Resultados e discussão
Tipo de documento:Artigo acadêmico
Área de estudo:Química
Para todas as marcas: A, B e C, os valores obtidos através da análise microbiológica foram comparados com a Resolução RDC nº 275, de 22 de setembro de 2005, para avaliar se as amostras se encontravam dentro do padrão microbiológico permitido. X. Marca A Foram analisadas amostras de água mineral engarrafadas, destinadas ao consumo, correspondentes a marca de água denominada A, engarrafadas em garrafas de 500mL codificada como A1 e galões de 20L codificados como A2. X. Embalagem de 500mL marca A Um total de 10 amostras foram avaliadas das embalagens contendo um volume de 500mL (A1), a Tabela X descreve a análise descritiva dos resultados obtidos. Guimarães (2006) avaliou a qualidade microbiológica de águas minerais naturais comercializadas na cidade de Goiânia em embalagens de 500 ml e de 1,5L, e observou que das 15 marcas avaliadas, 6 apresentaram contaminação por coliformes totais.
X. Embalagem de 20L marca A Assim como as embalagens de 500mL, 10 amostras foram avaliadas das embalagens contendo um volume de 20L (A2), os dados da análise descritivas estão expostos na Tabela X. Ao avaliarmos os dados descritos na tabela X: podemos observar que todos os resultados foram bem superiores ao limite máximo de 2,2 NMP, estando todas as amostras impróprias para o consumo. O valor máximo encontrado foi de 170 NMP e o mínimo de 7 NMP, sendo o valor mínimo bem superior ao limite máximo. A marca A apresentou coliformes totais em ambas amostras 500mL A1 e 20L A2, o que a torna inadequada para consumo humano de acordo com a Portaria n°518 de 25 de Março de 2004 do Ministério da Saúde e a Resolução RDC nº 275, de 22 de setembro de 2005 da ANVISA (BRASIL, 2005a; BRASIL 2005b), que classificam inadequadas para consumo humano águas com presença de tais patógenos.
Todas as amostras A1 e A2, estavam dentro do prazo de validade estipulado pelo fabricante, portanto não há correlação entre este aspecto e uma possível contaminação. No entanto a presença de coliformes totais a uma temperatura de 35ºC não indica necessariamente que a contaminação destas amostras seja fecal, pois bactérias de origem não exclusivamente entérica também estão inclusas neste grupo (SANT´ANA, 2003; RESENDE, PRADO, 2008). Contudo, a presença de coliformes totais nestas amostras, pode estar relacionada a dois fatores: práticas inadequadas de sanitização realizadas pelo estabelecimento, e más condições de higiene durante o processamento desse produto (SANT´ANA, 2003). O material utilizado para envasar a água mineral, também pode estar relacionado ao teor de microrganismos encontrados nas amostras de água mineral, para Coelho, et al.
Destacando que o valor máximo de NMP encontrado foi de 500 e o mínimo foi 1. NMP. O que classifica as amostras como inadequada para consumo humano de acordo com a Resolução RDC nº 275, de 22 de setembro de 2005 da ANVISA (BRASIL, 2005 a; BRASIL, 2005b). Um estudo realizado por Tancredi e Marins (2003), com amostras de água mineral engarrafada adquiridas na cidade do Rio de Janeiro, constatou a presença de coliformes totais em 57,14% das amostras. Enquanto em uma pesquisa semelhante realizada por Alves et al. Farache Filho e Dias (2008) realizaram análises microbiológicas com água mineral comercializadas em Araraquara e Américo Brasiliense (SP) e observaram que 9,5% das amostras de água mineral de galão de 20L comercializadas nas cidades continham coliformes termotolerantes. ZambeLrlan da Silva et al. declararam que 76,6% das amostras de água mineral comercializadas em galões de 20 L apresentaram contaminação por coliformes totais, enquanto apenas 36,4% das águas de abastecimento municipal apresentavam a mesma contaminação, apresentando assim qualidade bacteriológica superior à água comercializada estudada.
