A influência e os benefícios advindos da valorização do colaborador na mudança de postura da indústria
Tipo de documento:Artigo acadêmico
Área de estudo:Engenharias
Abordar qualidade de vida do trabalhador é falar de satisfação, cuidados, condições dignas de trabalho, reconhecimento, recompensa, entre várias outras coisas que interferem diretamente na sua produção. Vale ressaltar que nem sempre existe uma concordância acerca da valorização do empregado que, do ponto de vista da empresa pode estar sendo valorizado e estimulado a trabalhar, mas do ponto de vista do trabalhador que executa as tarefas, não está. Isso requer um diálogo mais aberto e franco entre as duas partes, de modo a se chegar a um consenso onde ambos sintam-se plenamente satisfeitos. PALAVRAS-CHAVE: Organização. Motivação. A quarta revolução teve início na Alemanha, promovendo pela primeira vez, a informatização da manufatura no ano de 2013, propagada como indústria 4. introduzindo inovações e novas formas de atender às necessidades mercadológicas (SOLIDES, 2017).
Essa nova forma de produzir gerou impacto direto nos serviços, processos e produção de bens. Segundo Slack (2008), com o conjunto inovação e tecnologia, existe a possibilidade de falhas de máquinas e equipamentos projetados para responder às necessidades organizacionais, ocasionando riscos aos resultados, ao planejamento estratégico e à segurança, de um modo geral, assim como a probabilidade de ocorrência por falha humana – ou falha mecânica – proveniente de diversos motivos, prejudicando os planos organizacionais. Este estudo busca reunir conteúdo teórico para a resolução da problemática em que as empresas se deparam em relação a forma utilizada para a valorização de seus funcionários, e como esses métodos aplicados podem motiva-los dentro do ambiente de trabalho, com o objetivo geral de apontar as mudanças ocorridas nas indústrias a partir da maior valorização do trabalhador e como objetivos específicos, destacar a relação existente entre a empresa e o trabalhador, a identificação da interferência entre o comprometimento da empresa e o comprometimento do colaborador, abordando até que ponto a satisfação do trabalhador interfere na sua produtividade.
A Política de Gestão de Pessoas De acordo com Chiavenato (2010), a gestão de pessoas está diretamente ligada a diversos aspectos influenciados pela cultura organizacional, e pelas transformações implementadas no dia-a-dia das organizações devido à inúmeras variáveis de grande importância. As organizações vem enfrentando diversas crises nos últimos anos e muitas delas exigiram a quebra de paradigmas e uma mudança de postura em relação aos colaboradores, que passaram a possuir maior valor e reconhecimento do seu diferencial competitivo. A gestão de pessoas nas empresas passa por grandes transformações em todo mundo, sendo esta transformação causada por grandes mudanças na maneira de organizar o trabalho, no relacionamento entre as organizações e pessoas, na forma pelo qual as pessoas entendem sua relação com o trabalho (DUTRA, 2011).
Para Bernardes e Ferreira (2003), atualmente as empresas valorizam o potencial produtivo e o comprometimento dos seus colaboradores com os trabalhos que lhes foram confiados cada vez mais, por entenderem que tal fato afeta diretamente a produtividade. Nesse processo, o gestor exerce um papel de grande relevância, por ser uma das suas atribuições manter um clima organizacional ameno e cooperativo, sabendo intervir e administrar possíveis conflitos que possam surgir. Ressalta-se que despertar no trabalhador o sentimento de comprometimento com a empresa e com o seu trabalho não significa despertar sentimentos de obrigação, mas de vontade e de motivação, que geram entusiasmo na realização das tarefas e resultam em atitudes que fazem toda diferença na organização. Esse comprometimento do colaborador na realização das tarefas que lhes foram confiadas tem se mostrado o maior diferencial das empresas atualmente, podendo contar com trabalhadores comprometidos, qualificados e empenhados em oferecer o melhor, se destacam no seu mercado de atuação.
