua saúde. O pó de giz, ainda muito usado nas escolas, pode causar alergias e irritações na pele e no trato respiratório. A obrigação de falar bastante e mudar o tom de voz, para diversas necessidades, pode causar calos nas cordas vocais.
Muito o que foi produzido até então, pode ser considerado como ainda em estágio embrionário, mas provavelmente, isso irá mudar, pois, a quantidade de problemas envolvendo o estresse e a Síndrome do esgotamento têm aumentado consideravelmente. Os estudos feitos com os educadores, abordando os aspectos de saúde, condições laborais e estresse, perceberam que o ato de ensinar é composto de relações entre indivíduos que possuem e que constituem os fatores psicossociais do trabalho do profissional. Ficou evidenciado que a falta de valorização e de reconhecimento do trabalho do docente, percebido através da falta de respeito dos educandos, da sociedade, as condições ruins de salário (que não representam com justiça, a importância desta profissão), o aumento da jornada laboral para encorpar o salário, a grande quantidade de estudantes em uma única sala e a luta frequente para continuar no emprego, são fatores que tem contribuído para piorar a saúde dos profissionais.
Vários docentes já percebem que o seu trabalho não possui tantas expectativas e percebem que não conseguem êxito e satisfação com ele, além de terem dias de trabalho que não têm espaço para atividades que não são do trabalho. Uma pesquisa feita com 258 profissionais em 2008 aponta que grande parte deles tinha um estilo de vida difícil, com diversos problemas de saúde, como transtornos de ordem mental, respiratório, entre outros. Toda a experiencia e sabedoria construídos com o percorrer da trajetória profissional do docente contrasta com a realidade do cotidiano do seu trabalho, que consiste em, por vezes, atender turmas com 40 alunos, de várias disciplinas distintas, durante o ano inteiro. Geralmente, ele se esforça para estar em sempre atualização e em buscar tecnologias didáticas e pedagógicas mais atuais, em um período de trabalho que passa, e muito, do período disposto em seu contrato de trabalho (CRUZ et al.
Outras tarefas, burocráticas, como preencher diários, anotar frequência dos alunos, notas de avaliação, são frequentes e pouco interessantes, muitas vezes, realizadas na casa do educador. Constata-se que o trabalho deste profissional é composto de diversas tarefas e ele tem que fazê-la, ou seja, ele tem que começar e terminar um rol de atividades que não pode ser dividido com ninguém. O trabalho de um professor exige capacidades intelectuais, no entanto, não tira totalmente de foco, algumas capacidades no âmbito físico. d. São especificados os seguintes efeitos: 1. Sentimentos de desacordo e descontentamento perante as dificuldades reais da prática educacional, contrastando com a imagem ideal que os educadores queriam efetivar; 2. Crescimento de esquemas de inibição, como maneira de cortar a implicação pessoal com o trabalho que se faz; 3.
Solicitações de transferência como maneira de fugir de situações de conflito; 4. Esse papel acabou por se ampliar, causando mais confusão no que tange à capacitação técnica e pedagógica que o docente precisava e como isso iria acontecer (SCHWALM, s. d. Em virtude dessa mudança acelerada no panorama social, houve a diminuição do apoio dado aos docentes por uma fatia da sociedade, no entanto, a cobrança é ainda maior, mesmo não ofertando recursos para a superação desses novos desafios. Além dessa certa desacreditação, fatores como a tensão nas escolas e com relação ao fazer pedagógico, professores que não estão satisfeitos com a profissão e outros fatores, contribuem para o mal-estar do professor. As reformas educacionais e as adequações nos gastos com a educação têm contribuído, de maneira importante, para a desvalorização crescente do trabalho do profissional (SCHWALM, s.
d. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) chegou ao entendimento que, diante de uma quantidade grande de estudos feitos em nações desenvolvidas, que os professores estão sujeitos aos perigos do esgotamento físico ou psíquico motivados pelas complicações materiais e mentais ligadas ao seu trabalho. Esses problemas afetam a saúde deles e os fazem desistir da profissão. Estressores ligados ao trabalho e a síndrome de burnout em educadores Os impulsos relacionados com o estresse na atividade ocupacional do docente podem ser múltiplos e podem ser denotados da seguinte maneira: sobrecarga, motivada pela celeridade de tempo, muitas responsabilidades, pouco apoio e expectativa alta, que provoca uma cobrança interna ou por indivíduos que estão próximos da pessoa; ausência de incentivo e monotonia; problemas para dormir; transformações que a instituição promove com frequência e no ramo em que atua; problemas ergonômicos e a inserção de novas tecnologias.
Todos esses fatores podem afetar o educador, nas esferas psíquica e física. Enfatiza-se que, geralmente, a falta de animo, motivação, interesse e o descaso relativo ao trabalho, ainda são considerados, por muitos, como certa preguiça ou outros termos pejorativos. Isso acaba levando o profissional a luta contra esses sintomas e não observa que está se exaurindo ainda mais, aumentando o sofrimento e o sentimento de renúncia do laboro e, também, de sua vida (CRUZ et al. É de entendimento da bibliografia especializada que a classe dos docentes possui um alto grau da síndrome de Burnout. Decepções são típicas deste fato e levam a dificuldades, tais como exagero de medicamentos e bebidas, falta de sono, úlcera, hipertensão, agravando problemas na família e fora dela.
No campo profissional, o educador pode demonstrar dificuldades na elaboração das aulas, sofrer com entusiasmo e criatividade baixos, sentimentos ruins e de desprezo pela sua profissão e por si mesmo, até o abandono da profissão. Nesse sentido, a Síndrome do esgotamento, a inexistência de assiduidade, o estresse, as lesões por esforço repetitivo, problemas com a voz, a depressão, podem ser causas do mal-estar que acomete os profissionais. A grande maioria protela um tratamento para essas questões e acabam por piorar cada vez mais, levando a distúrbios sérios e abandono da profissão. Além desses, a violência escolar e agressões causam medo e insegurança e o docente se encontra sobrecarregado de atividades e de exigências, cuidar do aprendizado de salas lotadas e com diferentes níveis de entendimento, ter contato com os pais, planejar diversas tarefas e, ainda, atender a problemas administrativos e conviver com a escassez de recursos para o seu trabalho, são itens que agravam os problemas de saúde deste trabalhador.
Outros fatores, menos incisivos, como as transformações no papel do docente e as incoerências existentes, falta de apoio da sociedade, também contribuem para as adversidades e mal-estar, então, é imprescindível uma mudança nas políticas públicas, no sistema de ensino, fazendo com que a educação se torne realmente uma prioridade neste país. O docente deve ser entendido como um humano, alguém que precisa ser respeitado, valorizado, para que menos profissionais adoeçam e abandonem suas profissões. A. et al. Estresse e enfrentamento em professores: uma análise da literatura. Educação em Revista |Belo Horizonte|v. n. br/portals/pde/arquivos/859-2. pdf >. Acesso em: 22 ago.
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