Enquanto Gusmão (2014), revelou que todas as amostras de água mineral de galões de 20L avaliadas em Vitória da Conquista (BA) apresentavam nas condições propostas na legislação, sendo assim, adequadas para consumo humano. Figura X: Gráfico box-plot comparando a variação de coliformes totais das amostras B1 e B2. Indicando assim que o estabelecimento apresenta condições de higiene adequadas para o desenvolvimento do produto e que foram tomadas todas precauções durante os processos que envolvem a fabricação do mesmo até a chegada ao consumidor. X. Volume de 20L Ao avaliarmos os dados descritos na tabela X: podemos observar que o primeiro quartil ficou com valores de NMP superiores ao limite máximo de 2,2 NMP. O mesmo foi observado para o 3º Quartil e a média aritmética que também superaram o valor de 2,2 NMP, o limite máximo aceitável.
Destacando que o valor máximo de NMP encontrado foi de 140 e o mínimo foi 8, constatando que todas as amostras apresentaram alto teor de contaminação e amostras com ausência de coliformes totais Tabela X: 1º QUARTIL MÉDIA 3º QUARTIL 26. O aumento deste consumo no, está relacionado com a busca por um estilo de vida saudável pelos consumidores, e com a preocupação destes, em relação à qualidade da água disponível na rede pública, visando assim maior segurança ao consumir uma água envasada (MAVRIDOU, 1992; CARDOSO et al. YAMAGUCHI, 2013) A água mineral envasada deve garantir ausência de risco à saúde do consumidor, devendo ser captada, processada, envasada, transportada e armazenada obedecendo às condições higiênico-sanitárias e as boas práticas de fabricação (CARDOSO et al.
A partir das informações obtidas no desenvolvimento deste trabalho, e da necessidade de um controle sanitário da água mineral destinada ao consumo humano, ressalta-se a importância da presença do profissional engenheiro ambiental e sanitarista, atuando na inspeção do processo de produção, quanto aspectos sanitários e padrão de qualidade das empresas de água mineral, e todas as demais atividades inerentes à responsabilidade técnica (RT), visando assim fornecer um produto de qualidade, garantindo proteção à saúde do consumidor. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, N. C. Resolução - RDC nº 274, de 22 de setembro de 2005. Dispõe sobre o regulamento técnico para águas envasadas e gelo. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 23 set. a. BRASIL. NASCIMENTO, L. C. FIORINI, J.
E. AMARAL, L. R. Uso do método cromogênico para quantificação do NMP de bactérias do grupo coliforme em águas minerais envasadas. Bol CPPA. V. n. S. SILVA, R. P. P. Avaliação da qualidade microbiológica de águas minerais consumidas na região metropolitana de Recife, Estado de Pernambuco. A. Avaliação microbiológica de linhas de captação e engarrafamento de água mineral. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. n. p. P. R. C. Avaliação Microbiológica de amostras de água mineral natural, sem gás, envasadas, comercializadas em Goiânia-GO. f. MORELLI, S. A. IMAZAKI, F. T. Okazaki, M. Panorama da economia mineral do Estado de Pernambuco. Nota explicativa do mapa geológico e de recursos minerais do Estado de Pernambuco, CPRM, DNPM, UFPE e AD/Diper.
Recife: DNPM – 4º Distrito – PE/MME, 2000. MARTINS, Heytor Lemos; DE LIMA MACHADO, Giovanna Carla; DA SILVA MARTINS, Eduardo. Qualidade microbiológica de água mineral comercializada em galões de 20 litros e de poços artesianos no município de Frutal/MG. CUNHA, J. TEIXEIRA, P. GIBBS, P. A. Survival characteristics of pathogens inoculated into bottled mineral water. A. The microbiology of bottled water. Clinical Microbiology Newsletter, v. n. p. R. MACEDO, V. F. Qualidade microbiológica de águas minerais. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. p. TANCREDI, R. C. P. MARINS, B. ZAMBERLAN DA SILVA, M. E. SANTANA, R. G. GUILHERMETTI, M. International. Journal of Hygiene Environmental Health, v. n. p.
436 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto
Apenas no StudyBank
Modelo original
Para download
Documentos semelhantes