Segurança do trabalho no setor elétrico e a minimização dos riscos
Tipo de documento:Revisão Textual
Área de estudo:Engenharias
Agradeço a todos os professores que transferiram seus conhecimentos durante todo o curso, que, mesmo com todas as adversidades persistiram em repassar seus conhecimentos, nos direcionando para a realidade do mercado de trabalho brasileiro. Agradeço a todos por mais uma vitória! FONTES, Eduardo Cardoso. Segurança do trabalho no setor elétrico e a minimização dos riscos. f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Elétrica) – Universidade de Cuiabá, Cuiabá, 2018. Keywords: NR10; Electric shock; Electrical Systems LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Dados gerais de acidentes de origem elétricos, fatais e não fatais 13 Figura 2 - Zonas de proteção de um sistema de potência. LISTA DE QUADROS Quadro 1 - O efeito do choque elétrico. LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Relação de acidentes fatais por milhão de habitantes por estado brasileiro.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas APR Análise Prévia de Risco BT Baixa Tensão DEC Duração de Interrupção Equivalente por Consumidor EPC Equipamentos de Proteção Coletivo EPI Equipamentos de Proteção Individual FEC Frequência de Interrupção Equivalente por Consumidor MTE Ministério do Trabalho NBR Norma Brasileira NR Regulamentadora Número PCB Bifenis Policlorados SENAI Serviço Nacional De Aprendizagem Industrial SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 6 2 A IMPORTÂNCIA E A NECESSIDADE DA SEGURANÇA EM OPERAÇÕES ELÉTRICAS 7 2. ESTÁTISTICAS E CAUSAS FREQUENTES DE ACIDENTES ELÉTRICOS 10 2. Considerando que a segurança do trabalho é um assunto em voga em diversos setores como a construção civil e a indústria, entretanto, pouco se aborda a respeito dos riscos elevados que existem nos serviços relacionados a eletricidade.
Desta forma, quais são caminhos a percorrer para elevar os níveis de segurança do trabalho no setor elétrico, bem como em serviços domésticos, onde o risco é ainda mais agravante? Diante do exposto, a monografia em questão possui como objetivo geral identificar os riscos envolvidos no manuseio de instalações elétricas que não obedecem a NR 10, acarretando em um número significativo de acidentes no país. Enfatizando a necessidade da discussão sobre a segurança do trabalho e maior fiscalização no setor de eletricidade. Para a validação deste objetivo, buscou-se especificamente apresentar as dificuldades no que cerne a segurança do trabalho em relação operações com eletricidade, compreender os principais riscos envolvidos nas atividades em instalações elétricas e investigar as metodologias de segurança para as instalações elétricas.
O trabalho é formado a partir da metodologia de revisão da literatura e foi fundamentado a partir de obras publicadas no meio acadêmico, onde foram absorvidos a partir de artigos científicos, normas regulamentadoras e livros, a fundamentação para elaborar este trabalho. Isso ocorre por que a eletricidade é um fenômeno físico que não pode ser visualizado anterior a sua manifestação, ou seja, o produto da eletricidade é visualizado ao produzir luz ou trabalho em aparelhos elétricos, entretanto não se visualiza a corrente que chega até esses pontos (SALLES JR et. al, 2010). Outra característica da eletricidade é que ela não possui cheiro ou paladar, sendo possível apenas em proximidade de linhas de alta tensão, perceber um ruído semelhante ao de um enxame de abelhas, originado por descargas na superfície de condutores de linha.
Por conta dessas características, ao executar uma instalação elétrica em não conformidade com a NR 10, esteticamente a princípio, ela apresenta um comportamento normal e não desperta sinais de alerta, entretanto, os riscos são inerentes a ausência das normas de segurança (NISKIER; MACINTYRE, 2008). Abaixo a Quadro 1 mostra o efeito do choque elétrico em pessoas adultas, jovens e sadias. A pesquisa avaliou que em uma amostra de 999 residências apenas 29% dispunham de projeto de instalação elétrica, sendo que 52% não possuíam fio terra (MELLO, 2017). A pesquisa destacou também que o tipo de tomada com três polos, cuja obrigatoriedade foi instituída a partir de 2011, está presente em apenas 35% das residências. E, ainda de acordo com a pesquisa, as condições elétricas foram consideradas inseguras por 34% dos moradores, 19% deles relataram já ter sofrido pelo menos um choque elétrico (MELLO, 2017).
