A IMPORTÂNCIA DA LEITURA E ESCRITA INFANTO-JUVENIL

Tipo de documento:Projeto de Pesquisa

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Projeto de Ensino (Graduação em Pedagogia) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Jequié, 2019. RESUMO O projeto de ensino tem como norte central a importância da leitura e escrita infanto-juvenil. A linha de pesquisa compreende a docência nos anos iniciais do ensino fundamental. A escolha deste campo de pesquisa deve-se ao fato de que o trabalho com a produção textual em sala de aula é uma atividade educativa eficiente de práticas de linguagem. Produção textual. sumário 1. Introdução. Revisão Bibliográfica. Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino. Referências. INTRODUÇÃO O projeto de ensino tem como norte central a importância da leitura e escrita infanto-juvenil. A linha de pesquisa compreende a docência nos anos iniciais do ensino fundamental.

A escolha deste campo de pesquisa deve-se ao fato de que o trabalho com a produção textual em sala de aula é uma atividade educativa eficiente de práticas de linguagem. O objetivo geral busca estimular o gosto pela leitura e a escrita, enfocando a leitura literária. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A escola não tem formado leitores que levam adiante esse interesse. Quando muito, forma aqueles que buscam em leituras exploratórias apenas informações necessárias a finalidades imediatas. O desinteresse pela leitura tem origem na pré-escola e deve-se muito ao tipo de literatura oferecida às crianças, não considerando o interesse e a faixa etária, tornando assim o primeiro contato com o livro des prazeroso. É comum uma criança ler um texto, mas, se for solicitada para contar ou falar sobre o texto, não sabe.

Na verdade, essa criança não leu, pois ler não é decifrar, como um jogo de adivinhações, o sentido de um texto. Nos estudos sobre a formação de leitores no ambiente escolar, uma quantidade significativa de professores de Ensino Fundamental se mostra insatisfeitos devido ao tipo de envolvimento dos alunos com a leitura, sentindo-se, muitas vezes, sem suporte para refletir sobre suas práticas cotidianas e, a partir daí, modificá-las. Em primeiro lugar, constatam-se condições de (des)conhecimento, pelos professores e bibliotecários, sobre a variedade e à qualidade textual de obras de literatura com as quais os alunos poderiam se envolver. Em segundo lugar, revelam-se atos de leitura decorrentes talvez dessas primeiras condições: um trabalho mecânico, controlador, punitivo e pouco agradável e frutífero com o texto literário na escola.

Tais atitudes do professor, acompanhadas da falta de vontade dos alunos, dificulta o desenvolvimento do hábito de ler. Magda Soares relata que “não só os livros, mas também revistas, jornais, outdoors, contratos, contas, notas fiscais, é preciso aprender ler como meio e objeto de conhecimento”. Ferreiro e outros pesquisadores mostraram que a criança não chega à escola sem saber nada, pois traz consigo seu conhecimento histórico, cultural e social. Assim sendo, é preciso trabalhar a partir do que a criança mostra que sabe, ou seja, o que ela já domina, e assim tornar a aprendizagem mais desafiadora. Ana Maria Lunardi (1997) explica a história da importância da intervenção pedagógica sobre o aluno José, que possuía dificuldades de disciplina, organização, concentração durante as aulas e aprendizado.

A intervenção ajudou José a resolver seus problemas de aprendizado, através de uma intervenção psicopedagógica. Sobre isso a autora nos relata que: A psicologização da educação é uma tendência que ganha forma com a consolidação da Psicopedagogia – campo de atuação profissional de caráter preventivo e terapêutico -que prioriza a resolução de problemas de aprendizagem fora da escola. Por isso mesmo é um instrumento necessário às mudanças sociais, enquanto insere as pessoas na cultura e no mundo. O ato de alfabetizar e de educar são políticos, sociais e não podem ficar afastados das estruturas econômicas, políticas e administrativas que delineiam suas diretrizes. Portanto, o que se propõe ao alfabetizar, é que o aluno, além de dominar o mecanismo da leitura seja capaz de usá-la como instrumento auxiliar no seu crescimento e desenvolva o gosto pela mesma, para que se utilize cada vez mais desse poder como elemento de ajustamento pessoal e social.

O cidadão transformado em leitor e usuário da escrita constrói o conhecimento com uma visão crítica da realidade, sempre descobrindo o saber para a construção de um novo mundo através da leitura. Formar leitores faz o processo de emancipação de um país e o ato da leitura e da escrita conduz a um processo de aprender, de conhecer, de aprender novos significados que ajuda aos educandos a viverem com mais plenitude. É fundamental que o professor crie um ambiente que facilite situações de diálogo e participação no qual seja possível que os alunos se sintam seguros. Para o estabelecimento desse ambiente o professor deve mostrar a confiança a seus alunos a partir do respeito mútuo, acreditando sinceramente nas capacidades dos mesmos e os incentivando com atividades desafiadoras que favoreçam a observação do processo.

