Sebrae

Tipo de documento:Análise

Área de estudo:Arquitetura e urbanismo

Documento 1

Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza 15 1. Considerações finais 24 Referências 27 1 ANÁLISE DE CORRELATOS 1. Sede do SEBRAE Figura 1 – Sede nacional do SEBRAE. Fonte: Nelson Kon, 2010. Quadro 1 – Ficha técnica da sede do SEBRAE. Adaptado pelo autor. Tomando como partido a topografia do local, a integração dos usuários e da paisagem e a flexibilidade da planta, o edifício de 25 mil metros quadrados de área é na verdade composto por um conjunto de blocos que se desenvolvem ao redor de um pátio interno (Figura 3). Ao redor deste pátio, denominado Praça de Estar, se organiza o térreo – que foi multiplicado em térreo inferior e térreo superior através da abertura de um segundo plano, construído no nível da soleira (PUNTONI et al.

Nestes níveis, estão distribuídas as atividades mais públicas e coletivas: no térreo inferior (Figura 4), encontra-se o acesso de veículos, espaço de formação e treinamento, salas multiuso, auditório com capacidade para 230 pessoas, biblioteca e cafeteria; no térreo superior (Figura 5), estão os principais acessos do conjunto, recepção, e dois espelhos d’água, com varandas abertas à cidade e vista para o Lago Paranoá. Dois pavimentos inferiores abrigam 300 vagas de estacionamento e as atividades administrativas relacionadas a serviços e manutenção predial (PUNTONI et al. Figura 6 – Planta do primeiro pavimento (sem escala). Fonte: Gruposp, 2018. Adaptado pelo autor. Figura 7 – Planta do segundo pavimento (sem escala). Fonte: Gruposp, 2018. Figura 10 – Circulação vertical evidenciada em cortes (sem escala). Fonte: Gruposp, 2018. Adaptado pelo autor. A estrutura do conjunto foi resolvida por Jorge Kurkdjian e Julio Fruchtengarten.

As empenas estruturais que formam os castelos de serviços são de concreto moldado in loco, bem como as estruturas do subsolo, térreo inferior e térreo superior (Figura 11). Figura 13 – Detalhe de instalação dos brises metálicos. Fonte: Nelson Kon, 2010. Figura 14 – Brises na fachada principal do edifício. Fonte: Nelson Kon, 2010. As paisagens construída e natural são integradas pelo projeto de paisagismo, que contempla uma área de 12 mil metros quadrados de área verde concebida por Fernando Magalhães Chacel e Sidney Linhares. Uma das empenas, a voltada para o norte, possui uma curva suave que sugere um diálogo com as curvas dos edifícios de Oscar Niemeyer ou do Plano Piloto de Lucio Costa, integrando o conjunto à paisagem de Brasília (SERAPIÃO, 2011). Ademais, o sistema construtivo escolhido permitiu grande agilidade no processo de construção do edifício, que aconteceu em 18 meses.

O vazio central, além de proporcionar conforto através iluminação e ventilação natural, conforma um pátio de integração e vivência. Além do conforto ambiental, conceitos contemporâneos como sustentabilidade, eficiência energética e automatização, fazem parte do projeto desde sua concepção (ROSSO, 2011). Para Richard Rogers (2001, p. No Estado de São Paulo, o Centro Paula Souza é a instituição responsável pelo ensino técnico, concentrando um total de 223 Escolas Técnicas (Etecs) e 71 Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais em quase 300 municípios. O projeto para a nova sede do Centro (Figura 17) partiu da aquisição, pelo Estado, de uma quadra de aproximadamente 6. metros quadrados entre os bairros de Santa Ifigênia e Luz, na capital paulista (Quadro 2), com o objetivo de requalificar aquela antiga área degradada (MOURA, 2013).

A quadra, delimitada pelas ruas Aurora, Andradas, Timbiras e General Couto de Magalhães, era ocupada por alguns galpões vazios ou subutilizados, pequenas casas deterioradas e um edifício comercial de sete andares; este último foi o único elemento pré-existente a ser mantido e incorporado ao projeto (Figura 18) (SPADONI, 2014). Figura 18 – Localização e entorno da sede do Centro Paula Souza, em São Paulo. No térreo de pé direito duplo e mezanino deste bloco, estão a recepção e um museu que abriga o acervo histórico do Centro Paula Souza e alguns dos achados arqueológicos encontrados durante a escavação feita na área (fundações, objetos e ferramentas do século 19). Os cinco pavimentos superiores concentram as atividades administrativas (MOURA, 2013). Os demais edifícios ligados à Etec articulam em vários níveis sobre o pátio, dando a impressão de trazer a rua pública para o interior do conjunto (SPADONI, 2014).

