SAÚDE DO TRABALHADOR EM INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS: Uma Pesquisa Bibliográfica
Tipo de documento:Análise
Área de estudo:Enfermagem
Concluímos que há uma escassez de estudos referentes à esta temática e que de maneira geral, muitos fatores que afetam a saúde dos profissionais que atuam em Instituições de Longa Permanência de Idosos se referem à ausência de fiscalização por órgãos competentes, falta de estrutura e baixa remuneração associada à carga horária excessiva de trabalho. Recomendamos taxativamente que os profissionais ligados à área contribuam com mais estudos referentes à esta temática. PALAVRAS-CHAVE: 1 ENFERMAGEM DO TRABALHO. SAÚDE DO TRABALHADOR. INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS. O Auxílio nestas atividades favorecerá a manutenção da autonomia e bem-estar do idoso (MS, 2005). As mudanças sofridas pelas sociedades de modo geral refletem as preocupações da população no que se refere às pessoas idosas e ao cumprimento das leis que as acobertam nos casos de infração aos seus direitos.
Uma das questões que preocupam a todos diz respeito à Instituição de longa Permanência para Idosos, que vem multiplicando-se, em função do aumento de idosos e crescimento das dificuldades apresentadas pelos familiares quanto aos seus cuidados (SANTOS et al, 2008). O cuidar é uma atividade que vai muito além do atendimento às necessidades básicas de cada ser humano, no momento de fragilidade. Cuidar é uma atitude que envolve também autocuidado, autoestima, autovalorização. A educação facilita a transformação do potencial do trabalhador em comportamentos objetivos; oferece condições para que o trabalhador interprete e utilize a realidade que o cerca; favorece o autodesenvolvimento do trabalhador, levando-o a ter uma maior satisfação no trabalho, melhorando sua produtividade (KURCGANT, 2003). O trabalho manual depende da força braçal que, às vezes, é exercida sem conhecimento de princípios ergonômicos, tais como postura e força a ser despendida além das alterações e danos à saúde inerentes ao trabalho.
Em 1978, foi aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) a Norma regulamentadora 17 (NR-17) referente ao Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho relativa à Segurança e Medicina do Trabalho que, além de regulamentar as questões pertinentes à ergonomia, visa estabelecer parâmetros para a adaptação das condições de trabalho às características psicológicas e fisiológicas dos trabalhadores, propiciando o máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente (PORTARIA N°3214/78). Esta Norma especifica ainda as variadas modalidades de adequações do ambiente laboral do trabalhador, como por exemplo, o transporte manual de cargas, adequação de mobiliários condizentes com a anatomia corporal e condições do ambiente de trabalho. Em seus anexos, traz considerações sobre trabalhadores de check-out, telemarketing e outros, bem como a necessidade de educação e conscientização dos princípios ergonômicos que precisam contar com o incentivo do empregador e o intenso comprometimento e conscientização dos profissionais.
O processo infeccioso é uma das mais frequentes causas de hospitalização e de mortes em pacientes em ILPI´s. Alguns estudos sobre prevalência de infecções em unidades geriátricas mostram que 5% à 10% dos pacientes desenvolvem algum quadro no decorrer de um mês. O Centro de Controle de Doenças (CDC-EUA) calcula que ocorram por ano 1,5 milhão de infecções nos Institucionalizados, que corresponde a uma infecção por residente ao ano, em média (NICOLLE et al, 2010). Este trabalho buscou conhecer e discutir as condições de saúde dos trabalhadores de Instituições de Longa Permanência para Idosos através das produções cientificas nacionais. METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa descritiva com levantamento bibliográfico. Os dados utilizados nesse estudo foram referenciados, respeitando e identificando os autores e demais fontes de pesquisa, observando sempre a ética, principalmente em relação ao uso do conteúdo e de citação das partes das obras consultadas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO A amostra deste estudo (Quadro 01) é constituída de artigos de diversos periódicos de enfermagem. O maior número de artigos sobre o tema foi encontrado na base de dados LILACS. A partir da busca pelos descritores citados, encontramos 17 publicações, das quais 10 foram excluídas por não se enquadrarem nos critérios de inclusão ou por não tratarem do tema em voga, restando 7 artigos. A busca foi realizada a partir de artigos publicados num recorte de 15 anos (2000 – 2014), porém as publicações que foram aproveitadas se encontram entre os anos de 2002 a 2013 e constam no Quadro 1. pouco se pode subtrair do contexto da saúde do trabalhador em ILPI, apenas questões como as longas jornadas em troca de baixos salários afetando e representando uma ameaça à saúde do trabalhador devido ao estresse e à recorrente necessidade de possuírem mais de um emprego para conseguir compensar as contas e compromissos do mês.
