A prática pedagógica do professor-tutor no Ensino a Distância

Palavras-chave: Professor-Tutor. Prática Pedagógica. AVA. Introdução A necessidade de se conhecer as experiências das práticas pedagógicas no Ensino a Distância tem se revelado muito útil à construção de uma metodologia didática específica para os ambientes virtuais. Muitos autores afirmam a interatividade que a WEB 2. A filósofa busca transpor para a modernidade o ideal antigo da educação. O ser humano humanizado deve ser educado integralmente, numa educação que não visa só ao intelecto, entendido como conhecimento de uma técnica, mas também e principalmente para uma vida regida pela sabedoria para uma racionalidade moral prática capaz de ler o mundo em sua totalidade e diversidade. Nessa perspectiva, o ato educativo é composto pelo professor, conhecimento e aluno. E é a relação dialógica, a problematização do conhecimento que promovem a aprendizagem significativa do aluno.

FREIRE, 2017) Nesses termos, a relação dialógica obriga em uma compreensão empática, definida como: Capacidade de se imergir no mundo subjetivo do outro e de participar na sua experiência, na extensão em que a comunicação verbal ou não verbal o permite. Como posso dialogar, se alieno a ignorância, isto é, se a vejo sempre no outro, nunca em mim?”. FREIRE, 1987, p. Diante desse quadro, surge ainda um fator emergente que há muito habita os objetivos pedagógicos, a formação e construção da autonomia do aluno. No ensino a distância esse tema torna-se crucial, pois parte-se do princípio que esta “autonomia” já é um dado da realidade, como se o aluno já a tenha em si: “a motivação, a autoconfiança e a participação do aprendiz são condições sine qua non do sucesso nos estudos em EAD.

O aluno precisa realmente envolver-se com o curso” (PRETI, 2000, p. Diante disso, dois problemas impõem-se a contextualização desse conhecimento e a linguagem a ser construída. No que tange à contextualização, Zanetti (2015) explica que o “texto tem uma função sócio informativa, necessita trazer informações contextualizadas (e atualizadas) que favoreçam o desenvolvimento de atitudes e comportamentos”. No entanto, o texto contextualizado deve levar em consideração os conhecimentos prévios dos alunos, mas em que medida é possível estabelecer esses conhecimentos sem saber o que eles sabem ou não para que se introduza o conteúdo? Talvez, tenha-se como resposta a dialogia como ferramenta do material didático, por meio da linguagem verbal e não verbal no qual o texto se apresenta: na elaboração do material didático é preciso buscar constantemente uma articulação entre forma e conteúdo.

Por exemplo, a construção de um texto impresso ou digital pode beneficiar-se da inserção de ilustrações, gráficos, fotografias, quadros, que podem torná-lo mais atraente e compreensivo, contribuindo para um melhor desenvolvimento do conteúdo em Educação a Distância. O entendimento do texto pode ser favorecido com a inclusão de dicas, glossário, anexos etc. Trabalho mais responsabilizado, mais precário, com maior mobilidade, exigindo um trabalhador multicompetente, multiqualificado, capaz de gerir situações de grupo, de se adaptar a situações novas, sempre pronto a aprender. Em suma, um trabalhador mais informado e autônomo. BELLONI, 2007, p. Segundo Ferreira e Rezende (2004, p. “através de diálogos, de confrontos, da discussão entre diferentes pontos de vista, das diversificações culturais e/ou regionais e do respeito entre formas próprias de se ver e de se postar frente aos conhecimentos, o tutor assume função estratégica”.

Participação dos alunos nos Chats A observação dividiu a participação em três momentos: Período Participação No início do curso, primeiras 3 semanas. alunos – 18% Na metade do curso. alunos – 36% No final do curso, três semanas antes da entrega final do TCC. alunos – 50% Obs. A participação apontada não representa ser os mesmos alunos, houve uma rotatividade de participação. No Fórum o mesmo aconteceu poucas mensagens e estas vinculadas a esclarecimentos pontuais feitos à professora-tutora. No entanto, quanto ao contato com a professora-tutora, revelou-se uma atividade permanente com grande relação dialógica quer do ponto de vista do conteúdo quer do ponto de vista da motivação para a superação das dificuldades, que os alunos manifestaram durante todo o percurso do curso.

Acredita-se que as estratégias da professora-tutora não deu primazia a efetivar a “sala virtual”, sobretudo, o chat, não houve debates que pudesse estimular o entrosamento dos alunos entre si, ao contrário, aceitou-se a passividade dos alunos, por uma visão equivocada da suposta “timidez” dos seus alunos. Nesse aspecto, a professora-tutora tentou estabelecer uma relação de compreensão empática individualizada, como várias aulas “particulares”, respondendo a todas as mensagens diariamente em horário determinado, estando à disposição dos alunos a semana toda. Por fim, na pesquisa de opinião feita pela Instituição com os alunos, a professora-tutora obteve um índice muito alto de aprovação do Curso, 92% dos alunos relataram a competência e a dedicação da profissional. P. Autonomia do aluno de EAD no processo de ensino e de aprendizagem.

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