Desta forma, no térreo da Etec, estão o foyer e auditório, cantina, refeitório, pátio de convivência e grêmio estudantil (Figuras 20 e 21). Figura 20 – Planta do térreo (sem escala). Figura 24 – Pátio interno do térreo e do mezanino. Fonte: Nelson Kon, 2012. No terceiro pavimento, por fim, concentram-se a biblioteca, laboratórios de hotelaria e gastronomia, quadra poliesportiva e salas para palestras (Figuras 25 e 26). A circulação vertical é feita por escadas e elevadores (Figura 27). Figura 25 – Planta do terceiro pavimento (sem escala). O sistema básico é composto por lajes em grelha, com secção média de 40 e 45 centímetros com capitéis. A estrutura é de concreto aparente com complementos em aço e vidro (Figura 29), o que determina a linguagem geral do conjunto sem deixar de criar uma identidade para cada um dos edifícios: O edifício da sede possui balanços em todas as faces e repousa sobre a caixa de vidro do museu; o pavilhão da Etec destaca as passarelas externas e os pilotis; os auditórios formam um maciço fixo no solo enquanto a quadra flutua ancorada em dois grandes pilares.

A cor vermelha aparece nos painéis de laminado melamínico empregados em vários pontos do embasamento, sendo a única exceção aos materiais crus e aparentes (SPADONI, 2014). Destacam-se no projeto alguns elementos em estrutura metálica: a passarela, os guarda-corpos, o mezanino do museu e as duas coberturas que conectam os volumes na cota de 30 metros com leveza. Em ambas estas coberturas, a estrutura é composta por duas vigas de aço longitudinais com 0,95 metros de secção, vencendo vãos de até 30,00 metros. Considerações finais Segundo Richard Rogers (2001, p. Os edifícios ampliam a esfera pública de várias formas: eles conformam a silhueta da massa edificada, marcam a cidade, conduzem a exploração do olhar, valorizam o cruzamento das ruas. Mas mesmo no nível mais simples, a forma como os detalhes do edifício (piso, corrimãos, meio-fio, esculturas, equipamento urbano ou de sinalização) se relacionam com a escala humana, ou com o tato, tem um importante impacto no cenário urbano.

Desta forma, mais do que simplesmente uma sede administrativa e uma Etec, os arquitetos Francisco Spadoni e Pedro Taddei projetam o conjunto arquitetônico do Centro Paula Souza para ser uma intervenção: Um equipamento transformador do espaço urbano da região, que revitaliza o entorno. O uso de pilotis e blocos elevados faz com que o conjunto, que possui condição de quadra, não se feche em si e permita a integração entre área interna e externa através da continuidade do piso (MELLO, 2013). ly/2tdz0Sd>. Acesso em: junho 2018. FINOTTI, Leonardo.  Centro Paula Souza.  Disponível em: <https://bit. ly/2t5mLrU>. Acesso em: junho 2018. KON, Nelson.  Spadoni AA e Pedro Taddei e Associados - Centro Paula Souza e ETEC Nova Luz, São Paulo/SP, 2012. Disponível em: <https://bit.

Disponível em: <https://bit. ly/2tdz0Sd>. Acesso em: junho 2018. MELENDEZ, A. Porta aberta à regeneração. Acesso em: junho 2018. MOURA, E. No Centro de São Paulo, conjunto abre a quadra, formando praças e conexões, no projeto do Centro Paula Souza, de Francisco Spadoni e Pedro Taddei Neto.  aU, n. out. Disponível em: <https://bit. ly/2tdz0Sd>. Acesso em: junho 2018. ROGERS, R.  Cidades para um pequeno planeta. A. dos. Centro de construção e irradiação de conhecimento. In: SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – SEBRAE (Ed.  Nova Sede SEBRAE Nacional. ly/2JMuwgp>. Acesso em: junho 2018. SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS - SEBRAE.  Nova Sede SEBRAE Nacional.  Brasília: SEBRAE, 2010. Vitruvius, ano 14, n. Vitruvius, mar. Disponível em: <https://bit.

ly/2K3feU6>. Acesso em: junho 2018.

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