O mesmo estudo reforça a importância da utilização dos equipamentos de proteção individual na prevenção de contaminação ocupacional, quais sejam: barreiras ou equipamentos que evitem contato direto com fluidos, potencialmente infectados, secreções, e também atenção na manipulação de agulhas e/ou objetos cortantes. Depreende-se também de tal estudo que traz à tona a normatização NR-17, qual seja, a Norma Regulamentadora 17 que estabelece entre outros quesitos, a importância da ergonomia adequada para a manipulação destes clientes. Parágrafo que achamos de importância destacar do estudo é o que faz a referência que segue: “Os Enfermeiros do Trabalho podem identificar problemas no ambiente do trabalho, partindo em primeiro lugar da avaliação do nível de trabalho, de satisfação, aceitação e adaptação de cada trabalhador em relação as atividades que exercem, cabendo ao profissional avaliar deficiências, e planejar soluções para tornar o ambiente salubre”.
Desta forma, podemos sistematicamente verificar os pontos principais que necessitem de aprimoramento, revisão ou modificação de conduta ou procedimento e finalmente avaliar as ações implementadas para ratifica-las ou retificá-las de acordo com a demanda de determinada entidade. Tratam ainda sobre o papel do enfermeiro como um dos trabalhadores inseridos no contexto da multidisciplinaridade da ILPI e, portanto, precisaria estar presente nela. De acordo com a Lei 7498/86, que regulamenta o exercício profissional, no seu artigo 11, inciso I, encontra-se como atividade privativa do enfermeiro o planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação do serviço de enfermagem. Importante observação foi feita, no estudo de Lorenzini et al. pois apesar de tentar adentrar no tema, baseou-se simplesmente em relatar minimamente o papel do enfermeiro enquanto generalista ou enfermeiro administrativo, porém longe da observação e análise de que precisamos nesta área escassa.
O estudo nos traz informações sobre atuação do enfermeiro como um todo. Sugerimos, fortemente, mais estudos aprofundados na área, principalmente pesquisas “in loco”. REFERÊNCIAS AMÂNCIO, A. Dilemas e desafios da formação profissional em saúde. Interface Comun Saúde Educ. Ed. BRASIL. Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde, Comitê Nacional de Ética em Pesquisa em Seres Humanos. Resolução 196, de 10 de outubro de 1996: diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília (DF); 1996. BRASIL. p. CAMPOS, A. L. A; GUTIERREZ, P. S. Ed. Papirus 7 mares, p. FERREIRA, A. B. H. KULLOK, A. T; SANTOS, I. C. B. As representações sociais de funcionários de uma instituição de longa permanência sobre violência no interior de Minas Gerais.
Rev Enferm UFSM, p. jan. abr. MURRAY, C; LOPEZ, A. The global burden of disease. F; FERREIRA, R. C; FERREIRA, E. F; MAGALHAES, C. S; MOREIRA, N. A. SALDANHA, A. L. Quando é preciso escolher uma instituição geriátrica: instrumentos para avaliação da qualidade dos serviços. In: Saldanha AL, Caldas CP, organizadores. Saúde do idoso: a arte de cuidar. S. O papel do enfermeiro na instituição de longa permanência para idosos. Rev Enferm UFPE, ed. p. Jul. E. Enfermagem do Trabalho e Ergonomia: Prevenção de Agravos à Saúde. Rev. Enferm. UERJ, Rio de Janeiro, p.
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