Outro fator o qual acredita-se ser fundamental para um melhor desempenho do aluno é o afeto, pois sentindo-se seguro e valorizado o aluno não terá medo de errar, testando suas hipóteses e certamente poderá avançar no processo de construção do conhecimento. Atualmente, fala-se muito da importância de se partir das experiências das crianças, de aceitar os erros que a criança produz, rever os métodos de alfabetização, de conhecer os processos de aquisição da língua escrita. O professor não pode deixar seu papel de mediador do processo pedagógico para ser apenas um conferencista que não estimula a pesquisa e o esforço se contentando com a transmissão de soluções já prontas. Ainda para a autora, essa aprendizagem natural da leitura deve ser considerada pelo professor e incorporada as suas estratégias de ensino para melhorar a qualidade desse processo contínuo iniciado no momento em que a criança é capaz de captar e atribuir significado as coisas do mundo.

Assim, a ação de ler o mundo em que a criança enfrenta progressivamente numerosos e variados textos. O trabalho de leitura, na escola busca levar o aluno a análise e à compreensão das idéias dos autores e encontrar no texto os elementos básicos e os efeitos de sentido. “É importante que o leitor se envolva, se emocione e adquira uma visão dos vários materiais portadores de mensagem presentes na comunidade em que se vive”. ZILBERMAN, 1988, p. O ato de ler deve acompanhar o ser humano a vida toda. Isso é muito importante. No entanto, a leitura escolar é uma das formas de se fazer leitura, pois dentre os alunos que não gostam de ler na sala de aula, estão aqueles que usam a leitura na vida diária, como vendedor ou lendo jornais, revistas, listas de preços, etc.

A escola deve oferecer condições para que as interações aconteçam. Assim, o aluno avança na construção do conhecimento significativo através da contextualização e da interdisciplinaridade. Embora as relações de interdependência entre linguagem e pensamento, ou entre pensamento e linguagem, há décadas venham originando polêmicas entre lingüistas, psicólogos e pedagogos de diversas correntes teóricas, que privilegiam, neste processo, ora o pensamento ora a linguagem. Uma vez que o desenvolvimento da linguagem se traduz como elemento essencial ao crescimento intelectual do indivíduo, e como o desenvolvimento da linguagem depende, intrinsecamente, ao domínio de habilidades de leitura. Tal fator interfere muito no desenvolvimento de estruturas de pensamento, tornando-se essencial ao desempenho intelectual do falante, durante a vida inteira.

No entanto, é preciso questionar se qualquer tipo de texto produz, igualmente e na mesma proporção, os efeitos delineados, ou seja, se qualquer texto é capaz de se transformar num fator de enriquecimento das estruturas de linguagem e pensamento, promovendo o crescimento intelectual do indivíduo. Tais objetivos serão preferencialmente atingidos por meio da leitura instigante, que ofereça a possibilidade de fazer ver o novo, proporcionando o prazer da descoberta e da elaboração de múltiplos sentidos. O tipo de literatura denominada infantojuvenil ou literatura juvenil, conforme denomina Cademartori (2009), “demanda o entendimento de o que vêm a ser um jovem e um adolescente”. Uma possibilidade de explicação é proposta pela “Organização Mundial da Saúde, ao estabelecer os conceitos, bem diferentes entre si de adolescência e de juventude”.

Para esse órgão, O adolescente é definido como um indivíduo entre 10 e 20 anos, que passa por modificações corporais e por adaptações a estruturas biopsicossociais”; a explicação acerca de juventude “parte de um enquadramento social e engloba parte da adolescência e o início da vida adulta”, abrangendo etapas de idades consideradas “dos 15 aos 25 anos. CADEMARTORI, 2009, p. Pensar em uma literatura capaz de interessar a leitores em tão diferenciadas faixas de idade representa um problema, “deixa evidente a falta de correspondência entre o que convencionamos ser o destinatário da chamada literatura juvenil e as definições do que seja adolescente e jovem” (op. Nessas escolhas fora do ambiente escolar ocorre uma desconstrução do repertório de leitura para adolescentes. Segundo Petrucci, “essas leituras ocorrem de forma desenfreada e aleatória no que se formam escolhas anárquicas”, (PETRUCCI, 1976 p.

Baixos índices de referências literárias e pouca leitura fazem com que os leitores se deixem orientar, por interesses imediatos, como por exemplo, uma capa de livro bem ornamentado e títulos sugestivos. Sendo assim, a produção, recepção e circulação da literatura para qualquer público-leitor não podem mais ser vistas como fenômenos isolados das outras produções culturais. Na escola, conta-se com aspectos que orientam, disciplinam e levam o leitor a ter acesso à literatura e seus aspectos. Segundo contribuição de Vieira (1989): Se é através da leitura que o homem adquire as diversas formas de conhecimento, capacitando-o para atuar e participar na sociedade, é através da literatura que ele penetra no mundo do imaginário, desenvolvendo a sensibilidade, o gosto artístico, e também, ampliando a maneira de ver e compreender o mundo.

