A Inserção do Aluno com Deficiência Auditiva no Ensino Regular
A metodologia é a revisão de literatura. Conclui-se que o processo de ensino aprendizagem do aluno deficiente auditivo exige uma melhora imediata, tanto na questão política-educacional, como quanto aos materiais pedagógicos específicos, além da capacitação contínua dos professores e da ativa participação dos pais. Palavras-chave: Inclusão. Surdos. Escola regular. A educação da pessoa com deficiência auditiva só pôde ser possível através de muitos embates sociais. Nesse sentido, inúmeras leis, decretos, entre outros documentos, possibilitaram o acesso das pessoas com deficiência auditiva no ensino regular. Compreende-se que a melhor prática para os alunos deficientes auditivos passa pela política bilíngue, porém é preciso muito mais que leis, pois há que se pensar na estrutura da escola, na formação contínua dos educadores e de materiais pedagógicos adequados como essenciais para que aconteça efetivamente o processo de ensino-aprendizagem destes estudantes.
Desta forma, o objetivo principal do trabalho é compreender a inclusão do aluno com deficiência auditiva na escola tradicional, e os objetivos específicos são teorizar sobre a questão da deficiência, avaliar a deficiência auditiva e verificar a importância do ensino de libras no ensino regular. O método escolhido para a elaboração deste trabalho é a revisão de literatura. Um exemplo é o Holocausto, que foi a marginalização sofrida por judeus na Alemanha nazista, onde os mesmos foram aprisionados, torturados e mortos, por alemães que acreditavam na supremacia da raça ariana. Ou seja, pelo fato de não se encaixarem no estereótipo do povo ariano, simplesmente foram dizimados seis milhões de judeus. Em um mundo cada vez mais interligado, o ser humano vem tomando ciência que as diferenças são muito mais comuns do que ele pensa.
Essa crescente conscientização vem ocorrendo em nível global, na medida em que o acesso a informações se tornou muito mais simplificado e rápido com o advento de novas tecnologias nas últimas décadas. SASSAKI, 2005) No entanto, a percepção de que muito pode ser aprendido com outras culturas, crenças e opiniões não vem ocorrendo na mesma velocidade que a noção da existência da diferença. Contudo, apesar dos avanços obtidos nas últimas décadas (como a Lei de Cotas), a situação de marginalização desse grupo ainda se apresenta de maneira muito forte e trata-se de mais um desafio a ser superado pelo Estado e pela sociedade brasileira. Como maneira de transpor essa barreira, o Estado brasileiro vem adotando medidas que visam à inclusão das pessoas com deficiência por meio da conscientização da sociedade como um todo.
BRASIL, 2007) 2. A Deficiência Auditiva Enquanto para alguns o uso do termo 'surdo-mudo' é comum, para Albres (2010, p. esta é uma concepção errônea, pois devemos utilizar os termos 'surdos' ou 'deficientes auditivos'. A surdez é uma doença que ocorre “quando há problemas em alguma das partes do ouvido”, segundo Albres (2010, p. podendo ser temporária ou permanente, variando de perda leve à severa. A perda auditiva pode ser identificada logo após o nascimento da criança e se dá em vários níveis e em diferentes faixas etárias. Por isso, o diagnóstico deve ser feito de modo eficaz, para que os níveis de perda possam ser contornados ou minimizados. A Divisão de Audiologia do Instituto Nacional de Educação de Surdos é a responsável por regimentar e avaliar a audição dos indivíduos, fornecendo subsídios técnicos e científicos para se efetuar a prevenção e ao diagnóstico precoce da surdez, através dos testes: audiometria infantil, audiometria tonal e vocal, imitanciometria, emissões Oto acústicas evocadas por transiente e produto de distorção, audiometria de potenciais evocados de tronco encefálico.