Embora trate-se de uma pesquisa pontual, ela caracteriza uma condição geral no país, reforçando a necessidade do debate a respeito da segurança no setor elétrico, em especial, nos serviços de eletricidade residenciais, onde a imprudência e a falta de fiscalização tendem a ser maiores (BARROS, 2010). ESTÁTISTICAS E CAUSAS FREQUENTES DE ACIDENTES ELÉTRICOS Toda atividade humana é passível de riscos à saúde ou segurança de quem desempenha tal atividade, entretanto, alguns setores apresentam um índice mais elevado de riscos, como é caso do setor elétrico, onde o desconhecimento a respeito dos riscos, ou a imprudência, podem resultar em acidentes envolvendo operações elétricas. Fonte: Adaptado de Abracopel (2018) As causas mais frequentes dos acidentes em operações de eletricidade são o descumprimento das normas vigentes, a não utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) dos Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) além da ausência da Análise Prévia de Risco (APR), que a partir da sua elaboração são estabelecidas orientações para nortear a atividade em segurança (SALLES JUNIOR et.
al, 2010). SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR ELÉTRICO A eletricidade está presente em todas as atividades da sociedade contemporânea, e sua importância é inquestionável. Entretanto, seus riscos também são graves e o número de acidentes fatais é alarmante. Não é raro observar operações elétricas sendo executadas por pessoas sem o menor domínio sobre a prática, sem a utilização de Equipamentos de Proteção Individual ou Equipamentos de Proteção Coletiva adequado (COTRIM, 2003). Também demonstra perigo em virtude da possibilidade de acontecer curto–circuito ou mau funcionamento do sistema elétrico causando elevados incêndios, explosões ou acidente ampliado (FILHO, 2002). É necessário salientar que o fato de a linha estar desenergizada não retira o perigo elétrico, nem se quer pode–se dispensar a medida de controle coletivo e individual necessária, já que a energização eventual pode acontecer em virtude do erro de manobra, contato eventual com outro circuito energizado, tensão induzida por linha adjacente ou que cruza a rede, descarga atmosférica mesmo que distante do local de trabalho e fonte de alimentação de terceiro (FILHO, 2002).
Perigo de choques elétricos: É o causador principal de acidente no setor e normalmente gerado por contato do trabalhador com parte energizada. Forma-se em incentivo rápido e eventual sobre o sistema nervoso em virtude da passagem de corrente elétrica, acima de determinado valor, pelo corpo do ser humano. Suas consequências de maneira direta são contração muscular, tetania, queimadura (interna e externa), parada respiratória, parada cardíaca, eletrólise de tecido, fibrilação cardíaca e óbito (eletropressão) e sua consequência indireto queda, batida e queimadura indireta (externa) (LOURENÇO; LOBÃO, 2010). Quanto ao de natureza magnética pode-se citar o efeito térmico, endócrino e sua provável patologia gerada pela interação da carga elétrica com o corpo do ser humano (QUEIROZ, 2014).
Deve-se ter cuidado especial ao trabalhador exposto a essa condição e que possua em seu corpo prótese metálica (pino, encaixe, articulação), pois a radiação acarreta aquecimento intenso no material metálico podendo ocasionar a necrose óssea, assim como ao trabalhador portador de aparelho e equipamento eletrônico (marca–passo, auditivo, dosador de insulina, dentre outros), uma vez que a radiação interfere no circuito elétrico e poderá gerar disfunção e mau funcionamento destes (QUEIROZ, 2014). Risco de Queda: Trata-se de uma das causas mais geradora de acidente no setor elétrico e de telefonia, sendo comum de várias áreas da atividade, porém muito significativa na atividade de construções e manutenções do ramo de transmissões e distribuições de energia elétrica e de construções e manutenções de redes telefônicas (LOURENÇO; LOBÃO, 2010).
