A INDÚSTRIA 4.0 E A SEGURANÇA NO AMBIENTE DE TRABALHO
Tipo de documento:TCC
Área de estudo:Engenharias
Dessa forma, muitas empresas novas surgiram, o que dificulta que cada uma delas seja original e se diferencie das demais. Todos esses fatores resultam em uma queda do faturamento mensal das empresas e uma maior dificuldade na captação e fidelização de clientes, essa tensão faz com que a segurança dos funcionários dentro do ambiente de trabalho fique em segundo plano e a prioridade seja a produção acelerada. O Brasil é um dos países do mundo onde mais ocorrem acidentes de trabalho, causando danos e até mesmo a morte de milhões de funcionários todos os anos. O objetivo geral do presente trabalho é expor o quanto o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são fundamentais para reverter esse cenário. A conclusão que se obteve é de que não apenas os EPI(s), mas também a assistência e o cuidado com os funcionários e colaboradores através de medidas de segurança sólidas e eficazes, seriam a saída para a redução dos casos de acidentes e até mesmo mortes no ambiente de trabalho.
INTRODUÇÃO O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPIs) é de grande importância no que diz respeito à segurança dos funcionários responsáveis por manusear determinados tipos de máquinas ou produtos químicos de naturezas tóxicas. A falta dos mesmos pode resultar em graves acidentes de trabalho e em casos mais extremos, em mortes. É preciso que as empresas repensem o modo de operar no dia a dia industrial e passem a colocar a vida de seus funcionários como prioridade nesse processo. O conceito de segurança é historicamente afastado das indústrias e do meio coorporativo de modo geral. Isso ocorre desde a primeira Revolução Industrial e seguiu se consolidando após a expansão das ideologias capitalistas. Bem como se apresentam todos os estudos caracterizados como revisões sistemáticas, este estudo foi elaborado através de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema.
Realizando a leitura, seleção e compreensão dos materiais acadêmicos encontrados nas plataformas como Scientific Electronic Library Oline (SCIELO), Literatura Latino-americana em Ciências da Saúde (LILACS) e Public Medine or Publisher Medine (PUBMED), nos idiomas português e inglês. A INDÚSTRIA 4. E SUAS CARACTERÍSTICAS A definição de um novo padrão tecnológico se dá quando um determinado setor apresenta modificações em sua estrutura produtiva por meio de tecnologias em ascensão ou já disponíveis. Estas modificações vêm acompanhadas de reorganização nas relações dentro da firma e com o mercado na qual se está inserido e isso significa que não somente o arcabouço técnico modificou-se, mas também todas as atividades socioeconômicas sofreram algum tipo de alteração (DATHEIN, 2003).
Basicamente, eram produzidos em casa e grande parte desses produtos manufaturados eram tecidos produzidos manualmente. Contudo, para ganho de escala, a tecnologia a vapor foi incorporada ao processo de produção de tecido, mecanizando todo o procedimento de produção e proporcionando o nascimento da indústria que motivou a Primeira Revolução Industrial, onde as produções artesanais deram lugar à mecanização dos processos produtivos. Nesse período, a inserção de máquinas a vapor e a utilização do carvão como fonte de energia na produção promoveu mudanças em todo o sistema de produção e no mercado de trabalho. Nas fábricas, os trabalhadores agora se 5 viram obrigados a acompanhar o ritmo de produção das máquinas a vapor, impulsionando fortemente o setor têxtil (SUL, 2006).
Houve progresso também, porém num ritmo diferente, na produção de carvão, ferro e aço, mas foi exatamente no ramo da produção têxtil que se iniciou a transição do sistema de produção artesanal para o fabril. Para Dathein (2003) foi ai que uma nova onda tecnológica sedimentou a Segunda Revolução Industrial, onde se observa a utilização de eletricidade como matriz energética fazendo uso do petróleo e outros insumos. Essa revolução foi marcada pela expansão da produção em série e pela alta do mercado automobilístico juntamente com uma grande leva de desenvolvimentos dentro da indústria química, elétrica, de petróleo e de aço. A Segunda Revolução Industrial, contudo, é vista como apenas uma fase da primeira, já que da perspectiva social e tecnológica não houve uma grande ruptura no período decorrente entre as duas, consistiu num aprimoramento e aperfeiçoamento das tecnologias (OLIVEIRA, 2004).
A busca por maiores lucros levou ao extremo a especialização do trabalho. Oliveira (2004) coloca que a produção foi ampliada passando-se a produzir artigos em séries, o que acabava por baratear o custo. Enquanto na segunda fase da indústria o setor automotivo era quem ganhava destaque, este com a chegada da Indústria 3. ainda permanecem em fabricação, mas os carros produzidos a partir deste período incorporaram tecnologias vigentes desta nova revolução. Basicamente, os automóveis fabricados já vêm embutidos de tecnologias de telecomunicação, como a internet e outros sistemas que não são mais mecanizados, e sim eletrônicos (OLIVEIRA, 2004). Ribeiro (2015) coloca que se incorporou também o Toyotismo, ou a produção flexível. Este conceito originou-se por conta da montadora Toyota no Japão, que é a produção industrial Just in Time, ou seja, produzir de acordo com a encomenda, evitando assim o acumulo de estoques de mercadorias.
