A psicopedagogia no Brasil

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

ABSTRACT The use of psychopedagogical intervention is a reality of education in contemporary Brazilian society, as there are countless benefits of methods in human development in the school environment. In this work we seek, through a bibliographic analysis, to understand how psychopedagogy in Brazil is developed and how it has influenced the process of teaching-learning and development of children, having as a problem knowing why teachers constantly use playful practices of psychopedagogy in the educational environment in Brazilian daily life. Key words: Psychopedagogy; Teaching; Learning. INTRODUÇÃO Ao longo do tempo o processo de ensino e aprendizagem é bastante complexo e para se produzir bons resultados é preciso buscar formas diferenciadas para estimular e colaborar com o desenvolvimento das crianças desde os primeiros anos de vida, sendo então o trabalho da psicopedagogia uma grande colaboradora no processo educacional e deve ser utilizada no âmbito escolar.

No ambiente da sala de aula os psicopedagogos desenvolvem atividades fundamentadas em atividades como a música almejando forma de intervenção psicopedagógica e no processo de ensino e aprendizagem, pois é possível desenvolver diversas habilidades com base nas parlendas, cantigas de roda, brincadeiras, canções e outras atividades lúdicas que torna prazerosa e estimulante o processo de ensino-aprendizagem. A Psicopedagogia pode ser dividida basicamente em duas linhas de estudo e atuação que são a psicopedagogia clínica e a institucional, realizada em consultório com atendimento individual em caso de dificuldades de aprendizagem, e na assistência a professores e educadores no ensino-aprendizagem, respectivamente. A Psicopedagogia Clínica surgiu em 1930, na França nos primeiros centros de orientação educacional com psicólogos, educadores e assistentes sociais (BOSSA, 2011).

Ela é caracterizada pela investigação das causas que provocam as dificuldades de aprendizagem, o indivíduo é visto como paciente, onde são analisados e aplicadas estratégicas e técnicas nos processos cognitivos, emocionais, psicomotores e pedagógicos que possam garantir as mudanças na situação inicial. O trabalho é realizado integrado ou multidisciplinar com profissional de outras áreas, como por exemplo, um fonoaudiólogo. Nesse trabalho clínico, que se dá em consultórios ou hospitais, o psicopedagogo busca não só compreender o porquê de o sujeito não aprender algumas coisas, mas também o que ele pode aprender e como. Avaliar os alunos quanto o processo de desenvolvimento e aquisição da aprendizagem, o professor em suas estratégias e competências profissionais, a família e suas atitudes perante a educação dos filhos e todo o contexto escolar e como esta dirige o processo educativo.

Realizar as adaptações curriculares necessárias, refazendo objetivos, conteúdos próprios, metodologias desenvolvidas e a avaliação além de propor programas e projetos que visem superar as dificuldades enfrentadas pela escola. Observa-se, que as duas áreas de estudo e atuação promovem uma reflexão e ações relacionadas ao processo de aprendizagem, tentando responder não somente por que o aluno/paciente não aprende, como também de que forma isso possa acontecer e quais os fatores que influenciam para direcionar intervenções que trate e previna as consequências das dificuldades. A PSICOPEDAGOGIA NO BRASIL A psicopedagogia surgiu no Brasil na década de 60 dentro das discussões sobre o fracasso escolar no país, sendo que acreditava na dificuldade de aprendizagem está unicamente relacionada ao indivíduo, o que levou a reflexão sobre as práticas docentes e questões ligadas ao desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor como formas de favorecer a construção da aprendizagem, pois o corpo do trabalho poderá ter diversas seções, dependendo das características peculiares de cada atividade prática desenvolvida pelos alunos.

No processo educacional brasileiro as intervenções da psicopedagogia por desde a educação infantil é extremamente necessária, sendo que assim se entende por psicopedagogia um campo do saber que se constrói através de dois saberes e práticas que são a pedagogia e a psicologia, sendo que essa área permite ao indivíduo a compreensão entre construção do conhecimento, sua história, seus desejos e singularidades. Segundo Romcy (2014); “Todo diagnóstico psicopedagógico trata-se de uma investigação, constituindo-se em uma pesquisa dos processos de aprendizagem que não vão bem, quando comparados ao que é esperado o sujeito apresentar”. p. A psicopedagogia é um ramo de estudo que se localiza tanto em clínicas, como em instituições de ensino, umas delas a conhecida como Psicopedagogia Institucional onde seu trabalho se baseia no planejar, analisar e identificar, trabalhando através de diagnósticos e tarefas interdisciplinares com os outros agentes da escola e outros profissionais do processo educacional.

