A INFLUÊNCIA DA REVOLUÇÃO PEDAGÓGICA GLOBALISTA NA METODOLOGIA APLICADA ÀS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
Tipo de documento:Artigo acadêmico
Área de estudo:Educação Física
RESUMO De posse de uma metodologia bibliográfica e do método qualitativo, a pesquisa tem por objetivo entender os processos históricos e culturais que fizeram da Educação Física como disciplina importante para o crescimento do corpo, da mente e de responsável também pela formação crítica do sujeito. Entretanto será mostrado, que essa disciplina nem sempre, e ainda não é, vista como processo tão importante na formação do indivíduo como outras disciplinas escolares. Diante disso, a busca teórica oportunizou entender que a disciplina foi usada por interesses ideológicos e hegemônicos, principalmente no período de 1964 a 1985, que foi o período do Regime Militar. Na verdade a história da disciplina foi sempre conturbada e que abarcaram sobre ela visões preconceituosas de alunos e professores.
Isso demonstra que o debate para fortalecer a disciplina deve ser constante e mais efetivo nos espaços escolares e sociedade, que é afetada pelos interesses do capitalismo e da globalização. Keywords: Physical Education. Interferences. Stories. Changes. INTRODUÇÃO O presente artigo tem por objetivo levantar a evolução da educação física em todo o contexto da própria educação brasileira desde o período colonial até os dias atuais. Google Livros, Scielo foram os espaços digitais consultados e a parte física foram apostilas e livros de posse do próprio pesquisador. O objetivo geral dessa pesquisa é perceber de como a Educação Física constrói ainda um senso de atividade menos importante do que as outras disciplinas escolares. Especificamente os objetivos elencam-se: entender como a educação física ganhou espaço na educação brasileira com o passar da história; perceber a importância da Educação Física para o fortalecimento do corpo e da mente; fomentar a importância da Educação Física como disciplina na formação crítica e perceptivo dos espaços na construção dos sujeitos.
O artigo foi dividido em duas seções: a primeira traz a evolução da educação e da Educação Física no Brasil e a segunda já tece uma discussão da influência das ideologias, do globalismo na disciplina de Educação Física como também proposições para desmitificar o preconceito sobre ela. BREVE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL E O SURGIMENTO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NUM MOVIMENTO MARCADO POR INTERESSES HEGEMÔNICOS E CAPITALISTAS Vive-se a era da globalização e da evolução tecnológica, é uma corrente conhecida como globalismo, que faz com que todas as ações do planeta estejam interligadas, mas também carregam sobre si os interesses do capitalismo, de ideologias, hegemônicos que fizeram com que as pessoas ficassem, muitas vezes, reféns de tudo isso.
A questão da alfabetização das pessoas já era pensada ainda no ano de 1824, por uma questão muito peculiar na história da educação brasileira, que depois de 1822 com a libertação dos escravos, a grande população de analfabetos era gigantesca, o próprio governo imperial já na primeira constituição brasileira, já tinha a preocupação da formação das pessoas na rede primária, mas as intenções de letrar o povo brasileiro, ainda ficavam somente no papel (Strelhow, 2010). Dez anos mais tarde passa-se às províncias brasileiras a reponsabilidade do ensino primário e secundário, entretanto o caráter de ensino seguia uma ordem de caridade. Ficava principalmente a função das instituições religiosas e das mulheres da elite o ato de ajudar as pessoas a ler e a escrever.
Nesse compasso, se deixa de ser um ato de direito para abarcar na área de solidariedade (STRELHOW, 2020). As leis educacionais sempre favoreciam as pessoas com mais posses econômicas, o próprio acesso às universidades era restrito àqueles que possuíam status social e dinheiro. O país que era extremamente ruralista começa a ter expansão das fábricas. Isso fez com que houvesse a necessidade de alfabetizar as pessoas e já se pensava nos primeiros trabalhos pensando no desenvolvimento do corpo. Foi no ano de 1937 que a que a disciplina de Educação Física ganharia um espaço consolidado na sociedade e já sendo aplicada nas escolas do país (ARANHA, 2010; CASTELLANI FILHO, 1994). Em 1964 o país vive uma conturbada relação entre elite e governo, que movida por interesses de desenvolver as relações nacionais com a indústria, algo que não tinham no Governo de Goulart, os militares tomam o poder e começam a dirimir novas reorganizações escolares, principalmente rever base curricular de 1961.
Nesse contexto, toda a ideia de democratização e universalização proposto pelo Governo Vargas em 1930 começaria a implicar numa política neoliberal sobre a sociedade, principalmente na educação (CUNHA, 2018). SOARES, 2012, p. Mas as relações e implantação da atividade física só viria a ser fortalecida muito mais tarde em 1930 ainda com o governo de Vargas. Entretanto com a entrada do governo militar em 1964, o pensamento de desenvolvimento do corpo e já um pensamento na promoção da qualidade de vida saudável é quase que derrubada pelo governo militar (SOARES, 2012). Isso porque Soares (2012) traz que o pensamento militar era usar a Educação Física para competições de alto nível. Isso fez com que certa hegemonia de raça mais forte fosse privilegiada nas atividades esportivas.
