A INTRODUÇÃO DO ALFABETO LIBRAS E SUA IMPORTÂNCIA NA SOCIEDADE
Tipo de documento:Revisão Textual
Área de estudo:Gestão ambiental
Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços. RESUMO- A Língua Brasileira de Sinais- Libras tem um papel fundamental na inclusão e comunicação dos indivíduos surdos na sociedade. Reconhecida legalmente através da Lei nº 5. de 2002 e regulamentada pelo decreto 5. de 22 de dezembro de 2005, representa uma conquista marcada através de um longo período de mobilização e lutas sócias. No entanto, mesmo diante de tal avanço, em muitas instituições de ensino, o surdo ao ingressar na escola, muitas vezes, devido ao despreparo dos professores e da instituição, a língua portuguesa é ensina a esse sujeito como a primeira língua. Desta forma, surge a necessidade de adaptar também o sistema de ensino regular, e transformá-lo para atender pedagogicamente todos de forma inclusiva.
Contudo, muito dos profissionais da área da educação sentem dificuldades em ensinar as crianças com necessidades especiais, como surdez e outras deficiências, por não se sentirem aptos para atender as necessidades dessas crianças. Diante do exposto, o presente trabalho parte do questionamento: É possível instrumentalizar o professor e preparar as instituições de ensino para que estas possam atender as necessidades dos alunos surdos, garantindo o ensino da Libras como primeira língua e assim trilhar o caminho para a efetivação de uma escola inclusiva? Parece uma tarefa complexa e é mesmo. Pensar em uma escola inclusiva é pensar em mudanças de valores da educação tradicional, o que leva o desenvolvimento de novas políticas e transformação de um sistema ainda excludente que segue um tradicional sistema estabelecido historicamente e essa concepção reflete, mesmo que inconscientemente, em várias questões do deficiente na sociedade, neste contexto pode-se destacar a Libras posta para o surdo como segunda língua, sendo que a Libras deve ser ensinada como a primeira língua de aquisição da cultura surda.
Os surdos viviam à margem da sociedade, em muitas casos, em condições sub-humana. Foi então que com a ascensão da Igreja Católica que a percepção do surdo na sociedade foi tomando novos rumos. De acordo com Piza (2007) esse período foi reconhecido como “Assistencialismo”, a pessoa surda deixa de ser visto como um sub-humano e passa a ser protegido pela igreja como um ser dotado de alma. Neste contexto de cuidados da igreja que surgiram os primeiros educadores de surdos da história. Carvalho (2007) afirma que o arcebispo John Berveley diante da esperteza de um jovem surdo se dedicou a ensiná-lo a escrever e ler. Mesmo assim, Carvalho (2007), diz que “apesar da proibição a língua de sinais continuava a ser transmitida de geração em geração graças aos jovens surdos, principalmente filhos de pais surdos, que se comunicavam às escondidas por meio das línguas de sinais”.
Diante do fracasso do método do oralismo a língua de sinal volta a ser a metodologia de ensino para pessoas surdas. houve o resgate dos sinais realizado através de uma abordagem de ensino denominada Comunicação Total, cuja proposta se baseava no uso de sinais, escrita, pantomima, alfabeto digital e fala oral. A comunicação total emergiu ao mesmo tempo em que a língua de sinais foi resgatada pela comunidade cientifica. Isso ocorreu graças aos estudos do linguista William Stokoe que publicou na década de 1960 um artigo comprovando os aspectos linguísticos da língua de sinais americana. de 22 de dezembro de 2005, no artigo 2°, considera-se pessoa surda como “aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais – Libras” (BRASIL, 2005).
Após essa Lei fica determinado a obrigatoriedade da adaptação seja nos espaços físicos, dando acessibilidade às pessoas com deficiência e anulando tanto as barreiras arquitetônicas como também as de comunicação. Surgiu a oportunidade de formação no ensino superior de letras-Libras, como também, cursos e nível superior de formação para tradutores/intérpretes de Libras, garantindo novas oportunidades. De fato, esta Lei marcou um momentos históricos para a educação, cidadania, cultura e identidades surdas em nosso país, que se colocou à frente de muitos outros países do mundo. A LIBRAS COMO PRIMEIRA LÍNGUA O decreto de nº 5. Neste sentido que defende-se a importância das classes bilíngues com a presença do profissional de Libras acompanhando o aluno surdo durantes as aulas regulares.
Afinal, quando usamos uma língua não estamos somente fazendo combinações de unidades menores com unidades maiores, mas também fazendo e orquestrando o uso de uma complexa constelação de sinais que nos fazem, por exemplo, mudar uma variedade, estilo ou registro, dependendo do nosso interlocutor e assunto. Ou ainda que nos permitem saber quando há mensagens implícitas e explícitas, distinguir o tom de humor, drama ou ironia em uma conversa em Libras. Aqui reside a diferença entre a aprendizagem de regras (conhecimento sobre a língua) e a aprendizagem do uso (conhecimento na língua) para através dela desempenhar. GESSER, 2012, p. De acordo com Quadros e Pimenta (2008) “as manifestações culturais da comunidade surda pode ser vislumbradas por meio de interações, das expressões artísticas e do uso de tecnologias na rotina diária das pessoas surdas”.
