A CAPOEIRA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ANÁLISE FÍSICA E PEDAGOGA

“Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. ” Rubens Alves RESUMO Esta averiguação busca uma abordagem bibliográfica através de um ponto de vista nos fatores pedagógicos do caráter da capoeira na educação física escolar, com o apoio dos PCN’s e sua aplicação e começos pedagógicos do uso da capoeira na educação física escolar, despontando as aptidões motoras adquiridas pelos alunos durante a participação nas aulas de capoeira na escola. Abordamos ainda da importância da concepção do professor de capoeira e sua didática de ensino, dando ênfase a concepção acadêmica e sua contribuição no ensino da capoeira no ambiente escolar. E alçamos a importância da capoeira como meio de inclusão social e resgate da cidadania, como utilizar a prática da capoeira na educação física escolar e sua taxa para a aplicação da Lei 10.

o reconhecimento da capoeira como forma de desempenho dos valores de nossa sociedade, a cultura corporal da oscilação a partir da visão afro-brasileira e sua influência na sociedade contemporânea, e finalmente a capoeira como instrumento promotor da inclusão social e fomentadora da cidadania. Objetivos Específicos ou Secundários 10 3. JUSTIFICATIVA 11 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 12 5. Metodologia 16 6. CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO 17 7. Foi neste argumento em que se iniciou uma crítica das circulações sociais sob a ótica do direito social grupal e da cidadania em coletividade de grupos sociais oprimidos e/ou discriminados. Os conhecimentos de ações coletivas mais atualizadas apontam duas inovações principais: uma quanto ao formato organizacional (redes, parcerias, iniciativas, campanhas de solidariedade, etc. e outra tudo quanto ao conteúdo da ação (sentido da cidadania, justiça social, qualidade de vida, etc.

GOHN, 1997). A escola depara-se nesta relação, a partir do período em que foi convidada a assumir a responsabilidade pelo processo de contenção e efetivação da cidadania. “Capoeira é para homem, menino e mulher” Mestre Pastinha (1988). O praticante de capoeira encanta-se com tantas probabilidades ao seu alcance de crescimento individual e coletivo. Para que se conserve o axé (energia positiva que envolve a dinâmica da roda) todos necessitam participar respondendo em coro, batendo palmas, tocando utensílios (Berimbau, pandeiro, reco-reco, atabaque e agogô), relacionando-se fixamente uns com os outros. Em Maceió a capoeira já se deparou-se com sua maior utilidade que é a de participar no processo de “formação para a cidadania”, trabalhando com pessoas de várias classes sociais: pessoas de todas as idades, menores na rua, portadores de obrigações especiais 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.

Confinamos do entrosamento que o homem é um ser de acordo com a história construído e culturalmente modificado dentro de uma sociedade, dotado se um senso criativo capaz de interferir na cultura a qual incumbe e por ela também ser modificado. A Prática da Capoeira na Educação Física e sua contribuição para a aplicação da\Lei 10. no ambiente escolar. O método da capoeira não se restringe a mais uma velocidade física dentro da escola, somos essencialmente levados a debater o seu teor político, socializador e promotor da igualdade racial, na medida em que requere a integração dos sujeitos numa perspectiva homogênia e melodiosa consigo e com o próximo. Essa capacidade atende aos anseios da Lei 10. promulgada em 2003 com o objetivo de reparar um erro histórico frente à história e as exercícios culturais da comunidade negra africana e brasileira.

Nesta direção, indagamos: como o educador físico pode se organizar e estruturar para fomentar esta bagunça e alinhavar estratégias educativas. Talvez essa resposta não seja fruto de uma simples reflexão monográfica, mas sim de uma densa investigação científica quanto às estratégias possíveis de ação e intervenção. Contudo, acreditamos que pequenas medidas podem ser adotadas rumo à superação da problemática aqui exposta, a começar, pelo reconhecimento de que não nascemos racistas, mas nos contornamos racistas devido a um histórico processo de negação da identidade e de “coisificação” dos povos africanos (BRASIL, 2004). Constituir um diálogo com esse passado por meio de pesquisas, de encontros com a ancestralidade conservada é fundamental para iniciarmos o processo de transformação.

Cabe estudar as lutas de resistência aos processos históricos excludentes, de forma a que não continuemos reproduzindo os esquemas criados pelo modo capitalista de pensar e que conjecturemos outras forças capazes de nos mobilizar. O corpo é a representação concreta do território em oscilação. Ao oposto de uma percepção de mundo na qual a alma é onde reside à força e a probabilidade de continuidade, para uma cultura negra a força está no corpo, não existe essa ideia de uma força interior alavancada pela ação da fé. Faz-se imperativa ao educador físico entender essa relação do negro com o corpo para que seu infortúnio possa gerar as transformações necessárias. Todos trocam algo entre si, homens, mulheres, árvores, pedras, etc.

Sem a partilha, não há existência possível. relata que “é incerta a história da origem da capoeira e determinados mestres confiam que foi uma criação dos africanos no Brasil. Contudo, a maioria afirma que as raízes vieram da África, oriundas de antigos rituais”. Conglomerados os documentos referentes à escravidão no Brasil foram destruídos no Governo de Deodoro da Fonseca, por autorização de Ruy Barbosa, na época Ministro da Fazenda. Desta forma, a excepcional atitude de conhecermos a origem da capoeira é por meio da transmissão oral e a mais perfeita fonte de informações, como não poderia de ser outras, eram os negros africanos (MESTRE BOLA SETE, 2005). Segundo Rego (1968 apud ZULU, 1995), escassos estudiosos advertem a origem da capoeira na África, outros proporcionam evidências de que a capoeira tenha surgido no Brasil.

