UMA REVISÃO SOBRE CUSTOS PRODUTIVOS NA ÓTICA DA CONTABILIDADE AMBIENTAL E DA ECONOMIA CIRCULAR

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Contabilidade

Documento 1

SOBRAL/CE 2019 RESUMO Com o crescimento populacional e o desenvolvimento tecnológico, de forma a suprir a demanda global existem uma infinidade de produtos e serviços disponíveis no mercado. Em aspectos contábeis, são categorizadas no fluxo de caixa as receitas e despesas diversas envolvidas no empreendimento, de forma a identificar custos produtivos, e consequentemente desenvolver a precificação do produto ou serviço. Visto que os recursos naturais são a base de inúmeras cadeias produtivas, e estes são considerados limitados e escassos, a presente pesquisa objetiva revisar a literatura científica e acadêmica com relação aos custos produtivos na ótica da contabilidade e da economia circular. A economia circular contempla a dinâmica destes recursos naturais e escassos como de importante preservação para que sejam disponíveis às futuras gerações enquadrando-se nos critérios de desenvolvimento sustentável.

A contabilidade ambiental releva ativos e passivos relacionados ao meio ambiente, sendo uma ferramenta necessária para que os custos produtivos sejam adequadamente avaliados, e proporciona a possibilidade de internalizar externalidades ambientais negativas oriundas do processo produtivo, sendo assim importantíssima para que se atinja um padrão de desenvolvimento sustentável, garantindo maior longevidade para recursos naturais a partir da substituição de matérias primas em detrimento do valor associado ao custo produtivo, quando considerando os quesitos de meio ambiente. Circular Economy. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 1 2 DINÂMICA DOS MEIOS DE PRODUÇÃO 2 2. CUSTOS PRODUTIVOS E CONTABILIDADE 3 3 RECURSOS NATURAIS E ECONOMIA DA ESCASSEZ 5 3. EXTERNALIDADE AMBIENTAL E SUA INTERNALIZAÇÃO 5 4 CONTABILIDADE AMBIENTAL E ECONOMIA CIRCULAR 6 5 CONCLUSÃO 7 6 REFERÊNCIAS 8 1 INTRODUÇÃO O crescimento populacional juntamente da evolução tecnológica faz com que haja um crescimento exponencial no consumo de bens e serviços, aumentando assim a demanda em escala produtiva (BARBIERI, 2017).

O processo de produção passou por várias etapas de evolução, desde o início das civilizações até os tempos modernos, primeiramente foram criadas ferramentas, instrumentos que facilitam o cotidiano do homem, posteriormente sendo desenvolvidos raciocínios científicos acerca da elaboração de novos produtos, aliando conhecimento técnico com criação de produtos. No exemplo citado, recursos naturais como a água é utilizado em abundância, assim como a área utilizada para criação dos animais e cultura dos grãos utilizados para ração, das indústrias envolvidas, que acabam por ocupar espaço onde poderia haver mata nativa preservada (SCOLARI, 2012). Assim como a indústria alimentícia, e produção agropecuária, toda e qualquer indústria de diferentes segmentos industriais acaba utilizando água, madeira, minérios, aço, entre outros insumos, e estes recursos naturais são limitados (TAHIM & JUNIOR, 2014).

Por muito tempo utilizou-se de forma indiscriminada como se fossem abundantes, sendo que só recentemente foram estabelecidos padrões de controle e precificação destes elementos, de forma a incentivar principalmente a busca por alternativas para substituição por recursos mais abundantes (ANDRADE, 2012). Outro aspecto dos meios de produção, é a geração de efluentes que de forma líquida ou gasosa (por meio de chaminés), acaba emitindo substâncias controladas por legislação de forma a identificar concentrações que sejam consideradas prejudiciais à saúde humana ou ao meio ambiente (CARVALHO et al. Além da utilização de recursos naturais, os meios produtivos de forma geral são potencialmente danosos ao meio ambiente, e por conta disso são cada vez mais regrados em termos de licenciamento ambiental contemplando estudo do impacto oriundo da atividade.