A queda ocorre em virtude de choque elétrico, de equipamento inadequado de elevação (escada, cesto, plataforma), EPI inadequados, ausência de treinamento do trabalhador, ausência de limitação e sinalização do canteiro do serviço na via pública e ataque de inseto (QUEIROZ, 2014). Risco no Transporte e com Equipamento: Constituem-se de riscos de acidentes englobando deslocamento de trabalhador e a uso de veículo de serviço e equipamento. Ataque de Animal: Acontece, acima de tudo, na atividade de execução, supervisionamento e reparo em rede de transmissão em região silvícola e florestal. Cuidado especial deve-se dá à probabilidade de picada de animal peçonhento nessa região. É comum também na área de distribuição de energia com o trabalhador leiturista domiciliar, que é geralmente atacado por animal doméstico, situação está que não é normal no ambiente de instituição pública.
DA SILVA, 2012) Para o Serviço Nacional De Aprendizagem Industrial (SENAI) o trabalho em espaço fechado, como caixa subterrânea e estação de transformação e distribuição fechada, submete o trabalhador ao risco de asfixia por ausência de oxigênio ou por expô-lo a contaminante, tanto na atividade da área elétrica como na área de telefonia (SENAI, 2005). Nesse ambiente pode acontecer a presença de gás asfixiante (ex: monóxidos e dióxidos de carbono) e, ou explosivo (ex: metanos, vapor de combustível líquido). Ruídos – presentes na usina de produção de eletricidade, em face da movimentação de turbina e gerador. Acontece também em estação e subestação de energia, em virtude do funcionamento de conjunto de transformadores, assim como da junções e disjunções de conector, que causa fortes ruídos de impacto (SENAI, 2005).
Ascarel ou bifenis policlorados (PCB) – sua utilização como líquido para isolamento em equipamentos elétricos (ex: capacitor, transformador, chave de manobra e disjuntor) acabou significativamente espalhado pois, não só demonstra boa qualidade dielétrica e térmica, mais também resistência ao fogo. Mesmo que sua utilização se encontra proibida, transformador e capacitor antigo pode conter (SENAI, 2005). Submissão do trabalhador pode acontecer em atividade de manutenção desenvolvida em subestação de distribuição de eletricidade e em usina de produção, em face da modificação ou reparo desse equipamento, especialmente, quando ocorre o descarte desse equipamento. O curto-circuito citado anteriormente é uma das falhas mais comuns as redes elétricas. Um curto produz uma corrente elevada que circula por todos os elementos da linha, podendo ser prejudicial para o funcionamento dos mesmos e gerar graves distúrbios de tensão ao longo da linha.
Além deste fator de anormalidade, existem outros eventos que podem ter consequências não menos graves para o sistema elétrico. São eles: sobrecarga, sub e sobre tensões, podendo ser geradas por descargas atmosféricas, manobras, quedas de árvores, entre outras. FERRARO et al, 2013, p. Anderson (1999) acrescenta que os sistemas estão em evolução constante e incrementa-se, constantemente, de tecnologias inovadoras, permitindo que ocorra a função de proteção de sistemas simples até os mais complexos. Logo, destaca-se que os sistemas de proteção devem ser dotados de: confiabilidade, seletividade, sensibilidade, velocidade e economia. O sistema deve apresentar probabilidade de funcionamento, sendo que essa indica o nível de confiança no sistema, pois a presenta o percentual de falhas possíveis, e busca-se desenvolver e aplicar sistemas com menor índice de falhas tanto quanto for possível (ALMEIDA, 2000).