Ainda segundo os autores a interação em Libras com pessoas surdas é marcada por elementos próprias, desde a abordagem até o estabelecimento da interação entre os pares. Neste contexto, o surdo apresenta algumas peculiaridades, de acordo com Choi (2011) a abordagem de uma pessoa surda, certamente não ocorre chamando esse indivíduo pelo nome, como é comum entre os ouvintes, quando se deseja chamar a atenção de um surdo para iniciar uma conversa deve-se aproximar e para essa situação é comum o uso do toque no braço ou antebraços do surdo. Quando os indivíduos que já estão em diálogo com o surdo deve estar ciente que a Libras é uma língua visual e motora, assim o olhar é um ponto relevante neste processo de comunicação, por conta disso, o diálogo deve ocorrer olhando um para o outro.
Exceto se o surdo for informado, virar as costas pode ser considerado um insulto, pois “a pessoa surda pode sentir-se ignorada ou achar que o ouvinte não está interessado em continuar a conversa”. A LIBRAS E O PROCESSO DE INCLUSÃO Libras são sinais que simbolizam um determinada palavra ou objeto. O sinal é capaz de transmitir, propagar e expandir as palavras por meio das mãos. Os sinais da Libras são classificados em icônicos e arbitrários, os icônicos possuem semelhanças com o seu referente, no qual, resgatar uma imagem que torne o sinal mais explícito. Diversos estudos realizados por pesquisadores na última década do século XX e início do século XXI, vem contribuindo com o desenvolvimento da educação de alunos com surdez na escola regular promovendo a valorização das diferenças no convívio social e o reconhecimento do potencial de cada aluno.
Com a percepção de uma educação especial e educação inclusiva e notário a mudanças de paradigmas. O processo de inclusão dos surdos em sala de aula é uma tarefa complexa, visto que, faz-se necessário que todos os professores e demais colegas também devem aprender a comunicar por meio da Libras. Desta forma, teríamos de fato, uma reeducação social, com a inclusão do surdo no ambiente educacional. O objeto da educação bilíngue é que a criança surda possa ter bons resultados comparado com a criança ouvinte, para que possa desenvolver uma relação harmoniosa no convívio social. O que diferencia a Língua de Sinai das demais línguas é a sua modalidade visual-espacial. LIBRAS é uma língua da comunidade surda, porém, não são universais, cada país possui a sua.
É essencial destacar que é na família que o ser humano aprender valores, desenvolver uma cultura, sentimentos de amor, amizade e afeto. Neste contexto, ressalta-se a importância do envolvimento da família com a escola no processo de inclusão, visando colaborar com o desenvolvimento do filho, sempre em comunicação com os educadores. Vale ressaltar também a importância do professor no processo de inclusão do aluno surdo na educação regular, uma vez que, é esse profissional que estará na linha de frente no processo de aprendizagem desses aluno. Assim, fica evidente a importância da Libras na formação inicial e continuada do professor. Sendo assim, na perspectiva da educação inclusiva não é o aluno com deficiência que deve se adaptar as instituições de ensino e suas metodologias, mas sim, a escola tem o dever de eliminar as barreiras e adaptar o seu espaço para atender este aluno.
Assim, muitas vezes, a criança surda é instruída a aprender a Língua Portuguesa, deixando de lado a língua natural das comunidades surdas. Negligenciar a Libras como primeira língua da cultura surda, esta que representa a língua de manifestação e expressão, leva a esses indivíduos a um contexto de discriminação e restrições sociais. Neste sentido, o direito a aprendizagem da Libras como primeira língua deve ser garantido. No entanto, a garantia deste direito não se restringe a aprendizagem de sinais, mas também provoca implicações nos mais diversos campos sociais, como saúde, na cultura e no trabalho. Neste cenário, cabe aos profissionais da educação estar preparados para atender as necessidades do seu aluno, que vai muito além de aprender os aspectos linguístico da Libras, mas também conhecer as peculiaridades que caracterizam a comunidade surda.
de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 abr. Seção 1, p. CARVALHO, P. São Paulo: Parábola, 2012. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. ed. São Paulo: Atlas, 2008. org. br/conteudo/902/inclusao-promove-a-justica Acesso em: 13 out. PIZA, M. H. M. Língua Brasileira de Sinais I. Florianópolis. Disponível em: http://libras. ufsc. br/colecaoLetrasLibras/eixoFormacaoEspecifica/linguaBrasileiraDeSin. Educação de Surdos: aquisição de linguagem. Porto Alegre: Artmed, 1997. REILY, L. Escola inclusiva: linguagem e mediação. Campinas, São Paulo: Papirus, 2004. SACKS, O. Vendo vozes:uma viagem ao mundo dos surdos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. SAMPIERI, Roberto Hernandéz; COLLADO, Carlos Hernadéz; LUCIO, Pilar Baptista.
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