A IMPORTÂNCIA DA IMPLANTAÇÃO DO CONCEITO DE AUTOMAÇÃO NAS INDÚSTRIAS

Realizou-se uma pesquisa bibliográfica, considerando as atribuições dos principais autores SANTOS et al. SERVELIN et al. e SILVA et al. com a finalidade de evidenciar como os sistemas automatizados podem contribuir de forma positiva para o segmento industrial. Concluiu-se que, a implantação do conceito de automação é capaz de promover inúmeros impactos positivos, principalmente, no campo ambiental (conservação de recursos, redução do consumo de energia e prevenção contra acidentes) e econômico (maior produtividade, flexibilidade, qualidade, eficiência lucratividade, entre outros). p. Por esta questão, o objetivo principal do presente estudo é, portanto, demonstrar a importância da implantação do conceito de automação nas indústrias, ressaltando os principais benefícios que os sistemas automatizados podem propor a este segmento. Para alcançar os objetivos previstos, a metodologia utilizada consistiu na pesquisa bibliográfica, realizada por meio de artigos, dissertações, monografias e teses, retiradas das plataformas da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e do Google Acadêmico.

Os materiais coletados compreendem a obras publicadas nos últimos 12 anos. Desta forma, o texto desenvolvido foi fundamentado nas ideias e concepções dos autores Santos et al. tinha como finalidade mecanizar a produção, que até o momento era voltada para a técnica de manufatura. Desta forma, foi capaz de alterar os métodos de produção, favorecendo a substituição de ferramentas manuais ou do próprio homem por novas tecnologias, como, por exemplo, as maquinas a vapor, fiadeiras, entre outras. Entretanto, com o passar dos anos, as tecnologias da Primeira Revolução Industrial foram sendo aperfeiçoadas e aprimoradas, principalmente, após a Terceira Revolução Industrial, também nomeada como Revolução Técnico-Científica-Informacional, na metade do século XX. Que como cita Necco (2016), foi marcada pela implantação de novas tecnologias de informação, pelo surgimento de novos setores como a informática, a biotecnologia, a robótica, a microeletrônica e as telecomunicações.

Esta revolução foi caracterizada pelo desenvolvimento acelerado e constante da pesquisa, da produção científica e tecnológica, o que, também, passou a intensificar mais a implantação de sistemas automatizados, que foram iniciados na Primeira Revolução. São capazes, também, de livrar o homem de esforços físicos, visto que, além de realizarem sua função, os mecanismos do sistema controlam o seu próprio funcionamento, quase sem interferência. Santos et al. complementa que, estes sistemas são responsáveis por controlar e executar os processos operacionais na indústria, por meio de dispositivos mecânicos ou eletrônicos, que tendem a substituir o trabalho humano. Do ponto de vista inicial, tem por finalidade integrar operários e máquinas no setor industrial, mesmo que em diferentes regiões geográficas, de modo a formar grandes redes e oferecer produtos e serviços, de uma forma autônoma no mercado.

Uma vez que, compreendem, também, a sistemas dotados de uma representação virtual, o que possibilita a troca de informações e dados em tempo real, para comandos (ações) autônomas. Permitem ainda, gerar respostas instantâneas e estimular um trabalho flexível. Servelin et al. ainda complementa que no território brasileiro, sua aplicabilidade pode propor grandes ganhos de produtividade, eficiência e flexibilidade em toda a cadeia produtiva, assim como contribuir para a otimização da tomada de decisão e rastreabilidade dos processos. A implantação de práticas de automatização pode vir a aumentar a competitividade da indústria brasileira, em nível mundial, assim como potencializar a economia do país. Uma vez que, conforme ressalta Tessani Junior e Saltorato (2018), o mercado, cada vez mais, exige a implantação de medidas que possam reduzir os impactos ambientais do setor, principalmente, industrial, e assim, propõe a necessidade de maior eficiência no uso dos recursos naturais.

Graglia (2018) ainda cita que, a automatização proporciona um avanço, em que os sistemas podem favorecer a produção customizada e específica (atendimento de requisitos), a otimização de decisão (assertividade), eficiência energética (utilização racional de energia e recursos), formulação de produtos mais inteligentes e produtivos, novas formas de colaboração e parcerias. Neste contexto, a eficiência energética ganha maior destaque, em meio ao atual índice de degradação no país e surgimento de crises energéticas. Pode ser entendida como a utilização racional de energia, ou seja, o emprego desta de forma eficiente durante a execução de um trabalho e/ou alcance de um determinado resultado na indústria. O conceito de eficiência energética está associado a obtenção de um serviço com baixo dispêndio de energia, desta forma, constitui um processo responsável por reduzir perdas e eliminar desperdícios, propondo a racionalização técnico-econômica dos fatores de produção.

Além disso, conforme ressalta CNI (2012), é capaz de propor a minimização do consumo de recursos (renováveis e não renováveis), a melhoria da imagem da indústria, bem como o seu nível de competividade, assim, também, como por promover o aumento da oferta de energia, sem perda da qualidade, segurança na abastecimento e, com ganhos sociais e ambientais. Nota-se ainda que, apesar de ser um processo extremamente vantajoso e necessário para o setor industrial, a automação tende a prejudicar o desenvolvimento social, visto que, poderá ser responsável por aumentar o índice de desemprego e, consequentemente, pobreza do país. Em razão das maquinas e dos sistemas inteligentes ocuparem as funções que, hoje, são de operários, que, posteriormente, tenderam a perder sua utilidade na organização.

Conclui-se, portanto, que a implantação de princípios de automação nas indústrias torna-se algo inevitável, em meio ao crescente e elevado desenvolvimento tecnológico, que propõe, cada vez mais, uma maior demanda por produtos e serviços, bem como de exigências (qualidade). Apesar do campo social ser prejudicado, a implantação de sistemas automatizados pode ser considerada fundamental, para o alcance de ciclos mais eficientes, que possam atuar no suprimento da atual demanda, bem como estar em equilíbrio, ou ainda a favor, do meio ambiente e da saúde, uma vez que, os sistemas automatizados tendem a evitar erros, falhas e/ou acidentes, que ainda são muito comuns e ocorrem em grande escala no setor industrial. REFERÊNCIAS CAMACHO, M. f. Revista Evidência: Olhares e pesquisa em saberes educacionais – Centro Universitário do Planalto de Araxá, Araxá, n°6, p.

CNI. Eficiência Energética. Disponível em: <http://www. COSTA, E. J. M. Políticas Públicas e o Desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais em Regiões Periféricas. f. São Paulo, 2018. JESUS, C. S. A. de. Campo Grande, 2009. NECCO, D. L. R. C. Revista Universidade do Rio Verde, v. n. PESCIO, P. H. Análise da integração da tecnologia da automação aplicada ao processo de fabricação de papel. SANTOS, A. C. OLIVEIRA, B. A. JUNKES, V. p. SERVELIN, C. M; ANSCHAU, C. T. SCHNEIDER, A. A. R. BRUM, T. M. M.