A CONTABILIDADE COMO SUPORTE AO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NAS ORGANIZAÇÕES

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Contabilidade

Documento 1

Este trabalho tem caráter bibliográfico, procedido via levantamento em livros e artigos científicos publicados na área, buscando apresentar os conceitos e a aplicação da Contabilidade. Em tempos de grande competitividade e complexidade para o setor empresarial, busca-se cada vez mais contar com os serviços ordenados e estratégicos da gestão contábil a fim de que as empresas possam desenvolver suas vantagens competitivas frente à concorrência, servindo com suporte à tomada de decisão estratégica. Palavras-chave: Contabilidade. Planejamento Estratégico. Vantagens Competitivas. INTRODUÇÃO Diversos fatores têm contribuído para a formação do atual ambiente empresarial de forte competitividade, dentre eles é possível citar os avanços tecnológicos e a própria Globalização das economias, que derrubando a barreiras geográficas, permitiu que os mercados passassem a ser globais e não mais localizados, ocorrendo na necessidade de vantagens estratégicas para que as organizações compitam eficientemente no mercado.

Meneses e Muller (2006) citam que a competitividade empresarial diz respeito à capacidade de atender ao mesmo tempo os requisitos exigidos pelo mercado, bem como aos requisitos internos da organização, representados pelos objetivos estratégicos. O Planejamento Estratégico é um processo administrativo que visa adaptar as estratégias empresariais à realidade mercadológica das organizações e evolve uma ação coordenada e integrada, com questionamentos sobre o que, quando e como fazer para que as metas estratégicas da empresa sejam atingidas (OLIVEIRA, 2009). Dentro desta visão estratégica, a Contabilidade surge como uma ferramenta indispensável para o suporte à gestão, colaborando estrategicamente para o planejamento e tomada de decisão nas empresas. A contabilidade tem fundamental importância na garantia de que as informações interna e externas sejam compiladas e analisadas para a tomada de decisão empresarial, diante das alternativas disponíveis com relação aos custos, à formação de preços, às vendas e outros.

apresenta a Contabilidade como suporte ao planejamento estratégico nas empresas. o item 3 apresenta a Metodologia utilizada para a realização deste, e a seguir, o artigo apresenta a Conclusão e as Referências utilizadas no seu desenvolvimento. REFERENCIAL TEÓRICO 2. A CONTABILIDADE: CONCEITOS E APLICAÇÕES Segundo Pinho e Rocha (2017) a Contabilidade surgiu provavelmente com a evolução natural do homem, a partir do momento em que aprendeu o cultivo de alimentos e a domesticação de animais para sua sobrevivência, e passou a organizar sua vida social e econômica, rompendo com o sistema comunitário e nômade em que vivia. Segundo os autores, a evolução da contabilidade se deu a partir do momento que o homem evoluiu, apresentando necessidade de registrar as posses de terra e animais que passou a dominar, surgindo aí a ciência que trataria do proprietário e seu patrimônio.

Padoveze (2003) corrobora dizendo que a contabilidade é um sistema de informação que permite a avaliação e destinação das demonstrações de natureza econômica, financeira e de produtividade das empresas que são o objeto da sua atividade. No processo de gestão administrativa, a contabilidade deve atender os preceitos básicos, que são a geração de informações para a sua própria utilização, planejamento e controle (PADOVEZE, 2003). As informações levantadas durante os processos contábeis devem servir para abastecer à gestão da organização com dados necessários à tomada de decisões, e não somente para a realização das atividades do departamento contábil. No planejamento, os dados são usados para a produção de relatórios com fins específicos, e o controle surgem após a compreensão e aproveitamento pelos setores de gestão e planejamento.