Por sua vez, a seletividade, é a capacidade de o sistema detectar, com precisão, a anomalia e selecioná-la para reparo. Destacando-se que devido a essa propriedade o sistema apresenta as interrupções mínimas possíveis, pois o sistema de proteção é capaz de selecionar a região que apresenta a anomalia sem desligar todo o sistema, possibilitando o reparo localizado (ANDERSON, 1999). A divisão em zonas, o sistema é dividido em quatro regiões, zonas, especificas, a conhecer: Gerador, transformador, linhas e barras, sendo que o zoneamento ocorre em função dos Transformadores de Corrente – TC e tem a extensão determinado pelos equipamentos que a constituem (MAEZONO, 2007). A Figura 2 representa o diagrama de um sistema zoneado. Figura 2 - Zonas de proteção de um sistema de potência. Fonte: Cotosck e Filho (2007) Para que a proteção de sistema elétrico de potência cumpra sua função corretamente, é necessário que haja uma avaliação da necessidade da implementação de seus equipamentos, detecção de possíveis curtos ou anormalidades que tenham a possibilidade de danificar elementos da rede elétrica (FERRARO et al.
Há também as proteções externas, como o sistema de proteção à descargas atmosféricas, este sistema foi tratado no tópico a seguir. Primeiro, afeta a confiabilidade do sistema, que se traduz em economia. Tradicionalmente, os métodos de proteção contra sobretensão eram guiados pelo objetivo de maximizar a confiabilidade do sistema com custo de investimento razoável. Nesse sentido, sobretensões transitórias que não levam a interrupções são aceitáveis e interrupções de curta duração são toleráveis (YAMANISHI; BONFIM, 2017). CONSIDERAÇÕES FINAIS Toda atividade humana é passível de riscos à saúde ou segurança de quem desempenha tal atividade, entretanto, alguns setores apresentam um índice mais elevado de riscos, como é caso do setor elétrico, onde o desconhecimento a respeito dos riscos, ou a imprudência, podem resultar em acidentes envolvendo operações elétricas.
Após o estudo completo foi possível o porquê da criação da NR 10 e a sua importância para a segurança do profissional da eletricidade. M. Power System Protection. Hoboken, NJ: John Wiley & Sons, Inc. ALMEIDA, M. A. F. NR-10 Norma Regulamentadora de Segurança em Instalações e Serviços de Eletricidade: Guia Prático de Análise e Aplicação. ª Edição. São Paulo: Érica, 2010 BRAGA, N. C. com/hpcopel/root/sitearquivos2. nsf/arquivos/dicas_de_seguranca_nas_instalacoes_eletricas/$FILE/pdf_seguranca. pdf> Acesso em 21 de ago. COTRIM, A. M. Belo Horizonte. Disponível em: <https://www. ppgee. ufmg. br/defesas/381M. São Paulo: Artliber, 2002. FERRARO, Alessandro Gugliano; ARTICO, Marcelo; BIANCO, Bráulio Augusto. Proteção de sistemas elétricos de potência com ênfase em linhas de transmissão.
Itatiba. Disponível em: < http://lyceumonline. Análise da Segurança do Trabalho em Serviços com Eletricidade sob a Ótica da Nova NR–10. União Dinâmica de Faculdades Cataratas. Foz do Iguaçu, 2010 MAMEDE FILHO, J. Instalações elétricas Industriais. ed. DISPONIVEL EM :<< http://repositorio. roca. utfpr. edu. br/jspui/bitstream/1/685/1/CT_COELE_2012_1_10. O. U. em 10 de dezembro de 2012. NISKIER, J. MACINTYRE, A. S. l. v. ed. KAGAN, N; BARIONI,CC; ROBBA, EJ. São Paulo,1983. RÉMOND, C. Serviços em instalações elétricas energizadas: requisitos para sua execução. Eletricidade Moderna, São Paulo, 2006, v. n. do; RABECHINI JR. R. Gerenciamento de riscos em projetos. Ed. Rio de Janeiro: Editoria FGV, 2010. Ouro Preto, 2017. SOUZA, J. J. BARRICO de; PEREIRA, J. GOMES.
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