A criança e o adulto com deficiência auditiva compreendem a vida e o mundo através do que veem, limitados de ouvirem, mas possuidores de meios de aprendizagem de sua língua materna. O aluno portador de deficiência auditiva foi, durante muito tempo, considerado incapaz de fazer parte do grupo de ensino regular, e ser matriculado em escolas de ensino básico. Havia muito preconceito e pouco se fazia por essas crianças. Hoje no Brasil e no mundo, cientistas, governantes e também professores trabalham em conjunto a fim de proporcionarem a estes alunos uma educação de mais qualidade e igualitária aos demais alunos. Conforme Coll, Marchesi e Palácios (2004), são destacados três tipos diferentes de surdez: a surdez condutiva ou de transmissão, a surdez neurossensorial ou de percepção e a surdez mista.
º parágrafo único: Entende-se como língua brasileira de sinais-LIBRAS, a forma de comunicação e expressão em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, possui estrutura gramatical própria, constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil (BRASIL, 2002, p. Trata-se de uma revolução na educação do alunado surdo, possibilitando a comunicação entre a comunidade escolar e a criança surda. A utilização de libras surge como uma proposta de auxiliar a comunicação entre pessoas surdas e pessoas ouvintes, de maneira que os deficientes surdos não fiquem limitados de se comunicar. De acordo com Salles et al. a dificuldade dos alunos deficientes auditivos pode ser atribuída ao fato de a língua portuguesa ser a segunda língua ensinada, de forma que contribui para a dificuldade de aquisição do português.
Este programa de inclusão busca tratar de forma inteligente a diversidade cultural. De maneira consciente, buscaram formar e especializar professores intérpretes preparando-os para levar a estes alunos uma proposta educativa que lhes fosse interessante e que obtivessem grandes resultados. Outro fator desafiador, segundo Pedrozo, Ferraz e Hall (2008), é com relação ao ensino trilíngue (LIBRAS, Língua indígena Guarany-Kaiowá ou Terena-Aruak, e língua portuguesa), o que é sem dúvida uma proposta para uma grande luta, necessária para que cheguem ao sucesso do projeto. Pode-se dizer que surge então um novo paradigma com esta proposta inclusiva, não apenas de incluir o excluído, mas também de travar uma batalha de troca de culturas, partindo do processo de ensino aprendizagem de três códigos linguísticos.
Conforme citam as autoras, muitos desses índios eram adultos e crianças surdas que estavam afastadas da escola, sendo que alguns nunca haviam frequentado o ambiente escolar em decorrência da deficiência auditiva. Mas isso ocorreu e ainda vem ocorrendo de forma gradativa. Observa-se as mudanças com relação à nomenclatura, às escolas especializadas para o atendimento desses alunos e ao reconhecimento de uma língua própria, o que são avanços consideráveis, mas limitados. Como o olhar nesse estudo está voltado para os alunos com deficiência auditiva, é preciso considerar a surdez como um déficit e não como uma doença. Deve-se conscientizar os pais a terem atenção desde os primeiros dias de vida da criança, pois diversos indicadores mostrados na pesquisa são fundamentais para a identificação de problemas na audição.
A surdez se dá em vários níveis (leve a severo) e isso influenciará no desenvolvimento de cada um, por isso o diagnóstico precoce indicará um caminho a ser seguido. The main objective of this work is to understand the inclusion of students with hearing impairment in the traditional school, and specific objectives are theorizing about the issue of disability, hearing impairment review and verify the importance of the pound teaching in mainstream education. The methodology is the literature review. It concludes that the teaching-learning process of the hearing impaired student requires immediate improvement, both in political and educational issue, as on the specific teaching materials, as well as continuous training of teachers and the active participation of parents. Keywords: Inclusion. Deaf. Lei n. de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências.
Disponível em http://www. planalto. MARCHESI, A. PÁLACIOS, J. Desenvolvimento Psicológico e Educação. Porto Alegre: Artmed, 2004. DUK, C. Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2008. NÉRI, M. Retratos da Deficiência no Brasil. Rio de Janeiro: FGV/IBRE, 2003. Revista Inclusão, v. n. p. julho/outubro de 2008. QUADROS, R. out. RODRIGUES, D. Investigação em Educação Inclusiva. Lisboa: Fórum de Estudos de Educação Inclusiva, 2007. SALLES, M. São Paulo: Plexus Editora, 2001.
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