A INCLUSÃO ESCOLAR A PARTIR DO ENSINO DE LIBRAS

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Os objetivos específicos visam destacar a importância do professor na desmistificação do preconceito relacionado a capacidade da criança autista, descrever a importância da escola como espaço capaz de permitir a criança observar além das suas limitações e apresentar elementos vinculados à estrutura física da sala de aula, como o tamanho adequado, a iluminação, ventilação e luz, aspectos essenciais para o desenvolvimento de tais crianças. Além disso, o presente estudo traz como problema a seguinte inquietação: como ocorre a aprendizagem da criança autista? A justificativa pela construção deste artigo reside na verificação de que o professor atua como agente transformador principal que, mesmo sem apoio e condições de trabalho, se adapta para poder acolher essa criança com muita dignidade.

A metodologia utilizada envolveu o emprego da revisão bibliográfica e da abordagem qualitativa a fim de efetuar a consulta a diversas publicações que tratam da temática em questão. Nesse sentido, o estudo pretende trazer maiores esclarecimentos voltados à questão do atendimento à criança autista na educação infantil. PALAVRAS CHAVE: Autismo. Organizar a sala de aula ao nível da compreensão do aluno autista reduz suas dificuldades de aprendizagem. Independentemente da idade de um aluno autista, a organização física, a programação das atividades, os métodos de ensino são essenciais ao processo de aprendizagem. Muitas vezes, o aluno não compreende a explicação do professor e isso pode causar uma reação agressiva ou desmotivação por parte dele. Outras vezes, é a linguagem do aluno que é insuficiente para manter uma comunicação efetiva com o professor, pois a realiza por meio de um comportamento inadequado.

Os autistas possuem vida psíquica e uma rede de relações sociais que interagem com eles, mas sua socialização apresenta muita complexidade. Essa discussão referente a inclusão avança do campo da educação especial, pois ao tratar de uma escola de acesso universal questiona-se a formação das interações nesse espaço e das relações da sociedade. Embora para o conhecimento as diferenças e semelhanças sejam fundamentais, o desafio reside em relacioná-las em um modo diverso, reconhecendo as semelhanças sem ocultar as diferenças, mas posicionando-se em relação a elas e aprendendo com elas. Segundo Sant’Ana, em uma pesquisa “realizada com dez professores do ensino fundamental sobre a inclusão, foi verificado que essas dificuldades existem a muito tempo e pertencem a toda a estrutura educacional do país” (2005).

Desta forma, é possível entender a existência de muita necessidade de mudanças sob a reestruturação do sistema escolar para que ocorra efetivamente a inclusão. A chegada da criança com autismo na escola regular produz grande preocupação na família e na escola. Ou são os conteúdos mais importantes que o processo educativo? Ao educador faz-se necessário observar a real necessidade do aprendente autista e como esse currículo vai ajudá-lo no seu desenvolvimento cognitivo (CHAVES; ABREU, 2014, p. Dessa forma, quando a criança chega à escola os professores devem considerar que além de conteúdos escolares a serem aprendidos pela criança é necessário que ela se torne independente, capaz de desenvolver atividades do cotidiano com autonomia, pois, muitas vezes, os pais realizam tarefas que as crianças poderiam realizar sozinhas.

Um exemplo de currículo importante para o estímulo da autonomia da criança é o Currículo Funcional Natural, que busca, segundo, LeBlanc citado por Suplino, “tornar o aluno mais independente, produtivo e também mais aceito socialmente” (2005, p. No entanto, é preciso estabelecer o que é funcional e isso depende de vários fatores, pois: Aquela habilidade que pode ser considerada funcional numa determinada comunidade, poderá não ser em outra. Portanto, ao eleger-se os objetivos funcionais para ensinar, é necessário ter em mente aquilo que a pessoa portadora de deficiência necessita aprender para ser exitosa e aceitável em seu meio, como qualquer outra dessa mesma comunidade (SUPLINO, 2005, p. A questão social abrange a inclusão, pois ela oferece ao aluno autista muita autonomia. Weschenfelder sinaliza que: A integração social é quem constrói a identidade sócio-cultural, sendo assim, observamos que a reabilitação psicosocial busca trazer o individuo autista de suas dificuldades ao mundo novo, como mais expectativas que o articule em seu espaço social (1996).

Dessa forma, os autistas precisarão de uma oportunidade na sociedade, pois a inclusão deles necessita ser realizada com mais cautela devido à forte resistência a mudanças que eles apresentam. A inclusão dos autistas, acompanhada detalhadamente por uma equipe multidisciplinar, representa uma realidade. Pesquisas demonstram que os autistas de autofuncionamento podem ter uma vida próxima do normal se bem acompanhados e inseridos no contexto social deles. Conforme Weschenfelder, “a integração social constrói a identidade sóciocultural. E para que haja oportunidade de construção social é preciso que as escolas quebrem o estigma de excluir essas crianças” (1996). A família, fundamental nesse processo, deverá receber um treinamento voltado ao conhecimento acerca do uso de técnicas comportamentais capazes de auxiliar a adaptação dessa criança na sociedade.

A sociedade estabelece muitos obstáculos culturais que precisam ser alterados a fim de garantir a igualdade de possibilidades a todos os cidadãos. De um modo geral, as pessoas não consideram tudo que esteja fora do padrão considerado normal. Os resultados deste artigo evidenciam que a grande realidade vivida atualmente no sistema educacional envolve a falta de preparo situada no atendimento aos alunos autistas, na educação e no ensino oferecido a este público. Este despreparo é ocasionado por falhas situadas na formação profissional em áreas especiais e pela ausência de dados sobre o autismo e suas manifestações. Observa-se que muitos professores não sabem como intervir na educação e na vida dos autistas. Alguns professores nunca conviveram com um autista. Existe a falta de incentivo do governo em relação a formação de profissionais capacitados e habilitados para atuação junto a esse público e verifica-se a deficiência situada na vida de autistas e de seus familiares que se encontram limitados a essa realidade.

supl. I, p. Disponível em:. Acesso em: 13 agosto 2019. BRANDE, Carla Andréa; ZANFELICE, Camila Cilene. Currículo inclusivo: proposta de flexibilização curricular para o aprendente autista. Disponível em:. Acesso em: 29 ago. GIKOVATE, Carla Gruber. Autismo: compreendendo para melhor incluir. Inclusão escolar de alunos com autismo. Disponível em:. Acesso em: 22 ago. TOLEZANI, Mariana. Son-rise uma abordagem inovadora.

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