De acordo com Maluf (2016); A intervenção Pedagógica, Psicopedagógica ou Neuro psicopedagógica é a busca de aprendizagens significativas, a compreensão acerca de determinados conhecimentos, possibilitando desenvolvimento ou reabilitação de competências e aptidões que se encontram diminuídas ou deficitárias. p. O trabalho do psicopedagogo acontece na escola e em lugares voltado para a construção do aprendizado que o sujeito passa a maior parte do seu tempo, portanto o que detém para esses espaços a preparação adequada para que o real desenvolvimento do aprender realmente aconteça na prática cotidiana. Na busca para que a aprendizagem aconteça de maneira permanente, é visto a necessidade do professor, pedagogo e/ou psicopedagogo procurem alternativas, adotando posturas com a intenção de alcançá-las pelo fato de como é dito por Vasconcellos (1999, p.

O aluno é um ser concreto e há necessidade de motivação para a aprendizagem. O educador precisa considerar que o conhecimento se dá na relação sujeito-objeto-realidade, com a mediação do professor e não pela simples transmissão. O contexto estudado onde considerarmos professores, psicopedagogos e pedagogos, precisa-se entender que ao ensinar, por mais que se trabalhe numa pedagogia totalmente com práticas expositivas, se encontra altos limites e inúmeros riscos quanto não conseguir alcançar a aprendizagem. Na psicopedagogia a música é uma prática tão importante, pois as crianças que têm contato com ela ouvem ou desenvolve alguma prática com a emissão dos sons musicais, são crianças que crescem com percepções mais desenvolvidas, principalmente crianças relacionadas com práticas musicais em grupo, essas crescem com poder de saberem a necessidade de se trabalhar em equipe, cooperando com os outros e compreendendo a necessidade da socialização.

A criança que aprende com a música por meio de práticas que necessitem do coletivismo, além de desenvolver a criatividade ainda aprenderem sobre as normas da socialização, pois o sujeito que desde criança é criativo consequentemente terá um melhor raciocínio e desenvolve assim meios para enfrentar suas dificuldades em prol de vencer os desafios cotidianos. DISCUSSÃO Os estudos psicopedagógicos, conforme explicitado, têm a aprendizagem como cerne de suas teorias, e surgiu a partir da urgência em entender os seres aprendentes e suas peculiaridades, bem como compreender os fatores que, direta ou indiretamente, exercem interferências no referido processo. Ademais, importante destacar que a função da Psicopedagogia no planejamento das instituições educacionais é meditar acerca das práticas pedagógicas e suas influências aprendizagem dos discentes.

Sob essa égide, é imprescindível que, no momento da avaliação, os docentes tenham o discernimento de que a aprendizagem dos estudantes será o foco. SCALZER e SILVA, 2011) A respeito deste profissional, destacam-se algumas de suas intervenções no contexto escolar, que revelam o quão essencial é um psicopedagogo na resolução de conflitos, de acordo com Bossa (2000): a) Orientar os pais; b) Auxiliar os educadores e consequentemente toda comunidade aprendente; c) Buscar instituições parceiras (envolvimento com toda a sociedade); d) Colaborar no desenvolvimento de projetos (Oficinas psicopedagógicas); e) Acompanhar a implementação e implantação de nova proposta metodológica de ensino; f) Promover encontros socializadores entre corpo docente, discente, coordenadores, corpo administrativo, de apoio e dirigentes. É evidente que as ações supracitadas são de grande relevância, para que se tenha êxito no âmbito educacional.

As teorias que norteiam a educação na sociedade hodierna mudaram muito, com o passar dos anos. Sendo assim, seja na função de professor, diretor, supervisor, atualmente os desafios são maiores. O psicopedagogo, portanto, surge como um profissional capaz de mediar situações diversas, fazendo com que as instituições de ensino consigam cumprir os objetivos a que se propõem, de modo que os alunos consigam de fato aprender. Por outro lado, é válido lembrar que nem todas as escolas têm um psicopedagogo, fato esse lamentável, porquanto nessas circunstâncias, o mais provável é que as atribuições desse profissional não estejam sendo desempenhadas por ninguém, ou ainda, sendo delegadas a outros colaboradores que possivelmente ficarão sobrecarregados e não conseguirão desempenhar as funções que lhe são intrínsecas, tampouco as funções que são, na verdade, responsabilidade de outro profissional.

Cruvinel desenvolveu um estudo e constatou que, de fato, há uma carência no que se refere ao acompanhamento psicopedagógico em muitas instituições escolares. A respeito disso, destaca: Como a escola não possui um psicopedagogo, o professor acaba tendo que suprir esta falta atuando junto ao aluno com problemas de comportamento ou de aprendizagem. Um psicopedagogo na escola auxiliaria a comunidade escolar e, principalmente, a professora apontando formas de como trabalhar com esses alunos com problemas de aprendizagem. A intervenção do psicopedagogo não se restringe apenas a comunidade escolar e ao aluno, mas também a família. Conforme o próprio vocábulo sugere, a Psicopedagogia preventiva trata de ações que podem prevenir situações no que se refere ao processo de aprendizagem que, de repente, poderiam bloquear a aprendizagem dos discentes.