Campo de aplicação A Contabilidade é aplicada nos mais diferentes tipos de empresas, públicas ou privadas, e tem entre as funções “registrar, organizar, demonstrar, analisar e acompanhar as modificações do patrimônio, em virtude da atividade econômica ou social, que a empresa exerce no contexto econômico” (OLIVO; BOSCHILIA, 2012, p. A operacionalização, tanto da Contabilidade quanto da Controladoria, são embasadas na necessidade de novos modelos de gestão e melhor tomada de decisão estratégica, e visam auxiliar o modelo de gestão implantado, identificando o intuito da organização, colaborando para a eficiência e eficácia de seus processos e quais fatores a favorecem ou prejudicam, gerando informações essenciais para o planejamento estratégico. Devido às transformações e ao desenvolvimento do mercado competitivo, e até mesmo do desenvolvimento do mercado consumidor pela facilidade de informação, pela globalização e pela capacidade de comunicar e negociar com o mundo e, ainda, em razão da quebra de barreiras estabelecida pela evolução tecnológica, as organizações devem sempre se atualizar conforme as tendências.

Nesse cenário, a contabilidade surge como uma ferramenta para suprir a necessidade de potencializar os resultados, utilizando-se de técnicas administrativas, econômicas e contábeis, buscando gerar informações relevantes aos processos decisórios e estratégicos, contribuindo com os gestores para a conquista da eficácia de seus resultados econômicos, missões e princípios definidos no modelo de gestão. Ela está intimamente vinculada com a busca incessante pela eficácia da organização e, para que se alcance sucesso e atinja esse objetivo, a contabilidade oferece alguns sistemas, podendo ser citados: os sistemas de informações, os sistemas de controle internos, planejamento estratégico e orçamentário do setor contábil (OLIVEIRA et al. sendo uma ferramenta a mais à disposição da gestão nas empresas, diante das possibilidades oferecidas pela Contabilidade.

Segundo Porter, toda organização possui estratégia, embora algumas trabalhem de forma implícita. Segundo o autor, a estratégia seria o desenvolvimento de uma fórmula que a empresa costuma utilizar para atingir os seus objetivos, bem como o modo como lida com as políticas e metas necessárias para alcançar esses objetivos competitivos. A estratégia competitiva é, portanto, “uma combinação dos fins (metas) que a empresa busca e dos meios (políticas) pelos quais está buscando chegar lá” (PORTER, 1986, p. As estratégias e o planejamento nas organizações são necessários como forma das empresas deixarem claro determinado objetivo empresarial, de forma que possa ser mensurado, como por exemplo, aumentar as vendas em certo período, alcançar o share desejado, conquistar mais clientes, e assim por diante.

Importante notar que nesses objetivos empresariais sempre há a busca por acréscimo de valor, financeiro ou não, mas que sempre vão impactar os interesses da empresa, valorizar o negócio e tornar a empresa competitiva. É importante relatar que o Planejamento Organizacional envolve três níveis de planejamento: o Estratégico, o Tático e o Operacional. A Figura 2 demonstra a abrangência das decisões dentro de cada nível do Planejamento Organizacional. Figura 2 - Os níveis do Planejamento nas Organizações Fonte: Paula (2015) De forma bem explicativa, o Planejamento Estratégico aborda as estratégias a serem usadas pelas empresas na busca de seus objetivos e metas, normalmente pensado para períodos de médio e longo prazo, são realizados semelhantemente a um desenho do caminho que a empresa deve trilhar em busca do que espera para o seu futuro.

Chiavenato (2004) cita que no caso do planejamento estratégico, este envolve os níveis mais elevados, sendo, para o autor, um conjunto de tomada de decisões sobre fatores que afetam ou poderão no futuro afetar a empresa, o que pede então, esta decisão deliberada sobre o que e como fazer. Este planejamento deve levar em conta alguns fatores internos e externos à organização. O autor citado completa que neste sentido o conhecimento gerencial é um diferencial competitivo de destaque para a perenidade de qualquer organização, e explica bem o papel da Contabilidade na gestão dos negócios. Os autores Chiavenato e Sapiro (2003) referem que a Estratégia Empresarial se trata de uma vantagem competitiva da organização. Assim, a importância do planejamento organizacional é levar a empresa a ganhar, de maneira eficiente, uma vantagem sobre seus concorrentes.