“aponta que presentemente a capoeira tem sido estudada por intelectuais de várias áreas como um rico componente que poderia fazer parte de diversas áreas do ciência humano como fonte de estudos, pesquisas e de programas curriculares de ensino”. OS TIPOS DE CAPOEIRA Logo que Areias (1983, p. Mestre Bimba, fundador da primeira escola de Capoeira é o criador de um estilo, que ele apelidou de Capoeira Regional Baiana. Para Zulu, a composição da capoeira regional é: Trabalhada pelo Mestre Bimba principalmente no âmbito técnico-estético, buscando imprimir maior eficiência combativa nos susceptíveis confrontos reais; no âmbito didático-pedagógico idealizou a “sequência de ensino” e a “cintura desprezada”; no âmbito ritual o componente mais expressivo talvez tenha sido a cerimônia de formatura; no âmbito filosófico recaiu no campo da ética, onde a disciplina e a hierarquia foram severas; e no âmbito imaginário exclui-se a espontaneidade e o improviso em favor da padronização, do igual e formal (1995, p.

Ainda Zulu (1995, p. Ainda com Reis (2001) a roda principia com a afinação dos berimbaus e a formação da bateria composta por três berimbaus, um atabaque, dois pandeiros, um recoreco e um agogô. Para Falcão (2004), os capoeiristas que aperfeiçoam a roda são potenciais jogadores, instrumentistas e cantadores, e se revezam nessas três ocupações durante o seu desenrolar. É extraordinário notar que, na roda de capoeira, a oralidade e a corporeidade interagem, resultando numa riquíssima relação. Logo que Mestre Bola Sete (2005), são sete os toques básicos do berimbau, facilmente identificáveis, pois todos eles são executados por meio de cinco colisões com a vaqueta no arame de aço que fica ligado à verga, sendo eles: Angola, São Bento, Santa Maria, Amazonas, Idalina, Benguela e Yuna.

Os abalos, para Areias (1983), o jogo de capoeira é desenvolvido pela combinação de golpes que conversam entre si alimentando um diálogo entre os dois corpos. p. “a capoeira traz aos seus praticantes muitos benefícios, pois na medida em que ela aprofunda na sua prática, mais se sicroniza com os movimentos preparando gradativamente o corpo tanto para a luta como para a vida”. Ao ouvir histórias sobre os alicerces da luta e praticar as atividades, como: aprender a cantar, compassar as palmas, realizar circulações do jogo da capoeira, tocar instrumentos faz com que as crianças se acordem, estimulando assim o gosto por esse universo. No entanto, pode-se pensar que o ensino da capoeira é muito mais do que apenas executar exercícios corporais periódicos e sem sentido.

Neste caso, busca-se estudar as manifestações da cultura corporal buscando compreender seus aspectos históricos, técnicos, sociológicos, antropológicos, biológicos, enfim, situando-os no contexto social no qual se deparam inseridos e instigando os alunos a realizarem uma leitura de sua realidade. Segundo Souza (2001), há uma certa aversão por parte dos mestres de capoeira, pois eles confiam que pode haver uma descaracterização da capoeira em relação aos seus costumes e rituais, se for cogitada de forma inadequada na escola. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A configuração e o método pelos quais se aproxima-se uma realidade educativa invadem pressupostos que precisam ser desvelados, especialmente quando se leva em conta que a averiguação científica em educação deve ser questionadora. É preciso abalizar que tipo de ciência se deseja fazer, a validez da prova e sua causalidade, bem como definir as formas como o sujeito se relaciona com o objeto na investigação, de acordo com a percepção de homem, de realidade e de história que a constituem, de acordo com Gamboa (2006).

Segundo Souza (2001, p. A capoeira é um conteúdo que pode ser contemplado na escola pelos seus múltiplos enfoques, que possibilitam a luta, a dança e a arte, o folclore, o esporte, a educação, o lazer e o jogo. A pesquisa científica é um processo fundamental em todo o trabalho cientifico, pois possibilita todo o embasamento teórico que se baseará o trabalho. De acordo com Gil (1996 p. a bibliografia é o conjunto dos livros escritos sobre determinado assunto, por autores conhecidos, identificados ou anônimos. A pesquisa bibliográfica é o exame de uma bibliografia, para levantamento, análise do que já produziu sobre determinado assunto que assumimos como tema de pesquisa científica. Esta pesquisa mostra a importância da capoeira associada a metodologia educacional, em um contexto acadêmico e contemporâneo, visto que é a área da educação com ensino do esporte que especificamente no âmbito da metodologia, nos propõe caminhos para organizar melhor os processos de condução da vida escolar.

ed. Brasília: MEC/SEF, 2001. COSTA, E. V. da. et al. O processo de escolarização da capoeira no Brasil. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Florianópolis, v. n. FALCÃO, J. S. Pesquisa em educação: métodos e epistemologias. Campinas, SP: UEC/FE, 2006. MESTRE BOLA SETE. Capoeira angola na Bahia. Hoje um passo, amanhã uma caminhada. Revista Digital, Buenos Aires, v. n. mar. PAULA, L. Saúde e qualidade de vida. Brasília: Thesaurus, 2001. SANTOS, M. A. B. e atual. São Paulo: Cortez, 2007. SOARES, C. L. et al. B. Estruturação da capoeira como conteúdo da educação física no ensino fundamental e médio. Revista da educação Física, UEM, Maringá, PR, v. n. p.