A IMPORTÂNCIA DO BRINQUEDO NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA CRIANÇA
Tipo de documento:Artigo cientifíco
Área de estudo:Pedagogia
E trazendo para si a responsabilidade de educar as crianças, as brincadeiras e brinquedos passam a ser mais respeitados, seus lugares e intencionalidades pedagógicas também são mais valorizados através dos tempos. O grande responsável pela transformação é o psicólogo francês Jean Piaget. Quando demonstra que as crianças pensam de maneira diferente dos adultos, e precisam ter suporte para amadurecer, inclusive nas brincadeiras. PALAVRAS-CHAVE: Cognição. Criança. Toy. Learning. INTRODUÇÃO Depois de acordar, mamar Depois de mamar, sorrir Depois de sorrir, cantar Depois de cantar, comer Depois de comer, brincar Depois de brincar, pular Depois de pular, cair Depois de cair, chorar Depois de chorar, falar Depois de falar, correr Depois de correr, parar Depois de parar, ninar Depois de ninar, dormir Depois de dormir, sonhar (PALAVRA CANTADA, 1994) Esta é a ordem natural da vida humana, desde seu começo.
É o saudável, o esperado para que esse ser em crescimento se desenvolva de forma positiva e prazerosa. Às vezes, a questão do brincar para as crianças fica um pouco negligenciada o que acaba por prejudicar esta fase tão importante na vida da criança. O brinquedo é um facilitador para que emoções sejam expressas mesmo que em fases mais imaturas da infância. Ou até para pessoas externas, e não aquelas com quem a criança está acostumada. O assunto é de tão crucial relevância que, o Referencial Nacional Curricular, 1998, preconiza o brincar como atividade básica na educação infantil, até os cinco anos. Isto com o objetivo de integrar, despertar, desenvolver e promover o aprendizado e o crescimento de forma lúdica e assertiva.
• desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações; • descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem-estar; • estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua autoestima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social; • estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a articular seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração; • observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez mais como integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente e valorizando atitudes que contribuam para sua conservação; • brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades; • utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas às diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido, expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva; • conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de interesse, respeito e participação frente a elas e valorizando a diversidade.
Nos anos 80 passaram a se promover pesquisas e estudos mais frequentes sobre o universo infantil, muitas delas ressaltaram a importância das creches e escola no desenvolvimento cognitivo da criança. Isto contribuiu para que a Constituição Federal aprovasse a criação e manutenção de centros de cuidados e educação à criança, pelo governo. Encravada entre a família e a escola, a creche oscila entre as funções e significados dessas duas outras instituições tão bem demarcadas no interior da sociedade. Na verdade, é com a família que a creche mais tem disputado e buscado conquistar espaço, na medida em que essa é a instituição tradicionalmente encarregada de cuidar e de educar a criança pequena. Por isso mesmo a creche tem geralmente sido identificada como uma instância destinada a suprir a lacuna que resulta da incapacidade da família em cumprir sua função.
Piaget defende que a criança possui uma forma peculiar de desenvolver seu conhecimento de mundo. Errar e acertar são parte intocadas na psique infantil, a partir destas informações o psicólogo foi delineando sua teoria do desenvolvimento da cognição da criança. Piaget propôs método da observação para a educação da criança. Daí a necessidade de uma pedagogia experimental que colocasse claramente como a criança organiza o real. Criticou a escola tradicional que ensinava a copiar e não a pensar. • Estágio sensório-motor: A exploração do ambiente através do tato e visão, a imitação, sugar e chutar, são características deste estágio inicial da vida de um ser humano. Os bebês nada concebem que não lhes seja imediatamente perceptível.
De acordo com Piaget, eles não têm um senso de permanência do objeto, pela qual os objetos continuam a existir, mesmo quando imperceptível aos bebês. Por exemplo, antes de aproximadamente 9 meses de idade, os que observam um objeto quando está sendo escondido de sua vista não o procurarão, uma vez escondido. Se um bebê de 4 meses de idade estivesse observando você esconder um chocalho debaixo de um cobertor, esse bebê não tentaria encontrar o chocalho sob o cobertor, enquanto um de 9 meses tentaria. org/wp-content/uploads/2015/11/piaget-crianca580x210. jpg • Estágio Operatório Concreto: Nesta fase, que compreende os 7 a 12 anos, em média. As crianças passam a conseguir lidar com conceitos criados mentalmente. Ela começa a perder o egocentrismo, de forma a facilitar as atividades em grupo.
Talvez, a evidência mais forte da mudança do pensamento pré-operatório para o pensamento representativo do estágio operatório concreto seja vista nos experimentos clássicos de Piaget sobre conservação da quantidade. Nenhuma criança brinca só para passar o tempo, sua escolha é motivada por processos íntimos, desejos, problemas, ansiedades. O que está acontecendo com a mente da criança determina suas atividades lúdicas; brincar é sua linguagem secreta, que devemos respeitar mesmo se não a entendemos. GARDNEI apud FERREIRA; MISSE; BONADIO, 2004) O brinquedo facilita a interação social, promove a coordenação motora. Contribui na aquisição da linguagem, promove o desenvolvimento de perfis e habilidades. Muitos brinquedos atuais têm a intencionalidade de, enquanto divertem, educam e estimulam a criança. • Dos 6 aos 9 anos: Os esportes ao ar livre devem ser privilegiados nesta fase.
Ping-pong, damas, xadrez devem ser incentivados como forma de interação social e também raciocínio lógico. Os conhecimentos adquiridos no ambiente escolar, podem ser testados em brincadeiras como banco imobiliário, em que se exigem estratégia e raciocínio matemático. • Dos 0 aos 12 anos: Nesta fase é bastante comum o interesse pelos jogos eletrônicos, porém, é necessário não permitir que somente eles sejam parte da distração do indivíduo. Claro que eles também podem ajudar no desenvolvimento de estratégias, mas precisa-se levar em consideração a necessidade de exercitar o corpo também. p. out. dez, 2004. GADOTI, Moacir. História das Idéias Pedagógicas: Ática, 8ª edição 2004. Tradução: Álvaro Cabral. Martins Fontes: São Paulo, 2008. Seis estudos de Piaget. Tradução: Maria Alice Magalhães D’Amorim e Paulo Sérgio Lima Silva.
ª ed. São Paulo: Livraria Martins Fontes, 1998.
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