“A indústria está em transformação a uma velocidade nunca antes vista, impulsionada pelo desenvolvimento e utilização de tecnologias facilitadoras, cada vez mais evoluídas e ágeis. ” (COELHO, 2016, p. A tecnologia é o motor da globalização. As transformações no ambiente tecnológico exercem impacto profundo sobre as empresas. Algumas tecnologias estringem-se a alguns setores, enquanto outras têm um alcance mais abrangente, chegando a revolucionar o ambiente de negócios. A Quarta Revolução Industrial apresenta um padrão tecnológico no qual as inovações digitais conectados diretamente e simultaneamente as redes de comunicação global, se tornarão parte das estruturas produtivas. A utilização destes recursos irá permitir uma completa interação e comunicação virtual entre indivíduos e máquinas. Espera-se, com a chegada da Indústria 4.
a digitalização dos processos industriais, que trará maior eficiência e rapidez na produção e aumento de ganhos na produtividade industrial e distribuição de produtos, uma vez que possui os requisitos para tal avanço, como coloca Coelho (2016, p. “Avança para uma estrutura de abastecimento complexo entre os fornecedores, os produtores e os consumidores finais, que estão conectados por meio de um sistema mais dinâmico e proativo” (COELHO, 2016, p. Quando iniciamos um diálogo sobre a segurança dentro do ambiente de trabalho, é preciso que comecemos explicando que a exposição do trabalhador a situações de risco é um ato ilícito cometido pela empresa em questão, ou seja, é contra lei não fornecer a segurança necessária para que o funcionário exerça suas funções diárias.
A empresa que optar ou não se atentar para situações que venham a causar danos a seus funcionários deve responder 11 processo legal no âmbito administrativo, penal, civil e trabalhista (PINHEIRO, 2013). Ainda segundo Pinheiro (2013), as extensões da pena definida para a empresa que contribuir para o envolvimento de um ou mais funcionários em acidentes dentro do ambiente de trabalho, depende da gravidade do mesmo. Ou seja, quanto maior a gravidade do acidente e das sequelas causadas a vítima, a empresa na sua qualidade de ré pode ser condenada a diversas penas diferentes. Essas penas consistem em pagamentos de indenização, sendo elas totais ou mensais e pagamentos das despesas médicas necessárias ao tratamento dos envolvidos no acidente. Para aqueles funcionários que executam funções específicas que envolvam altura, deve ser garantido Equipamentos de Proteção Individual especial para quedas.
Cada grupo de EPIs e a descrição de suas finalidades foram expostas no quadro abaixo: 13 VIAS AUDITIVAS Abafadores de ruídos e protetores; VIAS RESPIRATÓRIAS Máscaras e filtros de ar; FACE Óculos e Viseiras; CABEÇA Capacetes; MEMBROS SUPERIORES Luvas e mangas longas; MEMBROS INFERIORES Botas e botinas apropriadas; CONTRA QUEDAS Cintos de segurança e de contenção. Tabela 01 – Grupos de Equipamentos de Proteção Individual Fonte: Autoria Própria (2020) Cabe às empresas e seus gestores avaliar as situações em que os trabalhadores são submetidos, bem como as ações que executam e quais são os agentes e elementos aos quais são expostos de forma que seja possível selecionar quais serão os EPIs que deverão ser usados pelos funcionários.
Vendrame (2015) alerta para o fato de que as empresas devem fazer mais do que apenas disponibilizar os Equipamentos de Proteção Individual para os funcionários, cabe a elas cobrar o uso dos mesmos de forma firme e constante, Ou seja, é preciso que a segurança seja colocada como uma prioridade, mesmo que algum funcionário não concorde com tais medidas é preciso que todos façam uso dos EPIs. Segundo dados recolhidos e dispostos no Anuário Estatístico da Previdência Social, o Brasil até o ano de 2017 ocupava o 4º Lugar do mundo onde mais acontecem acidentes de trabalho no mundo, acima estão apenas China, Indonésia e Índia. Essa ilusão relacionada ao tempo faz com que as pessoas definam ações importantes, como o uso de EPIs, como “perca de tempo”.
É surpreendente o número de pessoas que creem nisso, e isso pé refletido nos dados que apresentam taxas altíssimas de acidentes em ambientes de trabalho. Sendo assim, é função do Estado fazer uso das estratégias de marketing para promover o uso cada vez maior de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). CONCLUSSÃO O presente estudo teve como objetivo central discorrer sobre a importância das medidas de segurança e dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) bem como problematizar o real uso dos mesmos dentro das indústrias brasileiras, bem como também analisar o papel do marketing e do Estado no incentivo e garantia do uso dos mesmos. Levando em conta que o Brasil é um dos países onde mais ocorrem acidentes de trabalho, é preciso que essa medida de segurança seja enfatizada e cumprida dentro do ambiente de trabalho.
Inovação e Revoluções Industriais: uma apresentação das mudanças tecnológicas determinantes nos séculos XVIII e XIX. DECON Textos Didáticos, v. FONSECA, Kallynca Neiva. Comportamento do consumidor: a influência do marketing digital no comportamento das consumidoras do distrito federal. UniCEUB – Centro Universitário de Brasília. Transformações no mundo do trabalho, da revolução industrial aos nossos dias. Caminhos de Geografia, v. n. p. OLIVEIRA, João Cândido De. p. pdf> Acessado em 05/07/2020. SUL, Extremo. Ciência, Tecnologia e Economia: Caracteristicas frente à primeira e segunda Revoluções Industriais. TEIXEIRA P, Valle S. viaseg. com. br/artigos/epi. htm. Acesso em: 05/07/2020.
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