SUSTENTABILIDADE INSERIDA NAS ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Tipo de documento:Artigo acadêmico
Área de estudo:Administração
GESTÃO AMBIENTAL 5 2. RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 6 3. METODOLOGIA 8 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 9 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 14 REFERÊNCIAS 15 RESUMO As organizações deixaram de serem vistas apenas como instituições econômicas, com responsabilidades para resolver os problemas meramente econômicos – o que produzir, como produzir e para quem produzir – e passaram a se voltar também para as questões socioambientais. Key-words: Corporate sustainability. Socio-environmental. Sustainable development. INTRODUÇÃO O sentimento de superioridade e as práticas dominantes do homem sob o meio ambiente foram se intensificando ao longo da história e tornaram-se mais acentuadas a partir da Revolução Industrial, no final do século XVIII. Destaca-se também, no decorrer desse tempo, o rápido crescimento demográfico em diversos locais sem o devido controle. Na atualidade, conforme Tachiwaza (2015), o crescimento econômico é entendimento como crescimento constante do produto nacional em termos globais ao longo do tempo, enquanto o desenvolvimento econômico representa não apenas o crescimento da produção nacional, mas também a forma como esta é distribuída socioambientalmente e setorialmente.
Portanto, diante deste cenário, em consonância do que é dito por Leff (2001), é impossível resolver os crescentes e complexos problemas ambientais e reverter suas causas sem que ocorra uma mudança radical nos sistemas de conhecimento, dos valores e dos comportamentos gerados pela dinâmica de racionalidade existente, fundada no aspecto econômico do desenvolvimento. Mediante a complexidade que se tornaram os problemas ambientais, Jacobi (2003) expõe a necessidade da humanidade, em escala planetária, pensar em novos paradigmas educacionais, de maneira a desenvolver práticas e comportamentos que conduzam a uma cultura de sustentabilidade. Neste contexto está inserida a gestão ambiental, na qual considera o meio socioambiental em suas decisões (BARBIERI, 2007). Segundo Rohrich e Cunha (2004), esse tipo de gestão corresponde à adoção dos conceitos socioambientais no conjunto de políticas, bem como, nas práticas administrativas e operacionais.
Dessa forma, a busca pelo material bibliográfico acerca da temática foi realizada em três etapas. A primeira se constituiu do levantamento dos estudos em periódicos nacionais e internacionais por meio de revistas eletrônicas e, bases de dados virtuais, visando à coleta abrangente de informações e sendo possível abarcar uma vasta produção científica. Na segunda etapa realizou-se a análise, levando em consideração a relevância dos estudos, bem como sua fidedignidade. Nesse momento, foram ser descartadas algumas publicações que não apresentarem relação direta com o escopo do presente artigo, bem como aquelas, cuja interpretação não se mostrarem satisfatórias na descrição do estudo. A última etapa englobou a leitura crítica dos dados considerados elegíveis, para que fosse elaborada uma síntese sobre a temática proposta.
Dependendo da forma como são aplicados esses recursos, podem gerar, no exercício de suas funções e atividades, significativos impactos socioambientais. Sendo assim, Dias (2006) fala que é necessário, portanto, admitir o papel estratégico e extremamente relevante que as empresas possuem como indutoras de mudanças. Dessa forma, Machado (2002) relata que espera-se as empresas proporcionem meios para concretização do desenvolvimento sustentável. Perante toda responsabilidade das empresas, é necessária a construção e adoção de uma nova cultura institucional, voltada para a qualidade de vida no trabalho, para a adoção de critérios ambientais corretos e de práticas sustentáveis, em todos os níveis das empresas. Apesar dos avanços e das conquistas alcançadas, o processo de incorporação de critérios socioambientais ainda precisa vencer muitos obstáculos.
Portanto, as decisões devem ser tomadas, quando for viável, em concordância entre os atores da empresa e não exclusivamente por Top Down (de cima para baixo), tornando o processo dialógico e participativo, trazendo para os funcionários o sentimento de pertencimento à organização. Entretanto, como é colocado por Gouveia (2012), é válido destacar a importância do engajamento e da incorporação da alta gestão da empresa no processo de inserção da sustentabilidade, pois só assim será atestada a valorização por parte da empresa na implementação dessa nova cultura. Diante disso, os funcionários serão incentivados a enxergar as situações de modo diferenciado e mais sustentável. De acordo com Piva (2008) essa metodologia dialógica e participativa à busca de potencialidade dentro da organização com todos os níveis hierárquicos, separadamente e coletivamente, seja em seus prós e contra, visando, de acordo com Moura (2008), sempre ampliar o conhecimento para proporcionar melhorias na gestão ambiental, fazendo surgir a possibilidade de conduzir e transformar a cultura em benefício da integração de interesses, da partilha de valores e do consenso com todos os atores locais no contexto do desenvolvimento sustentável.
O êxito na inserção da vertente sustentabilidade na empresa depende da performance dos funcionários responsáveis pelo processo, na qual devem saber da importância de cada fase (projeto, implementação, feedback e adequações). Neste sentido, conclui-se que são imprescindíveis as pressões externas, para tornar da sustentabilidade uma prioridade no meio empresarial, abarcando os interesses e complexidades necessárias para alcançar essa inovação cultural, na qual atende as necessidades da sociedade, bem como, respeita a capacidade suporte do planeta. REFERÊNCIAS ANDRADE, R. O. TACHIZAWA, T. CARVALHO, A. J. PAIVA, E. L. Processos operacionais e resultados de empresas brasileiras após a certificação ambiental ISO 14001. Gest. Gestão Ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. BERNARDES, J.
A. Tradução Newton Roberval Eichemberg Editora Cultrix São Paulo, 1996. CIRELLI, J. R. KASSAI. Análise da Percepção sobre Sustentabilidade por parte de stakeholders de uma instituição financeira: um estudo de caso. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental – REGET. V. n. DEMAJOROVIC, J. et. Atlas, 2006. FREITAS, M. A educação para o desenvolvimento sustentável e a formação de educadores/professores. Revista Perspectivas, v. n. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2006. GOUVEIA, N. Impactos socioambientais e perspectiva de manejo sustentável com inclusão social. Ciênc. saúde coletiva [online]. LIMA, A. M. Instrumentos de Reporte de Sustentabilidade (Triple Bottom Line). Foz do Iguaçu: UFSM, 2007. MACHADO, J. Qualidade e Gestão Ambiental. ed. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2008.
OLIVA JUNIOR, E. F. MANCINI, M. C. Estudos de Revisão Sistemática: um guia para síntese criteriosa da evidência científica. Revista Brasileira de Fisioterapia: São Carlos, v. n. Aplicação da produção mais limpa em uma empresa como ferramenta de melhoria contínua. Revista Produção, v. n. p. SOARES, S. Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Corporativa: Estratégias de Negócios Focadas na Realidade Brasileira. º edição. São Paulo: Atlas, 2015. p. VALLE, A.
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