Para Silva (2018, p. A relevância do presente trabalho ocorre pelo fato de que, de maneira não coincidente, no momento em que foram abertas as atividades da Assembleia Constituinte, em meados da década de 1980, a mobilização do campo educacional era intensa. No caso da educação física não foi diferente: manifestou-se um movimento de diversos intelectuais da área, que se aproximaram das discussões e mobilizações do campo educacional brasileiro, pensando em determinadas possibilidades epistemológicas como alternativas às orientações hegemônicas até aquele momento histórico; isto é, ao predomínio de uma compreensão biológica, com ênfase ao desenvolvimento da aptidão física e da esportivização. SILVA, 2018, p. Silva (2018) esclarece que depois da Constituição Federal de 1988 inúmeras tratativas entre estudiosos, pensadores e sociedade foram estabelecendo um novo olhar sobre o ensino de Educação Física, colocando-a como não disciplina secundária do ensino, mas tão importante quanto as outras na formação do indivíduo cidadão, crítico e perceptivo de conceitos saudáveis sobre seu corpo e mente.
p. A relação teoria e prática torna-se questão relevante de discussão no currículo e na formação docente. A dualidade entre esses dois aspectos vem gerando um conflito de natureza filosófica e de identidade, quanto à clareza de que profissional se deseja formar: o técnico ou o educador. Diante disso, o ponto primordial para as mudanças passa, obrigatoriamente, pela matriz curricular das Instituições Superiores de Ensino que formam os futuros docentes. Quando se discute matriz curricular para o curso de educação física, até alguns anos atrás, o que se observava era uma proposta focada nas disciplinas relacionadas à área biológica como anatomia, psicologia, fisiologia ou áreas técnicas desportivas. Essa perde de interesse pode estar relacionada há vários elementos, que precisam ser diagnosticados pela equipe escolar.
Isso não tiraria uma avaliação das atividades do próprio professor da disciplina, que de entre outras razões pode estar em conflito com as estruturas físicas para desenvolver o seu trabalho e o próprio despropósito dos outros professores com ele próprio. Gráfico 1 – Percepção dos alunos sobre a Disciplina de Educação Física FONTE: Montes (2010) O que podemos ver no Gráfico 1, numa pesquisa realizada por Montes (2010) é que os próprios alunos tem uma visão sobre a disciplina de não formadora dos processos cognitivos e tampouco é uma proporção pequena que ainda concebe que a sua importância para a qualidade de vida. Isso só reforça o que Bertini Junior e Tassoni (2013) abordam em seus estudos, que desde a evolução da disciplina de educação física passada por anos de interferências ideológicas e políticas é vista como uma disciplina meramente recreativa.
Isso reforça o que Brasil Escola (2020) tem abordado quando fala do preconceito do professor de educação física por seus pares de profissão. Isso vai desde a quebra de paradigmas próprios que constituem o ensino como um momento de lazer, para fazer uma ação efetiva como ciência. Nesse ponto o professor terá uma relação moral e ética, não como ponto para efetivá-las dentro do ensino, mas sim perceber de como estes dois elementos formam pensamentos dentro da sociedade e nas instituições de ensino. CONSIDERAÇÕES FINAIS Por consequência de todas essas evidências expostas nesse artigo onde visa traçar uma análise sobre os efeitos que trouxe o globalismo e sua influência dentro da estrutura educacional brasileira, trazendo graves consequências no nível de aprendizagem das nossas crianças, através de uma pedagogia que tem como objetivo principal a implantação de ideologia fundamentada no marxismo cultural esquecendo que a formação ética, moral e intelectual são ingredientes indispensáveis ao desenvolvimento humano e social.
A ética seria um dos princípios norteadores para começarmos a refletir o nosso verdadeiro papel enquanto educadores. Na Educação Física Escolar tem-se que explorar essa abordagem progressista no primeiro momento de maneira crítica no sentido de apreciar sobre alguma coisa, avaliando, analisando em seguida, opinar que realmente precisamos realizar mudanças da forma de como está sendo conduzida a Educação Física no ensino fundamental. Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 191, Abril de 2014. ANTHONY. I. O que diz a BNCC da Educação Física? 2020. AZEVEDO, R. Brasil: uma longa jornada rumo à universalização. Disponível em https://www. gazetadopovo. com. bras. educ. fís. esporte vol. no. BRASIL, MEC, Base Nacional Comum Curricular - BNCC 2a. versão, abril de 2016. Disponível em: < http://historiadabncc.
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