Resumo do livro: Terapia cognitiva comportamental - Teoria e prática (Judith Beck) cap. 1-3
Tipo de documento:Redação
Área de estudo:Gestão de crédito
Beck devo confessar que não me suscitou surpresa que o berço da TCC tenha sido balançado de início por um psicanalista, pois não há como desconsiderar a importância da psicanálise como base nos estudos da psicologia. Aaron Beck, inicialmente psicanalista e como um bom psiquiatra, sentiu a necessidade de testar a validade do conceito psicanalítico, onde afirma que a “depressão é resultado da hostilidade voltada para sí”. Durante um tempo Beck investigou o relato dos sonhos de seus pacientes deprimidos, e constatou que de fato a hostilidade apresentava-se nos sonhos, entretanto identificou também que outros temas apresentavam-se mais relevantes nos sonhos, tais como, fracasso, privação e perda. A partir de então Beck deduziu que era necessário outro olhar para entender e tratar a depressão de forma mais eficaz.
Em seus atendimentos clínicos passou a notar que o discurso de seus pacientes tinha dois tons; o de livre associação e outros de ação mais rápida, que por sua vez, ele caracterizou como “pensamentos automáticos”, a partir de então focou sua estratégia em trabalhar a alteração cognitiva desses pensamentos desadaptativos, o que se constatou como mais eficaz no tratamento de pacientes com transtorno de depressão. Inicialmente para tratar um individuo sob a ótica da TCC, deve se formular o caso, e para uma formulação eficaz é essencial elaborar uma conceituação cognitiva, Judith usa uma metáfora aqui que acho pertinente para entender a importância da conceituação cognitiva “ Encare a terapia como uma viagem, e a conceituação, como o mapa da estrada”.
já nesse ponto inicial a TCC justifica sua característica como método estruturado, pois devemos atentar a uma serie de perguntas que deverão essencialmente ser feitas para colher os dados indispensáveis e assim estabelecer alguma hipótese diagnostica, alguns desses dados já podem vir previamente, por exemplo, se o paciente tiver vindo a partir de um encaminhamento psiquiátrico, geralmente já virá com uma hipótese psicodiagnóstico, o que o paciente já esta tomando farmacologicamente, que efeitos fisiológicos estão sendo apresentados dentre outros, complementarmente deveremos questionar ao paciente outros pontos tais como: Qual a sua demanda? (referente a problemas atuais), o que está sentindo a nível emocional?, Quais seus pensamentos em relação ao que está acontecendo?, O que em sua opinião contribuiu para esse momento? (elementos estressores), como o paciente vê a si, o mundo e outros (este em especial está relacionado à sua tríade cognitiva).
Em posse destes dados, o terapeuta poderá montar a conceituação cognitiva e iniciar o modelo cognitivo daquele paciente, tendo em vista que este para se construir parte da identificação das emoções comportamentos e reações fisiológicas do individuo diante uma situação problema. “Não é a situação em si que determina o que a pessoa sente, mas como ela interpreta tal situação”. Aaron Beck) O modelo cognitivo irá sendo construído no decorrer da sessão de terapia e poderá prolongar-se durante todo o processo terapêutico, basicamente o modelo segue uma estrutura SITUAÇÃO – PENSAMENTO AUTOMÁTICO – REAÇÃO (física/emocional/comportamental), isso não implica dizer que o terapeuta conseguirá administrar a coleta de dados subsequentemente nesta ordem.
191 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto
Apenas no StudyBank
Modelo original
Para download
Documentos semelhantes