Resenha de Paulo Freire

Tipo de documento:Resenha Crítica

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

A metodologia de Paulo Freire 07 2. Política e educação popular 10 3 CONCLUSÃO 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12 1 INTRODUÇÃO A obra de Celso de Rui Beisiegel, intitulada “Paulo Freire”, aborda os aspectos históricos da luta contra o analfabetismo entre jovens e adultos no Brasil, bem como as teorias voltadas para tal desenvolvimento. A importante atuação de Freire na educação nacional se iniciou em 1958, quando apresentou seu primeiro trabalho no Segundo Congresso Nacional de Alfabetização, no entanto, o assunto já era discutido em meados da década de 1940. Certamente, o pernambucano Paulo Freire não foi o único na luta da alfabetização da massa popular, porém, em meio à dinâmica transformação da infraestrutura do seu tempo, como o pós-guerra, a grande migração para áreas urbanas e o movimento de industrialização, o educador colocava em foco o homem analfabeto como instrumento de dominação política.

Vale ressaltar que a educação no início da década de 1960 (e até atualmente) adotou o método Paulo Freire por ser simples a sua aplicabilidade, conforme ressalta o autor: “(. Os dados referentes a educação da população naquele período não eram nada agradáveis e pouco expressivos. Os resultados do censo nacional de 1940 encontrou mais da metade de analfabetos na população a partir de 15 anos de idade. Após o período da Primeira República, o avanço na alfabetização de adultos no país foi guiado pelo Exército Nacional, criando as escolas regimentais, porém apresentavam alcance limitado, uma vez que esse segmento de ensino concorria diretamente com a educação infantil, foco do Estado, que por sua vez, preocupava-se com a primeira grande guerra.

E no fim do período do Estado Novo, cessa-se a brincadeira da cadeira e surge os primeiros indicativos de uma política pública voltada à educação de jovens e adultos, conforme apresentado pelo autor: “Desde o Ato adicional de 1834, o ensino primário fora deixado a cargo das administrações provincianas. A Constituição republicana de 1891 havia preservado essa descentralização. Essa nova estrutura então, preocupada em quantificar a população analfabeta, se deparou com diversos gargalos administrativos, operacionais e de recursos humanos, devido ao tamanho desse grupo. No entanto, faz-se justiça quanto ao reconhecimento de figuras fundamentais que se colocaram a frente às eventuais conquistas. O plano então tornou-se conhecido como Campanha de Educação de Adultos e um dado estatístico, entre outros resultados, é a quantidade de classes destinadas para o objetivo da mesma, conforme apresenta o autor: “Para esse primeiro ano de funcionamento, a Campanha programou a instalação de 10.

classes noturnas de ensino de adultos. Nos anos seguintes, esse total de classes seria ampliado para 14. Saber – Segundo guia de leitura, Caderno de aritmética, Malária, Tuberculose, Maria pernilonga, Tirar leite com ciência, Uma das melhores frutas do mundo, Lindaura vai fazer manteiga, O grão do ouro, Terra cansada, além de outras, procuravam proporcionar aos adolescentes e adultos iletrados o domínio da leitura e da escrita mediante o estudo de noções elementares de conhecimentos gerais no campo da saúde, da higiene, da vida doméstica e da produção rústica”. Beisiegel, 2010, p. É possível observar que os acontecimentos políticos interferem na visão educacional e nos modelos aplicados, os diferentes governos traçam estratégias para incluir ou não os diferentes públicos.

De fato, a evolução da escola no Brasil revela tardias intervenções do poder público nesta questão. A biografia de Paulo Freire demonstra que educar é um ato político como o próprio defende, pois ao propor uma educação libertadora e reflexiva, ele foi visto como ameaça e exilado para o Chile, pelo regime ditatorial brasileiro, retornando ao país na década de 1980, onde na prefeitura de São Paulo, assume como secretário de educação. E partindo do real, é possível perceber a capacidade de construção de uma identidade, ou seja, do conhecimento do homem e consequentemente o entendimento de si. E naturalmente, percebendo a existência da figura por identificação própria ou até mesmo indireta, o objeto consagrado se dá conta do aprimoramento desenvolvido.

Para melhor compreender, o autor descreve: “A personalidade histórica de um povo se constituiria quando graças a estímulos concretos fosse levado à percepção dos fatores que o determinam, o que equivaleria à aquisição da consciência crítica. Esta consciência crítica surgiria quando um ser humano ou um grupo social, refletindo sobre tais determinantes, pudesse conduzir-se diante deles como sujeito” (Beisiegel, 2010). Através dessa realidade que a educação, por meio da alfabetização de adultos, pôde criar as condições necessárias para transformar a vida dos desafortunados, conforme defendeu Freire, no livro Educação como prática da liberdade em 1965. Começa então a criar palavras com as combinações à sua disposição que a decomposição de um vocábulo trissilábico lhe oferece no primeiro debate que faz para alfabetizar-se.

Já lê e escreve neste dia. E no seguinte, traz de casa como tarefa tantos vocábulos quantos tenha podido criar com combinações dos fonemas já conhecidos. O que importa, no dia em que põe o pé neste domínio novo é a descoberta das combinações fonêmicas. Freire apud Beisiegel, 2010)”. Funcionário como merendeira, vigia e faxineira possuiriam a experiência do ato de educar, pois também seriam mães e país, possuem suas vivências para contribuir neste diálogo entre ensino e aprendizagem. Na Pedagogia da esperança, a escola se transforma em um espaço comunitário, democrático e aberto para a comunidade. Seria de suma importância trazer a cultura, enquanto modo de vida, arte e forma de expressão para dentro deste ambiente.

Deste modo, a pedagogia iria além das aulas e dos conteúdos programáticos, traria todo o entorno para contribuir neste processo, a convivência com o diferente e a diversidade de ações seriam fatores enriquecedores da aprendizagem dos alunos, que por sua vez, também contribuiriam e seriam valorizados por seus talentos e experiências. Este processo de troca é um fundamento de uma pedagogia libertadora e participativa, promoveria transformações na comunidade, e principalmente, tornaria a escola mais atrativa e humana.

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