Atividade Ferrovias

A ferrovia servirá como importante componente logístico e terá como finalidade principal escoar mercadorias como minério de ferro e produtos agrícola, advindas das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil, impulsionando a economia nordestina. Nesta análise, abordaremos o estudo operacional correspondente ao trecho I (Ilhéus/BA – Caetité/BA) da ferrovia, realizada pela empresa Baiana de Ativos S/A (“BAHIAINVESTE) e a Accenture do Brasil Ltda (“Accenture”). Esse trecho terá como principal objetivo o transporte de minério de ferro a partir de Caetité, onde estão as minas da Bahia Mineração (Bamin), até o Porto Sul, importante complexo portuário previsto para ser construído nas imediações da cidade de Ilhéus-BA, constituindo dessa forma, um corredor de escoamento de minério do sul do Estado e de grãos do oeste baiano.

O estudo operacional começa nos dando informações sobre o conjunto dos equipamentos e veículos que vão circular sobre a Via Permanente (conjunto de camadas e de elementos que possibilitam a passagem dos trens). A bitolo, que é a distância entre as faces internas das duas filas de trilhos em uma via férrea, é um dos problemas que afetam o uso do sistema ferroviário brasileiro, pela ausência de padronização. Conforme o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) a porcentagem máxima utilizada é de 1,5%. A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), ainda faz referência entre a rampa e tipo da região, onde região plana tem uma inclinação de 0 a 0,7% e acidentada de 0,7 a 1,5%. De acordo com o DNIT, o tipo de trilho será de acordo com norma europeia UIC-860-0 tendo uma dureza Brinel (método de medição da dureza) de no mínimo de 300HB e com medidas padronizadas pela norma.

O tipo de trilho utilizado no estudo operacional foi de UIC 60, tendo uma área da seção transversal de 76,88cm² e peso por metro de 60,34Kg/m. Os dormentes, peças retangulares colocadas transversalmente à via férrea e sobre as quais ou trilhos assentam e são fixados, serão de concreto protendido. Através da simulação operacional foi feito o cálculo das necessidades de locomotivas e vagões para atender à demanda de produto, onde o dimensionamento da Frota Comercial foi projetado para os anos de 2023, 2030, 2040, 2051 e 2053. Onde no trecho Caetité-Ilhéus observa-se uma diminuição do volume de minério de ferro transportado, com o decorrer dos anos, com a redução de frota de vagões necessária, porém, os vagões acumulados, permaneceram na mesma quantidade.

O mesmo cenário pode ser visto na quantidade de locomotivas. Com isso, os benefícios esperados com a construção da FIOL é reduzir os custos de transporte de grãos, álcool e minérios destinados aos mercados internos e externos, além de aumentar a produção agroindustrial da região, motivada por melhores condições de acesso aos mercados nacional e internacional. O minério de ferro tem alto potencial nesta região, trazendo viabilidade para o projeto, além do trecho apresentar limitações de tráfego significativas para o desempenho da logística. CURY, M. C. Q. Escolha Entre a Bitola Larga Brasileira e a Bitola Internacional Padrão para a Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro. FEG/ UNESP. JÚNIOR, J. U. P. Modelagem, Simulação e Otimização do Transporte de Cargas na Ferrovia de Integração Oeste Leste (FIOL).

Universidade Federal da Bahia. Universidade Federal do Paraná. Departamento de Transportes, 2012. PORTO, T. G. Ferrovias.