Entretanto, à criança e ao adolescente deve ser destinada a literatura Infantil e Juvenil respectivamente. “Isto inclui histórias fictícias infantis e juvenis, biografias, novelas, poemas, obras folclóricas ou culturais ou simplesmente obras que contenham e expliquem fatos da vida real, mas na perspectiva da arte da palavra”. LAJOLO, 984 p. É por meio da leitura que o indivíduo amplia suas condições de convívio social e de interação com a sociedade em que vive. Começando então pelo letramento que se conceitua como uso social da leitura e escrita. Na literatura há formação de leitores com autonomia de escolher livros que desejam ler, com plena consciência no que se trata e com diversas expressões como imagens, gráficos, cinemáticas, entre outros. “Acredito que só se constroem boas práticas de letramento literário quando os professores ou outros mediadores de leitura acreditam no valor da literatura” (TOLEDO, 2012, p.

Para que se desenvolvam duradouras práticas literárias é necessária que isso comece pelo professor e que o mesmo dê valor à literatura conhecendo a fundo seu objeto de estudo; não se pode ensinar algo sobre o qual não se possui conceitos. O professor é responsável por despertar desejos dos alunos para que eles se tornem leitores literários. Práticas como essas permitem o cumprimento de ativismo pedagógico em um sistema corrompido, conforme aponta a autora acima citada, em que não há envolvimento algum com o livro, sem nenhuma forma de avaliar, pois há um distanciamento entre a obra e o leitor. A fim de que os leitores se aproximem da leitura, demanda a existência de uma relação próxima entre professor e aluno para uma interação junto à leitura e à literatura, através de documentários, filmes, peças teatrais, entre outros.

Faz-se necessário uma discussão, para identificar em que situação o leitor se encontrou no texto, sendo esta é uma etapa essencial para que o jovem se familiarize com o texto ou com o livro indicado pelo educador ou seu familiar. Cada leitura vai depender do objetivo que se pretende alcançar naquele instante, se for capacidade leitora, devem ser selecionados diversos livros com distintas temáticas, que possam ser associados com a realidade do cotidiano do aluno, sua faixa etária, para que se englobe uma leitura reflexiva e complexa. O passo mais complicado é reconhecer as obras literárias, pois com o déficit, aos quais os autores se referem, não há uma resposta positiva referente às escolas e alunos. Essa atividade será uma forma de familiarizar os alunos com a linguagem a ser trabalhada e também, para deixar claro os objetivos a serem alcançados (criação de narrativas a partir dos livros de imagens).

Em seguida, serão disponibilizados quarenta exemplares de diversas histórias para que os alunos possam ter opções de escolha, e em duplas realizarem as produções, primeiro oral, depois escrita. Passado um tempo, o professor iniciará as produções orais de forma linear, os alunos decidirão quem iniciaria e como seriam as apresentações das narrativas em sala de aula. Sequenciando o procedimento, o professor lerá os textos produzidos pelos alunos e recomendará a reescrita como procedimento essencial para a reestruturação do texto do aluno. Então, para tentar resolver os problemas de ordem textual, o professor selecionará um texto representativo para trabalhar a reestruturação. No seguimento, cada dupla fará a leitura de uma parte do texto para a turma. Neste dia, será realizada a discussão, a atividade, a leitura e a reescrita do conto.

De início, será feita uma leitura juntamente com os alunos do conto “Pontos de Vista” de João Anzanello Garrascoza, que apresenta um diálogo entre os sinais de pontuação, conversando e comentando sobre a função de cada um. Em seguida, será feita a brincadeira da herança, a classe será dividida em quatro grupos e cada grupo desempenhará o papel de advogado de determinado personagem. Com o texto “Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres”, sem sinais de pontuação, cada grupo usará a pontuação adequada para deixar a herança a quem tivesse defendendo. Exposição de recursos para clareza do texto. minutos. X Quarta-feira: Apresentação de questões para ajudar a completar o texto.

Diálogo sobre leitura e escrita. minutos. x Terça-feira: Socialização dos textos. Varal literário. Sorteio de livros. minutos. x 3. Todas as novas tecnologias têm o seu espaço. As crianças são muito receptivas à novidades. Portanto, o livro não deixa de ter o seu lugar e sua importância. O texto estimula a imaginação, provoca reflexões pessoais, favorece a meditação, enriquece o patrimônio verbal e a cultura geral do leitor. A imagem, pelo contrário, suprime a interpretação e convida a contemplação passiva por falta de orientação de leitura. CADEMARTORI, Ligia. O professor e a literatura: para pequenos, médios e grandes. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009. CALVINO, Italo. Seis propostas para o próximo milênio. Coleção textos, 23).

FERREIRO, Emília. O processo de ensino e o desenvolvimento integral do educando. São Paulo: Cortez, 1993. FERREIRO, Emília e TEBEROSKY, Ana. São Paulo: Ática, 1984. OSAKABE, H. FREDERICO, E. Y. Literatura. Org. História da leitura no mundo ocidental II. São Paulo: Ática, 1999. RIOLFI, Claudia et al. Ensino de Língua Portuguesa. São Paulo: Ed. Ática, 2000. TV Escola. N° 24. Agosto/setembro. S. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1998. ZILBERMAN, Regina. Org) Leitura Perspectivas Interdisciplinares.

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