REZENDE, 2017). Em empresas de porte menor, como micro e pequenas empresas, diversos erros são cometidos por falta de conhecimento técnico ou negligência de sua aplicação, e isto acaba resultando em prejuízos pelo não atingimento de metas, pelo lucro pequeno, nulo, ou mesmo prejuízo, ocasionados pela má gestão financeira (ANTONIK, 2016) Para Pollit (2014) o discernimento entre gestão financeira e de resultados foi tema de pesquisa visando a integração entre os dois tópicos, para o autor o atendimento à disciplina fiscal de acordo com a alocação de recursos de acordo com objetivos e prioridades da entidade, devem servir de base para o início de integralização entre os temas. O autor embasando esta integralização entre temas para ele distintos, torna-se evidente ao afirmar que: Há riscos em se falar de gestão financeira e em gestão por resultados como se fossem atividades homogêneas.

Na realidade, essas definições são rótulos amplos, cada um deles cobrindo uma vasta gama de decisões e de atividades tomadas e realizadas em diferentes níveis e com diferentes finalidades (POLLITT, 2014, p. Tendo em vista a importância do controle financeiro e da gestão financeira, destaca-se a importância da confiabilidade dos dados envolvidos nestes estudos contábeis, principalmente no que tange valores corretos de custos (MOREIRA, 2017). EXTERNALIDADE AMBIENTAL E SUA INTERNALIZAÇÃO Tendo em vista os conceitos de recursos naturais, custos produtivos, contabilidade, e economia da escassez, considera-se como externalidade ambiental negativa, a poluição bem como utilização de recursos naturais, bem como todo e qualquer aspecto ambiental que gere um impacto negativo, e que não esteja sendo considerada na formação de custos, nem na contabilidade convencional (RIBEIRO, 2017).

Esta dinâmica onde o lançamento de substâncias no meio ambiente, ou mesmo utilização de recursos naturais escassos, são utilizados indiscriminadamente podem gerar impactos ambientais com efeitos adversos ao meio ambiente em termos de fauna e flora, e estender-se até à saúde humana, como casos de doenças respiratórias e cardiovasculares em grandes metrópoles devido às emissões atmosféricas com altas cargas de material particulado ou dióxido de carbono (ARBEX et al. PEREIRA, 2012). Este valor não contabilizado referente ao dano ambiental ou a uso de recursos naturais é socializado quando não há nenhuma reparação do dano, e o ato de incorporar este valor aos custos envolvidos na produção chama-se internalização de externalidade (MOREIRA, 2011; LEITÃO, 2015). A internalização destas externalidades é uma excelente ferramenta de gestão ambiental, visto que abrange todos atores sociais envolvidos desde a produção, até o pós-consumo e descarte, afinal se o custo da externalidade ambiental fosse incluso no valor do produto, ao repassar o valor para o produto o consumidor final também pagaria por ele, contemplando assim todo o ciclo de produção e consumo de determinado produto (SARTORI & GEWEHR, 2011).

Seu conceito e definição fica bem claro no âmbito da logística reversa, levando em consideração a redução, reutilização e reciclagem de materiais. Os recursos naturais como já visto, são escassos e limitados, e se não forem utilizados neste caráter circular, a tendência é que acabem (AZEVEDO, 2015). A relevância deste tema para as unidades produtivas reflete diretamente nos custos produtivos, e no equilíbrio da empresa perante conceitos de gestão ambiental eficiente, importante para o desenvolvimento sadio do empreendimento no contexto nacional atual (LEITÃO, 2015). CONCLUSÃO A ciência está em constante evolução em termos de desenvolvimento de novas tecnologias, e concomitantemente com o processo de evolução de estudos econômicos, e de gestão. Com o crescimento populacional desenfreado, e o surgimento de novos produtos, há uma demanda crescente com uma tendência exponencial para que cada vez mais objetive-se produzir mais.

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