Dessler (1996) afirma que o comprometimento é importante em qualquer forma de gestão, considerando que colaboradores comprometidos ajudarão a empresa a competir com maior eficiência e com níveis de qualidade e de produtividade mais altos. Torna-se importante destacar que a valorização do trabalhador e o reconhecimento da sua capacidade de trabalho é o ponto chave dessa mobilização do colaborador individual e toda uma equipe em prol do desenvolvimento de uma dada tarefa e função, bem como dos resultados advindos dessa. A Qualidade de Vida do Trabalhador A qualidade de vida do colaborador é de extrema importância para o processo produtivo e organizacional, sendo capaz de gerar resultados consistentes ou não, de acordo com a postura da empresa frente à valorização dos seus trabalhadores. Por meio da Administração Científica de Taylor, foram criadas novas formas de organização do trabalho, abrindo novas possibilidades para o ramo industrial.
Os nomes que marcaram mais profundamente esse período foi Frederick Taylor, Henri Fayol, Henry Gantt, entre outros. A Era da Industrialização Neoclássica teve início após o fim da 2ª Guerra Mundial (1950) e perdurou até a década de 90, passando por significativas mudanças e transformações. Nesse período, teve início a fase do recrutamento e seleção, a segurança do trabalho, entre outras atribuições do setor de recursos humanos (CHIAVENATO, 2009). No período compreendido entre 1950 e 1965 as empresas objetivaram o processo de recrutamento e seleção, efetuando admissões mais humanistas. Surgiu, a partir daí, o termo just in time (sistema de administração da produção que determina que nada pode ser produzido, modificado, transportado ou comprado antes do momento certo). A Indústria 4.
provocou mudanças significativas no setor industrial, fazendo aumentar a necessidade de contar com profissionais qualificados e capazes de suprir as necessidades da empresa. Tal fato forçou as organizações a investirem em cursos de formação e capacitação, formando colaboradores capazes de operar os novos equipamentos e os novos sistemas utilizados no setor produtivo (SOLIDES, 2017). Nesse novo contexto industrial, as taxas de emprego serão elevadas, sobretudo nas áreas mecânicas e de engenharia. Os sistemas organizacionais tornaram as relações de trabalho mais flexíveis, aumentando a valorização do trabalhador por entender a sua importância no processo gerencial. Seguindo as ideias de Chiavenato (2009), as empresas necessitam contar com colaboradores mais preparados intelectualmente, principalmente possuidores da capacidade de operar máquinas tão avançadas, ajustando-as em caso de falhas e panes.
Os processos organizacionais tem se mostrado cada vez mais modernos, gerando melhorias e criando processos mais descentralizados, autônomos e flexíveis. Tal autonomia vai de encontro à pirâmide das necessidades de Maslow, que demonstra o quanto é importante para uma pessoa a satisfação dos seus desejos e necessidades, inclusive nas questões concernentes ao relacionamento interpessoal (VAZ, 2013). A problemática deste estudo aborda a dificuldade da empresa em encontrar formas de valorização do colaborador, além das práticas que devem ser aplicadas para a motivação dos pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. BASTOS, A. V. B. BORGES-ANDRADE, J. Sociedade e natureza. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. CARDELLA, Benedito. Segurança no trabalho e prevenção de acidentes: uma abordagem holística. Segurança integrada à missão organizacional com produtividade, qualidade, preservação ambiental e desenvolvimento de pessoas.
Vol. São Paulo: Makron Books, 1993. COHEN, Allan R. MBA: curso prático. Administração - lições dos especialistas das melhores escolas de negócios: práticas e estratégias para liderar organizações para o sucesso. ed. ª reimpr. São Paulo: Atlas, 2011. FONSECA, Mariana. formas baratas de motivar os funcionários da sua empresa. Site Administradores. Disponível em <http://www. administradores. com. br/artigos/carreira/a-importancia-do-comprometimento/70201/> Acesso em 15 novembro 2017. CHAMBERS, S. JOHNSTON, R. Administração da produção. ed. São Paulo: Atlas, 2008. Disponível em <http://www. administradores. com. br/producao-academica/a-teoria-da-hierarquia-das-necessidades/5266/> Acesso em 15 novembro 2017.
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