Nas palavras dos autores, “a estratégia corporativa significa a tentativa de alterar o poder de uma empresa em relação ao de seus concorrentes, da maneira mais eficaz” (CHIAVENATO; SAPIRO, 2003, p. Com relação à estratégia organizacional, a Contabilidade, segundo Veiga (2001) pode servir de informações estratégicas, em meio ao banco de informações de que o departamento possui, e cuja função o contador é capacitado para atender na medida em que essas informações sejam utilizadas para o bem da organização toda, e não apenas visando o atendimento da área contábil. A abordagem qualitativa, segundo Minayo (2001), trabalha com fatores como motivos, aspirações, atitudes e significados, utilizando um espaço mais aprofundado das relações e dos processos, de forma que não é pela mensuração das variáveis que os mesmos podem ser explicados, mas tem entre as suas características a descrição, a compreensão, explicação e as relações do global e do local nos fenômenos colocados como propósito de estudo.

CONCLUSÃO Este estudo abordou a Contabilidade Empresarial como uma ferramenta de suporte à implementação do Planejamento Estratégico nas organizações, descrevendo como as informações geradas no setor, conjuntamente com os procedimentos utilizados, podem ser úteis na medida em que as pessoas e as empresas sejam auxiliadas na tomada de decisões, conferindo maior eficiência e desempenho às organizações num ambiente bastante competitivo. Apesar de antiga, a ciência da Contabilidade tem sido cada vez mais requisitada pelas organizações, que diante do cenário de complexidade e dinamicidade em que as empresas estão inseridas, a rápida tomada de decisão tem muita importância, podendo ser uma ferramenta estratégica para as organizações quando adequadamente utilizada. Esta rapidez na prestação das informações adequadas para momentos estratégicos, podem perfeitamente ser atendidos pela área da Contabilidade, através das suas técnicas e processos, que mantém sempre atualizadas as informações referentes as próprias empresas e ao ambiente externo como um todo.

O objetivo era demonstrar que a Contabilidade estratégica serve como suporte à implementação do Planejamento Estratégico nas empresas, explicando que a adequada utilização das informações geradas no setor, utilizadas em momentos oportunos, conferem vantagens competitivas às organizações, colaborando assim para uma decisão estratégica mais eficiente. CHIAVENATO, Idalberto. Planejamento Estratégico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. CHING, Hong Yuh.  Contabilidade Gerencial: Novas práticas para a gestão de negócios. Administração Estratégica. Thomson, 2002, 179 p. HORNGREN, C. T. SUNDEM, G. M. MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. ª ed. A. MAXIMIANO, Antônio Cesar A. Introdução à Administração. ª ed. São Paulo: Atlas, 2009. MINTZBERG, H. QUINN, J. B. O Processo da Estratégia. Prentice Hall Inc. São Paulo: Atlas, 2014. OLIVO, Ana Maria; BOSCHILIA, Luiz.

Contabilidade geral e gerencial: conceitos introdutórios para os cursos superiores de tecnologia. Florianópolis: Publicações do IF-SC, 2012. p. Disponível em: <https://www. treasy. com. br/blog/planejamento-estrategico-tatico-e-operacional/>. Acesso em 06 mar. Proposta de Modelo de Business Intelligence (Bi) para a tomada de decisão sob a perspectiva da área de Contabilidade Gerencial. IX Congresso Internacional de Custos, Florianópolis: 28 a 30 nov. p. RITHER, Carisiane; SCHMORANTZ, Lídia Ilaurem; MORAES, Daiane Ribas.  Contabilidade Gerencial como Ferramenta de Gestão Empresarial. Ciênc. Juríd. Empres. v. n.

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