Os sujeitos aprendem de formas diferentes, logo, o profissional buscará mediar ações que privilegiem a aprendizagem de forma significativa, de modo que alcance os educandos em geral. No que se refere ao cunho assistencial, o profissional em evidência, junto à sua equipe, vai elaborar um plano de ações e projetos no contexto teórico/prático das políticas educacionais, fazendo com que os colaboradores da instituição (professores, diretores e coordenadores) repensem quanto à função das escolas frente a sua docência, bem como as necessidades particulares de aprendizagem da criança e, até mesmo, a própria "ensinagem" ((SCALZER e SILVA, 2011), p. Nessa perspectiva ainda, o psicopedagogo: Participando da rotina escolar, o psicopedagogo interage com a comunidade escolar, participando das reuniões de pais - esclarecendo o desenvolvimento dos filhos; dos conselhos de classe - avaliando o processo didático metodológico; acompanhando a relação professor-aluno - sugerindo atividades ou oferecendo apoio emocional e, finalmente acompanhando o desenvolvimento do educando e do educador no complexo processo de aprendizagem que estão compartilhando (SCALZER e SILVA, 2011, p.

Logo, não se pode negar o quão importante é a atuação deste profissional junto às escolas, visando ao bom andamento das ações escolares, com o intuito de que a aprendizagem ocorra de forma plena. No processo de ensino-aprendizagem o trabalho psicopedagógico com a utilização da música tem se tornado cada vez mais utilizado, pois além de apresentar características lúdicas também se destaca como estímulo a aprendizagem de forma relaxante e personifica a ideia de uma atividade concreta e palpável para o processo de ensino- aprendizagem. Os mecanismo utilizados pelos psicopedagogo precisa ser trabalhada com as crianças desde os primeiros dias na sala de aula em consonância com a psicopedagogia, pois dessa forma reduz a possibilidade de estresse e colabora com o equilíbrio mental humano, sendo parceira nas atividades de alfabetização, motora, socialização, auditiva, comunicação e favorece a aprendizagem de maneira integral desde a infância e apresenta-se de forma relevante no contexto educacional.

A utilização da música é um método de intervenção psicopedagógica em uma realidade que desenvolve práticas voltadas para agir diretamente na mente humana, sendo que o trabalho com a música interfere nas emoções e estimula de forma prazerosa e/ou lúdica a aprendizagem dos educandos no âmbito escolar onde as atividades pedagógicas devem ser direcionadas a atender os estudantes independentes do seu nível de aprendizagem. No trabalho psicopedagógico a utilização de métodos como a música proporciona uma ambiente propício para desenvolver a imaginação nas crianças construindo uma elevação na qualidade do desenvolvimento da aprendizagem, pois com a presença dos sons as percepções humanas são estimuladas e desenvolvidas de forma bastante satisfatória.

A contribuição e importância da intervenção psicopedagógica necessita de doação, dedicação, interesse, práticas e envolvimento por parte do psicopedagogo para desenvolver suas metodologias visando o sucesso do processo de ensino-aprendizagem, sendo necessário está atento para fortalecer as crianças na realidade de desenvolvimento cognitivo conforme as necessidades. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: o que são e como tratá-las. Porto Alegre: ARTMED, 2000. CRUVINEL, Alice Conceição Rosa. A NECESSIDADE DE UM PSICOPEDAGOGO NA ESCOLA. Disponível em: < http://www. Esther. Avaliação, terrível prática escolar- abolimos ou recriamos? In. Revista do GEEMPA. n. Porto Alegre: Vozes, 1993. M. Alternativas pedagógicas: propostas para ensinar e intervir em espaços de aprendizagem. Rio de Janeiro, Wak Editora, 2016, p. NASCIMENTO, Kely-Anne de Oliveira. O TRABALHO DO PSICOPEDAGOGO INSTITUCIONAL: experiência em uma escola de Teresina – PI Kely-Anee de Oliveira Nascimento Faculdade Piauiense –FAP.

M. Abrantes, A. A. Facci, M. G (Org. p. ROMCY, A. C. F. M. PAROLIN,I. C. H. BARBOSA, L. M. A CONTRIBUIÇÃO DO PSICOPEDAGOGO NO CONTEXTO ESCOLAR. Disponível em: < http://maratavarespsictics. pbworks. com/w/file/fetch/74460590/126-130624014932-phpapp01. pdf > Acesso em 25 de janeiro de 2020.

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